Se há 2 meses atrás, após aquele traumático empate em Paços de Ferreira (estávamos a 6!!! pontos do líder), me dissessem que o FC Porto ganharia os 8 jogos seguintes, entre receções ao clube do mestre da tática e visitas sempre “simpáticas” a Bessa e Guimarães, admito que provavelmente não acreditaria.
Se há 2 meses atrás, me dissessem que por exemplo o Boavista roubava pontos na luz, estando a ganhar por 3/0 antes da meia hora inicial ou que o Setúbal lhes ganharia com um golo de um jogador contratado pelo FC Porto de seu nome Zé Manuel, admito que provavelmente não acreditaria.
Se há 2 meses atrás, me dissessem que à 24ª jornada o FC Porto estaria a “apenas” 1 ponto (sendo que 1 ponto pode até ser muito numa liga como a portuguesa) da liderança, com o melhor ataque, melhor defesa ou que Soares marcaria 7 golos em apenas 6 jogos, após ter marcado 9 golos em 22 jogos ao serviço do Vitória, admito que provavelmente não acreditaria.
Não sei, porque se o soubesse estaria rico, que desfecho é que vai ter este campeonato. Não sou daquele tipo de adeptos que passa do 8 para o 80 em apenas 2 meses, que acha tudo horrível numa semana, e que considera tudo ótimo apenas 2 ou 3 semanas depois, não creio, como nunca considerei, que este tipo de raciocínio leve a lado algum.
É verdade que o calendário do FC Porto até final da época é terrível, não há uma forma mais simpática ou eufemística de o dizer. Sendo certo que nos últimos anos não nos temos dado mal na luz, uma análise séria tem de nos levar a admitir que aquele será o jogo teoricamente mais difícil de toda a competição. Depois há a visita a braga, um terreno hostil e uma equipa treinada por ordinário de meia-tigela anti-Portista até à espinha e o habitual "calvário" chamado barreiros, provavelmente um dos estádios mais temíveis para o FC Porto nas últimas décadas.
Apesar de tudo isso, há que dizer com clareza, quando era suposto já estarmos arredados da luta pelo título, a equipa reergueu-se, foi à luta, venceu jogos difíceis e outros em que recorrentemente falhou nas últimas épocas. Existe garra, cooperação mas também existe qualidade e um fio de jogo bem definido. Há planos alternativos ao principal, há opções diferenciadas consoante o adversário, há apostas em jovens jogadores de forma descomplexada e há também uma grande valorização de jogadores que estão "espremidos" até ao "tutano".
Durante as últimas épocas, uma das críticas mais recorrentes do universo Portista era de que grande parte dos jogadores pareciam pior do que aquilo que realmente eram. Este ano, é com toda a propriedade que se pode dizer que alguns jogadores parecem bem melhores do que realmente são. Acho que existe um aproveitamento ao máximo da matéria-prima que se tem.
Neste momento, nenhum de nós sabe o que vai acontecer, muitos de nós fazem contas de cabeça e não podem deixar de ficar preocupados com tantas saídas difíceis, mas há um homem a quem te de ser creditado o facto de neste momento todos nós termos mais ou menos esperança na conquista do título: Nuno Espírito Santo.
Não é exagero dizer que Espírito Santo herdou uma tarefa complexa, dispõe de um plantel com todos os problemas mas que debatidos no universo Portista, apesar disso tudo, o técnico em que muitos poucos acreditavam (incluído eu!) nos meses que leva de trabalho, arregaçou as mangas, não se queixou, nem entrou em lamúrias, fez até agora um trabalho mais do que válido com a matéria-prima que tem. Mas sem dúvida o principal mérito de NES é o facto de ele nos ter posto a todos a acreditar em algo que há apenas 2 meses era uma miragem longe e utópica. Este mérito deve ser creditado a NES, independentemente do desfecho final.
E o futuro de médio e longo prazo do FC Porto irá depender de uma análise séria e completa de tudo aquilo que se tem passado, não pode ser uma análise que dependa apenas da bola que vai à barra, ou do ponto pelo qual se possa eventualmente perder um campeonato. Contra quase todas as expetativas, NES e este grupo de jogadores recuperou os valores fundamentais que fizeram do FC Porto o grande clube europeu dos últimos 30 anos, a cooperação, o espírito de grupo e de sacrifício, a união, o esforço até à última gota de suor. Porque depois a qualidade faz o resto, mas haver qualidade, sem nenhum destes ingredientes não serve de rigorosamente nada. O Real Madrid há décadas tem plantéis com muita qualidade, mas títulos foram poucos exatamente por causa disso, porque a qualidade apenas não chega.
Resta aos adeptos fazer o que têm feito e muito bem até aqui, ou seja, apoiar incondicionalmente a equipa, acompanhando-a pelo país inteiro, fazendo do Dragão uma autêntica fortaleza. As probabilidades e a lógica jogam contra nós, o cenário teoricamente não nos e favorável, mas pergunto: a história do grande FC Porto não foi feita de uma soma de improbabilidades que depois redundaram num enorme sucesso durante décadas?!?!
Se há 2 meses atrás, me dissessem que por exemplo o Boavista roubava pontos na luz, estando a ganhar por 3/0 antes da meia hora inicial ou que o Setúbal lhes ganharia com um golo de um jogador contratado pelo FC Porto de seu nome Zé Manuel, admito que provavelmente não acreditaria.
Se há 2 meses atrás, me dissessem que à 24ª jornada o FC Porto estaria a “apenas” 1 ponto (sendo que 1 ponto pode até ser muito numa liga como a portuguesa) da liderança, com o melhor ataque, melhor defesa ou que Soares marcaria 7 golos em apenas 6 jogos, após ter marcado 9 golos em 22 jogos ao serviço do Vitória, admito que provavelmente não acreditaria.
Não sei, porque se o soubesse estaria rico, que desfecho é que vai ter este campeonato. Não sou daquele tipo de adeptos que passa do 8 para o 80 em apenas 2 meses, que acha tudo horrível numa semana, e que considera tudo ótimo apenas 2 ou 3 semanas depois, não creio, como nunca considerei, que este tipo de raciocínio leve a lado algum.
É verdade que o calendário do FC Porto até final da época é terrível, não há uma forma mais simpática ou eufemística de o dizer. Sendo certo que nos últimos anos não nos temos dado mal na luz, uma análise séria tem de nos levar a admitir que aquele será o jogo teoricamente mais difícil de toda a competição. Depois há a visita a braga, um terreno hostil e uma equipa treinada por ordinário de meia-tigela anti-Portista até à espinha e o habitual "calvário" chamado barreiros, provavelmente um dos estádios mais temíveis para o FC Porto nas últimas décadas.
Apesar de tudo isso, há que dizer com clareza, quando era suposto já estarmos arredados da luta pelo título, a equipa reergueu-se, foi à luta, venceu jogos difíceis e outros em que recorrentemente falhou nas últimas épocas. Existe garra, cooperação mas também existe qualidade e um fio de jogo bem definido. Há planos alternativos ao principal, há opções diferenciadas consoante o adversário, há apostas em jovens jogadores de forma descomplexada e há também uma grande valorização de jogadores que estão "espremidos" até ao "tutano".
Durante as últimas épocas, uma das críticas mais recorrentes do universo Portista era de que grande parte dos jogadores pareciam pior do que aquilo que realmente eram. Este ano, é com toda a propriedade que se pode dizer que alguns jogadores parecem bem melhores do que realmente são. Acho que existe um aproveitamento ao máximo da matéria-prima que se tem.
Neste momento, nenhum de nós sabe o que vai acontecer, muitos de nós fazem contas de cabeça e não podem deixar de ficar preocupados com tantas saídas difíceis, mas há um homem a quem te de ser creditado o facto de neste momento todos nós termos mais ou menos esperança na conquista do título: Nuno Espírito Santo.
Não é exagero dizer que Espírito Santo herdou uma tarefa complexa, dispõe de um plantel com todos os problemas mas que debatidos no universo Portista, apesar disso tudo, o técnico em que muitos poucos acreditavam (incluído eu!) nos meses que leva de trabalho, arregaçou as mangas, não se queixou, nem entrou em lamúrias, fez até agora um trabalho mais do que válido com a matéria-prima que tem. Mas sem dúvida o principal mérito de NES é o facto de ele nos ter posto a todos a acreditar em algo que há apenas 2 meses era uma miragem longe e utópica. Este mérito deve ser creditado a NES, independentemente do desfecho final.
E o futuro de médio e longo prazo do FC Porto irá depender de uma análise séria e completa de tudo aquilo que se tem passado, não pode ser uma análise que dependa apenas da bola que vai à barra, ou do ponto pelo qual se possa eventualmente perder um campeonato. Contra quase todas as expetativas, NES e este grupo de jogadores recuperou os valores fundamentais que fizeram do FC Porto o grande clube europeu dos últimos 30 anos, a cooperação, o espírito de grupo e de sacrifício, a união, o esforço até à última gota de suor. Porque depois a qualidade faz o resto, mas haver qualidade, sem nenhum destes ingredientes não serve de rigorosamente nada. O Real Madrid há décadas tem plantéis com muita qualidade, mas títulos foram poucos exatamente por causa disso, porque a qualidade apenas não chega.
Resta aos adeptos fazer o que têm feito e muito bem até aqui, ou seja, apoiar incondicionalmente a equipa, acompanhando-a pelo país inteiro, fazendo do Dragão uma autêntica fortaleza. As probabilidades e a lógica jogam contra nós, o cenário teoricamente não nos e favorável, mas pergunto: a história do grande FC Porto não foi feita de uma soma de improbabilidades que depois redundaram num enorme sucesso durante décadas?!?!
Acrescentaria que se nota também outro tipo de colaboração e apoio ao treinador: o papel emotivo e envolvido do Luis Gonçalves parece também ser um fator importante. Tenho-o visto a abraçar o Brahimi todas as vezes que este é substituído e deduzo que há ali um trabalho importante de comunhão entre o responsável pelo futebol e os futebolistas!...
ResponderEliminarCarnide, Braga, Chaves e Madeira, irão ser 4 cabos das tormentas.
ResponderEliminarPor outro lado espero que, depois de uma jornada completa, se estivermos em 1º o plantel continue com esta seriedade ao enfrentar os seguintes jogos.
É importante que não se perca o foco.
Abraços.
Eu também não acreditava! E se fiz "menos bem" não acreditar, agora faço MUITO BEM... ACREDITAR!
ResponderEliminarAbraço AZUL (MUITO) FORTE.
"Mas sem dúvida o principal mérito de NES é o facto de ele nos ter posto a todos a acreditar em algo que há apenas 2 meses era uma miragem longe e utópica. Este mérito deve ser creditado a NES, independentemente do desfecho final."
ResponderEliminarNem mais !!
E como Reine referiu, parece-me haver igualmente mérito a creditar ao Luis Gonçalves.
Acrescentaria ao papel importante que também Luís Gonçalves tem tido esta época como refere e bem o Reine Margot, outro nome: um homem que representa na perfeição a mística do FC Porto e que mais do que ninguém pode transmiti-la ao grupo, João Pinto!
ResponderEliminarCaro Filipe,
Teremos jogos teoricamente mais difíceis, como também refiro no post, mas a verdade é que em qualquer um dos jogos até final do campeonato, uma desatenção pode ser fatal, a começar já pela deslocação hoje a Arouca. É preciso manter o foco a 100% no campeonato, espero que não passe pela cabeça de ninguém outra coisa que não seja o jogo de hoje em Arouca.