08 fevereiro, 2019

MAUS ARES DO MINHO.


MOREIRENSE-FC PORTO, 1-1

No espaço de seis dias, o FC Porto deslocou-se duas vezes ao Minho e por lá deixou quatro pontos. Os Dragões continuam a sua senda de jogos sem conhecer o sabor da derrota, mas esta noite foi por muito pouco que o sabor amargo do pior resultado no futebol não aconteceu. No entanto, o empate desta noite, bem como o de Guimarães, deixaram à vista que os campeões nacionais poderão ver os seus dois mais próximos perseguidores a um e a dois pontos respectivamente. A margem de erro esgotou-se.


Foi um jogo que teve duas partes distintas. Uma com alguma superioridade do FC Porto e bem jogada com resposta dos Cónegos sempre que se proporcionava uma investida à área portista. A outra mais mastigada, com o Moreirense a criar dois lances de perigo em contra-ataque e depois a terminar com os golos que ditaram o empate e uma defesa de Jhonathan a salvar a honra do convento no último lance da partida.

Sérgio Conceição sabia que não poderia apresentar o seu melhor onze. Sem Marega, a equipa é uma, com Marega o conjunto muda inevitavelmente. O técnico portista apresentou o seu onze em 4x3x3. Na baliza e na defesa nada de novo, no meio-campo Danilo juntou-se a Herrera e Óliver e na frente de ataque Corona acompanhou Brahimi no apoio a Soares.

O FC Porto entrou no jogo agressivo e dominador, procurando chegar ao golo bastante cedo. Mas as oportunidades não surgiram no imediato. Soares teve o primeiro ensejo mas a bola enrolou-se nos pés e perdeu-se nas mãos de Jhonathan. Depois Brahimi, numa iniciativa individual pela esquerda, rematou fraco ao lado da baliza contrária. O Moreirense procurava responder mas apenas se sentia a ameaça.


A sua primeira oportunidade surgiu ao minuto 36 por Heriberto que, isolado frente a Casillas, permitiu a defesa do espanhol. Na resposta, Soares recebeu a bola de costas para a baliza e rematou de calcanhar com a bola a bater no pé de Jhonathan. A terminar o primeiro tempo, Óliver desperdiçou a grande oportunidade de inaugurar o marcador. Herrera cruzou na esquerda, Jhonathan desviou a bola, mas esta foi ter aos pés de Óliver. O médio espanhol rematou às malhas laterais quando tinha tudo para fazer o golo.

No reatamento, o Moreirense tentou aproveitar os espaços que o FC Porto dava nas costas e, por duas vezes, o golo esteve próximo. Heriberto e Arsénio remataram com grande perigo em dois contra-ataques seguidos.

O FC Porto dominava o jogo territorialmente, mas revelava-se incapaz de entrar na área do Moreirense. Os Dragões procuravam acercar-se da baliza de Jhonathan mas faziam-no de uma forma pouco clara e lúcida. Sérgio Conceição mexia na equipa. Retirou Óliver, Pepe e Brahimi e fez entrar Otávio, Fernando e André Pereira.


O FC Porto viu Jorge Sousa anular um golo a André Pereira e logo a seguir, aos 79 minutos, o Moreirense marcou o golo inaugural. Canto batido na direita, cabeceamento de Halliche à barra e, na recarga, Texeira bateu Casillas. Um balde de água fria, perto do fim do jogo, deixava pouca margem de manobra aos azuis-e-brancos.

O golo do empate surgiu dois minutos para além da hora, quando Corona teve uma jogada pela direita, cruzou para a área e a bola foi afastada pela defesa da casa. Otávio recepcionou, picou a bola para a pequena área e Herrera atirou para o golo, restabelecendo a igualdade. Antes de terminar o jogo, os Dragões dispuseram de uma oportunidade soberana para desfazer o empatar, mas Fernando não foi lesto, nem competente para bater Jhonathan.

O FC Porto mantém a liderança isolada na Liga NOS e aponta, desde já, baterias para Roma onde vai jogar a primeira mão dos oitavos-de-final da Champions League, diante da equipa local. O jogo está marcado para as 20:00 desta Terça-feira. A Liga NOS regressa no próximo Sábado com a recepção do FC Porto ao V. Setúbal.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Estou convicto que estaremos na frente no final"

Falta de eficácia
“Fizemos uma primeira parte de grande nível. Houve apenas uma defesa do Iker na primeira parte, nós tivemos algumas situações dentro da grande área que foram claras. Tivemos ocasiões para ir para o intervalo com vantagem no marcador. Na segunda parte, não entramos tão bem no jogo, permitimos ao Moreirense sair com algum perigo. Sofremos o golo através de uma situação de bola parada e, depois, continuamos à procura do golo. Fizemos o empate, tivemos mais uma ou outra oportunidade para sairmos daqui vencedores. Estamos a atravessar um momento no qual criamos, chegamos à baliza, mas não conseguimos meter a bola dentro. A diferença está na eficácia.”

Mudança tática
“Tivemos algumas situações de posse de bola muito interessantes. O Óliver apareceu muitas vezes em zonas que normalmente não aparece, o Héctor também. Fizemos todos os jogos da Liga dos Campeões a jogar em 4-3-3, não houve problema nesses encontros, até porque fizemos uma fase de grupos fantástica. É apenas um momento, no qual criamos imensas situações de golo e não concretizamos. Ficaria bastante preocupado se não conseguíssemos impor um volume de jogo ofensivo interessante como temos tido. Agora, o futebol faz-se de golos e o resultado no final tem a ver com isso.”


Mérito pelo trabalho coletivo
“Tivemos algumas ocasiões para ganhar o jogo de forma tranquila. Com certeza que o treinador do Moreirense dirá que o empate foi justo, mas estamos conscientes de que este é praticamente o 10.º jogo depois do início do ano. São muitos jogos. Este foi o 26.º jogo sem perder de forma consecutiva. É de louvar o trabalho que o grupo tem feito. Tenho a plena convicção de que este é apenas um momento e que, em jogos em que teremos menos situações de golo, iremos ganhar.”

Contas só no final
“Trabalhamos e refletimos sempre sobre as coisas que não são tão positivas no jogo. Somos o FC Porto, somos um clube vencedor. No ano passado estivemos à frente quase a época toda, passámos para trás quando faltavam dois meses para terminar a temporada, voltámos a colocarmo-nos na frente e, no final, fomos campeões. No final, veremos onde vamos estar. A minha convicção é que estaremos na frente.”

Arbitragem de Jorge Sousa
“Não falo mais de arbitragem até ao final da época.”



RESUMO DO JOGO

3 comentários:

  1. pois claro, ate pareço bruxo. Quando se joga em 4 3 3 o avançado tinha de ser sempre ou andre pereira ou fernando porque soares so joga bem de cabeça, deveria ter descansado filipe e jogado manafa, lomu estava no banco e teria sido decisivo com a força que tem, mas SC tem muita dificuldade em gerir jogadores, parece para ele haver hierarquias de tempo de equipa. Se repararem nao ganhamos fora a equipas melhoiresitas ( benfica, sporting, guimaraes, moreirense) mesmo em casa ao braga foi de aflitos e perdemos com o guimaraes. SC joga sempre com os mesmos ate eles rasgarem ou ficarem exautos, nao da oportunidades porque tem medo que o seu futebol nao funcione a procura de profundidade que sem marega e o pontape para a frente nao funciona. Esta epoca esta a ser uma replica da ultima onde ganhamos aos 90 minutos o titulo, começamos a perceber que o futebol de SC vai nu, uma equipa para gannar titulos tem de ter alguma classe e nao so potencia. quer que os criativos andem para tras e para a frente 90 minutos, resultado falham no momento de decidir.
    SC poe demasiada emotividade no jogo, atrai publico mas faz perder jogos quando em excesso e os fatos testemunham isso mesmo, a taça da liga ja la vai por falta de calma, assim como ira a taça de portugal e o campeonato se as coisas nao mudarem , mas SC e demasiado teimoso e convencido.
    Com a roma a jogar assim levamos 4 ou 5 se casillas e pepe nao refrearem aquilo.
    Mas que Deus nos valha muito sinceramente, ate agora o pior resultado e que faz toda a diferença foi a estupida derrota com o vitoria em casa depois de estar a ganhar por 2 a 0, so possivel pela falta de clarividencia de SC.

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  2. Vidente Mor um like seu comentário. Sou Porto e sou SC. Mas não tenho palas. Tirando a parte do André Pereira e do Fernando, sou completamente de acordo

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  3. Acho que há Portistas muito embora eu respeite,que só o são nas vitórias não me parece que o vidente mor seja portista mas temos que gramar.

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