Em homenagem a todas as Portistas e a todos os Portistas, parece-me importante dar a conhecer o "Manifesto para salvar o Futebol". Por extensão, a todas e todos que gostam de Futebol .
O Manifesto foi elaborado pela revista “Les Cahiers du football”. O conceito desta revista nasce em 1997, e aparece pela primeira vez nas bancas em Novembro de 2007. E, pouco a pouco, tornou-se uma publicação de referência do mundo do futebol em França, no que diz respeito, entre outros aspectos, à arbitragem e às suas regras.
A revista é mensal e custa três euros. Encontrar a edição papel num quiosque ou livraria pode reenviar para a uma vida em que os dias deveriam ter 48 horas. A revista tem, igualmente, uma edição one line que é diferente da edição papel.
Os “Cahiers du football” definem-se como a revista que vive de “Futebol e de Água Fresca”. Se o título é uma piscadela à mais que famosa revista “Les cahiers du Cinéma”, por sua vez, o slogan reenvia para o provérbio Francês que diz que quem está apaixonado pode viver de Amor e Água Fresca (eu acrescentaria: e esquecer os engarrafamentos !).
Pessoalmente, parece-me que o Manifesto apresenta sugestões cuja problemática já foi ultrapassada. E algumas reinvindicações também me parecem, totalmente, utópicas. Mas há que reconhecer que o Manifesto tem o mérito de existir e de criar debate. Vejam-se alguns exemplos que apresento sinteticamente:
Competições Nacionais: supressão da taça da liga, reabilitação da taça, redução do número de clubes no campeonato.
Competições Europeias: dar menos importância à liga dos campeões, reabilitação da taça uefa, ressuscitar a taça das taças.
Direito e Regulamentação: reforma das transferências, preservação dos laços orgánicos entre o futebol amador e o futebol profissional, preservação da propriedade colectiva dos direitos de difusão, ...
Calendário e Selecções Nacionais: harmonização do calendário mundial, limitação do número de competições, garantias para as equipas nacionais.
Economia e Gestão dos Clubes: proibição de cotação na bolsa, controle de gestão europeu, ...
A lista é grande. Trinta e três pontos que se articulam em redor de oito temas. Quem quer, pode encontrar facilmente, o manifesto na página web da referida revista.
Em contrapartida, já a posição da revista quanto à não utilização da vídeo pela arbitragem parece-me deveras interessante.
É um dossier bem elaborado sobre o qual se apoiou, salvo erro, Platini, nos mass média, para defender o não à vídeo em directo.
É um dossier que também mostra as diferenças entre o Futebol e o Rugby. Se o vídeo em directo é aceitável no Rugby, já não o é no Futebol.
Os dois textos seguintes (a publicar amanhã e no dia seguinte) assentarão na tentativa de tradução do referido dossier!
E Viva o Porto !
O Manifesto foi elaborado pela revista “Les Cahiers du football”. O conceito desta revista nasce em 1997, e aparece pela primeira vez nas bancas em Novembro de 2007. E, pouco a pouco, tornou-se uma publicação de referência do mundo do futebol em França, no que diz respeito, entre outros aspectos, à arbitragem e às suas regras.
A revista é mensal e custa três euros. Encontrar a edição papel num quiosque ou livraria pode reenviar para a uma vida em que os dias deveriam ter 48 horas. A revista tem, igualmente, uma edição one line que é diferente da edição papel.
Os “Cahiers du football” definem-se como a revista que vive de “Futebol e de Água Fresca”. Se o título é uma piscadela à mais que famosa revista “Les cahiers du Cinéma”, por sua vez, o slogan reenvia para o provérbio Francês que diz que quem está apaixonado pode viver de Amor e Água Fresca (eu acrescentaria: e esquecer os engarrafamentos !).
Pessoalmente, parece-me que o Manifesto apresenta sugestões cuja problemática já foi ultrapassada. E algumas reinvindicações também me parecem, totalmente, utópicas. Mas há que reconhecer que o Manifesto tem o mérito de existir e de criar debate. Vejam-se alguns exemplos que apresento sinteticamente:
Competições Nacionais: supressão da taça da liga, reabilitação da taça, redução do número de clubes no campeonato.
Competições Europeias: dar menos importância à liga dos campeões, reabilitação da taça uefa, ressuscitar a taça das taças.
Direito e Regulamentação: reforma das transferências, preservação dos laços orgánicos entre o futebol amador e o futebol profissional, preservação da propriedade colectiva dos direitos de difusão, ...
Calendário e Selecções Nacionais: harmonização do calendário mundial, limitação do número de competições, garantias para as equipas nacionais.
Economia e Gestão dos Clubes: proibição de cotação na bolsa, controle de gestão europeu, ...
A lista é grande. Trinta e três pontos que se articulam em redor de oito temas. Quem quer, pode encontrar facilmente, o manifesto na página web da referida revista.
Em contrapartida, já a posição da revista quanto à não utilização da vídeo pela arbitragem parece-me deveras interessante.
É um dossier bem elaborado sobre o qual se apoiou, salvo erro, Platini, nos mass média, para defender o não à vídeo em directo.
É um dossier que também mostra as diferenças entre o Futebol e o Rugby. Se o vídeo em directo é aceitável no Rugby, já não o é no Futebol.
Os dois textos seguintes (a publicar amanhã e no dia seguinte) assentarão na tentativa de tradução do referido dossier!
E Viva o Porto !
bOAS,
ResponderEliminarSempre na perseguição das novidades, os teus textos são pequenas preciosidades, dando a conhecer o outro lado do desporto...
Não conhecia os "cahiers du football", com um nome provavelmente inspirado nessa bíblia cinematográfica, os excelentes "cahiers du cinema"...
É um debate interessante. Já conhecia a posição de Platini, e concordo com alguns dos pontos focados, nomeadamente na reabilitação da UEFA, cada vez mais empobrecida pelo brilho da Champions...
Seria interessante, na minha opinião, a criação da nova Taça das Taças, com uns prémios monetários apelativos...
Qt ao resto, a harmonização do calendário do futebol é imperativa, pois muitos dos clubes europeus ficam depauperados, duantes um mês, dos seus atletas africanos, sempre k a CAN aparece...
Transportando essa realidade para o território nacional, se a diminuição dos clubes no campeonato nada de competitivo trouxe, seria urgnte debater de forma consciente o futuro do futebol. Estádios vazios, espectáculos deprimentes não são um cartão de visita apelativo. A fórmula do sucesso já começou a ser ensaiada pela Taça da Liga e pelos jogos da Selecção. Bilhetes baratos, abrindo as portas a um público jovem e a famílias, começando a inverter a tendência das reduzidas assistências...
Enfim, seria um tema com imenso para escrever, não se esgotando apenas numa visão economicista...
Para o final, essa capa da revist dava um belo alvo para um jogo de dardos:) Detesto o ar bonacheirão e arrogante do Domenech!
Abraço,
Tema interessante, aguardo com expectativa o que vem daí... Interessante em alguns pontos, principalmente no que concerne em termos económicos.
ResponderEliminarPor outro lado, parece-me muito difícil retirar importância por exemplo à Liga dos Campeões... Até para o Porto isso seria mau... Se não sao as competições Europeias a meter pica nisto, a época fica sem sabor...
Saudações azuis e brancas
Carlos Pinto
PS- Parabéns pelo Tema