27 outubro, 2012

Um Sábado ultra!

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Lá dedicámos, mais uma vez, um dia inteiro de apoio ao mágico Porto. O que para muitos é considerado uma “doença” ou até mesmo um desperdício de tempo, é por nós encarado como a única forma de estar neste mundo. O último Sábado foi passado na companhia dos meus, de manhã à noite, com o objectivo de apoiar o FC Porto em três modalidades distintas: futebol, andebol e hóquei em patins!

Num só dia fizemos vários km’s, andamos a “correr” de um lado para o outro, comemos à pressa, e chegámos a casa já depois da meia-noite. Acreditem que vale a pena.

Não foi a primeira vez que vimos três jogos num dia, nem dois jogos fora também no mesmo dia, mas não me lembro de alguma vez o ter feito, com um jogo em casa pelo meio. Passo então a relatar a grande aventura! O dia começa às 10h. O encontro com a malta foi ao final da manhã, no local do costume. Arrancámos para Vizela onde defrontámos e vencemos o Santa Eulália por 0-1, para taça de Portugal. Estava de volta o futebol depois da pausa para os compromissos das selecções. Chegámos por volta das 12h30 e lá demos com o estádio, no cimo de um monte, completamente deslocado do centro de Vizela.

Este é daquele tipo de jogos de que gosto. É fora, e embora não seja um derby ou um clássico, é um jogo onde há festa por todo o lado, principalmente quando o nosso clube defronta outros de escalões bem inferiores. Um dia vou puder dizer que me desloquei e Vizela para ver um Santa Eulália x FC Porto. Adquirimos o bilhete (o funcionário da bilheteira ainda tentou aldrabar-nos e vender a 10 eur, mas conseguimos a 8eur) e fomos para o “comes e bebes” nas roulotes das imediações. Portistas claramente em maioria, os adeptos “da casa” quase todos tinham os cachecóis dos dois clubes.

A repressão policial mais uma vez fez-se sentir, e tentou estragar a festa. Aliás, esse foi mesmo o único ponto negativo, tirando a exibição da nossa equipa, da deslocação a Vizela. À semelhança de Paços de Ferreira, a segurança do encontro está ao cargo da GNR. Carros, carrinhas, carroças, de tudo um pouco se viu em Vizela. O aparato era, mais uma vez, digno de estado de sítio. No fundo, e como já aqui disse uma vez, gosto do impacto que os ultras do FC Porto criam quando vão a qualquer lado. A excitação policial é indisfarçável. Cerca de meia hora antes entrámos. A revista foi minuciosa tal como... no estádio sem luz! Autenticamente! Uma revista pormenorizada, com perguntas pelo meio, como por exemplo, se eu fumava, etc. Todos os isqueiros ficaram à porta. Entrámos para o sector vistante, (excelente, sem cadeiras!!!) o pessoal começou-se a distribuir e a montar o material. A polícia, armadilhada até aos dentes, acompanhava todos os nossos movimentos, uns de cão e outros de “shoutgun” na mão!

O jogo é fraco e os ultras do FC Porto impedem que se torne sonolento. A equipa não corresponde aquilo que lhe damos. Foi a verdadeira antítese aquilo que se passou em campo e aquilo que se passou na bancada. A primeira parte foi razoável. O grande defeito continua a ser a velocidade com que se entoam os cânticos, e o pouco tempo que muitos deles duram. Na segunda parte foi o verdadeiro “show”. Enquanto dentro das quatro linhas se “dormia” à sombra do resultado, C95 (mais uma vez, que mentalidade!!) e SD estiveram em alta, com um cântico a ser entoado, talvez meia hora consecutiva, alterando-se uma das partes para “e quem não salta é lampião” e os “verdadeiros estão aqui”. Grande momento na Curva Portista, com os adeptos ditos normais de olhos postos em nós. Tempo também para (mais) uma tentativa de pegar um cântico criado pelo Grupo 21, e quase que se conseguiu, pelo menos em comparação com outras vezes.


O jogo termina às 16h15. O estádio vai ficando vazio e nós, retidos!! Retidos em Vizela!!! Os minutos passam, nós achamos aquilo uma brincadeira de mau gosto. Para quem não sabe, aquilo é assim, como durante o jogo não houve nada que justificasse uma carga policial, os robocops decidem reter-nos até os nervos ficarem à flôr da pele, e ao mínimo “porque é que não nos deixam sair??”, malham em nós! O pessoal controlou-se em demasia, diga-se. QUARENTA E CINCO MINUTOS depois, decidem abrir as portas! Às 17h saí do estádio, quase uma hora depois de terminado o jogo com o Santa Eulália de Vizela! Volto a referir que o estádio é completamente afastado do centro da cidade, não há casas, cafés, restaurantes, nada nas redondezas. Porquê 45 min retidos?! Tenho a dizer que em Carnide nunca fiquei mais de 40/45min depois do jogo. Nem quando o fomos lá campeões!! É dificil a vida de um ultra!

Chegámos ao Porto poucos minutos depois das 18h. Paragem no Dragão Caixa e toca a apoiar o andebol contra o Belenenses. Vitória categórica rumo ao Penta, que é o sonho desta modalidade, esta temporada. Pavilhão com menos de meia casa, os do costume marcaram presença. Termina o jogo por volta das 19h30, uns despedem-se, mas para outros o dia ainda não tinha acabado. Depois de Vizela e do Dragão Caixa, estava na hora de rumar a Vale de Cambra apoiar o hóquei em patins! Sempre contigo!! Pouco antes das 21h estávamos à porta do pavilhão, com cerca de uma dezena de elementos. A nós ainda se juntaram mais alguns, de maneira a que não faltasse apoio no resgaste do título nacional. Vencemos também categoricamente, sobre rodas, a equipa da casa. Equipa essa que contou com a sua claque, e verdade seja dita, mesmo em desvantagem grande parte do jogo, nunca deixaram de apoiar os seus. No final os jogadores agradeceram a nossa presença.

Final do terceiro jogo “in loco” e de outras tantas vitórias. Um Sábado que acaba por ser como tantos outros, de entrega e amor ao clube do coração. Depois de sairmos do pavilhão, ainda “invadimos” um restaurante em Espinho, para festejar as três vitórias e enfim, podermos recarregar as energias despendidas. Entrada em casa cerca de 15h depois de ter saido. Venha o próximo dia assim!

Freedom Pavlichenko!

3 jogos, 3 vitórias, 9 pontos, 3 milhões de euros. É este o saldo do FC Porto no final da primeira volta da fase de grupos da liga milionária. Ganhar era um passo de gigante rumo aos oitavos-de-final e assim aconteceu. Vitória por 3-2 num jogo onde claramente ficou a sensação que somos muito melhor equipa que o Dinamo Kiev, escusados são aqueles relaxes cada vez que nos encontramos a ganhar. Um jogo onde a eficácia foi rainha e deu a ideia que mal acelarávamos o jogo, voltávamos à vantagem. Temos tudo para seguir em frente, mas agora é não descuidar e continuar a encarar os jogos com seriedade, pois se isso não acontecer, e visto que o Dinamo Zagreb é o bombo da festa, há a possibilidade de as outras três equipas acabarem o grupo com 12 pontos. Claro que é apenas uma mera possibilidade, pois acredito categoricamente que passaremos isolados em primeiro lugar.

Começando pelos visitantes, da Ucrânia marcaram presença não mais de 200 adeptos. Talvez um pouco mais do que franceses, mas não muito mais. O dia começou com imensa chuva, melhorou ao longo da tarde, mas mesmo assim não conseguimos ter 30 mil nas bancadas. Continuam as más assistências, contra os lagartos e o PSG não chegámos aos 40 mil, e na quarta estiveram 29 317. O apoio foi razoável.

Na Norte, o Colectivo, mesmo do sitio onde eu estou, fez-se ouvir algumas vezes, enquanto que na Sul, os SD tiveram vários picos de forma. Nenhum dos sectores encheu totalmente. Na superior sul as prestações vão sendo semelhantes, há os que por iniciativa puxam pela curva e não deixam morrer um cântico e depois há os que vão atrás. Deste jogo e para além da vitória, destaco três coisas: a música para o Varela, uma versão adaptada de “oh na ri na”, que já alguns jogos que tentamos pegar, a estreia no Dragão do novo “e quem não salta é lampião”, iniciado no último Sábado em Vizela, e a frase para um adepto do Dinamo que está detido, sem provas nenhumas contra ele. Frase levantada pelos SD durante a segunda parte, que mereceu aplausos de todos os ultras presentes. Para quem não percebeu o significado, é em solidariedade para com esse adepto e o grupo ao qual pertence. Missão cumprida.

Com o Porto sempre, pelo Porto tudo!

Pinto o meu rosto de azul, parto sem medo para o Sul...

Um abraço ultra.

3 comentários:

  1. Em Vizela, estive a ver o jogo próximo de vocês, obviamente com um cachecol dos dois clubes. eheheh

    Mas não pude deixar de reparar no que a polícia vos provoca! É uma autêntica pouca vergonha! Depois vi uma coisa que me deixou chocado, um dos vossos elementos quis comprar um MARS ao vendedor de bancada, e este virou costas, como se tivesse instruções para isso (sim porque em Viela sabe-se receber!).

    Quanto à saída do estádio, foi efectivamente outra pouca vergonha, na bancada poente saíram todos pelo mesmo portão (exceptuando Os ultras), isto com outro portão trancado ``as 7 chaves! Nem sequer queriam deixar passar uma criança, que não teria mais de 5 anos, para que fosse aos WC!!!

    Lamento que vos tenham retido durante esse tempo, até porque como se pôde constatar 90%/95% dos espectadores seriam portistas!

    Quanto à venda de bilhetes, falarei com umas pessoas com influência no CCD, para lhes relatar o sucedido!

    PS: da parte deste portista, tenho a agradecer todo o espectáculo que os ultra do FCP (C95 e SD) têm dado aos adeptos e ao clube!

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  2. Bom Dia Malta Ultra

    Acho muito bem e apoio a existencia da faixa alusiva ao adepto preso. Tambem nisso e tal como a malta do celtic faz, tambem o movimento ultra ao inves de ser conoctado com desordeiros deveriamos começar por abarçar determinadas causas de intervenção social. Nao nos podemos esquecer do assassinato de Gabriele Sandri pela policia italiana no proxima mes. Essas causas são deveras nossas de todos os ultras que pelo seu amor ao clube sofrem todas as especies de vexames
    FORÇA PORTO SO UNIDOS PODEMOS VENCER

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  3. Exemplos e testemunhos da fraude eleitoral podem ser vistos aqui:
    http://oantilampiao.blogspot.pt/2012/10/fraude-nas-eleicoes-da-agremiacao.html

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