18 outubro, 2012

Casa ou Fora… Dragões de Um Azul Só!!!

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Lotação esgotada… A melhor forma de entrar a ganhar!?!?

Com o futebol cada vez mais equiparado a uma estrutura empresarial, onde os clubes de topo gerem milhões e somam parcelas a orçamentos avultados, muito por culpa das exorbitâncias que pagam, pela compra das melhores competências com a bola nos pés, era presumível que desafio após desafio, relvado atrás de relvado, o efeito fosse uma consecutiva soma de vitórias e a tabela classificativa fosse não mais que um somar de três em três.

O futebol há muito não se tem como matemática ou ciência exata, já todos se convenceram, quantos não debateram a lógica da vitória que bateu no poste e catapultou para momentos de glória, emblemas cujas cores nos eram totalmente desconhecidas.

Coletivamente o futebol conexo de inúmeras variáveis, quantifica cada vez mais as vantagens do fator casa, na avaliação correlativa entre os desempenhos intra e extra muros!

Por entre questões técnicas/táticas, que sempre há que levar em conta face ao adversário da contenda, salvo alteração pontual ao nível dos nomes que não da identidade do Dragão, este prelúdio de 9 jogos oficiais, mostra claramente um Azul a 2 tons.

Azul Forte… Imbatíveis em casa, competentes ao nível da finalização, assim como no que respeita ao manter inviolável o último reduto, expressivos, dinâmicos, em alguns momentos avassaladores e com muitas das nossas mais-valias a emanar qualidade por tudo o que é poro, traduzindo trajetória positiva feita de entendimento entre a conceção natural do crescimento dos mais novos e a noção pelo saudável ciclo de ganhar.

Azul Fosco, mate, pálido no que ao conceito de resiliência este Dragão se teria de promover e/ou revestir, quando vai à jogo além pontes do Douro.

Nunca percebi em mim e nas minhas conceções, qual a melhor forma de construir uma equipa, contudo sei que sobre qualquer relvado ou outra perene ideia, esta deve ter como trave mestra o bom futebol e uma coluna condutora de identidade.

A cada 90 minutos no Dragão, vejo um 11 que provém qualidade, modelar face as exigências, estrangulador de espaços táticos onde o adversário possa crescer, banalizando linhas de construção, coartando qualidade alguns bons nomes do futebol atual.

Após o PSG na Champions, e uns bons 20 minutos frentes aos Viscondes, instalou-se em mim como que um efeito de Halo, onde a qualidade e personalidade deste Porto de VP, me atira para impressões que uma vez capazes de jogar e demonstrar tais competências, teremos outras performances similares ou superiores.

A receção aos Vitorianos de Guimarães, tinha sido causadora dessa mesma 1ª impressão, super valorizando características e traços de jogo, cujo inócuo contendor Beira-Mar, apenas ajudou a dourar o caminho face à possibilidade de adversidades e outras complexidades, com que nenhum destes adversários nos confrontou.

Visão ampla, uma linha defensiva nova nos envolvimentos pelas laterais, ponto conexo da certeza que construir bom futebol também parte por pensar de trás para a frente. Cerne tático de um qualquer 11, o meio campo, pensa e determina coordenadas, constrói jogo mesmo de posições mais recuadas, idealiza posse, temporiza e mede os princípios de jogo, solidifica a equipa num todo, ligando setores, imaginando ruturas por entre as ultimas linhas, relacionando espaços interiores com largura nas faixas, em que Jackson Martinez é um 9 que cada vez mais se move em função da equipa.

Intra muros este Azul carregado de intenções no pressing alto, logo a partir da 1ª fase de construção rival, onde o sair a jogar curto, os expõe a riscos sempre que não feito com velocidade de processos, obrigando-se ao descaraterizar da transição em apoio, por troca com o passe longo, jogando apenas com sentido de profundidade e ou erro alheio, obrigando-se a outras especificidades e interpretes nessa forma de jogar.

Pode jogar-se melhor ou pior, o que não compreendo é como posso passar do efeito Halo ao seu prejuízo contrário, o efeito Horn, tendo como tenho este FC Porto como pano de fundo.

Cada jogo fora de portas é antítese das competências e adjetivos alcandorados a exibição caseira anterior, parece mais um meio jogar, limiar de sucesso, por força de ideias de controlo de jogo, reforçando ações de cobertura defensiva, baixando bloco como princípio de equilíbrio em detrimento do que são ideias de profundidade e pressão, obrigando a maior esforço tático e físico, a que se interliga o desgaste emocional do que é ver os azuis e brancos combaterem a ideia que é não ter bola e serem geridos pelos ritmos de terem de a recuperar.

Nem sempre se fazem bons jogos, mas custa-me mais perceber tanta diferença entre jogar fora ou em casa no que respeita as intenções e ideias que se levam para esses mesmos jogos.

Nas palavras ficam as intenções, na falta de ações ficam os empates e a perda de pontos, resultado não, do controlar do jogo, mas da ideia mais que provada e refutada de que é possível controlar um resultado.

Percebo que jogar no Dragão, é um estímulo que transforma o jogo da equipa, sumptuosidade emocional, instinto voraz e inato da qualidade de quem traja as nossas vestes… honra lhes seja feita, são e somos muitos os que os acompanham onde quer que vão e como tal não é pedir muito que quando entrem em campo, seja em casa ou fora, sempre que nas bancadas estiver um de nós… Ganhar é o mínimo, porque somos Dragões de Um Azul Só!!!!

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