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Paris Saint Germain 2-1 FC Porto
UEFA Champions League, grupo A, 6.ª jornada
4 de Dezembro de 2012.
Parc des Princes, em Paris.
Assistência: 45.512 espectadores.
Árbitro: Craig Thomson (Escócia).
Assistentes: Derek Rose e Alasdair Ross.
Quarto árbitro: Graham Chambers.
Assistentes adicionais: Steven McLean e Kevin Clancy.
PARIS SAINT-GERMAIN: Sirigu; Van der Wiel, Alex, Thiago Silva (cap.) e Maxwell; Lavezzi, Chamtôme, Matuidi e Pastore; Ménez e Ibrahimovic.
Substituições: Lavezzi por Verratti (77m), Ménez por Jallet (85m) e Pastore por Nenê (88m).
Não utilizados: Douchez, Sakho, Armand e Sissoko.
Treinador: Carlo Ancelotti.
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James.
Substituições: Fernando por Defour (70m), Varela por Atsu (84m) e Alex Sandro por Abdoulaye (85m).
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber.
Treinador: Vítor Pereira.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: Thiago Silva (29m), Jackson Martínez (33m) e Lavezzi (61m)
Cartões amarelos: Otamendi (29m), Lavezzi (76m), Thiago Silva (84m), James (84m), Danilo (90m), Alex (90m+2) e Mangala (90m+2).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.
A gestão e as poupanças de Vítor Pereira no fim-de-semana passado seriam sempre esmiuçadas e sujeitas a crítica. Afinal, e como se diz na gíria, o treinador dos Dragões pôs-se a jeito e... levou por tabela.
A visão sui generis que o FC Porto dos dias de hoje tem da Taça de Portugal e da Taça da Liga tem-se vindo a tornar, não raras vezes, num enorme dissabor para a nação azul e branca. Se por um lado a estrutura comandada pelo Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa anda, muitas vezes, de candeias às avessas com as entidades organizadoras destas competições, por outro lado não é menos verdade que o clube - como instituição - e o seu plantel têm de estar obrigatoriamente acima dessas quezílias. Uma coisa são as batalhas nos gabinetes e nos circuitos do poder; outra é o que passa no relvado. E aí devemos, tal como nos finais dos anos 70, "comer a relva". Mais a mais, a própria estrutura sempre habituou os adeptos a formar onzes preparados e aptos a ganhar quaisquer jogos que disputem, sejam eles onde forem, seja para que competição for.
Tenho na memória, inclusivamente, uma triste partida disputada em Alvalade - ainda na era do Prof. Jesualdo Ferreira - onde fomos goleados e aviados da Taça da Liga por 4x1, utilizando quase na íntegra jogadores com pouca rodagem e até (pasme-se!) júniores. Nada mais nada menos que contra um rival.
Daí que entenda que a equipa que Vítor Pereira apresentou diante dos arsenalistas, actualmente o terceiro melhor plantel português sem margem para dúvidas, não será propriamente a sua equipa, antes seguindo uma filosofia ou teoria geral que percorre a estrutura do clube, da pirâmide ao topo. Joga-se em Braga como se joga em Vizela contra o Santa Eulália. A filosofia não admite excepções e é para acatar. Cansaço de ganhar? Demonstração de força? Aposta exclusiva nos milhões da Champions League? Ignoro. Só sei que o clube perde uma oportunidade de enriquecer as suas vitrinas. Taças nunca são demais e aparente normalidade com que o plantel encarou a saída prematura da Taça de Portugal assustou-me, confesso.
Até porque, como se viu, não seria líquido que a gestão efectuada em Braga resultasse num sucesso na Opération Paris. Os milionários do PSG têm, como se viu, uma equipa muito bem apetrechada que, em eliminatórias a duas mãos, se pode transformar num caso sério. Ancelotti armou uma equipa muito atacante para este encontro, com Pastore e Lavezzi (muito bem apoiado por Wan der Wiel) a carrilarem jogo pelas linhas laterais e com o inevitável Ibrahimovic a servir de alavanca ao jogo ofensivo parisiense, lançando bolas nas costas da defensiva portista para o veloz Ménez.
Aliás, o estilo de jogo do PSG faz lembrar um pouco aquele Marselha que o Porto de Mourinho encontrou na sua caminhada triunfal até Gelsenkirchen. Futebol rápido e atlético, de dois ou três toques, muitas vezes com bolas directamente bombeadas para o ponta-de-lança. O sueco Ibrahimovic, tal como o então jovem Drogba desse tempo, serve de catapulta a todo o jogo ofensivo gaules, ora tabelando, ora desmarcando de peito e de cabeça para Ménez. Tal e qual o o costa-marfinense fazia com o egípcio Mido.
Mais atrás, os incansáveis médios centro Chantome e Matuidi assumiam o papel sujo do jogo francês, bem secundados por Alex e Thiago Silva. Não foi com surpresa, portanto, que assistimos a um FC Porto a precisar de uma bomba para a asma nos primeiros 20 minutos. Fomos sendo encostados às cordas até que veio de novo à tona o ponto mais fraco da equipa portista este ano, que já vínhamos alertando aqui: as bolas paradas defensivas. Bola tensa para a área, Thiago Silva salta sozinho perante a apatia de Danilo e aí estava o golo do PSG, já merecido.
O jovem lateral brasileiro ficou, de novo, num curto espaço de dias, muito mal na fotografia. É certo que se redimiu do erro na jogada que deu o golo a Jackson, na qual partiu os rins a Pastore e cruzou com conta, peso e medida para a cabeça do colombiano. Mas estes erros são indamissíveis em jogos deste calibre e Danilo terá que trabalhar muito se quiser começar a justificar o investimento que em si foi realizado.
É verdade que o jogo foi bem disputado, com períodos onde o PSG foi nitidamente mais forte (com uma mão cheia de oportunidades), mas também com momentos de posse e troca de bola muito bons da parte do FC Porto, mostrando que em nada é inferior aos chamados tubarões europeus e que pode ir para os oitavos-de-final com confiança e com capacidade de, claramente como underdog, se posicionar como capaz de causar surpresa. O céu como limite, como diz o Presidente. Basta para isso (como se fosse pouco...) que nenhum dos seus jogadores se apresente em sub-rendimento, ao contrário do que hoje sucedeu.
Helton foi, objectivamente, o responsável pela derrota desta noite. É verdade que as suas defesas nos têm dado muitos pontos e muitas vitórias ao longo dos anos, isso é inquestionável. Mas também não é menos verdade que já nos vai habituando a estes amargos de boca na alta roda do futebol europeu. É esta, quanto a mim, a grande diferença entre o brasileiro e Vítor Baía. Apenas essa. Mas trata-se de uma grande diferença. Enquanto que um se transcendia neste tipo de jogos, outro parece que se diminui ou desconcentra. Precisamos do melhor Helton na Champions e não deste que se distrai ou se deixa afectar pelo ambiente.
No entanto, não podemos eleger Helton como o único elemento com classificação negativa. Já falamos de Danilo. Fernando também não foi o Polvo e ainda se nota que está à procura da melhor forma. Também Varela voltou a não confirmar o seu valor neste patamar. Moutinho e James, não jogando mal, deles espera-se sempre mais, a diferença, a classe, o imprevisível, o génio. E hoje isso esteve invisível.
Notas positivas também as há, claramente. Os centrais estiveram rotinados, Alex Sandro caminha a passos largos para se tornar no melhor lateral esquerdo da sua geração, Lucho voltou a ser um dínamo de pressão e de distribuição de jogo e Jackson voltou a facturar e a mostrar para quem quiser ver, todos os seus pormenores de classe.
Resumindo, baralhando e concluindo... a gestão de Braga não surtiu o efeito desejado. A equipa sofre duas derrotas seguidas, uma delas perfeitamente evitável, com consequências no plano interno, pois traduz-se no abandono da segunda competição nacional mais importante. Afinal de contas, ficar em primeiro ou segundo no grupo da Champions tratava-se mais de uma questão de orgulho e ambição do que propriamente de uma questão técnica ou desportiva. Nesta fase já não há equipas fáceis e, por isso, esta foi uma semana infeliz para as hostes azuis e brancas.
No entanto, ver o Helton na área do PSG no último lance do desafio diz bem naquilo que o FC Porto se transformou hoje em dia: num tubarão europeu de pleno direito. Daqueles que não aceita perder, mesmo num jogo quase a feijões, em casa de uma das equipas mais caras do futebol mundial. A camisola amarela de Helton, nos minutos finais no Parque dos Princípes, representa a nossa grandiosidade e o nosso poderio. Pena que não tivesse sido também aplicado esse princípio em Braga.
Rodrigo de Almada Martins
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
"Viemos com a expectativa de ficar em primeiro lugar, o que não foi possível. Foi um jogo difícil, em que revelámos alguns momentos de qualidade e outros em que não fomos capazes de suster a qualidade do Paris Saint-Germain. Avançamos para a próxima fase acreditando que é possível permanecer na Liga dos Campeões. O nosso plantel é constituído por 25 jogadores e eu tenho que manter os níveis motivacionais altos, para transmitir um sinal claro de que conto com todos. Fiz a gestão que achei necessária para jogar em Braga com o objectivo de ganhar e hoje coloquei a equipa que achei mais indicada para poder discutir o encontro. O objectivo fundamental era passar a fase de grupos, o que já foi conseguido há muito tempo. Agora vamos aguardar pelo sorteio."
João Moutinho
"Perdemos, mas saímos daqui com uma boa exibição e com oportunidades criadas para conseguirmos outro resultado. Não o conseguimos, mas estamos na próxima fase da Liga dos Campeões, que era o principal objectivo. Queríamos o primeiro lugar, mas, infelizmente, não o conseguimos."
Jackson Martínez
"Perdemos um jogo em que estávamos bem e a solução é pensar na próxima fase da prova. Tivemos boas oportunidades para evitar a derrota; eu tive uma muito clara, que, caso tivesse concretizado, teria virado completamente o jogo."
Otamendi
"Temos pena de não termos terminado o grupo na primeira posição, mas creio que transmitimos uma boa imagem. A equipa fez um bom jogo, cometeu alguns erros, mas sai com a cabeça bem levantada."
RESUMO DO JOGO
UEFA Champions League, grupo A, 6.ª jornada
4 de Dezembro de 2012.
Parc des Princes, em Paris.
Assistência: 45.512 espectadores.
Árbitro: Craig Thomson (Escócia).
Assistentes: Derek Rose e Alasdair Ross.
Quarto árbitro: Graham Chambers.
Assistentes adicionais: Steven McLean e Kevin Clancy.
PARIS SAINT-GERMAIN: Sirigu; Van der Wiel, Alex, Thiago Silva (cap.) e Maxwell; Lavezzi, Chamtôme, Matuidi e Pastore; Ménez e Ibrahimovic.
Substituições: Lavezzi por Verratti (77m), Ménez por Jallet (85m) e Pastore por Nenê (88m).
Não utilizados: Douchez, Sakho, Armand e Sissoko.
Treinador: Carlo Ancelotti.
FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James.
Substituições: Fernando por Defour (70m), Varela por Atsu (84m) e Alex Sandro por Abdoulaye (85m).
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber.
Treinador: Vítor Pereira.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: Thiago Silva (29m), Jackson Martínez (33m) e Lavezzi (61m)
Cartões amarelos: Otamendi (29m), Lavezzi (76m), Thiago Silva (84m), James (84m), Danilo (90m), Alex (90m+2) e Mangala (90m+2).
Cartões vermelhos: nada a assinalar.
A gestão e as poupanças de Vítor Pereira no fim-de-semana passado seriam sempre esmiuçadas e sujeitas a crítica. Afinal, e como se diz na gíria, o treinador dos Dragões pôs-se a jeito e... levou por tabela.
A visão sui generis que o FC Porto dos dias de hoje tem da Taça de Portugal e da Taça da Liga tem-se vindo a tornar, não raras vezes, num enorme dissabor para a nação azul e branca. Se por um lado a estrutura comandada pelo Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa anda, muitas vezes, de candeias às avessas com as entidades organizadoras destas competições, por outro lado não é menos verdade que o clube - como instituição - e o seu plantel têm de estar obrigatoriamente acima dessas quezílias. Uma coisa são as batalhas nos gabinetes e nos circuitos do poder; outra é o que passa no relvado. E aí devemos, tal como nos finais dos anos 70, "comer a relva". Mais a mais, a própria estrutura sempre habituou os adeptos a formar onzes preparados e aptos a ganhar quaisquer jogos que disputem, sejam eles onde forem, seja para que competição for.
Tenho na memória, inclusivamente, uma triste partida disputada em Alvalade - ainda na era do Prof. Jesualdo Ferreira - onde fomos goleados e aviados da Taça da Liga por 4x1, utilizando quase na íntegra jogadores com pouca rodagem e até (pasme-se!) júniores. Nada mais nada menos que contra um rival.
Daí que entenda que a equipa que Vítor Pereira apresentou diante dos arsenalistas, actualmente o terceiro melhor plantel português sem margem para dúvidas, não será propriamente a sua equipa, antes seguindo uma filosofia ou teoria geral que percorre a estrutura do clube, da pirâmide ao topo. Joga-se em Braga como se joga em Vizela contra o Santa Eulália. A filosofia não admite excepções e é para acatar. Cansaço de ganhar? Demonstração de força? Aposta exclusiva nos milhões da Champions League? Ignoro. Só sei que o clube perde uma oportunidade de enriquecer as suas vitrinas. Taças nunca são demais e aparente normalidade com que o plantel encarou a saída prematura da Taça de Portugal assustou-me, confesso.
Até porque, como se viu, não seria líquido que a gestão efectuada em Braga resultasse num sucesso na Opération Paris. Os milionários do PSG têm, como se viu, uma equipa muito bem apetrechada que, em eliminatórias a duas mãos, se pode transformar num caso sério. Ancelotti armou uma equipa muito atacante para este encontro, com Pastore e Lavezzi (muito bem apoiado por Wan der Wiel) a carrilarem jogo pelas linhas laterais e com o inevitável Ibrahimovic a servir de alavanca ao jogo ofensivo parisiense, lançando bolas nas costas da defensiva portista para o veloz Ménez.
Aliás, o estilo de jogo do PSG faz lembrar um pouco aquele Marselha que o Porto de Mourinho encontrou na sua caminhada triunfal até Gelsenkirchen. Futebol rápido e atlético, de dois ou três toques, muitas vezes com bolas directamente bombeadas para o ponta-de-lança. O sueco Ibrahimovic, tal como o então jovem Drogba desse tempo, serve de catapulta a todo o jogo ofensivo gaules, ora tabelando, ora desmarcando de peito e de cabeça para Ménez. Tal e qual o o costa-marfinense fazia com o egípcio Mido.
Mais atrás, os incansáveis médios centro Chantome e Matuidi assumiam o papel sujo do jogo francês, bem secundados por Alex e Thiago Silva. Não foi com surpresa, portanto, que assistimos a um FC Porto a precisar de uma bomba para a asma nos primeiros 20 minutos. Fomos sendo encostados às cordas até que veio de novo à tona o ponto mais fraco da equipa portista este ano, que já vínhamos alertando aqui: as bolas paradas defensivas. Bola tensa para a área, Thiago Silva salta sozinho perante a apatia de Danilo e aí estava o golo do PSG, já merecido.
O jovem lateral brasileiro ficou, de novo, num curto espaço de dias, muito mal na fotografia. É certo que se redimiu do erro na jogada que deu o golo a Jackson, na qual partiu os rins a Pastore e cruzou com conta, peso e medida para a cabeça do colombiano. Mas estes erros são indamissíveis em jogos deste calibre e Danilo terá que trabalhar muito se quiser começar a justificar o investimento que em si foi realizado.
É verdade que o jogo foi bem disputado, com períodos onde o PSG foi nitidamente mais forte (com uma mão cheia de oportunidades), mas também com momentos de posse e troca de bola muito bons da parte do FC Porto, mostrando que em nada é inferior aos chamados tubarões europeus e que pode ir para os oitavos-de-final com confiança e com capacidade de, claramente como underdog, se posicionar como capaz de causar surpresa. O céu como limite, como diz o Presidente. Basta para isso (como se fosse pouco...) que nenhum dos seus jogadores se apresente em sub-rendimento, ao contrário do que hoje sucedeu.
Helton foi, objectivamente, o responsável pela derrota desta noite. É verdade que as suas defesas nos têm dado muitos pontos e muitas vitórias ao longo dos anos, isso é inquestionável. Mas também não é menos verdade que já nos vai habituando a estes amargos de boca na alta roda do futebol europeu. É esta, quanto a mim, a grande diferença entre o brasileiro e Vítor Baía. Apenas essa. Mas trata-se de uma grande diferença. Enquanto que um se transcendia neste tipo de jogos, outro parece que se diminui ou desconcentra. Precisamos do melhor Helton na Champions e não deste que se distrai ou se deixa afectar pelo ambiente.
No entanto, não podemos eleger Helton como o único elemento com classificação negativa. Já falamos de Danilo. Fernando também não foi o Polvo e ainda se nota que está à procura da melhor forma. Também Varela voltou a não confirmar o seu valor neste patamar. Moutinho e James, não jogando mal, deles espera-se sempre mais, a diferença, a classe, o imprevisível, o génio. E hoje isso esteve invisível.
Notas positivas também as há, claramente. Os centrais estiveram rotinados, Alex Sandro caminha a passos largos para se tornar no melhor lateral esquerdo da sua geração, Lucho voltou a ser um dínamo de pressão e de distribuição de jogo e Jackson voltou a facturar e a mostrar para quem quiser ver, todos os seus pormenores de classe.
Resumindo, baralhando e concluindo... a gestão de Braga não surtiu o efeito desejado. A equipa sofre duas derrotas seguidas, uma delas perfeitamente evitável, com consequências no plano interno, pois traduz-se no abandono da segunda competição nacional mais importante. Afinal de contas, ficar em primeiro ou segundo no grupo da Champions tratava-se mais de uma questão de orgulho e ambição do que propriamente de uma questão técnica ou desportiva. Nesta fase já não há equipas fáceis e, por isso, esta foi uma semana infeliz para as hostes azuis e brancas.
No entanto, ver o Helton na área do PSG no último lance do desafio diz bem naquilo que o FC Porto se transformou hoje em dia: num tubarão europeu de pleno direito. Daqueles que não aceita perder, mesmo num jogo quase a feijões, em casa de uma das equipas mais caras do futebol mundial. A camisola amarela de Helton, nos minutos finais no Parque dos Princípes, representa a nossa grandiosidade e o nosso poderio. Pena que não tivesse sido também aplicado esse princípio em Braga.
Rodrigo de Almada Martins
DECLARAÇÕES
Vítor Pereira
"Viemos com a expectativa de ficar em primeiro lugar, o que não foi possível. Foi um jogo difícil, em que revelámos alguns momentos de qualidade e outros em que não fomos capazes de suster a qualidade do Paris Saint-Germain. Avançamos para a próxima fase acreditando que é possível permanecer na Liga dos Campeões. O nosso plantel é constituído por 25 jogadores e eu tenho que manter os níveis motivacionais altos, para transmitir um sinal claro de que conto com todos. Fiz a gestão que achei necessária para jogar em Braga com o objectivo de ganhar e hoje coloquei a equipa que achei mais indicada para poder discutir o encontro. O objectivo fundamental era passar a fase de grupos, o que já foi conseguido há muito tempo. Agora vamos aguardar pelo sorteio."
João Moutinho
"Perdemos, mas saímos daqui com uma boa exibição e com oportunidades criadas para conseguirmos outro resultado. Não o conseguimos, mas estamos na próxima fase da Liga dos Campeões, que era o principal objectivo. Queríamos o primeiro lugar, mas, infelizmente, não o conseguimos."
Jackson Martínez
"Perdemos um jogo em que estávamos bem e a solução é pensar na próxima fase da prova. Tivemos boas oportunidades para evitar a derrota; eu tive uma muito clara, que, caso tivesse concretizado, teria virado completamente o jogo."
Otamendi
"Temos pena de não termos terminado o grupo na primeira posição, mas creio que transmitimos uma boa imagem. A equipa fez um bom jogo, cometeu alguns erros, mas sai com a cabeça bem levantada."
RESUMO DO JOGO
Os relatadores/comentadores do jogo na TVI metem muito nojo...... mais valia transmitirem o jogo do slbosta amanhã... desculpem o desabafo
ResponderEliminarPois é, como dizia o outro, perdemos pau e bola..... paciência, é levantar a cabeça e seguir em frente.
ResponderEliminarEm teoria, e na prática como se viu hoje, o jogo de Paris seria um jogo de elevado risco, em que qualquer resultado teria sensivelmente a mesma probabilidade, ou seja, um verdadeiro jogo de tripla.
ResponderEliminarO PSG tem uma equipa fortíssima do meio campo para a frente, com jogadores de nível mundial como Ibrahimovic, Pastore, Lavezzi, Menez ou Nenê… Depois ainda tem bons jogadores lá atras como Thiago Silva, Maxwell, Alex… Resumindo uma equipa de milhões com um treinador experiente, e que daqui a uns tempos poderá ser uma verdadeira potência europeia!
Há que enquadrar portanto o jogo de hoje, não o desgarrando do atual contexto e tentando perceber todas os seus fatores explicativos.
Feita esta introdução, devo dizer que pelo que vi no jogo do Dragão com o PSG sempre pensei que, apesar dos bons jogadores dos franceses, o FC Porto teria todas as condições para passar o grupo em 1º, porque foi esta a posição que ocupou desde o inicio, porque demonstrou superioridade evidente nos 5 jogos anteriores, e porque sempre pensei que a equipa chegaria a Paris totalmente fresca e concentrada, após o descanso de alguns jogadores em Braga, jogo que ditou a eliminação da taça.
Eu detesto vitórias morais, detesto mesmo… Prefiro vencer sem jogar nada, e com um coro imenso de críticas de tudo e todos, do que jogar alguma coisa, ter bons momentos e no fim do jogo perder…
Acho que hoje o FC Porto não jogou mal, teve posse de bola em vários momentos, apresentou boas movimentações ofensivas, reagiu de forma excelente ao 1º golo do PSG, com um belo cruzamento de Danilo e belíssimo movimento de Jackson, controlando bem o jogo até ao intervalo.
Depois na 2ª parte, a entrada mostrou um jogo mais tático e menos rápido… Eis senão quando num lance totalmente inofensivo, um remate fraco de Lavezzi e...... qual não é o meu espanto quando vejo a bola no fundo da baliza depois de um monumental (e raro) frango de Helton. Estava feito o 2/1 num erro clamoroso de Helton. O FC Porto precisaria agora de ir para cima do PSG tentar o empate.
Ainda assim, apesar do duro revés, ainda tivemos vários remates perigosos até ao fim, o mais perigoso deles num lance em que Lucho com a baliza totalmente à mercê rematou por cima num incrível falhanço!
Estava consumada a derrota… Agora não vale a pena chorar muito… Não vale a pena fazermos suposições do tipo “se o Helton não tivesse dado um frango”, “se não tivéssemos poupado tanto em Braga pelo menos teríamos passado na taça”… Enfim, tudo pensamentos que naturalmente percorrão a mente de todos os Portistas, mas tudo suposições que agora de pouco valem…
Sinto-me dececionado, mas não derrotado, porque não perco a esperança de ver o FC Porto fazer uma boa campanha na champions esta época… Por mais análises táticas que se possam fazer, a grande verdade é que perdemos 2 jogos consecutivos em grande parte devido a erros individuais clamorosos de excelentes jogadores (que não deixam de o ser por terem errado) de onde menos se esperava… Foram pormenores que ditaram a nossa sorte… Perderam-se dois objetivos importantes, prosseguir na taça e ficar em 1º no grupo da champions, mas mantém-se a esperança de fazer uma boa figura nos oitavos da champions e de revalidar o titulo nacional… Agora é trabalhar bem para mudar esta má sequência de resultados e dar a volta à sempre desagradável situação de perder 2 jogos seguidos…
Quanto ao adversário nos oitavos será um de 7 (pressupondo que se mantém as posições das equipas que jogam amanha):
1) Barcelona;
2) Man. Utd;
3) B. Munique;
4) Borussia Dortmund;
5) Schalke 04;
6) Shakthar D;
7) Málaga.
Em minha opinião, temos 3 adversários verdadeiros TUBARÕES (Barça, United e Bayer M) e 4 adversários em que repartiremos o favoritismo, mas que serão sempre jogos de tripla... Apesar de tudo Málaga ou Shakthar seriam equipas perfeitamente ao alcance do FC Porto...
no jogo que definia o 1º ou 2º lugar do grupo, a equipe dos tostões visitava o mais recente papão dos milhões na europa, mas o que vi, foi uma exibição personalizada do FCPorto, em largos momentos do jogo, com controlo absoluto do jogo, dominando o adversário... mas ali, na liga dos Campeões, quem facilita, morre... e Helton foi muito infeliz, borrando a pintura com uma autentica frangalhada, apesar das 2/3 enormes defesas.
ResponderEliminarhá que levantar a cabeça, seguir em frente, e esperar que "amanhã", as coisas sejam bem diferentes... para melhor!
o melhor, a passagem aos oitavos, já estava mesmo conseguido... agora, era apenas uma questão de liderança, orgulho ou chamem-lhe o que quiserem... ficamos pelo 2º lugar, mas quanto a mim, pouca coisa se altera relativamente ao que pensava antes deste jogo... ficando em 1º, podíamos apanhar o tubarão A ou B... ficando em 2º lugar, aumentava um pouco o grau de dificuldade, mas os tubarões seriam essencialmente 4, porque os outros, são equipes que temos as mesma armas para combater, sem medos ou receios.
portanto, quando o sorteio chegar, logo veremos se foi assim tão mau ficar em 2º lugar... veremos.
Eu "adorei" foi ouvir o Querido Manha a dizer que o Porto na época passada, teve 8 derrotas mas não houve duas seguidas... Ele a começar as teorias de crise que, certamente, virão em catadupa nos pasquins do Sul...
ResponderEliminar“Taças nunca são demais e aparente normalidade com que o plantel encarou a saída prematura da Taça de Portugal assustou-me, confesso.” – subscrevo, caro RAM. É preciso dizer as coisas, não escondê-las.
ResponderEliminarE mais não acrescento, senão os do complexo de culpa vulgo síndroma de treinador, caiem já em cima de mim. Embora ninguém saiba (e eu muito menos…) se toda esta encenação foi obra do VP. Se calhar até nem foi… e isso AINDA MAIS PREOCUPANTE É.
Pois, pois, como eu dizia, foram “pau e bola”… Mas o único e constrangedor resultado foi o de Braga, não o de Paris.
Olá Portistas!
ResponderEliminarRAM , parabéns pelo texto , a análise feita está muito construtiva e realista do que se passou naquele fantástico ambiente do Parc des Princes.
Hoje em dia é dificíl encontrar na net lucidez na hora da derrota, encontra-se muita estupidez e pouca crítica construtiva. Neste aspecto este texto é um oásis no meio de tanto deserto de ideias.
O futebol pisa cada vez mais terrenos perigosos , onde o dinheiro vale mais que tudo e assim vai-se perdendo identidade que deu tanto trabalho a construir.
FORÇA PORTO!
Quando se joga para o empate, como penso que o FC Porto jogou, face às diferentes atitudes adoptadas, antes e depois de estar a perder, pelas duas vezes, arrisca-se a perder.
ResponderEliminarEssa máxima voltou a funcionar em pleno.
Efectivamente, os Dragões só mostraram o que valem nessa situação, o que convenhamos, não é a atitude certa para quem tem ambições europeias. Isso mais um conjunto de erros primários e fatais, que em alta competição se pagam caras ditaram a merecida derrota.
Esta equipa tem que ser mais consistente se quer continuar na prova. Eu acho que não está ainda suficientemente madura para ambicionar voos mais altos, qualquer que seja o próximo adversário.
Um abraço
Depois de ler tantos comentários em que se procura uma explicação para a derrota eu tenho uma opinião que pode não agradar aos demais comentadores desta página.Pois bem, há muitos anos que os nossos treinadores vêm fazendo gestão de jogadores nas diferentes competições onde participamos e raras foram as vezes em que isso resultou mas, todos eles cometem os mesmos erros pois acreditam que as reservas devem jogar para a Taça e os titulares para as outras competições e o resultado é aquilo que todos vemos.Um treinador inteligente depois de estar apurado para a fase seguinte da liga dos campeões devia interessar-se mais pela Taça de Portugal do que o 1º.lugar na Champions isso era obrigação dele fazer o que o ditado diz(Vale mais um pássaro na mão que dois a voar)mas,este senhor nunca ouviu falar disso e vai daí deu dois tiros nos pés,um em Braga e outro em Paris com outro erro de permitir que o Lucho fizesse 90 minutos de jogo quando ele já nem sequer corria isto sim é ser incapaz de ver o óbvio e por aqui me fico com saudações portistas a todos aqueles que sentem o clube como eu mesmo vivendo na terra dos mouros.
ResponderEliminarFaleceu Azumir, ex-futebolista do FC Porto. Obrigado por tudo, Azumir. Descansa em paz.
ResponderEliminarhttp://www.fcporto.pt/Noticias/Clube/noticiaclube_clubeazumir_041212_72448.asp
Nem o tão desejado 1º Lugar, nem 1 Milhão ,nem taça de Portugal ou seja muito bem Bravo treinador ! Es o maior! Incrivel. Só mais uma coisa, sr. blue boy não venhas com os paleios dos tostoes e milhoes pois isto smp foi assim e smp vai ser, e se queres fazer esse tipo de comparação então tens o BragaxPorto em que nós somos os milhões e perdemos. OBRIGADO!
ResponderEliminarA excitação dos pasquins do sul pelas duas derrotas consecutivas do FC Porto vai ficar seguramente mais contida pois “os cornudos do salão de festas” não conseguiram ganhar aos juniores do Barcelona, que até acabaram o jogo com 10 elementos…
ResponderEliminarOs encornados foram para o lugar que lhes é devido: a p*** da rua!
Para os pasquins do sul, a crise está no FC Porto que é a única equipa portuguesa nos oitavos e é líder do campeonato… Imagino se tivéssemos sido eliminados por não conseguir ganhar a celtics e spartaks moscovo (a esses clubes já ganhamos várias vezes a brincar na liga Europa) e depois de não ter conseguido ganhar aos juniores (sim aos juniores!) do Barcelona…
Obrigado Celtic!
Obrigado Spartak!
Obrigado juniores do Barcelona!