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FC Porto 2004-FC Barcelona 2006, 4-4
Jogo de campeões - Deco, mágico para sempre
25 de Julho de 2014
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 49.410 espectadores.
Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia).
Assistentes: José Ramalho e José Lima.
FC PORTO 2004: Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa (cap.), Pedro Emanuel e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Alenichev e Deco; Derlei e Benni McCarthy.
Jogaram ainda: Alenichev, Jorge Andrade, Jankauskas, Mário Silva, Ricardo Fernandes, Sérgio Conceição, Bruno Vale, Ricardo Carvalho, Rubens Júnior, Bruno Moraes e Secretário
Treinador: Fernando Santos.
FC BARCELONA 2006: Jorquera; Belletti, Oleguer, van Bronckhorst e Sylvinho; van Bommel, Gerard e Davids; Giuly, Gudjohnsen e Ezquerro.
Jogaram ainda: Luizão, Djalminha, Vítor Baía, Deco, Eto'o e Messi.
Treinador: Henk ten Cate.
Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Derlei (3m), McCarthy (15m), Eto'o (54m e 66m), Deco (56m e 90m), Jankauskas (61m) e Messi (80m).
A banda sonora bem poderia ter sido de Chico Buarque e houve tanto Porto nesta despedida. Nada faltou ao jogo de campeões: nem golos, nem espectáculo, nem os cânticos que marcaram a carreira de Deco com a camisola azul e branca. Num Estádio do Dragão cheio, o "Mágico" marcou pelas duas equipas mais importantes da carreira e pelas quais foi campeão europeu, em 2004 e 2006. Faltaram muitos elementos destas duas formações históricas, mas o simbolismo foi mais do que evidente.
O resultado final foi um salomónico empate (4-4), com Deco a ditar o resultado final no último lance do jogo. O ex-camisola dez ainda joga e faz jogar: os catalães recuperaram no marcador com ele em campo e com a colaboração de Messi, um dos convidados de honra, que mostrou como, com pezinhos de lã, se dá a volta a um resultado.
O resultado era naturalmente, o que menos interessava. Os portistas vinham à procura de ver no relvado grandes craques do presente (com Messi à cabeça) e do passado, de rever os campeões europeus de 2004 e, acima de tudo, de homenagear Deco. Sempre que tomou a palavra e o protagonismo, o ex-camisola dez foi aplaudido de pé por um estádio com lotação esgotada. O primeiro desses momentos foi para dirigir algumas palavras ao público e para chamar um a um os jogadores presentes.
"Queria agradecer-vos por me terem feito esta homenagem, que só foi possível graças ao FC Porto e ao seu presidente. Este clube vai estar sempre no meu coração, foi aqui que cresci como homem e aprendi o que é o futebol e o valor de poder vencer, por isso estou eternamente grato a vocês", disse através da instalação sonora do Dragão. O "mágico" recebeu ainda lembranças do FC Porto (pela mão de Jorge Nuno Pinto da Costa) e do FC Barcelona.
Como diria Quinito, ex-treinador dos Dragões, foi uma partida "entretida", naturalmente jogada a um ritmo lento. O FC Porto chegou ao 2-0 em 15 minutos, com golos de Derlei (após assistência de McCarthy) e do próprio sul-africano, após passe de Deco. Os Dragões pareceram sempre mais competitivos do que o adversário (há características que nunca se perdem) e o público vibrou não só com os golos mas também com os cortes de Jorge Costa, com a forma como o meio-campo portista continuava a tricotar como nos velhos tempos (mais devagar, claro está) e com as defesas de Vítor Baía.
Logo aos quatro minutos da primeira parte, o FC Barcelona fez entrar três pesos pesados: Deco (que foi com Vítor Baía o único futebolista a alinhar pelas duas formações), Messi (que revolucionou verdadeiramente o encontro) e Eto'o. Estas substituições desequilibraram a balança, com os catalães a tornarem-se muito mais perigosos na frente e a chegarem ao empate em três minutos, fruto de duas arrancadas de Messi. Na primeira serviu Eto'o, na segunda o guarda-redes Bruno Vale ainda tirou a bola dos pés do argentino, mas o ressalto sobrou para Deco, que, com um chapéu, fez o 2-2. E o luso-brasileiro ainda teve tempo para pedir desculpas por marcar na "baliza errada".
A defesa do FC Porto recompôs-se - saiu Jorge Andrade, que, ao ser substituído, "encenou" o celébre "pontapé" em Deco que o tirou da segunda-mão das meias-finais da Champions, em 2004 -, o meio-campo voltou a "pegar" no jogo e, depois de Sérgio Conceição acertar no poste, Jankauskas recolocou o FC Porto a vencer (3-2). Porém, a equipa do FC Barcelona, mais jovem e claramente com mais "pulmão" no segundo tempo, cedo voltou a empatar, com nova intervenção de Messi, que isolou Eto'o para o 3-3. E o vice-campeão do Mundo quase parece ter-se sentido obrigado a marcar no estádio em que se estreou como sénior, há dez anos. Fez o 4-3 para os forasteiros, com um golpe de cabeça após cruzamento de Eto'o.
O espectáculo ficou completo com o 4-4, da autoria de Deco (com mais um toque cheio de classe por cima do guarda-redes), no último segundo, e, depois, com a despedida ao som de "A kind of magic" e uma volta emocionada ao estádio. Fica ainda outra certeza: o Dragão está aprovado no ensaio geral e pronto para o regresso ao futebol competitivo. A apresentação da equipa é já no domingo, a partir das 17h45.
DECLARAÇÕES
Deco: “Foi um dia fantástico”
O ex-jogador agradeceu aos adeptos, ao FC Porto, à família e aos filhos
Deco despediu-se dos relvados no Dragão, o palco em que tantas alegrias deu aos adeptos azuis e brancos. No final da partida entre FC Porto 2004 e Barcelona 2006, o “Mágico” estava emocionado e demonstrou-se feliz por ter o “carinho, respeito e admiração de todos”, após quase duas décadas de carreira como futebolista.
Em declarações logo após o final do jogo, Deco falou da sua “vida nestes últimos anos”: “Ganhar títulos é muito importante e muito bom, mas o que acaba por ficar mesmo da carreira de futebolista é o carinho, respeito e admiração que tenho de todos”. Apesar de não gostar de rever os próprios jogos, Deco prometeu ainda que irá relembrar a partida no Estádio do Dragão: “Sem dúvida que vou ver este jogo novamente, com os meus filhos. Foi uma festa bonita”.
Mais tarde, ao Porto Canal, Deco agradeceu a todos os que estiveram envolvidos: adeptos, FC Porto, família e filhos. "Foi um dia fantástico. Foi uma festa melhor do que eu esperava, memorável, e penso que os adeptos também se lembrarão sempre deste jogo”.
A vida de futebolista, afirmou Deco, foi a que sempre quis: “Valeu tudo a pena, todos os sacrifícios, por uma vida fantástica, porque sempre quis ser jogador de futebol. Faria tudo 100 por cento igual e queria agradecer a todos os meus amigos que vieram - quando se tem jogadores desta qualidade dentro de campo, num jogo entre as duas equipas que marcaram a minha vida, torna-se sempre um bom jogo”.
RESUMO DO JOGO
Jogo de campeões - Deco, mágico para sempre
25 de Julho de 2014
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 49.410 espectadores.
Árbitro: Lubos Michel (Eslováquia).
Assistentes: José Ramalho e José Lima.
FC PORTO 2004: Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa (cap.), Pedro Emanuel e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Alenichev e Deco; Derlei e Benni McCarthy.
Jogaram ainda: Alenichev, Jorge Andrade, Jankauskas, Mário Silva, Ricardo Fernandes, Sérgio Conceição, Bruno Vale, Ricardo Carvalho, Rubens Júnior, Bruno Moraes e Secretário
Treinador: Fernando Santos.
FC BARCELONA 2006: Jorquera; Belletti, Oleguer, van Bronckhorst e Sylvinho; van Bommel, Gerard e Davids; Giuly, Gudjohnsen e Ezquerro.
Jogaram ainda: Luizão, Djalminha, Vítor Baía, Deco, Eto'o e Messi.
Treinador: Henk ten Cate.
Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Derlei (3m), McCarthy (15m), Eto'o (54m e 66m), Deco (56m e 90m), Jankauskas (61m) e Messi (80m).
A banda sonora bem poderia ter sido de Chico Buarque e houve tanto Porto nesta despedida. Nada faltou ao jogo de campeões: nem golos, nem espectáculo, nem os cânticos que marcaram a carreira de Deco com a camisola azul e branca. Num Estádio do Dragão cheio, o "Mágico" marcou pelas duas equipas mais importantes da carreira e pelas quais foi campeão europeu, em 2004 e 2006. Faltaram muitos elementos destas duas formações históricas, mas o simbolismo foi mais do que evidente.
O resultado final foi um salomónico empate (4-4), com Deco a ditar o resultado final no último lance do jogo. O ex-camisola dez ainda joga e faz jogar: os catalães recuperaram no marcador com ele em campo e com a colaboração de Messi, um dos convidados de honra, que mostrou como, com pezinhos de lã, se dá a volta a um resultado.
O resultado era naturalmente, o que menos interessava. Os portistas vinham à procura de ver no relvado grandes craques do presente (com Messi à cabeça) e do passado, de rever os campeões europeus de 2004 e, acima de tudo, de homenagear Deco. Sempre que tomou a palavra e o protagonismo, o ex-camisola dez foi aplaudido de pé por um estádio com lotação esgotada. O primeiro desses momentos foi para dirigir algumas palavras ao público e para chamar um a um os jogadores presentes.
"Queria agradecer-vos por me terem feito esta homenagem, que só foi possível graças ao FC Porto e ao seu presidente. Este clube vai estar sempre no meu coração, foi aqui que cresci como homem e aprendi o que é o futebol e o valor de poder vencer, por isso estou eternamente grato a vocês", disse através da instalação sonora do Dragão. O "mágico" recebeu ainda lembranças do FC Porto (pela mão de Jorge Nuno Pinto da Costa) e do FC Barcelona.
Como diria Quinito, ex-treinador dos Dragões, foi uma partida "entretida", naturalmente jogada a um ritmo lento. O FC Porto chegou ao 2-0 em 15 minutos, com golos de Derlei (após assistência de McCarthy) e do próprio sul-africano, após passe de Deco. Os Dragões pareceram sempre mais competitivos do que o adversário (há características que nunca se perdem) e o público vibrou não só com os golos mas também com os cortes de Jorge Costa, com a forma como o meio-campo portista continuava a tricotar como nos velhos tempos (mais devagar, claro está) e com as defesas de Vítor Baía.
Logo aos quatro minutos da primeira parte, o FC Barcelona fez entrar três pesos pesados: Deco (que foi com Vítor Baía o único futebolista a alinhar pelas duas formações), Messi (que revolucionou verdadeiramente o encontro) e Eto'o. Estas substituições desequilibraram a balança, com os catalães a tornarem-se muito mais perigosos na frente e a chegarem ao empate em três minutos, fruto de duas arrancadas de Messi. Na primeira serviu Eto'o, na segunda o guarda-redes Bruno Vale ainda tirou a bola dos pés do argentino, mas o ressalto sobrou para Deco, que, com um chapéu, fez o 2-2. E o luso-brasileiro ainda teve tempo para pedir desculpas por marcar na "baliza errada".
A defesa do FC Porto recompôs-se - saiu Jorge Andrade, que, ao ser substituído, "encenou" o celébre "pontapé" em Deco que o tirou da segunda-mão das meias-finais da Champions, em 2004 -, o meio-campo voltou a "pegar" no jogo e, depois de Sérgio Conceição acertar no poste, Jankauskas recolocou o FC Porto a vencer (3-2). Porém, a equipa do FC Barcelona, mais jovem e claramente com mais "pulmão" no segundo tempo, cedo voltou a empatar, com nova intervenção de Messi, que isolou Eto'o para o 3-3. E o vice-campeão do Mundo quase parece ter-se sentido obrigado a marcar no estádio em que se estreou como sénior, há dez anos. Fez o 4-3 para os forasteiros, com um golpe de cabeça após cruzamento de Eto'o.
O espectáculo ficou completo com o 4-4, da autoria de Deco (com mais um toque cheio de classe por cima do guarda-redes), no último segundo, e, depois, com a despedida ao som de "A kind of magic" e uma volta emocionada ao estádio. Fica ainda outra certeza: o Dragão está aprovado no ensaio geral e pronto para o regresso ao futebol competitivo. A apresentação da equipa é já no domingo, a partir das 17h45.
DECLARAÇÕES
Deco: “Foi um dia fantástico”
O ex-jogador agradeceu aos adeptos, ao FC Porto, à família e aos filhos
Deco despediu-se dos relvados no Dragão, o palco em que tantas alegrias deu aos adeptos azuis e brancos. No final da partida entre FC Porto 2004 e Barcelona 2006, o “Mágico” estava emocionado e demonstrou-se feliz por ter o “carinho, respeito e admiração de todos”, após quase duas décadas de carreira como futebolista.
Em declarações logo após o final do jogo, Deco falou da sua “vida nestes últimos anos”: “Ganhar títulos é muito importante e muito bom, mas o que acaba por ficar mesmo da carreira de futebolista é o carinho, respeito e admiração que tenho de todos”. Apesar de não gostar de rever os próprios jogos, Deco prometeu ainda que irá relembrar a partida no Estádio do Dragão: “Sem dúvida que vou ver este jogo novamente, com os meus filhos. Foi uma festa bonita”.
Mais tarde, ao Porto Canal, Deco agradeceu a todos os que estiveram envolvidos: adeptos, FC Porto, família e filhos. "Foi um dia fantástico. Foi uma festa melhor do que eu esperava, memorável, e penso que os adeptos também se lembrarão sempre deste jogo”.
A vida de futebolista, afirmou Deco, foi a que sempre quis: “Valeu tudo a pena, todos os sacrifícios, por uma vida fantástica, porque sempre quis ser jogador de futebol. Faria tudo 100 por cento igual e queria agradecer a todos os meus amigos que vieram - quando se tem jogadores desta qualidade dentro de campo, num jogo entre as duas equipas que marcaram a minha vida, torna-se sempre um bom jogo”.
RESUMO DO JOGO
Fiquei espantado com a resistência do relvado...Tem apenas uma semana de existência.
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