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1 - O Meu Portismo é Maior Que o Teu
Confesso que a proliferação de textos (muito, muitíssimo) críticos em relação à atitude de outros Portistas me deixa um pouco perplexo.
Confesso, ainda, que o tom depreciativo e agressivo, muitas vezes ofensivo, utilizado me deixa ainda mais atónito.
Tenho registado um aumento exponencial deste género de prosas, talvez porque o treinador é novo e não é consensual, talvez porque atravessamos uma altura de ruptura com o passado ou, ainda, talvez porque cada vez mais assumimos as nossas diferenças no seio deste grande (grandioso!) espaço que nos une – o FCPorto.
A moda de textos com o mote O Meu Portismo é Maior Que o Teu ou então Sou Mais Portista do Que Tu é uma realidade assustadora.
Não por ser a celebração da diferença – o que, em democracia, e o FCPorto é uma democracia, é salutar e bem-vindo -, mas por, na generalidade dos casos, assentar numa pura e redutora lógica de crítica à crítica, pretendendo-se, assim, limitar o espaço de discussão sem, no entanto, notar que, dessa forma, se vem reduzindo o argumentário a níveis de imbecilidade.
Exemplos:
E andamos nisto, sem discutir, de forma serena e, por isso mesmo, produtiva, o que realmente importa: as tácticas, os lances, os erros (porque toda a gente os comete), as escolhas e etc..
Estou certo que há Portistas de pipoca tão Portistas como um Super Dragão.
E um clube é isto mesmo – um conjunto de pessoas que, vivendo e sentindo as coisas de forma diferente, encontra um factor de união que prevalece sobre todos os outros: o amor ao FCPorto.
2 - A Rotatividade de LopesTelles
A rotatividade de LopesTelles é o tema do momento.
Esta gestão constante e musculada do plantel é algo que não se registava há muito tempo no FCPorto. Não me recordo, aliás, de assistir a tamanha rotação de jogadores.
Mas a verdade é que, de igual forma, há muito que o FCPorto não apresentava um plantel tão equilibrado quanto o da época 2014/2015 e isso faz toda a diferença. Há vários anos que as equipas eram compostas por 14, no máximo 15 jogadores titulares, acrescido de alguns miúdos que vinham da equipa B ou da formação que integravam o plantel mas que, verdadeiramente, não tinham oportunidades de aparecer (Ivanildo, Vieirinha, Hélder Barbosa, Sérgio Oliveira, Ukra e etc.).
Hoje a coisa é diferente – e ainda bem.
Para além daquele chavão mais ou menos óbvio do “escolher os jogadores que melhor se adequam às necessidades de cada concreto jogo”, a rotatividade de LopesTelles pretende garantir – parece-me – a gestão física dos jogadores, assegurando que, ao longo da época, não se registam oscilações de forma.
Tal gestão não deve, no entanto, descurar os resultados.
Por assim dizer, o futuro não deve sacrificar o presente e o presente são vários empates seguidos.
Podemos especular e críticar mas entendo que o melhor juiz da rotatividade de LopesTelles será, como em quase tudo, o tempo.
Se a equipa conseguir manter um registo equilibrado de resultados que lhe permita andar a par e passo dos clubes de bairro, sem cavar diferenças significativas na classificação, penso que a gestão física dos jogadores poderá produzir frutos lá para Fevereiro/Março, altura crucial para a definição final do campeonato.
O campeonato é longo e, esperemos, a champions também. Vamos aguardar.
Se resultar, o homem é um génio.
Se não resultar, o espanhol é doido.
Mas não é assim sempre?
Pedro Ferreira de Sousa
Confesso que a proliferação de textos (muito, muitíssimo) críticos em relação à atitude de outros Portistas me deixa um pouco perplexo.
Confesso, ainda, que o tom depreciativo e agressivo, muitas vezes ofensivo, utilizado me deixa ainda mais atónito.
Tenho registado um aumento exponencial deste género de prosas, talvez porque o treinador é novo e não é consensual, talvez porque atravessamos uma altura de ruptura com o passado ou, ainda, talvez porque cada vez mais assumimos as nossas diferenças no seio deste grande (grandioso!) espaço que nos une – o FCPorto.
A moda de textos com o mote O Meu Portismo é Maior Que o Teu ou então Sou Mais Portista do Que Tu é uma realidade assustadora.
Não por ser a celebração da diferença – o que, em democracia, e o FCPorto é uma democracia, é salutar e bem-vindo -, mas por, na generalidade dos casos, assentar numa pura e redutora lógica de crítica à crítica, pretendendo-se, assim, limitar o espaço de discussão sem, no entanto, notar que, dessa forma, se vem reduzindo o argumentário a níveis de imbecilidade.
Exemplos:
- Se criticas a rotatividade de LopesTelles é porque não és um verdadeiro Portista!
- Se colocas em causa a forma de gestão das contratações é porque és Portista de pipoca (termo que poderia até ser engraçado não fosse a raiva com que é pronunciado e escrito)!
- Se pretendes perceber o racional subjacente à compra do Estádio e ao aumento de capital é porque rasgaste o teu cartão de sócio, se é que alguma vez o tiveste!
- Se assobias um passe errado é porque não és digno da camisola azul e branca!
E andamos nisto, sem discutir, de forma serena e, por isso mesmo, produtiva, o que realmente importa: as tácticas, os lances, os erros (porque toda a gente os comete), as escolhas e etc..
Estou certo que há Portistas de pipoca tão Portistas como um Super Dragão.
E um clube é isto mesmo – um conjunto de pessoas que, vivendo e sentindo as coisas de forma diferente, encontra um factor de união que prevalece sobre todos os outros: o amor ao FCPorto.
2 - A Rotatividade de LopesTelles
A rotatividade de LopesTelles é o tema do momento.
Esta gestão constante e musculada do plantel é algo que não se registava há muito tempo no FCPorto. Não me recordo, aliás, de assistir a tamanha rotação de jogadores.
Mas a verdade é que, de igual forma, há muito que o FCPorto não apresentava um plantel tão equilibrado quanto o da época 2014/2015 e isso faz toda a diferença. Há vários anos que as equipas eram compostas por 14, no máximo 15 jogadores titulares, acrescido de alguns miúdos que vinham da equipa B ou da formação que integravam o plantel mas que, verdadeiramente, não tinham oportunidades de aparecer (Ivanildo, Vieirinha, Hélder Barbosa, Sérgio Oliveira, Ukra e etc.).
Hoje a coisa é diferente – e ainda bem.
Para além daquele chavão mais ou menos óbvio do “escolher os jogadores que melhor se adequam às necessidades de cada concreto jogo”, a rotatividade de LopesTelles pretende garantir – parece-me – a gestão física dos jogadores, assegurando que, ao longo da época, não se registam oscilações de forma.
Tal gestão não deve, no entanto, descurar os resultados.
Por assim dizer, o futuro não deve sacrificar o presente e o presente são vários empates seguidos.
Podemos especular e críticar mas entendo que o melhor juiz da rotatividade de LopesTelles será, como em quase tudo, o tempo.
Se a equipa conseguir manter um registo equilibrado de resultados que lhe permita andar a par e passo dos clubes de bairro, sem cavar diferenças significativas na classificação, penso que a gestão física dos jogadores poderá produzir frutos lá para Fevereiro/Março, altura crucial para a definição final do campeonato.
O campeonato é longo e, esperemos, a champions também. Vamos aguardar.
Se resultar, o homem é um génio.
Se não resultar, o espanhol é doido.
Mas não é assim sempre?
Pedro Ferreira de Sousa
Grande, grande texto, especialmente se me permite a primeira metade. Adulto e muito assertivo. Por vezes fica a ideia que o bom Portista deve ser desprovido de sentido crítico, deve ser cego, surdo e mudo. Esta época ainda não houveram grandes motivos para criticar o que seja, mas tomando por exemplo o "disparate" Paulo zfonseca da época transata em que jogo após jogo se via que aquilo não teria emenda e a tal critica continuava crime, "ah e tal críticas não és Portista", " ah e tal são estes os Portistas da pipoca que em vez de apoiar criticam", quando o tempo veio dar razão às coses críticas. E basta recuar 30 anos na história do nosso clube para percebermos que a critica, a ambição, o não conformismo foram a alavanca para aquilo que hoje com muito orgulho somos e fizemos.
ResponderEliminarOlá portistas.
ResponderEliminarO que é a rotatividade? Trocar 1,2,3 quanto é? É que tirando o jogo do Boavista (se não rodava nesse, não rodava em mais nenhum). POr opção ele trocou 1 ou 2 jogadores, o resto ou é por lesão ou por castigo. Se se derem ao trabalho de verificar os 11 desta época verificam isso. A imprensa lisboeta anda semear a discordia entre nós para esconder vergonha de futebol que jogam, os resultados de caca que vão tendo(o Sporting 2V,4E,1D) e as vitórias a conta dos árbitros de que ninguem fala. Vamos ter calma e apoiar, sem deixar de serem críticos como é obvio, é tão carneiro o que só vê coisas boas no FCP como aquele que só vê coisas má. Têm é de encontrar o meio termo, mas apoiar sempre para não continuarmos a dar tiros nos pés como andamos a fazer desde a saída do AVB.
Miguel
"Há vários anos que as equipas eram compostas por 14, no máximo 15 jogadores titulares, acrescido de alguns miúdos que vinham da equipa B ou da formação que integravam o plantel mas que, verdadeiramente, não tinham oportunidades de aparecer (Ivanildo, Vieirinha, Hélder Barbosa, Sérgio Oliveira, Ukra e etc.)."
ResponderEliminaré tudo verdade mas podias acrescentar na parte dos jovens também "e flops argentinos e brasileiros sem qualidade para jogar pelo FC Porto" que era o que nós tinhamos há uns anos atrás.
Kléber, Addy, Stepanov, Mariano, Tomás Costa, Nelson Benitez, Valeri, Prediger, Lino, Bolatti, Andrés Madrid, Luis Aguiar, Leandrinho, Kazmierczak, Jorginho, Renteria, Edgar, Bruno Moraes, Lucas Mareque, Leandro (defesa esquerdo), Sonkaya, Sandro (trinco), Ibarra, Hugo Leal, Rossato, Claúdio Pitbull, Leandro Bonfim, Maciel, Evaldo.
Era isto que tínhamos, daí não haver rotatividade.
Hoje queixam-se da rotatividade, não percebendo que se trata de um luxo.
No fundo é isso...
ResponderEliminarTEXTO CERTEIRO
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