05 outubro, 2014

UNIÃO.

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"Uma imagem intemporal..."

Já se tornou moda ver algumas fatias da massa associativa a pedir a cabeça do treinador do FC Porto em fases iniciais da época. Tirando Mourinho (e mesmo este ouviu das boas depois de um empate em casa com o Belenenses em 2002) e André Villas-Boas, nos últimos 10 anos tivemos Victor Fernandez, Co Adriaanse, Jesualdo Ferreira, Vítor Pereira e Paulo Fonseca a serem questionados precocemente, mostrando que treinar o FC Porto pode ser uma oportunidade de carreira fantástica para somar troféus mas é também um desafio complicadíssimo e que exige nervos de aço.

Embora pareça moda recente, a verdade é que este hábito também encontra paralelismos no passado. Recuando até aos 80s e 90s, Artur Jorge, Tomislav Ivic, Carlos Alberto Silva, António Oliveira e Fernando Santos podem ter sido treinadores de sucesso nas Antas, no entanto nunca poderão dizer que viveram sempre em paz, mesmo nas fases de maior sucesso. Somos sem dúvida um clube vencedor como poucos, com muitas tardes e noites de sonho, mas com adeptos com um temperamento muito especial, capazes de ferver em pouquíssima água e construir relações de amor/ódio quase de semana a semana. E com particular falta de paciência para treinadores de futebol.

Até ai nada de especialmente diferente do que se vai passando com o novo timoneiro Julen Lopetegui. O basco, a avaliar pelas primeiras impressões um homem de forte temperamento, com personalidade para pensar pela própria cabeça e pouco dado a ceder a pressões, ajuda a que esse processo “natural” seja ainda mais automático. Ajudar a trazer jogadores seus conhecidos, mudar alguns hábitos, romper com processos habituais e ainda sentar no banco e tirar a braçadeira recém entregue ao jogador mais emblemático do plantel é um livre passe para a contestação após um qualquer... empate!

Se no passado estas crises de amor-ódio tinham início com um choque de personalidade com alguma figura importante do plantel (Gomes, Jorge Costa ou... Quaresma) e/ou aliada a uma derrota normalmente humilhante (Wrexham, Torreense, Artmedia, Atlético, Apoel...) hoje bastam uns empates “normais” somados a outro anormal pelo meio para logo suscitar grandes dúvidas existenciais. Não estaremos a entrar no exagero?

Com Paulo Fonseca a contestação acabou por ter a sua razão, permitindo a muitos dizer no final o sempre mítico “eu bem tinha razão quando avisava que este era uma miséria”. No entanto temos de ver um pouco mais longe, deixar de lado o desejo de ficar com a razão e perceber que uma andorinha não faz a primavera e se com Fonseca tudo correu mal e o chicote acabou por pecar por tardio na verdade esta não é a regra mas sim a excepção, como muitos outros casos comprovam.

Por outro lado gostava de perguntar ao universo Porto se saberão o que está em causa quando se tenta fragilizar Lopetegui. Terão os Portistas mais contestatários, anónimos ou figuras públicas, verdadeira consciência do que representaria um falhanço do basco no FC Porto? Perceberão que toda a destabilização só pretende fragilizar o FC Porto e Pinto da Costa após uma miserável temporada, de modo a criar condições para finalmente se avançar para o famigerado fim de ciclo tantas vezes apregoado? Fará sentido contribuir nesta fase ainda tão prematura para esse ambiente sombrio, cujas consequências podem ser demasiado duras para todos nós?

E entretanto, estaremos todos verdadeiramente atentos ao que se tem passado? Às arbitragens sempre tender para os mesmos gozando de critérios díspares que se não fossem tão graves até dariam vontade de rir, aos discursos dos responsáveis da supostamente imparcial Liga, à impunidade que gozam adversários (se Jesus ou Bruno de Carvalho fossem azuis o que não se diria deles!)? Será que não lemos os jornais e vemos programas de TV, onde abundam lampiões e lagartos mais ou menos disfarçados, que quase fazem parecer que voltamos aos tempos dos Donos da Bola?

Para quem deveríamos então canalizar as energias negativas? Para o recém-chegado treinador e para a sua jovem equipa ou para todas estas artimanhas que parecem não ter fim de modo a fragilizar o FC Porto?

Deixo aqui a questão porque sinto que este é um momento demasiado importante para andarmos a discutir egos ou qualquer outro tipo de questiúnculas menores no universo Portista. Mais do que nunca é tempo de união, de cerrar fileiras e lutar contra os verdadeiros inimigos de modo a voltarmos a ter o nosso FC Porto campeão. E neste momento, face ao anti Portismo que grassa a cada esquina, nada pode ser mais importante do que isso!

Bom domingo e todos ao Dragão!

2 comentários:

  1. aguia que voas tão alto
    quando o árbitro é Português
    Porquê na Europa levas sempre dois ou três?

    Aqui está a resposta: os árbitros Portugueses permitem tudo ao 5LB, não mostram amarelos, nem penaltis e ainda anulam golos limpos, lá fora canta outro galo mais uma vez

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  2. Boas,

    Grande prosa, não podia estar mais de acordo.

    Bibó Porto Carago!

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