FC PORTO-CHAVES, 2-1
O FC Porto fecha a Liga NOS no ano de 2016 com uma vitória. E que vitória! Mais importante do que muita gente possa pensar. Este resultado de 2-1 e da forma como foi conseguido, foi muito mais motivador e inspirador para o futuro do que uma eventual goleada.
A equipa de Nuno Espírito Santo respondeu a todas as adversidades, principalmente às do Vasquinho. Com raça, crer, união e uma vontade enorme, os portistas nunca desistiram do jogo. Esta equipa portista tem-se vindo a revelar uma equipa na verdadeira acepção da palavra. Tem uma vontade indómita de vencer que só os homens do apito e todas as trafulhices que andam por aí a preparar a podem derrotar.
O Desportivo de Chaves foi uma bela equipa em pleno Estádio do Dragão. E não precisava nada da ajuda dos homenzinhos vestidos de amarelo e preto para fazer o seu trabalho. Aliás, muito pelo contrário. Esta ajudazinha que muito tentaram facultar à equipa transmontana, só lhe retira o brio da bela actuação esta noite no relvado portista.
O Desportivo de Chaves foi uma equipa atrevida, muito complicada e criou situações de apuro para os Dragões. É certo que marcou cedo e esse golo catapultou os transmontanos e condicionou os jogadores portistas mas ao intervalo se o FC Porto estava a perder, o resultado tem que ser visto com justiça.
Aos 11 minutos num lance bastante feliz, com um desvio de Danilo Pereira que traiu Iker Casillas, Rafael Lopes inaugurou o marcador. O FC Porto que até aí tinha tentado entrar forte no jogo, sentiu um murro no estômago e passou por apuros principalmente em transições rápidas operadas pelos transmontanos.
Ainda na primeira parte poderia ter surgido o 0-2 num cabeceamento de Leandro Freire a que Casillas correspondeu com uma defesa do outro mundo para a linha final. E logo de seguida Casillas defendeu um pontapé fulminante com reflexos só aos níveis dos predestinados.
O intervalo chegou e revelou-se bom conselheiro. Os Dragões precisavam de acalmar, refrescar a cabeça e tentar entrar na segunda parte de uma forma mais assertiva e mais dinâmica, coisa que não conseguiram durante o primeiro tempo.
O FC Porto entrou em grande. Viu-se um FC Porto bravo, intenso, agressivo, com alma e com uma vontade muito grande de dar a volta aos acontecimentos. Vestidos com fato-macaco, os Dragões encostaram os transmontanos às cordas e prepararam o assalto à baliza contrária.
Mas algo tentava impedir a avalanche portista. Estavam apenas decorridos os minutos iniciais e já o homem do apito fazia das suas. De seu nome Vasco Santos, o árbitro e os seus compinchas de equipa abriram o livro. O chamado livro das trafulhices. André Silva aparece desmarcado na área a cabecear para o fundo das malhas quando o árbitro auxiliar assinala fora-de-jogo e anula indevidamente o golo do empate.
Supostamente conhecido como um funcionário do hospital de Gaia e benfiquista doente, o árbitro auxiliar abriu as hostilidades da noite para mais um espectáculo que não dignifica em nada a arbitragem e nem o futebol em Portugal. E isto para não ter de abordar as faltas e faltinhas da primeira parte marcadas pelo Sr. Vasco Santos a favor do Desportivo de Chaves e não assinaladas a favor dos Dragões.
Aliás, o Sr. Vasco Santos, supostamente portista, terá ficado com o esfíncter apertado depois da arbitragem na Madeira entre o Marítimo e o Benfica que terminou com o resultado que todos sabemos. Nesse jogo, não cometeu erros que influenciassem o resultado mas a forma como conduziu o jogo não agradou a agremiação de Carnide. Foi uma forma do Sr. Vasco Santos se retractar dos maus fígados vermelhos que o levou ao espectáculo deplorável que se viria a passar na etapa complementar do jogo desta noite?
De seguida, dois penalties que passam em claro ao Sr. do apito. André Silva é agarrado na grande área e depois Maxi Pereira foi abalroado por um adversário que não saltou na vertical para disputar a bola, mas sim para cima do lateral uruguaio, derrubando-o, ficando mais um penálti por assinalar.
Sr. Vasco Santos, esteja descansado! Já fez o seu trabalho e o seu esfíncter pode relaxar. Vergonhosa a sua actuação que não deixará dignificado o sector que vossemecê representa no futebol.
No entanto, a justiça foi reposta. E no Dragão apareceu em massa um grande público que, acreditando até ao fim e vendo a determinação de uma equipa em nunca desistir, teve um papel importante no desenrolar do que faltava cumprir.
Laurent Depoitre substituiu Diogo Jota, muito apagado. E aos 72 minutos, o avançado belga restabelecia a igualdade. Num belo lance pela esquerda, Alex Teles cruzou tenso para a área do Desportivo de Chaves e o gigante belga cabeceou de forma fulminante para a baliza contrária.
Dragão ao rubro! Estava a chegar a melhor fase do FC Porto nesta noite. Um Dragão incontrolável, impetuoso e que estava disposto a tudo para arrancar a vitória. Fosse como fosse, mas de uma forma justa, legal e sem trafulhices.
Esse momento chegou ao minuto 77, quando uma bola sacudida pela defesa flaviense para a entrada da área, foi parar aos pés de Danilo. O médio portista partiu para o esférico e arrancou uma bomba que parou nas malhas da baliza flaviense. Um golo de bandeira que levou ao delírio as bancadas do Dragão.
Estava feita a remontada no jogo. A justiça reposta e a vergonha a sentir-se nas faces dos homens de amarelo e preto.
Grande espectáculo de futebol entre duas equipas que quiseram jogar o jogo pelo jogo e promover a modalidade, estragada quase por completo pelos homens que têm a missão de tomar decisões e de passar despercebidos. Porque os destaques e os louros, esses são para os artistas da bola e não para os que andam de apito na boca e bandeirinhas nas mãos.
O FC Porto encontra-se, de momento e à condição, a um ponto da liderança e irá regressar no próximo ano para continuar a sua luta pela conquista da Liga NOS. Entretanto, no dia 29 deste mês cumpre o último jogo do ano civil frente ao Feirense a contar para a 2ª Jornada da ex-taça da cerveja.
DECLARAÇÕES
Nuno: “Foi uma grande demonstração de caráter”
O caráter da equipa e a importância dos adeptos
“Foi uma grande demonstração de caráter da equipa, num jogo difícil, que se complicou ainda mais com o golo do Desportivo de Chaves. A equipa soube estar unida e reagir, conseguindo uma vitória difícil contra um adversário difícil e bem organizado, que fechou quase todos os espaços. Acreditámos até ao fim e tivemos o controlo emocional necessário. É a ideia que nos leva ao êxito. Foi uma vitória justa. Merecíamos um jogo assim e os adeptos também, pois eles empurraram-nos para a vitória.”
Uma equipa que nunca se rende
“Esta vitória foi um sinal do caráter e da crença desta equipa. Não nos rendemos e jamais o faremos, independentemente do resultado. Até ao fim há jogo, é possível. A vitória chegou tarde, mas chegou. O importante eram os três pontos.”
União e determinação
“Não foi o nosso melhor jogo, temos de o reconhecer. É importante refletir e perceber o porquê, mas ao mesmo tempo foi uma demonstração de caráter e crença dos jogadores, não esquecendo os nossos adeptos, que nos empurraram para a vitória. Só unidos e determinados conseguimos vencer, sobretudo jogos como este. É uma vitória inteiramente justa. Às vezes é preciso ganhar assim, mas o mais importante é ganhar.”
O descontrolo após um azar
“Ao contrário do que se possa dizer ou pensar, a equipa entrou bem, na minha opinião. As primeiras ocasiões foram nossas, mas o Desportivo de Chaves também teve algumas saídas rápidas que nos criaram dificuldades, e fez o golo num azar nosso. A equipa perdeu o controlo após o golo, mas soube retificar e entrou determinada para a segunda parte. Foi essa determinação que nos levou à vitória.”
A força do grupo
“O Danilo foi importante, como foi o Depoitre, o André Silva e todos os outros. A força desta equipa é o grupo e não a individualidade. Quem entra, entra para ajudar e contribuir. Há outros jogadores que ficaram de fora e que poderiam ser opção. Agora é descansar, pois esta fase da época foi muito complicada e de grande exigência física e mental. Agora vamos descansar junto das nossas famílias para voltarmos a 200%.”
Arbitragem
“Fizemos mais golos do que aqueles que estão refletidos no resultado, essa é a realidade. As nossas reações foram simplesmente lógicas. Quando se sentir injustiçado, o FC Porto nunca se irá resignar. Nunca o fez e nunca o fará. As coisas têm de ser justas e hoje, mais uma vez, não foram. Chegámos ao golo num momento difícil e tiraram-nos esse golo, mas não conseguiram tirar-nos a vitória.”
Depoitre
“O Depoitre é mais um jogador do FC Porto e todos são importantes. Não abandonamos nenhum jogador e contamos com todos. O mercado está aí à porta e naturalmente vamos ponderar e tomar as decisões que considerarmos pertinentes. Somos um clube que toma as decisões cá dentro.”
Pressão sobre o líder
“Neste momento, a tabela classificativa não é determinante. O importante é estarmos mais perto do lugar no qual queremos estar.”
RESUMO DO JOGO
Uma das arbitragens mais vergonhosas do presente campeonato.
ResponderEliminarConsiderar fora-de-jogo no lance do André Silva, que apenas tem o braço esticado (logo, não conta para o fora-de-jogo) e que até está tapado pelo defesa do Chaves e não ver o penaltie sobre o Maxi Pereira entra claramente no reino da imaginação da anormalidade.
Entreguem a m**** da taça já, acabe-se esta palhaçada de campeonato e enfie-se no c* do "estadista" o troféu do tetra... Vão mas é todos gozar com a p*** da vossa mãe. Isto é demais...
Subscrevo, Amigo RCBC.
EliminarAbraço.