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A qualidade de um plantel é um dos vários fatores que influenciam o sucesso de um clube, bem como a competência do seu treinador, a organização da estrutura do clube e outros fatores que até nem são intrínsecos, nem controlados pelo próprio clube, como por exemplo, a atuação das equipas de arbitragem. Tudo isto, e mais alguns outros fatores que por razões de menor relevância não refiro agora, influi no desempenho de uma equipa, uns fatores com maior peso e relevância, outros menos relevantes e significativos. Mas tudo isto influi.
Aliás, se a qualidade de um plantel fosse o único fator que influenciasse o desempenho de uma equipa jamais a Europa teria assistido a tantas surpresas nas mais variadas competições ao longo desses anos, desde a recente luta entre Leicester e Totenham pela Premier deste ano, passando pelo 10º título de campeão espanhol do Atlético Madrid, pelo título de campeão inglês do Blackburn em 1995 ou até pelo título de campeão europeu do FC Porto em 1987, em todas estas situações (e noutras tantas…) a lógica da qualidade dos plantéis não imperou, tudo isto foram enormes surpresas face à qualidade de algumas das restantes equipas que foram derrotadas nessas competições.
Claro que historicamente observamos que os clubes com plantéis mais fortes ganham mais vezes, mas claramente há outros fatores que influenciam o sucesso desportivo de uma equipa. Esta é uma boa altura portanto para questionar e refletir sobre o seguinte: qual o real valor do plantel do FC Porto?
Desde o verão de 2015 até hoje, tenho ouvido aquilo que considero os maiores disparates em relação ao real valor do plantel do FC Porto. Confunde-se uma coisa muito simples aquando da análise à qualidade do atual plantel Portista, uma coisa é a qualidade teórica de um plantel, outra coisa COMPLETAMENTE DIFERENTE o rendimento desse plantel. Mas alguém duvida por exemplo que o plantel do Real Madrid é bem melhor que o do Atlético Madrid, que o plantel do City é várias vezes melhor que o do Leicester ou que o plantel do Manchester United é muito mal aproveitado?!?!
No início da época ouvi (ninguém me disse!) em alguns programas televisivos com comentadores supostamente profissionais (ou seja, gente que deveria emitir a sua opinião de forma séria) que o FC Porto teria um plantel para discutir a Champions League. Hoje em dia, já não são poucas as vezes em que ouço que este é o pior plantel do FC Porto dos últimos anos. Julgo com elevado grau de certeza que tanto uma coisa, como a outra são dois enormes disparates.
Mesmo considerando o plantel que iniciou a época, estamos a vários anos-luz de ter o melhor plantel do FC Porto dos últimos anos (1987? 2004? 2011?), como também não temos seguramente o pior plantel dos últimos anos. Obviamente que o atual plantel do FC Porto enferma de problemas, tem havido lesões e castigos em elevado número sobretudo a partir da chegada de Peseiro mas julgo que a verdade nua, crua e também muito triste para todos nós é a seguinte: com o plantel do início da época ou o atual plantel do FC Porto, seria exigível que:
1) A equipa jogasse bem melhor futebol do que joga e jogou até agora;
2) A equipa tivesse um modelo de jogo consistente e eficaz para jogar com 90% das equipas do campeonato português;
3) Respeitados os 2 pontos anteriores, a equipa tivesse mais pontos e melhor classificação no momento e não tivesse perdido 20 pontos em 27 jogos, estando a uns inimagináveis 6 pontos do 1º classificado.
Para além disso, importa comparar o plantel do FC Porto com o dos seus 2 rivais, ambos à nossa frente na classificação e um deles ainda em competição na Europa para perceber ainda melhor a falta de aproveitamento que tem sido feita ao atual plantel. Não discuto quem tem mais responsabilidades, não discuto se Peseiro nesta altura deveria colocar a equipa num patamar diferente, nem discuto agora sobre as responsabilidades (e em que medida) da SAD em todo este processo, mas há coisas que me parecem evidentes. E parece-me evidente que quando uma equipa está bem, organizada, bem treinada e vive num clima de comunhão com os adeptos, até o pior dos jogadores parece ser um bom jogador e entra bem na equipa porque existe um modelo com pés e cabeça e existe tranquilidade para se trabalhar.
No FC Porto tem sido exatamente o contrário, a desorganização que se tem assistido, os erros na escolha para o comando técnico e a intranquilidade que os adeptos transmitem à equipa assobiando por tudo e por nada, tudo tem contribuído para que os jogadores pareçam bem piores que aquilo que são. Logicamente que também há falta de qualidade indisfarçável em alguns jogadores, contratações do mais ridículo que há, mas reflitamos de forma honesta e racional.
Será Casillas pior que Júlio César ou Rui Patrício?
Serão Maxi e Layun piores que Eliseu, André Almeida, João Pereira ou Schelotto?
A diferença entre Martins Indi/Marcano/Maicon (que é responsável pelo tempo em que esteve, não mais que isso!) e Jardel, Lisandro Lopez, Rúben Semedo ou Coates será assim tão grande?
Chidozie não tem experiência de 1ª liga, mas Lindelof quantos jogos tinha na equipa A? E Danilo Pereira, haverá algum trinco no campeonato com mais qualidade do que ele?
Haverá dúvidas que André André, Herrera, Rúben Neves e Evandro equivaler-se-ão com maior ou menor desvantagem a Adrien, João Mário, Samaris, Fejsa, Bruno César ou Aquilani?
No ataque, aqui admito que é o único sector em que o FC Porto tem menos qualidade que os rivais. Creio que Aboubakar e Suk estão furos abaixo dos jogadores adversários nessas posições. Mas, caramba, Brahimi não tem qualidade? Aboubakar, apesar da instabilidade psicológica evidente, tem 17 golos marcados até ao momento, o que não é tão mau assim... Corona vale bem mais do que o que tem mostrado...
Em suma, considero que globalmente o FC Porto tem um plantel mais vasto que o dos seus rivais, que não tem nem o pior, nem o melhor plantel dos últimos anos mas que tem um plantel com qualidade suficiente para fazer bem mais e melhor do que tem feito até agora. Finalizo com uma questão retórica: como é possível nos últimos 2 anos com plantéis manifestamente superiores aos rivais não conseguirmos materializar essa superioridade dentro de campo?
Nota off-topic - O 25 de abril de 1974 conferiu felizmente a todos nós a hipótese de exprimirmos a nossa opinião sem nenhum tipo de constrangimento desde que dentro dos normais e aceitáveis limites numa vida em sociedade. Aquilo que todos nós participantes deste blog temos em comum é exatamente o amor pelo FC Porto, porque depois divergimos saudavelmente (se pensássemos todos o mesmo, para que serviam os espaços de debate e reflexão?) em muitos assuntos relacionados com o clube. Permitam-me só um aparte... Não pinto o quadro tão negro como alguns companheiros o fazem, não considero que esta SAD e este Presidente sejam a pior coisa à face da terra como alguns legitimamente defendem, agora considero que há problemas, erros e indecisões em alturas importantes nos últimos 3 anos que nos levaram para um rotundo fracasso, que acabe como acabar a presente época, permanecerá na análise final à época. Para tudo há uma solução e eu acredito piamente que é possível dar a volta ao texto, basta que se retome o rumo da competência que por exemplo nos levou ao tricampeonato de 2013 ou à Liga Europa em 2011. Não foi assim há tanto tempo, foi com esta SAD, com este Presidente e com alguns jogadores de qualidade similar aos que atualmente temos no nosso plantel. Uma coisa é certa, não é escavando mais que vamos sair do buraco em que nos encontramos, tal só acontecerá com inteligência, calma e muito sangue frio.
Aliás, se a qualidade de um plantel fosse o único fator que influenciasse o desempenho de uma equipa jamais a Europa teria assistido a tantas surpresas nas mais variadas competições ao longo desses anos, desde a recente luta entre Leicester e Totenham pela Premier deste ano, passando pelo 10º título de campeão espanhol do Atlético Madrid, pelo título de campeão inglês do Blackburn em 1995 ou até pelo título de campeão europeu do FC Porto em 1987, em todas estas situações (e noutras tantas…) a lógica da qualidade dos plantéis não imperou, tudo isto foram enormes surpresas face à qualidade de algumas das restantes equipas que foram derrotadas nessas competições.
Claro que historicamente observamos que os clubes com plantéis mais fortes ganham mais vezes, mas claramente há outros fatores que influenciam o sucesso desportivo de uma equipa. Esta é uma boa altura portanto para questionar e refletir sobre o seguinte: qual o real valor do plantel do FC Porto?
Desde o verão de 2015 até hoje, tenho ouvido aquilo que considero os maiores disparates em relação ao real valor do plantel do FC Porto. Confunde-se uma coisa muito simples aquando da análise à qualidade do atual plantel Portista, uma coisa é a qualidade teórica de um plantel, outra coisa COMPLETAMENTE DIFERENTE o rendimento desse plantel. Mas alguém duvida por exemplo que o plantel do Real Madrid é bem melhor que o do Atlético Madrid, que o plantel do City é várias vezes melhor que o do Leicester ou que o plantel do Manchester United é muito mal aproveitado?!?!
No início da época ouvi (ninguém me disse!) em alguns programas televisivos com comentadores supostamente profissionais (ou seja, gente que deveria emitir a sua opinião de forma séria) que o FC Porto teria um plantel para discutir a Champions League. Hoje em dia, já não são poucas as vezes em que ouço que este é o pior plantel do FC Porto dos últimos anos. Julgo com elevado grau de certeza que tanto uma coisa, como a outra são dois enormes disparates.
Mesmo considerando o plantel que iniciou a época, estamos a vários anos-luz de ter o melhor plantel do FC Porto dos últimos anos (1987? 2004? 2011?), como também não temos seguramente o pior plantel dos últimos anos. Obviamente que o atual plantel do FC Porto enferma de problemas, tem havido lesões e castigos em elevado número sobretudo a partir da chegada de Peseiro mas julgo que a verdade nua, crua e também muito triste para todos nós é a seguinte: com o plantel do início da época ou o atual plantel do FC Porto, seria exigível que:
1) A equipa jogasse bem melhor futebol do que joga e jogou até agora;
2) A equipa tivesse um modelo de jogo consistente e eficaz para jogar com 90% das equipas do campeonato português;
3) Respeitados os 2 pontos anteriores, a equipa tivesse mais pontos e melhor classificação no momento e não tivesse perdido 20 pontos em 27 jogos, estando a uns inimagináveis 6 pontos do 1º classificado.
Para além disso, importa comparar o plantel do FC Porto com o dos seus 2 rivais, ambos à nossa frente na classificação e um deles ainda em competição na Europa para perceber ainda melhor a falta de aproveitamento que tem sido feita ao atual plantel. Não discuto quem tem mais responsabilidades, não discuto se Peseiro nesta altura deveria colocar a equipa num patamar diferente, nem discuto agora sobre as responsabilidades (e em que medida) da SAD em todo este processo, mas há coisas que me parecem evidentes. E parece-me evidente que quando uma equipa está bem, organizada, bem treinada e vive num clima de comunhão com os adeptos, até o pior dos jogadores parece ser um bom jogador e entra bem na equipa porque existe um modelo com pés e cabeça e existe tranquilidade para se trabalhar.
No FC Porto tem sido exatamente o contrário, a desorganização que se tem assistido, os erros na escolha para o comando técnico e a intranquilidade que os adeptos transmitem à equipa assobiando por tudo e por nada, tudo tem contribuído para que os jogadores pareçam bem piores que aquilo que são. Logicamente que também há falta de qualidade indisfarçável em alguns jogadores, contratações do mais ridículo que há, mas reflitamos de forma honesta e racional.
Será Casillas pior que Júlio César ou Rui Patrício?
Serão Maxi e Layun piores que Eliseu, André Almeida, João Pereira ou Schelotto?
A diferença entre Martins Indi/Marcano/Maicon (que é responsável pelo tempo em que esteve, não mais que isso!) e Jardel, Lisandro Lopez, Rúben Semedo ou Coates será assim tão grande?
Chidozie não tem experiência de 1ª liga, mas Lindelof quantos jogos tinha na equipa A? E Danilo Pereira, haverá algum trinco no campeonato com mais qualidade do que ele?
Haverá dúvidas que André André, Herrera, Rúben Neves e Evandro equivaler-se-ão com maior ou menor desvantagem a Adrien, João Mário, Samaris, Fejsa, Bruno César ou Aquilani?
No ataque, aqui admito que é o único sector em que o FC Porto tem menos qualidade que os rivais. Creio que Aboubakar e Suk estão furos abaixo dos jogadores adversários nessas posições. Mas, caramba, Brahimi não tem qualidade? Aboubakar, apesar da instabilidade psicológica evidente, tem 17 golos marcados até ao momento, o que não é tão mau assim... Corona vale bem mais do que o que tem mostrado...
Em suma, considero que globalmente o FC Porto tem um plantel mais vasto que o dos seus rivais, que não tem nem o pior, nem o melhor plantel dos últimos anos mas que tem um plantel com qualidade suficiente para fazer bem mais e melhor do que tem feito até agora. Finalizo com uma questão retórica: como é possível nos últimos 2 anos com plantéis manifestamente superiores aos rivais não conseguirmos materializar essa superioridade dentro de campo?
Nota off-topic - O 25 de abril de 1974 conferiu felizmente a todos nós a hipótese de exprimirmos a nossa opinião sem nenhum tipo de constrangimento desde que dentro dos normais e aceitáveis limites numa vida em sociedade. Aquilo que todos nós participantes deste blog temos em comum é exatamente o amor pelo FC Porto, porque depois divergimos saudavelmente (se pensássemos todos o mesmo, para que serviam os espaços de debate e reflexão?) em muitos assuntos relacionados com o clube. Permitam-me só um aparte... Não pinto o quadro tão negro como alguns companheiros o fazem, não considero que esta SAD e este Presidente sejam a pior coisa à face da terra como alguns legitimamente defendem, agora considero que há problemas, erros e indecisões em alturas importantes nos últimos 3 anos que nos levaram para um rotundo fracasso, que acabe como acabar a presente época, permanecerá na análise final à época. Para tudo há uma solução e eu acredito piamente que é possível dar a volta ao texto, basta que se retome o rumo da competência que por exemplo nos levou ao tricampeonato de 2013 ou à Liga Europa em 2011. Não foi assim há tanto tempo, foi com esta SAD, com este Presidente e com alguns jogadores de qualidade similar aos que atualmente temos no nosso plantel. Uma coisa é certa, não é escavando mais que vamos sair do buraco em que nos encontramos, tal só acontecerá com inteligência, calma e muito sangue frio.
dos 3 candidatos ao título...
ResponderEliminarapenas o FCP não tem um ponta de lança à altura
apenas o FCP não tem um playmaker, 10 ou médio criativo
quando se diz que falta qualidade... falta nestas posições, e muita. são posições chave.
É mais correto dizer que falta equilíbrio.
O equilíbrio que falta é nos comentários. O falcão andou perdido com o Jesualdo e depois foi o q se viu... Playmaker?? Estamos a falar de rugby ou futebol americano?? O Sergio tem margem suficiente e dp vem aí um graça. O FCP tem q ser inteligente nas escolhas pq as galinhas dos ovos de ouro foram.se... O verdadeiro desiquilibrio do FCP está nos adeptos. Faltam 7 jornadas e desistir é para os fraquinhos.
EliminarO meu falecido pai que morreu sócio 1742 quantas vezes se enervou cmg a dizer.me; " tu não sabes o q é ser melhor , ter os melhores treinadores e no fim perder sempre. Dá graças a Deus a tudo o q ganhamos..."
Dizer mal por dizer incomoda.me.
Sócio 5503
Nos tempos de Jesualdo e VP, jogávamos sem número 10, num esquema de meio-campo onde os titulares na maior parte das vezes eram Assunção, depois Fernando, e Meireles/Lucho Gonzalez/Moutinho/Guarin. Nenhum desses médios era o típico 10 ou médio criativo e tivemos muito sucesso nesses anos.
ResponderEliminarA questão do avançado, sim, aí temos um défice. Porque Slimani, Jonas e Mitroglu estão muitos furos acima de Aboubakar e Suk. Ainda assim, como refiro no post julgo que não são avançados tão maus como isso, julgo que num esquema a funcionar melhor no seu todo, por exemplo os 17 golos de Aboubakar poderiam ser 25 ou 30.
Claro que isso é tudo no plano teórico. E nesse plano seguramente que o "sumo" a ser retirado deste plantel deveria ser em muito maior quantidade e qualidade, na minha modesta opinião.
Não poderia estar mais de acordo.
ResponderEliminarComparada com os rivais, temos de longe o melhor plantel e o do passado ano então nem se fala.
O grande problema foi mesmo a falta de competência técnica. Nunca tivemos na história do clube alguém tão mau como Lopetegui. Daí não haver qualquer sistema de jogo, os jogadores estarem muito mal preparados fisicamente e animicamente destruídos.
Este texto está bem concebido, mas, quando se compara e se fala da qualidade dos jogadores, estamos a falar de qualidade técnica pura e dura, ou tambem cognitivas? E físicas?
ResponderEliminarEu sei que em cada jogo os jogadores que temos em mão conseguem fazer melhor do que actualmente fazem.
ResponderEliminarO pior disto foi a falta de um espírito colectivo que Lopetegui não conseguiu construir.
Logo veio Peseiro, e os jogadores estavam perto do péssimo em termos mentais, ora por não conseguirem exporem aquilo que valem, ora pela nossa posição na liga.
Falando do que se pode fazer depois do fecho da época temos duas hipóteses.
1ª Mantém-se estes jogadores e fazer subir alguns da B.
2ª Aproveitar o colectivismo da equipa B fazê-los subir e ao mesmo tempo limpar muitos dos jogadores que temos na equipa A.
Nunca se saberá se a 2º hipótese daria resultado, mas foi colectivos fortes que conseguimos muito dos nossos sucessos.
O que realmente é necessário no futebol para se caminhar num caminho forte é construir um colectivo forte em termos físicos e mentais.
PS: No tempo de VP James fazia muitas vezes de 10.
O plantel e os jogadores podem crescer muito ainda, mas neste momento,em minha opinião, só o Danilo entraria de caras na equipa do sporting.
ResponderEliminarOs pontas de lança Aboubakar e Suk não deverão ser comparados já que Suk tem entrado no final dos jogos a maioria das vezes, portanto, sob maior pressão.
Penso que Suk tem potencial para equilibrar ou suplantar qualquer um da concorrência, assim lhe dêm confiança e apoio.
Os nossos centrais têm nítido déficite de qualidade em alguns aspetos técnicos e também físicos. Tiro daqui o Chidoze porque está claramente num processo de adaptação/evolução e parece ser melhor que qualquer dos outros do ponto de vista técnico, jogo de cabeça, qualidade de passe. Faltando-lhe trabalhar mais o posicionamento.
Layun é ótimo a atacar, mas a defender tem lacunas. Maxi tem a idade.
André é bom mas já se viu que não aguenta uma época a jogar a 100%
Herrera é inconstante e tem falhas graves em momentos cruciais.
Ruben Neves ainda está verde.
Evandro é excelente mas tende a lesionar-se com facilidade e perder a forma.
Parece-me que a solução para o plantel estará em parte em alguns jogadores que estão emprestados, como Josué, Otávio, Rafa Lichnikov...
E, talvez, num treinador com mais crença, atrevimento e "estrela" como Marco Silva por exemplo.
Os próximos meses são fundamentais para se corrigir os problemas e começar a próxima época da melhor forma.
ResponderEliminarOs últimos 8 jogos devem servir para a equipa demonstrar que tem carácter, lutando até à exaustão por tudo o que possa resultar do campeonato e tentar aumentar o palmarés do clube arrecadando mais uma taça de Portugal e minorando o desgosto de mais uma época sem o título de campeão nacional.
Nesses meses é muito importante haver definições da próxima equipa técnica, e é duvidoso que a manutenção de uma equipa técnica dependa de uma bola à barra que dá ou não golo num único jogo de final de taça… É importante perceber bem os jogadores do plantel que não interessam ao “menino jesus” e quais as principais lacunas do plantel.
E creio que não é preciso ter-se lugar anual no Dragão ou ser “doente” pelo clube para perceber pelo menos que é:
1)Urgente comprar um central de grande categoria. Marcano, Indi ou Chidozie não são maus jogadores mas precisam de um companheiro de grande qualidade/classe;
2)Urgente contratar um grande ponta-de-lança;
3)Despachar com um forte e valente “chuto no traseiro” jogadores sem qualidade sequer para jogar na II Liga quanto mais num clube como o FC Porto. Há 3 ou 4 pelo menos no atual plantel principal que têm de sair urgentemente. E não é muito difícil perceber quem são…
4)Recuperar os emprestados com melhor desempenho e que poderão ser úteis ao plantel principal.
Obviamente que nessa equação têm que entrar as habitais vendas de jogadores para equilibrar as contas da SAD e provavelmente um playoff de acesso à Champions numa altura inicial da época.
Portanto, as coisas não vão ser fáceis mas ou se pensa com cabeça, tronco e membros na forma de resolver os problemas, ou então a travessia no deserto pode-se prolongar por muitos e bons anos…
Uma das grandes lutas que travei na bluegosfera este ano, foi o mito do Super Plantel. Nunca o foi. Foi sim uma manobra (baixa) por parte da comunicação social para colocar pressão na equipa, num ano de mudanças e incógnitas na 2ª circular.
ResponderEliminarContudo, estou plenamente de acordo com o RCBC quando diz que não é o pior plantel. Como todos os plantéis, tem jogadores melhores, outros piores, mas no computo geral, é um plantel semelhante aos rivais.
Então porque é o nosso jogo tão sofrível, e a época caminha para (mais) um fiasco?
3 factores essenciais:
1. Plantel mal estruturado.
Para equipas que jogam em diversas competições, e com exigência de vencer, como é o caso do FCP, as épocas são muito longas, com um tremendo desgaste para os jogadores ditos titulares. Como tal, é imperativo a existência de 2as linhas com qualidade aceitável para todas as posições. Esta época isso não foi precavido, nomeadamente no caso da linha defensiva, onde se chega ao ridículo do amadorismo, de não termos jogadores para determinadas posições em muitos jogos.
2. Estabilidade
Ao contrário dos nossos rivais, todos os sectores da equipa sofreram mudanças profundas. É preciso tempo para adquirir novas rotinas e integrar jogadores. Com a estúpida pressão do super plantel não houve a necessária paciência e compreensão para estas necessidades. Desde o apito inicial da temporada, os assobios sempre pairaram no Dragão, intranquilizando a equipa.
3. Apoio
Tem sido notório o desconforto da equipa no Dragão. Uma grande franja de adeptos, em vez de apoiar a equipa, ajudam os adversários ao criar instabilidade. Por várias vezes esta época vimos treinadores de equipas pequenas a montarem estratégias para o jogo (e a conseguirem resultados) a contar com esse factor.
Obviamente que as arbitragens também não ajudam, onde se tem visto critérios dispares entre nós e os rivais. Contudo, não descurando este ponto, devíamos meditar mais profundamente nos factores acima enunciados.