08 abril, 2016

FC PORTO: UMA HISTÓRIA DE VIDA.

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

A minha história. Uma história como tantas outras. Nascido em Outubro de 1985, as primeiras memórias azuis e brancas são difusas, fragmentadas, dispersas pelas partículas do tempo. Não me recordo obviamente de Viena de Áustria e dessa valsa magnífica dançada no Prater dos nossos sonhos. Partilho convosco o que juram que aconteceu: eu a correr pela casa, alheio ao que sucedia no pequeno ecrã, enquanto o meu Pai, a meio da 2ª parte, me chamava dizendo “Filho, vem cá, senta-te aqui, senta-te aqui que provavelmente nunca mais vais ver isto na tua vida”.

Não era verdade, Pai. Estavas errado. Mas já lá iremos.

Quem me meteu, então, o Dragão no peito, no espírito, na alma, à flor da pele? Como em muitos outros portistas, foi o meu Avô. E como, em que momento nos entra pelo corpo dentro esse sentimento estranho de pertença a uma tribo, a um clube de futebol? Um mistério, claro. Só sabemos explicar que, a dada altura da nossa infância, nos encontramos a chorar a um canto com as derrotas do nosso clube.

Mas como é possível? Como sofrer tanto por um clube de futebol ao ponto de chorar, pergunta a namorada. A minha e a de muitos outros, suponho.

Difícil explicar, mas nesta última crónica para o BibóPorto há, no mínimo, que tentar. Tudo terá começado quando entrei pela primeira vez nas Antas. Não sozinho, claro, mas pela mão do Avô e da Avó. Tudo começava cedo, num ritual cerimonioso e programado ao detalhe: os Avós a irem-me buscar a casa por volta do meio-dia, o cachecol já embrulhado ao pescoço, o Avô de luvas de pele para conduzir e a Avó a controlar as horas para irmos almoçar. Estacionávamos ali nas imediações e íamos ao Vitória. Domingo era dia de festa, dia de Família, havia que sentar à mesa e pedir umas tripas ou outro prato de sustento. Almoçava-se na verdadeira acepção da palavra, não se comia um hambúrguer ou um cachorro quente e, já devidamente alimentados, era tempo do meu Avô ir tomar o seu café ao Velasquez. Gente conhecida, amigos, conhecidos, parecia que todos os caminhos iam dar às Antas.

Uma romaria de gente. Um mar de camisolas, bandeiras e cachecóis desfraldados ao vento. Recordo estes Domingos com sol, muito sol. Embora também me lembre das chuvadas, algumas torrenciais, das capas para a chuva e dos protectores da sujidade das cadeiras. E depois os vários pregões, bancas e banquinhas, vendendo toda a parafernália do FC Porto a caminho do estádio, Fernão de Magalhães fora.

Vem-me à memória o antes e o depois da Torre das Antas. E a altura, surreal, em que tínhamos que entrar pelo estádio atravessando literalmente a bomba da gasolina ao meio, por entre encontrões e empurrões que fizeram com que a minha Avó fosse alvo das oportunistas e hábeis mãos de um carteirista, só dando conta do sucedido já dentro do estádio e sujeitando-se aos necessários e saudáveis sermões do meu Avô sobre o perigo de carteiras sem fecho éclair.

As filas para as bilheteiras, o cheiro a pipocas, a castanhas e a algodão doce. Os chocolates da Lion e os gelados dos vendedores. O barulho metálico e áspero dos torniquetes, no tempo em que se podia entrar nos estádios com bandeiras sem se ver nisso um acto criminoso. Depois disso, o nervoso miudinho, a entrada escura e sombria, fria até, com o bar envelhecido e sem graça, cheio de croissants e bolos de arroz secos e com aspecto de antes de ontem. O xixi da praxe, para libertar o nervosismo, no meio de casas de banho horríveis e a cheirar mal.

Tempo para ver o onze inicial nos dois ecrãs sempre meio estragados, pretos e de letras alaranjadas, com o reclame às Sapatarias Teresinha. E depois o momento alto, aquele que sempre me fascinou e que ainda hoje me deixa como uma criança: a entrada da equipa ao som do hino, papéis azuis e brancos ao vento, cornetas a tocar, multidão a gritar pelo Porto e o meu cachecol e o de todos orgulhosamente esticados lá no alto. Os jogadores a sprintar em várias direcções pelo terreno, aquela camisola azul e branca linda a contrastar com o verde resplandecente do relvado.

Vivi ali as grandes alegrias dos anos 90, quando quase parecia fácil ganhar e atropelar os adversários. Tenho saudades dos vários craques que por ali me habituei a ver jogar, assim como sinto falta do ambiente intimidatório que se criava nas recepções aos rivais. E depois aquelas equipas que nunca paravam de correr, organizadas, ritmadas, bem treinadas, cuja única palavra que conheciam parecia ser vencer. Tenho saudades desse clube. Como tenho saudades da invasão ao relvado, uma festa tão típica e tão estranha, com a necessária recordação de trazer um pedaço de relva para casa. Insignificante para uns, estranhamente simbólico e valioso para mim. Os finais de época nunca mais foram os mesmos sem essa comunhão portista, de pisar o mesmo relvado abençoado que os nossos heróis.

Vivi também tristezas. Derrotas duras como a de Barcelona com Aloísio a defesa esquerdo, a Sampdória em casa, os 4 em Manchester, o roubo no Olímpico de Munique, os penalties do Schalke no Dragão. Mas nenhuma como a manhã de 28 de Agosto de 1994, em que acordei para dar os parabéns à minha Mãe e recebi a notícia macabra da morte do Rui Filipe.

Muitas histórias lidas e ouvidas, da boca dos Avós e dos Tios, dos exemplares antigos da Stadium, da Dragões ou das várias cadernetas que fiz. Os cantos directos do Pinga, o Hernâni, a morte do Pavão, o Oliveira, os golos do Bi-Bota, o Zé Beto, o Sr. Pedroto, o Verão Quente. Os treinos de basket, os heróis do hóquei em patins, o andebol. A educação portista, no fundo.

Já no novo século, a ida a Sevilha, onde estive com o meu Avô paterno, na última vez em que a saúde lhe permitiu sair do País. A viagem até Gelsenkirschen com o meu Pai, contradizendo o que me havia dito em Maio de 87. São corolário de todo um caminho trilhado nos anos 80 e 90. Toda a estrutura, toda a organização, toda a mística desembocou nesses dois anos de glórias, era o destino, quase uma consequência natural do ciclo que vigorava. Depois, claro, há Dublin e há o Kelvin, algo que hoje quase soa a um fim de festa.

É difícil de compreender o que o Porto nos faz, porque é que vamos macambúzios para o trabalho quando o Porto perde, porque é que mal deixamos esconder um sorriso que desponta quando o Porto ganha. Recordo vários momentos em Família à custa do Porto. Fins-de-semana em redor da televisão a acompanhar o clube, os penalties contra o Once Caldas que a Mãe irritantemente sabia mais cedo se entravam ou não através da TV da cozinha, uma certa reviravolta épica no Restelo, o golo mítico do Costinha em Old Trafford, entre muitos outros momentos. As viagens de autocarro com amigos para o Jamor. As idas à Luz com amigos de infância, de sempre e para sempre.

É difícil explicar isto a quem não o viveu, mas provavelmente ter-me-ei abraçado mais vezes ao meu Avô e ao meu Pai nas Antas e no Dragão do que noutro lado qualquer. Muitos vão achar estranho isto. Outros vão sorrir ao lê-lo, apercebendo-se de que é verdade, de que é mesmo assim.

O Porto é apenas um clube. Mas também é uma desculpa para o resto. E esse resto é tudo. Não me perguntes, pois, porque dou tanta importância ao futebol, porque afinal de contas não foi de futebol que falei aqui.

[Nota Final: Escrevi neste espaço, ininterruptamente, de 11 de Agosto de 2012 a 8 de Abril de 2016. Três anos e meio. Nem acredito. Primeiro com crónicas dos jogos fora de casa, depois com tema livre semana sim, semana não. Passou a correr. Diria que o convite do BlueBoy, a quem agradeço do fundo do coração, me foi endereçado ontem. Foi um privilégio e um orgulho escrever neste espaço, ler e aprender com as prosas de tão grandes portistas. O BibóPorto nestes anos tornou-se mais que um blog, ele foi um autêntico companheiro de bancada. Despeço-me com um nó na garganta e uma tristeza imensa. No entanto, ao folhear estas páginas, surge a esperança: fico definitivamente com a certeza que o FC Porto não morrerá nunca, pese embora as dificuldades por que possa passar. Somos sem dúvida como o poema:

E, azul e branca, essa bandeira avança... Azul, branca, indomável, imortal, como não pôr no Porto uma esperança se "daqui houve nome Portugal"?

Aleluia, Pedro Homem de Mello]

Vemo-nos por aí.
Viva o FC Porto!

Rodrigo de Almada Martins

--» O MEU ARQUIVO: todos os meus textos AQUI.

27 comentários:

  1. @ ram.

    obrigado, muito obrigado, imensamente obrigado.

    a amizade, o respeito e gratidão, manter-se-ão com toda a naturalidade... quanto a nós, como é óbvio, vamo-nos continuar a encontrar por aí, nos sítios do costume.

    "Quem Não Sabe Porque Ganha, Não Sabe Porque Perde"

    aMigo, aQuele aBraço!

    ps - quase me vieram as lágrimas aos olhos, de tantas e bonitas recordações dessa essência FC PORTO de tempos já idos.

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  2. Também eu me revejo totalmente neste texto. Bons tempos esses.Só não gostei da parte final.Desistir de escrever aqui? Mau..os portistas nunca desistem principalmente nos tempos difíceis. Abraço.

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  3. Que texto fantástico!

    Tantas recordações tão marcadamente tuas, mas ao mesmo tempo minhas e de milhares de portistas.

    Nostalgia...

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  4. Sou do benfica mas este texto está muito bom! parabéns

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  5. Que lindo poema.Nostalgia.Parabéns.

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  6. Sem palavras.Que belo texto.Tanta nostalgia.Bem haja.

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  7. "É difícil de compreender o que o Porto nos faz, porque é que vamos macambúzios para o trabalho quando o Porto perde, porque é que mal deixamos esconder um sorriso que desponta quando o Porto ganha. "

    Revejo-me a 1000% nesse comentário.

    Bom Post!

    Abraço

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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  9. Ao longo dos últimos anos, não deve ter havido um só dia em que não tenha lido as diferentes crónicas deste blog.
    Primeiro como mero leitor, de há alguns anos para cá (não sei bem quantos!), como colaborador.

    Não posso deixar de dizer que, dos muitos textos que aqui li e também alguns que escrevi, nenhum me emocionou como este.
    Esta é também a história da minha vida! A história de momentos que vivi quase sempre "in loco", com muitos intervenientes iguais, com alguns deles que já nos deixaram.

    Registo as duas frases que mais me arrepiaram:
    "É difícil explicar isto a quem não o viveu, mas provavelmente ter-me-ei abraçado mais vezes ao meu Avô e ao meu Pai nas Antas e no Dragão do que noutro lado qualquer."
    "Não me perguntes, pois, porque dou tanta importância ao futebol, porque afinal de contas não foi de futebol que falei aqui."

    O Amor é isto...e como eu te Amo Meu Porto!

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  10. Arrepiei me ao ler este texto.Também me emocionei e até chorei.Revi me em tudo o que diz.E concordo...não se falou de futebol....falou se de amor.E o amor é isto .Gostava de ter sido eu a ter escrito este texto.PARABÉNS.MUITOS PARABÉNS

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  11. Muito bom, bom demais...

    Obrigado Rodrigo por teres escrito algo que noa toca tanto a muitos.

    Porque... é mesmo assim!

    Um abraço

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  12. Carago, foste forte, com tudo, entraste a dois pés. Nada disseste de especial. Falaste apenas de emoções, de família, de amor. Nada de mais. E no entanto, a todos nos quilhaste, a todos nós puseste com a p*ta da lagrima no olho. Para a semana almoçamos, pago eu. Quem fala assim não é gago.

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  13. Carago, entraste forte, a dois pés, seu fdp. Lá fiquei eu com a lágrima no canto do olho. Acho mal isto fechar. Era o bastião. Do Portismo, em toda a sua diversidade. A mim custa-me. Não me conformo.

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  14. Já agora, as bandeiras da fotografia, se forem na Rua do Comércio do Porto, são da casa do avô de um amigo, mais uma família em que quatro gerações sofrem e vibram pela cidade e por este clube que nos une.

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  15. Que tempos esses.
    Eu que nunca cheguei a pisar as Antas digo que este texto faz me reflectir e principalmente sentir o que eram os dias de jogo nesses tempos.

    Este texto faz muito bem aos Portistas mais novos |como eu| a esclarecer de como se vive o FC Porto.
    Esta é a forma mais natural e pura de se conhecer tempos que muitos não puderam viver.

    Este texto deu-me um sorriso e um sentimento de eternidade.
    Parabéns RAM por esta prosa.

    Um pedido, não será melhor pensar neste assunto. São tempos péssimos, os recentes, mas nestes momentos estes textos até dão alguma alegria.

    Que seja um até breve.

    Adeus... ou até já.

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  16. Maravilhoso texto. Tantas recordações.

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  17. Lindo texto, Numa prosa camiliana da atualidade, profundamente tocante. Ao ler isto parece que nos estamos a ver nas filas de entrada para o estádio das Antas, olhando em redor por todo o ambiente de dia de bola. Parabéns! O F C Porto é mesmo algo muito especial!
    Armando Pinto
    Memória Portista

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  18. Este texto é de uma profundidade e de uma clareza de palavras que todos ficamos tocados e tenho a certeza nos revivemos em cada palavra com uma lágrima no canto do olho.Sim,porque isto faz parte da nossa vida.Isto é tudo que gostávamos de dizer em palavras e não fomos capazes.Por favor não acabem com este blog.Por favor deixem algumas pessoas como o RAM escreverem o que nos vai na alma.Esta carta de amor tocou me bem fundo....Tocou nos.

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  19. Tenho um filho mais ou menos da idade do Ricardo que poderia ter escrito um texto semelhante a este que é comovente e como já foi dito nos arrepia. Pela minha parte, poderia ter escrito uma parte anterior à história que ele conta. Que abordaria um tempo em que ganhar uma tacita de Portugal já nos enchia de júbilo. Poderia contar a alegria imensa da conquista do campeonato com o Yustrich, o primeiro da minha vida de portista, já adolescente. E a minha digressão pelas ruas de Vila Real, dentro do carro do meu pai, com uma bandeira azul e branca feita em casa, a ouvir piadolas de quem nos via passar. É que nesses tempos, mesmo numa cidade do norte , portistas eram aves raras e olhadas como falhados. Já para não falar dos tempos de criança vividos em Évora onde , no bairro onde morava, na altura de escolher equipas para o animado futebol de rua me perguntavam sempre se era do sporting ou do benfica. O nosso Porto nunca entrava nas contas. Foi por isso que aprendi a jogar à baliza pois aí normalmente ninguém queria jogar e um portista era tolerado quase que em desespero de causa.
    Depois veio, com Pinto da Costa e com Pedroto a era que tão bem retratas e que, com vitórias sobre vitórias me recompensou de tantos anos de frustração.
    E termino este comentário que ficou talvez excessivamente grande, talvez porque também é grande a frustração actual, com um desejo que se foi afirmando à medida que lia este texto do Rodrigo. Seria essencial que estas palavras fossem um guia de referência para os tempos futuros do nosso clube.Se lidas, compreendidas e interiorizadas por dirigentes, treinadores, jogadores e adeptos, poderiam contribuir para que o "jogar à Porto" voltasse mesmo a ser realidade e não apenas um conjunto de palavras que se dizem para acalmar um vendaval que se instala. No Outono da minha vida não queria chegar ao fim a viver apenas de recordações no que ao futebol diz respeito.Mas enquanto houver jovens como o Ricardo, o meu filho e muitos outros que vejo a vibrar e a sofrer nas bancadas do Dragão acredito que o nosso Porto vai renascer.

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  20. Parabéns.Está a ser um sucesso esta crónica.Uma Crónica de um Portista que conta a história de como começou este amor.Uma história dedicada aos avós,aos pais, aos tios,aos amigos de infância(de sempre e para sempre)aos amigos de agora e claro à namorada.Enfim uma carta de amor ao PORTO.De certeza que ao escrever este texto se arrepiou como nos fez arrepiar a nós.Obrigada.

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  21. Lembro-me perfeitamente que pouco tempo antes do FCP vender o Quaresma para o Inter o Pinto da Costa disse publicamente que se faltasse um euro à proposta para o vender, ele próprio punha a moeda e o jogador era vendido. Agora percebo a real razão. Pinto da Costa punha um euro mas depois sacava uns bons milhares em comissão, essa é que é essa!

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  22. Fantástico, e é esta, também a história da minha vida.

    Com direito a uma lágrima no canto dos olhos, foi muito muito bom ler este post, obrigada Rodrigo!

    Bibó Porto

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  23. Que linda e comovente história! Quantos de nós Portistas nos identificamos com alguma coisa ou com tudo o que esta história contém! Ao fim e ao cabo todo o Portista que se preza se revê nestas fantásticas palavras de amor clubista.
    Nas Antas e no topo Norte, tinha eu meia dúzia de anos, aos ombros de meu Pai vi o primeiro jogo do meu amado FCP (um Porto 1 – Académica 0). A minha Filha viu o primeiro e último jogo nas Antas assistindo ao seu amado FCP versus Lazio, numa noite memorável e… diluviana! No Dragão ambos assistimos ao arranque final para a brilhante conquista da Liga dos Campeões…
    As nossas vidas cruzam-me… no Amor ao nosso Clube.
    Grande abraço, Rodrigo. E… BIBÓ PORTO!

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  24. Obrigado a todos pelas bonitas palavras que me me foram dirigidas. Espero que, cada um à sua maneira, se tenha revisto nestas palavras. Elas são, em parte, muito do que é o FC Porto.

    Vamos continuar a apoiar o FC Porto (coisa diferente da Direcção/SAD/Presidente/Directores/Administradores, etc.). O clube precisa, mais do que nunca, que não nos afastemos dele. Como sempre, só unidos venceremos.

    Um abraço a todos, azul e branco,

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  25. Grande texto! Mas tives-te uma falha! Esqueceste-te dos torrões das antas! ;-)
    Abraço

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  26. Só quem ama o FCP sente o que escreveste como sendo sua própria história. Obrigada por passares para texto que a nossa alma guarda e sente.

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