29 abril, 2017

A MÚSICA OFENDE, O VERY-LIGHT MATA!


Temos assistido nos últimos dias a um ataque feroz da comunicação social portuguesa ao FC Porto e aos Super Dragões. Ao FC Porto já é constante diga-se, é como uma imagem de marca, és bom jornalista se disseres mal de Pinto da Costa e do FC Porto. Se juntares a esses ódios de estimação as gentes do Norte, e alcançares também as claques, principalmente os Super Dragões, pela sua maior dimensão e notoriedade, então és um verdadeiro herói do jornalismo. És um cãozinho bem comportado e tens uma grande carreira pela frente, sempre comandado pelo regime.

Directo ao assunto: cânticos ofensivos sempre houve e sempre haverá. Mas sempre mesmo! O que acontece é que vivemos na era das tecnologias, das selfies, das redes sociais, dos directos, e isso muda tudo no panorama pois sabe-se tudo quase instantaneamente.

Se não vejamos, desde sempre se cantaram músicas ofensivas por parte de todos os grupos ultras, principalmente quando se defrontam os maiores rivais. Mas antigamente só ouvia quem estava presente e mesmo os que estavam presentes só ouviam os interessados, os que prestam atenção, nem todos estão atentos ao que as claques cantam. Desde que me lembro que ouço esse tipo de cânticos, independentemente de serem bons ou maus. Eles existem há anos.


O que é absolutamente inacreditável é a dualidade de critérios da nossa comunicação social, um tentáculo musculado do grande polvo. A comunicação social tem uma força muito grande, manipula descaradamente e os parolos engolem tudo o que lhes dão de comer.

Sempre que há jogos com os rivais, principalmente modalidades ou equipa B (quando vamos ao Seixal!!), ouvem-se coisas inacreditáveis. Na TV do regime, há meia dúzia de anos atrás, mas sempre actual, apelou-se em directo à morte de Pinto da Costa e ao confronto com armas contra o FC Porto!!! Quando nos encontramos em pavilhões por esse Portugal fora, é perfeitamente perceptível cânticos indignos que festejam a morte de alguém (Sardoeira Pinto, Pôncio Monteiro, Pedroto), ou desejam-no, tendo sempre como alvo principal o nosso Presidente, isto sem esquecer ultras portistas que já partiram também.

Vêm agora os moralistas falar, estes anos todos depois, de uma música que os Super Dragões cantaram num jogo de andebol, baseando-se na tragédia que sofreu a Chapecoense há uns meses. Os Super Dragões respeitam a Chapecoense e homenagearam a equipa mais que uma vez!! Para que fique claro, os Super Dragões não deitaram o avião abaixo e não tiveram nada a ver com o acidente. E para que fique mais claro, ao contrário de outros grupos rivais, os Super Dragões respeitaram o minuto de silêncio na luz uma semana após a morte de Eusébio, algo que é facilmente comprovável.


Coisa que não aconteceria se fosse ao contrário, ponho as minhas mãos no fogo!!

Ao contrário de um very-light e de um atropelamento, uma música insulta e ofende, mas não rouba a vida a ninguém. Em mortes já bisaram em pouco mais de 20 anos, estão com uma média de um assassinato por década e continuam a entrar todas as semanas nos estádios os escroques.

Contra essa comandita toda, eles e quem os protege a eles, continuamos nós a apoiar o nosso clube do coração. Aconteça o que acontecer nunca deixaremos o FC Porto sozinho. E é por isso que enchemos o Dragão no passado Domingo e é por isso que vamos marcar presença nos quatro jogos que faltam.

Queremos quatro vitórias. Sintam o Porto, joguem como nós vos apoiamos.

Um abraço ultra.

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