PAÇOS FERREIRA-FC PORTO, 2-3
O ano que agora termina, deixa duas certezas: uma é de que o FC Porto está em quatro frentes para lutar pela vitória; a outra é de que a esperança na equipa de Sérgio Conceição aumenta de jogo para jogo.
O jogo desta noite em Paços de Ferreira não foi um exemplo do que é o FC Porto ou daquilo que se espera dos Dragões. No entanto, os portistas mostram uma vontade indómita de vencer que chega para desvalorizar a parte final da primeira parte em que foi pouco consentânea com uma equipa com os objectivos da equipa de Sérgio Conceição.
O FC Porto chegou com facilidade à vantagem de duas bolas de diferença. O jogo indiciava um passeio na Mata Real. Não só pelos dois golos nos primeiros vinte minutos obtidos por Reyes e Brahimi, mas também pelas oportunidades flagrantes desperdiçadas por Soares, Ricardo e Marega.
Mas no último quarto da hora da etapa inicial, os Dragões relaxaram e os pacenses aproveitaram os espaços concedidos pelos azuis-e-brancos e chegaram à baliza de Iker Casillas com facilidade e lograram empatar o jogo. Numa equipa que tem grandes objectivos para esta época, é inadmissível permitir esta recuperação, principalmente, a uma equipa inferior.
A linha defensiva esteve particularmente mal, desconcentrada e pouco agressiva na abordagem dos lances. Por isso, no descanso, Sérgio Conceição corrigiu e fez duas alterações. Maxi e Soares ficaram nas cabines e Corona e Aboubakar entraram para a etapa complementar.
O técnico portista acertou em cheio. Decorria o quarto minuto da segunda parte quando Corona cruzou com conta, peso e medida para a entrada da pequena área, onde apareceu Aboubakar a facturar de cabeça, repondo a vantagem do Dragão no jogo.
A segunda metade foi encarada pelos portistas com grande profissionalismo, não permitindo ao adversário grandes veleidades no assalto à baliza de Casillas.
Pelo seu lado, os Dragões ainda tiveram uma ou outra oportunidade para aumentar o score, nomeadamente por Aboubakar, mas Defendi evitou males maiores para a equipa da casa.
A terminar a partida, Herrera, num momento infeliz, fez um gesto com o cotovelo na cara de um adversário e foi expulso. Decisão correcta, nada a contestar, excepto a gritante dualidade de critérios do padre Bruno Esteves.
O mesmo árbitro, perdão padre, em jogos que arbitrou anteriormente, não sancionou lances mais graves em que os intervenientes foram jogadores do Benfica. Gravata de Samaris a João Carlos Teixeira e apertão do pescoço do mesmo a outro jogador bracarense. Critérios…
Por outro lado, o homem do apito deixou passar claras faltas grosseiras para cartolina a jogadores do Paços de Ferreira que, várias vezes, recorreram ao anti-jogo para interromperem jogadas de perigo da equipa portista. O padre mostrou não estar à altura do encontro. Péssimo juiz de campo!
Terminado o ano civil, o FC Porto vai ter os primeiros dois meses do ano de grande exigência competitiva. Com jogos de 4 em 4 dias, o FC Porto vai definir muito do que pode ditar a época em termos de conquistas.
Serão quatro competições de grande exigência a começar já na Quarta-feira com uma sempre difícil deslocação a Santa Maria da Feira para conquistar três pontos, numa jornada em que os dois grandes rivais se defrontam.
Palavra de ordem: VENCER.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: “É uma vitória completamente justa”
Entrada forte
“Entrámos bem no jogo. Sabíamos que era preciso ganhar para estarmos nas meias-finais da Taça da Liga. Fizemos dois golos e criámos situações para o 3-0, que nos daria maior tranquilidade. O Paços teve o mérito de marcar nas duas únicas situações que teve e aproveitou desconcentrações nossas. Retificámos algumas coisas ao intervalo, nomeadamente a forma como defendíamos. Fizemos o terceiro golo na segunda parte e, se tivéssemos definido melhor em algumas situações, poderíamos ter conseguido um resultado mais amplo. É uma vitória completamente justa. Foi um bom jogo da equipa e conseguimos o mais importante, que era ganhar.”
Uma questão de eficácia
“Criámos muitas situações de golo. Chegámos com facilidade ao último terço, mas temos de ser mais eficazes. Hoje não estivemos tão bem defensivamente, mas fico sempre satisfeito por criarmos tantas oportunidades de golo. O difícil é chegar lá como nós o fazemos. Já estivemos bem melhor noutros jogos, mas é de realçar o esforço dos jogadores depois de uma paragem que não é muito benéfica. Estamos em todas as frentes e isso é de louvar. Os jogadores estão de parabéns.”
A expulsão de Herrera
“É o ponto mais negativo desta noite. Não havia necessidade de ter feito o que fez. Se calhar nem atingiu o adversário, mas fez o gesto e já se sabe como é. Contra o FC Porto não se facilita. Ficámos sem um jogador importante, mas outros irão jogar e com certeza que vão aproveitar a oportunidade.”
A meia-final contra o Sporting
“Ainda falta muito para esse jogo. Agora pensamos no Feirense e concentramos todas as nossas atenções no jogo de quarta-feira.”
Feliz 2018
“Desejo a todos os portugueses um 2018 cheio de saúde, paz e sucesso. E que o sucesso seja maior para o FC Porto do que para as outras equipas.”
RESUMO DO JOGO
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