12 julho, 2018

DESDE 1987.


Em abril de 1987, nasceu mais um de nós. Faltava apenas um mês para aquele eterno calcanhar azul e branco que nos fez acreditar que era possível atingir o céu. Nessa mesma bendita noite, a do calcanhar de Madjer, essa criança nascida um mês antes chorava compulsivamente. Consta que os pais tentaram várias formas para a conter. Porém, como ainda hoje conta o seu pai, o bebé só parou de chorar quando, dentro do carro, chegou à baixa da cidade Invicta, onde naquela noite festejava-se a maior vitória de sempre até então do Futebol Clube do Porto. Poderá até nem ter sido literalmente assim, já que é comum acrescentar-se sal e pimenta nas histórias antigas, mas o que é facto é que esta versão da história faz muito sentido na minha cabeça e ajuda-me também a explicar a origem desta paixão imensa que tenho pelo clube de todos nós.

Sou um portista convicto e um portuense orgulhoso. Ou um portista orgulhoso e um portuense convicto. Sou as duas coisas ao mesmo tempo. E essas duas coisas têm sido veemente exacerbadas ao longo dos últimos cinco anos por força de estar agora a viver em Lisboa por motivos profissionais. Para agravar, estou (geograficamente, apenas e só, importante não confundir) verdadeiramente próximo de quem nos quer pior. Como conseguirão imaginar, os sentimentos e as emoções relacionadas com o nosso FCP são muitas vezes ainda mais potenciados.   

Espero, portanto, que esses sentimentos e emoções alimentem a minha vontade de contribuir para este espaço importante de partilha e opinião sobre o clube de todos nós que é o BiBó PoRtO. Liberdade e compromisso. Vontade e paixão. Ideias e convicções. É tudo quanto posso prometer durante os próximos tempos, honrando o convite que gostava muito de agradecer.

Pretendo aqui escrever sobre momentos de orgulho e de saudosismo do nosso livro de honra de vitórias sem igual, mas também comentar o que vejo em termos de contexto atual e futuro do nosso clube. No fundo, estarei aqui para me queixar sempre dos Depoitres desta vida e me regozijar sempre (e espero que muito mais vezes) com os Falcões que atacam as áreas adversárias. Sempre com muita paixão. E razão também, espero.  

Agora é tempo de arregaçar as mangas que a luta vai recomeçar. Porque os campeões não se fazem só ao minuto 90 na Luz, mas também em Julho no Olival, no Algarve, no BiBó PoRtO, ou qualquer outro lugar. É no campo que temos de ganhar, embora exista quem insista em tentar vencer fora dele. Mas com calma lá iremos. Por agora, bola na frente que atrás vem gente e temos um título de Campeão Nacional para revalidar! Vemo-nos por aqui, ou em qualquer estádio, em qualquer lado…

Saudações Azuis e Brancas,


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