11 julho, 2018

NOVAS EMOÇÕES.


Eis-nos de volta a mais uma época repleta de emoções, alegrias, decerto algumas (poucas, esperamos...) tristezas, uma época em que teremos que lutar o dobro da passada, quer no campo, quer fora dele, mas sobretudo, uma época que queremos que acabe igual ou melhor do que a última, com o caneco levantado orgulhosamente no Dragão.

Em plena silly season, são ainda muito incipientes as certezas azuis e brancas. Entre o noivado sem happy end à vista por Mbemba, o flirt de Raul Silva ou os sonhos sado-maso de um Adrian Lopez versão 2.0, vulgo Jesé, a imprensa vai-se divertindo ao jogo do gato e rato. Entre as saídas, ao contrário da tradição típica da época, de colocar Brahimi por essa Europa fora, este ano os holofotes têm apontado incessantemente para os nossos ex-Patinhos feios. Para atletas que valiam um bilhete do Andante há 2 anos atrás, é fantástico vermos Barças e Reais interessados. O mundo dá mesmo muitas voltas. Tantas, que ainda parece que foi ontem que um capitão da equipa saiu sem um mísero cêntimo entrar nos nossos cofres, e outro se apresta a ficar em semelhante situação, com os responsáveis a ver a banda passar...

Novidade suprema para esta época, é a existência de caras novas no balneário. Se um não tem nome de craque, o outro vai ainda mais longe, ao transportar as nossas memórias para desengonçadas florestas austríacas. Contudo, o passado tem-nos dado excelentes surpresas com desconhecidos. Esperemos que João Pedro e Saidi Janko entrem nessa galeria. Importante nisto tudo, é a SAD lembrar-se que há vida para além da direita da defesa. A 1 mês do início da temporada oficial, no centro da defesa, entre o banco e titulares, temos como único nome credível Felipe. Para uma zona crítica da equipa, onde o entrosamento é imperativo, não me parece ser o melhor dos caminhos continuar a adiar decisões.

Ainda dentro do FCP, mas numa montra mais global como a do Campeonato do Mundo, não se pode dizer que este mundial tenha sido dos mais brilhantes para as nossas cores. Ineditamente, tivemos uma selecção portuguesa sem um único atleta dos quadros do clube. Independentemente das promiscuidades entre agentes, a FPF, e o próprio Fernando Santos, a verdade é que isso não explica tudo. A aposta incipiente na nossa formação, mais vocacionada para o empréstimo ou venda, do que verdadeiramente para o investimento na equipa principal, dá para estas aberrações. Que o digam, entre outros, Rafa Soares, Fernando Fonseca e muito possivelmente a nossa fornada de Diogos, para não falar dos exemplos mais escabrosos de Dalot ou André Silva. Muita tinta teria que se gastar nesta triste temática, demasiada para este post.

Retomando o Mundial, se na equipa das quinas não existiram Dragões do presente a brilhar, a grande surpresa para mim vai, não para a abnegação e entrega do nosso capitão, cuja grande forma não era segredo para ninguém - excepto porventura para os alemães -, mas sim para Quintero, que além de ser o único "portista" a facturar no Mundial, conseguiu surpreendentemente ser o maestro dos "cafeteros", brilhando sempre mais alto do que o nosso bem conhecido, e vedeta colombiana, James Rodriguez. Incompreensível apenas, a falta de fé da nossa SAD no jogador, que depois de esbanjarem milhões na aquisição da totalidade do seu passe, deixaram-se enredar pelos pedidos do River Plate, sendo que estamos presos até Dezembro, quando podíamos, e devíamos, ter recuperado AGORA, o investimento feito no jogador. Para um leigo como eu, onde antigamente existia excelência na gestão de compras, vendas e empréstimos, agora parece existir um joelho, um guardanapo de papel e uma caneta BIC. Sinais dos tempos. Sinais da necessidade rápida de reforma para o grande mentor do FC Porto moderno.

Para finalizar, e já que falamos de silly season, não poderia faltar o supra-sumo da loucura nacional, Bruno de Carvalho. Que tenha feito um excelente trabalho a implodir a lagartagem, todos nós concordámos. Que se candidate, para derrubar as últimas pedras pelas bandas de Alvalade que ainda restem, só merece o nosso apoio e aplauso. Agora que envie o trabalho de meses de Francisco J. Marques para o simples cochicho, permitindo ao slb uma bolsa de ar quando o fim de Luis Filipe Vieira e restante gangue, era iminente, isso é que era escusado Bruninho. Como diriam nuestros hermanos, porque no te calas hombre?

E que a temporada comece, rápido!

Cumprimentos Portistas

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