05 outubro, 2008

Nunca é tarde... para ganhar em Alvalade!



Porque amanhã é Domingo,
Eu quero que o povo note,
A maneira como brilham,
As quinas de campeão,
Na camisola do Dragão.

Rui Veloso que me desculpe plagiar o seu “Fado do Ladrão Enamorado”, é que o Leão não é nenhum papão, mas tem por timbre dar golpe certeiro. O tempo é de exibição a preceito, vamos lá Jesualdo, aguce o seu jeito. É que há muitos a desconfiar de uma competente exibição, pois já se torna vulgar o senhor apresentar um Porto de imitação.

Romantismo à parte cumpre-me a espinhosa missão de alvitrar a antevisão de mais um clássico do futebol luso. E quando tudo está mal o que é que ainda pode ser pior???...

Alvalade e o indomável Leão de Paulo Bento, uma espécie de besta negra, pedra no sapato, areia a mais para a camioneta do Dragão. Reza o historial estatístico que os embates caseiros são amplamente favoráveis aos Viscondes, com 41 vitórias em 74 jogos, estes números foram em muito esbatidos durante as duas últimas décadas, ainda que sob a égide e batuta de Jesualdo, jogar com os leões é sinónimo de derrota anunciada.

A única premissa que altera o cariz de um resultado negativo é que para os Azuis marcar primeiro é quase sempre condição sine qua non para o garante da vitória. Depois do que ficou à vista em mais um desastre de competências além fronteiras, pouco mais sobra ao Dragão que não o reerguer-se e aprender com nova lição londrina, aliás seguindo a linha de raciocínio do técnico azul e branco que preferiu dissecar o rotundo desaire de forma pouco eloquente, se as derrotas têm o condão de ajudar ao crescimento da equipa então estou em dizer que pelo andar da carruagem a base de trabalho estará em breve atingir a maioridade.

Coabitam na comunidade azul e branca uma panóplia de sentimentos face a este clássico, logo a partida um feeling de que este clássico vale para os Dragões bem mais que três pontos, à quinta jornada os azuis jogam o reabilitar do seu futebol, o encontro com a identidade própria, o acertar de agulhas face aos esquemas tácticos em vista para o que resta da época.

Na véspera de defrontar o rival verde da 2ª circular, o cepticismo face às exibições débeis, confrangedora incapacidade física, sucessivos naufrágios defensivos bem como os inúmeros indicadores individuais a obviarem a ilações positivas, afinal de contas que Porto se espera no Alvalade XXI???

Do Sporting confesso não esperar grandes surpresas, sobram as dúvidas em virtudes de algumas peças importantes nos desenhos tácticos de Paulo Bento estarem a contas com lesões. Com Caneira e Polga sob vigilância médica a dupla de centrais pode passar por Tonel e Miguel Veloso, a verificar-se o cenário, mudam desde logo os intérpretes do famoso losango leonino que tantas alergias provocam ao professor Jesualdo.

O técnico leonino tem ainda Vukcevic e Izmailov condicionados e fora dos eleitos para o Clássico e que torna ainda mais apetecível a luta táctica da zona central do campo, se me esquecer que estes que agora não entram nas contas foram tão só os responsáveis pelos golos apontados no embate da época transacta, será isso um bom presságio!!!!

O técnico portista useiro e vezeiro na configuração de sistemas tácticos alternativos sobretudo na programação do meio campo azul e branco, já tentou de tudo, ele foi 4x4x2 tradicional ou de triângulos invertidos, passando pelo 4x3x3 de a sumptuosa postura pragmática, a verdade é que seja qual for a roupagem do Dragão, as vestes acabam por sempre delinear uma incapacidade táctica nos confrontos com as cores leoninas, onde sobra o travo amargo do resultado e onde apesar do denodado esforço para contrariar as vicissitudes, sempre acaba a deixar-se engodado e armadilhado pela zona intermediaria verde.

Desta feita e olhando aos convocados até não custa perceber que vai haver mexidas no onze portista, Pelé é a novidade, Tarik continua esquecido e Candeias e Stepanov não entram nas escolhas. Se a não inclusão do Sérvio se percebe porque este é um jogo para ganhar, já a do jovem ala que tem tido direito a alguns minutos é de todo questionável ainda mais quando o Porto não se tem mostrado forte nesse capitulo de jogo.

Com a ideia clara de que o jogo com os lagartos é uma boa moeda de troca na hora da cobrança, os de Alvalade até estão acostumados a serem o divã do Dragão para a recuperação psicológica, habituados que estão a pagar a factura das ressacas europeias. Desta vez ninguém enjeitaria um desiderato que confinasse igual desígnio, para tal, Lucho prepara o seu regresso ao onze, não sendo que isso seja bastante para alterar as dinâmicas de jogo, pese embora o facto de o seu futebol linear, expedito e laborioso seja capaz de fazer a ofensiva portista somar ataques em vagas sucessivas e investidas constantes sobre a baliza de Rui Patrício, tais expectativas não atenuariam por certo as gritantes faltas de rotina do jogo que os Dragões apresentam.

Quem também luta por uma vaga e por um acerto táctico que permita a sua inclusão nos eleitos é Tomás Costa, voluntarioso e abnegado face a mais que previsível luta titânica de meio campo frente a Moutinho, Rochemback e seus pares, parece-me que a sua entrada é uma boa muleta e importante suporte a Sapunaru até porque e apesar deste último não fazer esquecer o antigo titular do posto de defesa direito, tarda em firmar créditos, o que somado ao seu posicionamento ameaça provocar rombos na defensiva azul.

Com morte anunciada está a asa esquerda portista, depois da hemorragia de golos na Champions parece óbvio que é preciso estancar essa debilidade, contudo Benitez não pode ser o bode expiatório, Jesualdo tem grande quota parte de culpa, sem mecanismos de compensação e de entre ajuda à faixa em questão, Guarin nunca foi um suporte fidedigno ao argentino, é certo que a pálida imagem que deixam transparecer as suas exibições encerram no plano táctico muito mais que um simples dizer, muito fraquinho para jogar de Dragão ao peito.

Como convêm, a culpa não deve morrer solteira e a quem podem ser assacadas culpas também pelo menor fulgor defensivo a esquerda é a Rodriguez, a cebola uruguaia é um flop no esquema ofensivo, completamente desfasado, não dá profundidade sendo preferível que seja adicionado como médio interior esquerdo do que como extremo puro, claro está que isso obriga a novo modelo concepcional da estrutura centro campista azul, com Meireles, e Fernando a pisarem metros quadrados distintos dado o seu raio de acção.

Golos precisam-se, e quem os evite também, Helton acometido por um torcicolo é outra das ausências notadas, ele que tem por costume abrir a capoeira nos grandes palcos, vai ceder a baliza ao por norma competente Nuno. Numa altura em que os mercados financeiros se debatem com a crise económica, a norte Lisandro vai desbaratando o crédito de golos, os adeptos começam a cobrar a inépcia ofensiva do artilheiro, tornando a conta excessivamente alta dado os juros subirem a cada jogo que passa em branco.

Alvalade encerra sempre dificuldades, as equipas perfilam-se para apesar das baixas, se apresentarem no máximo das suas capacidades, Jesualdo promete que vai a jogo com ambição de conquista pelos três pontos, a batalha será intensa, com organizações tácticas distintas nos conceitos de jogo não é menos verdade que ambas fazem da fiabilidade defensiva o ponto de partida para o que costuma ser regra de ouro, as equipas constroem-se de trás para a frente.

É certo que os Portistas encaixaram quatro golos sem resposta, mas cada jogo é um jogo e apesar das sequelas que sempre ficam no subconsciente dos jogadores, desenganem-se aqueles que pensam que o hábito faz o monge e que na hora de subir ao relvado, animicamente os jogadores já vão derrotados.

A margem de erro é ínfima e aperta-se a cada jogo dos azuis, é tempo de nos darem alegrias de voltarem a um passado recente, a registos de competência e elevada superioridade, estes confrontos são por hábito resolvidos nos detalhes, por isso Sr. Jesualdo em Alvalade, coisas como ambição, vontade, seriedade, orgulho e a raça de campeão, que nada fique pela metade, e que de intenções esta o inferno cheio.

Assim e ainda que com a dificuldade extrema de entrar na conjuntura inteligível de Jesualdo que torna sempre ainda mais difícil prever a equipa que defrontara os leões, atiro com os deste quadro:

Lista de convocados:

Guarda-redes: Nuno e Ventura.
Defesas: Sapunaru, Fucile, Bruno Alves, Rolando, Pedro Emanuel, Benítez e Lino.
Médios: Fernando, Pelé, Guarin, Raul Meireles, Lucho González e Tomás Costa.
Avançados: Hulk, Lisandro, Mariano e Rodriguez.

16 comentários:

  1. Sporting vs FC Porto: histórias do clássico

    É um dos maiores clássicos do futebol português. Será, porventura, o que menos importância tem actualmente no que concerne a jogos entre os três grandes, mas nem sempre assim foi. Nos primórdios das competições nacionais, com efeito, FC Porto e Sporting eram as equipas com maior notoriedade e, subsequentemente, os jogos entre si acabavam por ser os mais importantes.

    Os primeiros jogos. Aconteceu assim em 1922, na decisão do primeiro Campeonato de Portugal, que colocou face a face, em duas mãos, o campeão de Lisboa, o Sporting, e o campeão do norte, o FC Porto. Mais sagazes e embalados pelo seu público, os portistas venceram o primeiro jogo por 2-1, mas em Lisboa, o Sporting, foi mais forte e superiorizou-se por 2-0, pelo que foi necessário recorrer a uma finalíssima para se achar o vencedor. Disputado no Bessa – por sorteio –, a 18 de Junho de 1922, o derradeiro jogo consagraria o FC Porto, como primeiro campeão de Portugal, mas só depois do prolongamento ao qual se chegou depois de Emílio Ramos ter dado a igualdade ao Sporting, que correra atrás do prejuízo causado pelo tento de Balbino, para os azuis e brancos, logo a abrir o encontro. João Nunes e João de Brito fariam os golos decisivos que despoletaram a festa do FC Porto. Comemorava-se também o feito de Gago Coutinho e Sacadura Cabral que tinham chegado ao Rio de Janeiro no dia anterior. Esse FC Porto tinha curiosamente um jogador formado no Campo Grande, de seu nome Velez Carneiro, médio centro, que tinha ingressado no clube dois anos antes, depois de oito anos na equipa de Francisco Stromp, e que seria assassinado à queima-roupa, dois anos depois, antes de novo título portista - comandados pelo eterno guardião húngaro Miguel Siska - , de novo, frente ao Sporting, em 1924, e depois do primeiro do Sporting como campeão de Portugal, em 1923.

    Anos mais tarde, em 1934/35, numa altura em que Ricardo Zamora assombrava com o seu brilho a Europa do futebol, decorrente da magnífica prestação ao serviço da selecção espanhola no Campeonato Mundial de 1934, era criado em Portugal, o Campeonato da Liga. Disputado por oito equipas, a competição chegava à sua etapa final, com uma deslocação do FC Porto, que era primeiro, ao campo do Sporting, que era segundo, mas com legítimas aspirações à conquista da prova – era a única equipa tirando o FC Porto, que lá podia chegar –, bastando-lhe para o efeito a vitória. A 12 de Maio de 1935, jogou-se então o primeiro Sporting versus FC Porto, no covil dos leões, para o campeonato nacional de futebol. A partida, disputada no Campo Grande, trazia um FC Porto ferido, por ter tido de repetir um jogo, que tinha vencido em primeira instância, que tornou a vencer, ao Belenenses, receoso, por ter perdido e empatado nas outras deslocações ao sul – o FC Porto empatara nas Salésias, na abertura do campeonato, perdera em Setúbal frente ao Vitória na 4ª jornada e nas Amoreiras, frente ao Benfica, na 10ª jornada, e desfalcado, por não poder contar com a sua maior estrela, Artur de Sousa ‘Pinga’ que se encontrava doente – único jogo falhado pelo ponta esquerda nessa prova. O Sporting, embora tivesse perdido na deslocação à Invicta, na 7ª jornada, por 4-2, naquele que foi, de facto, o primeiro jogo entre ambas as equipas para o campeonato, entrou bastante moralizado pela presença em massa dos seus adeptos, e adiantou-se no marcador à passagem do 25º minuto, com um golo de Ferdinando. Carlos Nunes, talentoso jogador de 20 anos, e Lopes Carneiro marcaram, antes e depois do intervalo, virando a contenda a favor dos portistas e o melhor que o Sporting conseguiu foi chegar ao empate, pelo seu avançado Soeiro, melhor jogador da equipa e melhor marcador desse campeonato com 14 golos apontados, a quem o FC Porto andava à tempos a tentar lançar a rede para a época seguinte, para criar um ataque demolidor, ao lado de Pinga, Lopes Carneiro, Waldemar Mota e Carlos Nunes. O Sporting, carregado de brio, para se defender, nessa altura, revidou com interesse em Pinga. Acabariam por não se concretizar, nem uma nem outra saída e, hoje, Pinga é figura eterna do FC Porto e Soeiro - tio e responsável pela chegada, anos mais tarde, de Manuel Vasques (um dos cinco violinos) ao Sporting -, o 4º melhor marcador de sempre do clube de Alvalade.

    A maior goleada conseguida pelo Sporting, em casa, remonta à época de 1936/37, quando os portistas saíram vergados por 9-1. Os azuis e brancos, que durante muitos anos viveram sob a malapata de não triunfar a sul, venceram fora o Sporting, pela primeira vez apenas em 1948/49, e conseguiram o seu resultado mais expressivo, em Alvalade, em 1972/73, quando venceram por 0-3. Em casa, a história é, no entanto, diferente. O FC Porto já venceu o Sporting, por 10-1, em 1935/36, mas também já perdeu por 1-4, em 1959/60.

    Contrastes. Para se perceber o domínio caseiro do Sporting frente ao FC Porto é preciso olhar para os primeiros anos de campeonato. Até ao final da época 1960/61, os leões tinham vencido 22 vezes e permitido, apenas, quatro empates e uma vitória aos dragões. Todavia, o FC Porto é quem domina nas últimas três décadas. Desde 1977/78, os de Alvalade, em casa, só saíram por cima no clássico por nove vezes, empataram sete jogos e perderam 14. O melhor período do FC Porto em casa do Sporting, aconteceu entre 1990/91 e 1996/97, em que os dragões obtiveram seis vitórias e se registou somente uma igualdade, em 1992/93, primeira época do inglês Bobby Robson, em Portugal e no Sporting.

    Clássico à tarde, como no filme. Esse foi um dos últimos, senão último clássico disputado à tarde em Alvalade de que há memória. Aconteceu à 10ª jornada, dessa época (1992/93). O FC Porto, orientado por Carlos Alberto Silva, era líder isolado do campeonato, com mais dois pontos que o Benfica, e visitava o Sporting, que era apenas quinto classificado, com menos um ponto que o saudoso Salgueiros. O jogo começou bem para os leoninos, que se adiantaram no marcador antes dos dez minutos, pelo internacional polaco Juskowiak, referência do torneiro olímpico 1992, que aproveitou da melhor maneira um ressalto na pequena área azul e branca, para bater Vítor Baía. O FC Porto, pese a estratégia sempre defensiva que imperava enquanto era dirigido pelo ‘Professor Astromar’ conseguiria, no entanto, chegar ao empate, antes do intervalo, pelo internacional búlgaro Kostadinov, que aproveitando uma má decisão de Ivkovic, após centro do capitão João Pinto que levou a bola a embater no poste mais distante – ao qual é tirado o cruzamento – da baliza leonina, mergulhou para facturar de cabeça. 1-1 seria o resultado final. É curioso notar que essa equipa do Sporting tinha uma média de idade, embora parecida, ainda mais curta do que a que Paulo Bento deverá apresentar amanhã de início.

    Maior vitória e maior derrota nos confrontos em Alvalade. Foi a 4 de Abril de 1937 que o Sporting venceu o FC Porto, que realizava um campeonato abaixo do esperado, por 9-1, mais de um ano depois de terem sido copiosamente batidos pelos portistas (10-1), a 22 de Março de 1936, no estádio do Lima. Soeiro, com um poker, João Cruz, com um hat-trick, e Pireza, com um bis, construíram o resultado final, honrado por Pinga, para os da Invicta. O húngaro Joseph Szabo, que fora campeão em 1934/35 pelos azuis e brancos, era o treinador do Sporting. O FC Porto obteve o seu resultado mais dilatado sobre o Sporting, em Alvalade, em 72/73, no início da segunda volta, por 0-3. Os dragões tinham perdido na estreia, em casa, às mãos dos leões e realizaram, nessa época, em que eram penúltimos à 4ª jornada, com apenas dois pontos - duas derrotas e dois empates -, um campeonato de trás para a frente, concluindo-o à frente do rival.

    O pentacampeonato nasceu e festejou-se em Alvalade: a vingança de Robson e a engenharia de Santos. O Sporting embalou para o título no ano seguinte: Inácio trilha caminhos aprendidos nas Antas. Em termos internos, o FC Porto ostenta, como é sabido, a melhor série de vitórias em campeonatos nacionais, cinco. O primeiro e o último desses títulos tiveram expressão máxima em Alvalade. Em 1994/95, o campeão decidiu-se à 30ª jornada quando o FC Porto, de Bobby Robson, que fora despedido do Sporting na época anterior, derrubou o conjunto leonino, em Alvalade, com um golo de Domingos, que já fora decisivo na vitória portista, um ano antes, de penálti. Na 33ª jornada de 1998/99, quando os dragões, líderes isolados, com cinco pontos (quatro na prática, porque o Boavista tinha empatado em Faro e o FC Porto já era campeão ao entrar em campo) à maior sobre o Boavista, visitaram Alvalade para obter um resultado que teria sido, em qualquer caso, suficiente para os seus objectivos, uma igualdade a um golo. Pedro Barbosa, que passou pelos escalões de formação do FC Porto, adiantou o Sporting, no início da segunda metade, mas o esloveno Zahovic, concluiu na sequência de uma bola parada, a cinco minutos do fim, garantindo a festa azul e branca. Na temporada seguinte, em 1999/00 os rivais encontraram-se à 26ª jornada, com o FC Porto na liderança e o Sporting, a dois pontos. O encontro criou enormes expectativas, porque o Sporting não perdia há 16 encontros e em Alvalade acreditava-se piamente que seria, finalmente, aquele o ano da reconquista do campeonato depois de um jejum de quase duas décadas. O Sporting marcou dois golos antes do intervalo, num livre superiormente executado por André Cruz e num remate seco de Beto Acosta, de fora da área perante um desamparado Vítor Baía, após erro grave de Secretário que entregou a bola para uma zona de ninguém, arrumando a questão quanto ao vencedor do encontro e passando, dessa forma, para a frente da Liga, posição que não mais largaria até final.

    Diferentes lados da barricada. Muitas são as histórias de jogadores e treinadores que alinharam em clássicos entre Sporting e FC Porto, por ambos os clubes, ou que simplesmente jogaram com o símbolo de ambos ao peito. Carlos Alhinho, António Oliveira, Eurico Gomes, Fernando Gomes, Paulo Futre, Jaime Pacheco, António Sousa, Emílio Peixe, Augusto Inácio, Mário Jardel, Fernando Mendes, Ricardo Fernandes, Edmilson, Rui Jorge, Costinha, são quinze, dentro de algumas dezenas de nomes. No actual plantel do Sporting, apenas Derlei jogou o clássico por ambos os clubes, sendo que Tonel, apesar de ter sido formado nas Antas, nunca o jogou pelo FC Porto contra o Sporting, ao mais alto nível. No plantel do FC Porto existe, além de João Paulo, que jogou numa derrota do Sporting, nas Antas, em 2002/03, Ricardo Quaresma, que se formou em Alvalade, antes de sair para Barcelona, onde o FC Porto o foi recrutar. O extremo e actual figura dos dragões estreou-se pela equipa principal do Sporting, na Liga, precisamente frente ao FC Porto, na jornada inaugural da temporada 2001/02. Foi uma estreia em cheio de Quaresma, então com 17 anos – entrou aos 22 minutos para o lugar de Sá Pinto –, que colocou a cabeça em água a Mário Silva, lateral esquerdo do FC Porto, e que os leões venceram com um tento solitário do romeno Marius Niculae, começando aí, da melhor maneira, a caminhada para o seu último título de campeão.

    A era Mourinho e a noite de Jorginho. Nos anos dourados de 2002-04, encarnados pela equipa liderada por José Mourinho, o FC Porto não perdeu em Alvalade e averbou uma vitória, em 2002/03, num jogo em que não deu qualquer hipótese ao Sporting, pese o escasso resultado de 0-1, construído com um golo de Costinha, e, um empate, em 2003/04, a uma bola, com golos de Jorge Costa após canto de Deco, pelo FC Porto, aos 10 minutos de jogo, e de Pedro Barbosa, na transformação de uma grande penalidade, à entrada para os últimos vinte minutos, depois de Fábio Rochemback ter falhado uma, ainda na primeira parte. Acabou por ser um jogo polémico, pelos acontecimentos no rescaldo, com o célebre episódio da camisola rasgada e pelas afirmações produzidas por José Mourinho: ‘Liedson é um enganador’ e ‘Presidente, deixe-me ir embora’ aludindo, pela primeira vez, à sua - futura - saída do futebol português. Dois anos mais tarde, no reinado de Co Adriaanse, o FC Porto venceria em Alvalade à 30ª jornada - o Sporting, tal como em 99/00, havia recuperado parte da desvantagem trazida para o FC Porto chegando apenas com dois de atraso ao clássico, que jogava em casa - com um golo solitário do brasileiro Jorginho, garantindo praticamente a conquista do título de campeão. Como será escrita a próxima página do clássico?

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  2. Boas,

    Pois. Hoje é o dia da redenção. Hoje é o dia de acertarmos contas com um passado recente pouco recomendável. E hoje, estou certo, a equipa saberá dar uma resposta cabal, depois da tenebrosa noite londrina.

    Será, sem dúvida, um jogo difícil. Mas hoje quero sentir o prazer de vencer, soltar o grito de vitória, tal como naquela vitória magnífica, nos tempos de Adriaanse, quando Jorginho fez explodir de alegria os adeptos portistas.

    Meus caros, vão entrar em campo com um peso enorme nas costas. O peso de uma história ancestral, polvilhada de momentos de grandes conquistas. Sejam como os anteriores possuidores dessas camisolas. Homens orgulhosos, que não quebravam, indomáveis, temidos.

    Sejam, sobretudo, FC PORTO! Porque, se assim for, será meio caminho andado para a conquista dos 3 pontos.

    Como o Bruno preconiza, provavelmente jogaremos num 4-4-2, que será mais um 4-1-3-2, com dois jogadores móveis à frente, dois avançados à imagem do que o Sporting utiliza contra nós: jogadores ágeis, rápidos, desiquilibradores no 1 para 1.

    Com Meireles do lado esquerdo do meio-campo, a avenida habitual para o passeio dos adversários terá um tampão. Felizmente. Para que não se repitam pesadelos recentes.

    Resta-me apenas apelar a uma arbitragem isente. Sei que, com o escolhido, isso será mais umdesejo platónico do que outra coisa. Mas sr. Lucilio Baptista, tenha vergonha na cara. Honre as insígnias de juiz de campo. Seja, apenas, IMPARCIAL.

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  3. Vídeo feliz, crónica atinada, equipa acertada.
    Força Porto, por de fracos não reza a história.
    Um abraço

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  4. Pois...

    passem em

    http://campeoesfcporto.blogspot.com/

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  5. Apenas faria uma troca em relação á equipa montada, trocaria fernando por Hulk, e poria meireles como medio mais recuado, apoiado por tomás costa e c.rodriguez com lucho no comando, a servir lisandro e hulk. Já se percebeu que quando demonstramos cagaço, nunca ganhamos o jogo Ex: Benfica e Arsenal.
    MAs penso que a invençao de serviço de Jesulado será:

    Nuno,Sapunaru, Rolando, B.Alves e Lino; Pelé,Meireles, Lucho e Tómas Costa, C.Rodriguez e Lisandro.

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  6. Faço minhas as palavras de vocês sabem quem: "É para ganhar e mais nada!"

    Aos adeptos Portistas que mais logo estarão em alvalade, mostrem apoio incondicional aos nossos.
    Não esqueçam os pedidos dos jogadores e equipa técnica mas aceitam fundamentalmente os dos adeptos anónimos.

    Nós logo vamos ganhar :)

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  7. Bruno, a tua equipa era a minha na integra. E espero q seja a do Jesualdo. E espero logo vir aqui com uma lágrima no canto do olho, ainda emocionado depois de mais uma grande vitória, até logo.

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  8. Até parece que o sporting joga muito não tenho visto nada de mais. Por outro lado o F C PORTO também não está em grande forma , mas acho que chega para ganhar o jogo .Só espero que os jogadores joguem com mais RAÇA . Logo vamos ganhar.!!!!!!
    Abraço

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  9. De acordo com os convocados o meu onze seria:
    GR:Nuno (não pela lesão do Helton, mas sim pelas constantes e aborrecidas asneiras)
    Defesa:Sapunaru à direita(não há outro!), Alves e Rolando, e Fucile.
    Meio-Campo:Lucho, Meireles e Pelé.
    Ataque:Lisandro, Hulk e Rodriguez (isto porque não há Sektioui).

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  10. Viva !

    Olimpus : Bravo como sempre quanto às estatísticas. Gosto muito de ler.

    Quanto à composição da equipa, OK !

    Eu talvez tivesse apostado no Ventura. Li já não sei onde que o Porto perde sempre com o Sporting quando joga com o Nuno. Mas não façam caso é coisa de superstição minha. Racionalmente, quem deve jogar é o Nuno.

    Agora é só esperar !

    Espero que possa ver o jogo.

    Prognósticos só no fim do jogo !

    E Viva o Porto !

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  11. parabens, é dos blogs mais completos que ja li do nosso fcp!!

    bom trabalho!!

    p.s.- tas na minha lista :)

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  12. Pra logo desejo apoio incondicional aos jogadores que equiparem de azul e branco, mas é bom que gente com responsabilidade pense mais nas palabras que debitam cá pra fora.A crónica de Avaro Magalhães diz muito do "statuos quo" do reino do dragão...

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  13. Na minha opinião,não devemos escolher a equipa porque o técnico é o Profe,e por conseguinte é ele que sabe quem está em melhores condições para jogar.Treinou-os durante toda a semana.
    Podemos e devemos sim,é questionar a forma como jogam. Se os elementos escolhidos pelo treinador jogarem mal,então sim podemos pedir responsabilidades a quem os escolheu,porque ou escolheu mal,ou orientou mal.Tb pode dar-se o caso de ser a equipa no seu conjunto a jogar mal.Neste caso o falhanço seria colectivo.

    Abraço

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  14. Concordo com a opinião do anónimo sobre o escrito do Alvaro Magalhães.

    É nestes momento que devemos demonstrar a nossa fé e o nosso amor ao nosso clube, e não quando o mesmo está de rastos, poder bater-lhe ainda mais.

    Acho que anda muita gente à espera de situações de calamidade, para poder chegar ao poder.

    Quando o homem renovou, não vi ninguem questionar que o não devia fazer, pois estava a frente do campeonato.

    O que nunca ninguem fez, foi as contas friamente sobre o que ganhamos desportivamente e o que tinhamos ganho em termos de jogadores para o futuro. Já nesse tempo a contabilidade apresentava saldo negativo, mas como o tempo era de festa pelo tri ninguêm questionou ou levantou a voz por mais uma renovação.

    Agora não adianta. É aguentar até ao fim, até não ser possivel.
    Se o tivessemos feito com o Fernandez, em que não foi protegido já que não se proibia a entrada de uma dita escritora para assistir aos treinos ???, se calhar teriamos festejado mais um campeonato, e o Bosta continuaria a sua travessia do deserto.

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  15. Ò DRAGON4 não deturpes o sentido ao comentário.Eu referia-me era ao nosso treinador que quando abre a boca só sai asneira.O Alvaro Magalhães é só o melhor cronista que está na comunicação social e um grande conhecedor de futebol.

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