22 março, 2009

Apesar do horário vergonhoso do jogo...

… a Taça para o Dragão também é saborosa!!!

Consolidada a liderança na Liga, que segue dentro de momentos, por força de um calendário em câmara lenta, o hiato competitivo permite na sua natureza, que habitual organização Azul marque pontos.

Enquanto a Sul, se viveu o show-off and on possível da hiper, mega rifixe Carlsberg Cup, (competição que ainda hoje foge ao meu entendimento quando questiono a sua finalidade), hoje a Norte o Dragão desbrava caminho rumo ao Jamor.

Esta época a competição em causa para alem de ter ganho um nome pomposo, (Taça Millennium), observa conjuntamente uma alteração significativa no desenlace competitivo… ½ final a duas mãos!!!

Naquela que é considerada a prova rainha do burgo Luso, habitualmente conotada como a festa do futebol, onde os Tomba Gigantes merecem destaque, e os clubes surpresa fazem a historia da competição, ganhando espaço para os tais minutos de fama, bem alimentadas pelas loas e parangonas da imprensa, confesso que não sei ate que ponto o novo modelo fomenta o espírito tão próprio da Taça.

A discussão será subjectiva e encerrará diversos prós e contras, de uma coisa tenho a certeza, seja com esta roupagem ou regressando aos moldes passados, a Taça é para os Azuis e brancos um habitual e interessante objectivo, sendo o Estrela da Amadora a última pedra no caminho para o Estádio Nacional.

Os Amadoristas, ainda antes de entrar na vertente táctica, são nos tempos que correm um case study do futebol Português, diria mesmo do desporto Luso, numa altura em que a crise financeira afecta de sobremaneira os clubes, servindo mesmo esses argumentos para algumas estapafúrdias teorias conspirativas da verdade desportiva, os da Reboleira são a antítese corporativa de tais bitaites energúmenos.

Se golos rimassem com salários, a equipa sediada nos arredores da capital, há muito não cantava vitória, só que em boa verdade a leveza dos bolsos em nada interfere no desempenho sobre o relvado e nem sei mesmo se poderão acusar os Estrelistas de competição desleal, ate porque são um dos emblemas com maior número de jogadores com nacionalidade portuguesa, não importando contentores de estrangeiros de qualidade dúbia, ainda que incorrendo no incumprimento salarial.

Vastas vezes ouvem-se os entendidos dizer que é na adversidade que grassam algumas das melhores qualidades do desporto colectivo, assim mais que um qualquer sistema táctico empreendedor, o Estrela tem no “espírito de solidariedade” a sua melhor unidade defensiva, claro que Nelson na baliza tem feito uma época de qualidade contribuindo fortemente para o estatuto de equipa surpresa da liga, Nuno Coelho, Tengarrinha ou Vidigal são baluartes que suportam defensivamente um último reduto, que não imbatível, da conta do recado.

União e coesão são premissas que encaixam que nem uma luva no miolo nevrálgico da equipa de Lázaro Oliveira, onde cada jogo é uma lição de “rotinas de equipa”, em que todos sabem das tarefas a desempenhar sempre com o colectivo em mente, mas onde despontam individualmente algumas unidades de valia técnica acima da média e com ponto de mira afinado às balizas adversárias, Celestino, Varela e claro está o homem golo do momento, Jardel, um médio aríete com o pé quente que tem alvejado as balizas contrárias de toda a maneira e feitio.

O desenho táctico Amadorista é tão pluricelular que não se pode mesmo falar em rígidos sistemas tácticos comuns e conhecidos, tão depressa concentram unidades, como esticam o jogo para a vertente ofensiva onde Anselmo é nome que me causa urticária, (quem não lembra o golo no Dragão, que teve o condão de alimentar a crise no ano de estreia de Jesualdo), conhecem bem os momentos do jogo contrariando de sobremaneira o abismo e o knock-out durante os 90 minutos de cada partida.

Despojados de ordenados mas não de ambição as intenções da equipa da Reboleira passa certamente por não desbaratar ensejo de na 2ª mão fazer valer o factor casa, como tal sem descurar o factor surpresa que seria ganhar, nas cogitações o empate como resultado, não desagradaria por certo.

Se o plano teórico atribui natural favoritismo ao Dragão, a tarefa não se vislumbra fácil nem corrobora da possibilidade de poupanças ou menor empenho pelo facto de a passagem à final não se decidir já hoje.

Jesualdo tem no horizonte mais próximo um Abril de grande e enérgica vertente competitiva, no subconsciente pode pesar a vontade de gerir friamente as varias frentes competitivas em que se inserem os Azuis e brancos, até porque o restante Março permite gerir o colectivo portista, ainda que não o físico individual do internacionais seleccionados.

A Taça costuma ser utilizada como oportunidade para algumas unidades menos utilizadas, eu por sinal acho que este jogo é para se possível decidir já a contenda, haver poupanças essas são para ser equacionadas aquando da 2ª mão permitindo nessa altura direccionar atenções para a Liga Sagres.

Como tal Lisandro, Hulk e Rodriguez não colhem em mim o beneplácito do descanso, ainda que preconize em Farias e Mariano alternativas a equacionar mas nunca como armas de arremesso inicial. Mais atrás, as redes ate podem ser entregues a Nuno, quando solicitado nestas circunstancia costuma dizer presente e a Helton faz-lhe bem um descanso mais psíquico que físico.

As laterais não devem trazer grandes mudanças visto o quadro clínico não ter desnudado Fucile nem Bennitez como possíveis soluções, assim qualquer alteração nesses flancos passam sempre por adaptações quase sempre pouco conseguidas. Stepanov merece ser escolha, mas sempre em consonância com um dos habituais titulares da zona central.

Onde prevejo as maiores alterações é no trio de meio campo, Fernando deve voltar ainda que Madrid seja uma valência positiva em jogos com estas características, visto ter maior capacidade no endosso de bola, perdendo para o colega na disponibilidade física e no arreganho das recuperações defensivas, bem como na capacidade de pressionar alto.

Tommy é sempre carta capaz de ser lançada, sendo certo que um dos habituais esteios do miolo deve jogar, votando eu em Lucho, por força da sua habilidade em decidir num qualquer passe aveludado e açucarado, que só a sua leveza e inteligência de movimentos consegue descortinar num emaranhado de pernas adversárias.

Permitam-me um atalho de foice, que colhe por certo junto da massa associativa Azul e branca opiniões similares... 20h45 de Domingo é hora para alguém jogar?!?!!?Tenho para mim que o horário é tenebroso para os adeptos que gostam de sentir in loco as emoções do futebol, numa altura em que as finanças são a tónica dos discursos das SAD's este horário não favorece de sobremaneira a receita, considero desrespeitoso para com os adeptos a observância destes horários menos próprios.

O Jamor já o disse, é a par de outros objectivos tão primordial como os demais, como tal a exibição de hoje no anfiteatro Azul e branco há que encarar a partida como um jogo a uma só mão, é imperioso continuar alimentar a dinâmica ganhadora do Dragão, sem esquecer a inspiração, explosão e mobilidade dos nossos artistas, fonte de naturais desequilíbrios onde se denotem incisivas diagonais e movimentos verticais de um futebol cada vez mais capaz e colectivamente consolidado que nos demarca e nos confere a marca dos Campeões.

LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Nuno e Ventura.
Defesas: Bruno Alves, Cissohko, Rolando, Sapunaru e Stepanov.
Médios: Andrés Madrid, Fernando, Lucho González, Raul Meireles, Tarik Sektioui e Tomás Costa.
Avançados: Farías, Hulk, Lisandro, Mariano e Rodríguez.

8 comentários:

  1. A hora do jogo é um desrespeito e uma afronta aos adeptos e um convite para que fiquem em casa. Eu vou, mas não posso deixar de manifestar o meu mais veemente protesto, pela forma como clubes e televisões, tratam o público, que muitas vezes com sacrifício, vai aos Estádios.

    Espero um F.C.Porto, pelo menos, igual ao que se apresentou contra a Naval, pois a Taça é também, um objectivo. Temos de começar hoje, a inclinar a eliminatória para o nosso lado.

    Um abraço

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  2. Pois, eu hj não vou. VEjo naquela televisão de m*rda, em silêncio, para não ouvir o ignorante e nojento do valdemar duarte...

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  3. Só mais uma referência, o árbitro de hj merece à entrada uma grande vaia. Foi o do Benfica-Braga desta época, o roubo do século. Paulo Baptista.

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  4. Já referi noutro blog que ontem foi o "AVISO FINAL!".
    Depois do assalto à liderança começada no ultimo Domingo, sempre pelo outro lado, já sabemos que não podemos facilitar em nada. muita atenção com a rotatividade prevista, sr. jesualdo. Todos seremos pouco, pois o assalto já está orquestrado.
    Ontem enquanto tomava o pequeno-almoço e via a SIC-Noticias, estes já faziam directos a partir do estádio emprestado pelo Estoril. Aí apareceu em directo o jagunço, traficante de droga a dizer que foi ao estádio do estoril dar os parebéns ao taberneiro da liga que usava uns oculos de sol ao estilo do Merdagil, pelo excelente torneio que organizou e pela excelente final que estava a ser organizada.
    Atenção! Isto foi em directo! Não foi em qualquer ocasional encontro num hotel lisboeta...

    P.S- Os pealties defendidos pelo drogado não deveriam ser todos repetidos? É que o drogado lançava-se às bolas antes que os calimeros a tocassem! Faz parte das regras?

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  5. Viva !

    Concordo plenamente : Tentar resolver já a eliminatória, para se poderem poupar jogadores para a 2ª mão.

    O horário do jogo é absurdo !

    Vou tentar ver o jogo.

    E Viva o Porto !

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  6. Ontem, assistimos a mais um roubo de igreja de um membro da famosa Igreja Evangélica Baptista.

    Momentos antes da marcação da grande penalidade falsa como Judas, Baptista proferiu estas palavras a todos os crentes benfiquistas:
    «Tomai este penálti e ganhem esta taça da cerveja. Esta taça é o cálice da nova e eterna aliança (Liga & benfica), o qual será por vós festejado, para remissão de todos os roubos de igreja a favor do benfica. Festejai como se não houvesse amanhã. Fazei isto em memória de mim.»

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  7. A última ceia de Paulo Bento.

    Paulo Bento ceava com os seus onze apóstolos mais um, na véspera da final da taça da cerveja. Mais ou menos na metade da segunda parte da refeição, Paulo Bento, olhando-os a todos, disse: "Eu vos declarei o quanto eu desejava realizar esta ceia convosco e, sabendo como as forças do conselho de arbitragem e da Liga conspiraram para a derrota do Filho do meu Pai, eu determinei compartilhar esta ceia convosco, nesta sala secreta, e um dia antes desta final, pois eu não mais estarei convosco na próxima época. Eu já vos disse repetidamente que estou cansado e que isto está a ficar demasiado podre. Agora a minha hora chegou e sei que um de vós me vai trair amanhã durante a final."

    Quando os doze ouviram isso, tendo sido tirado deles muito da sua auto-segurança e autoconfiança, começaram a olhar uns para os outros, enquanto em tom desconsertado perguntavam hesitantes: “Serei eu, Mister?”. Pedro Silva levantou-se e perguntou sofregamente:"Serei eu, Mister?". Paulo Bento com muita tranquilidade, enquanto saboreava um pedaço de pão, olhou seriamente para Pedro Silva e disse:"Pedro, Pedro, tu não tens culpa que o teu peito seja muito parecido com um braço." Pedro Silva, com um ar confuso, replicou:" Mister, não entendo. Que o meu fiho morra se eu percebo alguma coisa do que está a dizer." Paulo Bento bastante tranquilo sossegou Pedro:" Pedro, tu que não gostas de medalhas, vais perceber o que digo. Pedro, antes de o galo cantar, vais negar três vezes que fizeste penálti. Sossega, Pedro. Não serás tu, o traidor".

    E quando Paulo Bento acabou de dizer isso, eles começaram novamente a perguntar: “Serei eu, Mister?” E Lucílio Judas Baptista, sentado à esquerda de Paulo Bento, perguntou: “Serei eu, Mister?” Paulo Bento, segurando o pão no prato das ervas, passou-o a Lucílio Judas Baptista, dizendo: “Tu o disseste”. Os outros, entretanto, não ouviram Paulo Bento falar a Lucílio Judas Baptista. João Moutinho, que estava reclinado no divã à direita de Paulo Bento, apoiou-se e perguntou: “Quem é? Deveríamos saber quem é que se mostrou infiel à confiança nele depositada”. Paulo Bento respondeu fazendo aquele gesto característico de roubo com a mão direita: “É aquele que não sabe distinguir o peito de um braço”.

    Lucílio Judas Baptista estava dolorosamente consciente do significado das palavras de Paulo Bento ligadas ao seu acto, e tornou-se temeroso de que os outros estivessem agora também cientes de que era ele o traidor.

    Pedro Silva estava bastante agitado com aquilo que tinha sido dito e, inclinando-se para a frente sobre a mesa, dirigiu-se a João Moutinho: “Tu que és o capitão, pergunta-lhe quem é, ou, se ele te disser, diz-me quem é o traidor”.

    Paulo Bento colocou um fim àqueles sussurros dizendo: “Entristeço-me de que esse mal venha acontecer e até este momento eu esperei que o poder da verdade desportiva pudesse triunfar sobre os enganos causados pelos árbitros, mas essas vitórias não são ganhas dentro de campo. Eu gostaria de não ter de dizer essas coisas, nesta que é a nossa Última Ceia, mas desejei prevenir-vos sobre esses sofrimentos e, desse modo, preparar-vos para o que nos espera. Eu vos disse isso porque desejo que vos lembreis, depois que eu me for, de que eu sabia sobre todas essas conspirações maldosas do Conselho de Arbitragem e da Liga, e que vos preveni sobre a traição feita contra mim. E tudo isso eu faço apenas para que sejais fortalecidos contra as tentações e provações que estão pela frente”.

    Depois de falar assim, Paulo Bento, inclinando-se para o lado de Lucílio Judas Baptista, disse: “O que decidiste fazer, fá-lo rapidamente, não vás conversar com o teu auxiliar. Assume a tua responsabilidade da traição”. E quando Lucílio Judas Baptista ouviu essas palavras, levantou-se da mesa e apressadamente deixou a sala, perdendo-se no bréu da noite.

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