10 março, 2009

Cada tiro, cada melro...

Filipe Vieira conspirou contra Pinto da Costa, acusa ex-namorado de Carolina
Paulo Lemos, testemunha de defesa de Pinto da Costa no "caso do envelope" do "Apito Dourado", afirmou, esta terça-feira, em tribunal que o presidente do Benfica conspirou com Carolina Salgado, ex-companheira do líder do F.C. Porto, para incriminar o dirigente portista.


Na quinta sessão do "caso do envelope", um apêndice do mega-processo de corrupção desportiva Apito Dourado, em julgamento no Tribunal de Gaia, Paulo Lemos, ex-companheiro de Carolina Salgado, revelou alguns dados dos encontros entre o líder "encarnado", Luís Filipe Vieira, e a autora do livro "Eu, Carolina".

"Num jantar em Lisboa, Luís Filipe Vieira disse a Carolina: O que tens para mim e quanto queres por isso?", contou Paulo Lemos, inquirido pelo advogado Gil Moreira dos Santos, representante legal de Pinto da Costa.

"Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, tentou, nesse jantar, incriminar Pinto da Costa, juntamente com Carolina. Estava também presente Leonor Pinhão (jornalista)", afirmou, admitindo ter presenciado essa conversa.

A testemunha de defesa, que chegou a ser acusado, com Carolina Salgado, do crime de fogo-posto aos escritórios do advogado Lourenço Pinto e de Pinto da Costa, falou de três jantares no restaurante "propriedade de Baba", uma mulher que disse ser esposa do empresário de futebol Jorge Baidek.

"Carolina, nos três jantares nesse restaurante em Lisboa, falava sempre em privado com Baba. No último jantar, com Luís Filipe Vieira, estava Leonor Pinhão e outras pessoas que não conheço", disse o confesso adepto portista e actualmente sem qualquer relação com Carolina.

Fernanda Freitas, co-autora, com Carolina Salgado, de "Eu, Carolina", falou igualmente da relação de Leonor Pinhão com o livro.

"Foi Leonor Pinhão que me pediu para tirar a fotografia à cómoda [onde alegadamente estava o dinheiro que Pinto da Costa usava para subornos] da casa da Rua do Clube dos Caçadores, em Gaia", disse.

Fernanda Freitas, que adiantou ter trocado alguns e-mails com Pinhão, disse ainda ter escrito o livro após notas tomadas em conversas com Carolina Salgado e afastou-se completamente dos capítulos que referem o caso Apito Dourado e os subornos a equipas de arbitragem, assim como tráfico de influências.

Também testemunha de defesa de Pinto da Costa, o juiz conselheiro José Manuel Matos Fernandes enalteceu hoje no tribunal "a seriedade" do dirigente e afirmou nunca lhe ter constado qualquer tentativa de suborno na arbitragem.

O advogado de Pinto da Costa, Gil Moreira dos Santos, pediu também hoje para juntar aos autos um talão de vencimento do dirigente do FC Porto, tendo em conta as dúvidas que este manifestou na primeira audiência do julgamento quanto ao valor exacto da sua remuneração. Segundo aquele documento, Pinto da Costa ganha 19,497,37 euros líquidos mensais como presidente da SAD do FC Porto.

Durante a tarde, serão ouvidas as tstemunhas Azevedo Duarte e Hernâni Duarte, pai e irmão do arguido Augusto Duarte, chamados pela defesa deste árbitro.

O processo do "caso do envelope" reporta-se ao encontro Beira-Mar-FC Porto (0-0), da 31ª jornada da Liga de 2003/04, realizado em 18 de Abril.

Pinto da Costa e António Araújo estão pronunciados pelo crime de corrupção desportiva activa e ao árbitro Augusto Duarte é imputado o crime de corrupção desportiva passiva.

O processo é um apêndice do mega-processo Apito Dourado e tem como génese casos de alegada corrupção e tráfico de influências no futebol profissional e na arbitragem portuguesa.

Juíza recusa ouvir irmã de Carolina no caso contra Pinto da Costa

O Ministério Público queria que a irmã de Carolina Salgado prestasse depoimento no julgamento do caso do envelope, a decorrer no tribunal de Gaia. Mas a chamada de Ana Salgado acabou recusada pela juíza, por entender ser irrelevante para o processo.

O procurador José Augusto Sá sustentava o pedido numa notícia do JN deste domingo sobre um provável recuo da irmã de Carolina no apoio a Pinto da Costa, que está a ser julgado por acusação desportiva.

A testemunha estava inicialmente arrolada pelo presidente do F.C. Porto, mas pediu dispensa alegando não se sentir em condições emocionais para prestar depoimento. A dispensa foi concedida, mas agora o Ministério Público queria ouvi- la, principalmente para averiguar da credibilidade de Carolina. Perante a recusa da juíza, o procurador vai recorrer para a Relação.

# fonte: JN on-line em 10Mar2009

3 comentários:

  1. Cada dia que passa... é menos um que falta!

    Infiéis, a vossa hora está a chegar...

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  2. Os calimeros já levam
    9 a um...E são estes poeirentos que querem ser campeões???

    Esquecem-se que na europa não existem Lucilios calabotes que os ajudem...eh..eh..eh.

    Ouvir os comentários dos expert´s da RTP, é mesmo de rir...
    Aos 3 zero...Os jogadores do Zborting só querem que o jogo acabe rápidamente.

    Ao 3-1;...é sobre este lance que o Zborting têm que pensar em construír algo na 2ª parte...

    Azar levaram logo com o 4, e o homem passou-se...

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  3. Gosto de ver que estamos mais perto de descobrir que afinal os coitadihos também têm careca, também têm telhados de vidro, pois que surpresa...para muitos que vivem das notícias dos jornas desportivos e não só deve ser uma bomba, mas nada que nós já não saibamos.
    È preciso mostrar ao país estas notícias, doa ou não, a mim não me importa, também já vi/vimos muita coisa contra nós, abutres, conspirações, etc. e estamos aqui.
    Eu também sinto que os abutres mais tarde ou mais cedo vão pagar e aí vou-me rir tanto, palavra de honrra que vou, aliás vamos todos, adeptos, sócios, simpatizantes..e o nosso presidente principalmente.

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