Baralhar o azar... salir a gañar!!!

Que bom é ser-se do FC Porto!!! Mesmo quando na mais integra das vitórias, sempre existem os que insistem em nos desencorajar e tudo fazer para que não realizemos os nossos sonhos e cumpramos os nossos objectivos.

Inimigos viscerais que buscam em todos os meios, por todas as formas, fazer com que olhemos o futuro de forma receosa, com medo e desconfiança. Pois bem, a esses, deixo uma certeza, nada neste Mundo, nem Platini algum, vai tirar-nos a liberdade de amanhã voltarmos a ouvir o hino da Champions…

A mais misticista prova do velho Continente volta a inundar o anfiteatro Azul e Branco de uma fé inabalável de que aquele sonho, o caminho para Roma, faz-se ganhando. Quando os ponteiros do relógio tocarem o horário nobre, os adeptos fundirão as suas almas em comunhão com a identidade do Dragão em busca dos ¼ de final.

Confesso que se torna difícil ser-se inédito quando o assunto é falar deste FC Porto - Atlético de Madrid, senão vejamos, a 1ª mão da eliminatória fugiu pouco ao perspectivado, os de Jesualdo marcaram pontos, fizeram valer o estatuto de equipa mais experienciada nestas andanças, foi forte nas transições, coesa defensivamente, deixando pouco espaço aos Colchoneros para exercerem o factor casa, deixando-os espartilhados nas suas diagonais e futebol desequilibrador nos flancos.

Os Atléticos, agora de Abel Resino, eclipsaram a equipa que tão boa conta de si dera em toda a fase de grupos, em 90 minutos ficaram a anos-luz de mostrar um sector defensivo capaz de obstar à força ofensiva das equipas que costumam ser useiras nesta fase da prova, e nem as suas melhores valências individuais se mostraram a altura de um jogo desta natureza...

O 2-2, parecia então encerrar poucas dúvidas quanto ao desfecho da eliminatória. 15 dias volvidos, a ressaca dos “partidazos” colchoneros em La Liga, colocam os Dragões de sobreaviso e ressuscitam os fantasmas da eliminação nas edições anteriores.

Há quem diga que o futebol não é como a matemática, raras vezes o desporto rei é ciência exacta, mesmo que os técnicos de ambas as equipas disponham correctamente as suas unidades sobre o relvado, há sempre lugar para o imprevisível e para a surpresa.

Ora, ainda que as antevisões sejam espaços alicerçados em fortes convicções e verídicas interpretações da técnica e da táctica, quis saber o que dizia o meu baralho de Tarot sobre este jogo no Dragão.

Com tanta coisa mundana para esclarecer, qualquer humano normal pediria messes à sorte das cartas por questões como dinheiro, saúde ou sorte. Eu, não sou normal, sou Portista!!!

Como tal, falou mais forte o Amor às minhas cores… peguei no baralho, umas voltas nas cartas, cortei-o segundo o que reza o manual, e os arcanos maiores começaram a sair em catadupa.

Para a baliza, a carta XXII, o Louco, Hélton, e a certeza que apesar da forma original como encara as coisas, extravagâncias e leviandade, conduzem a excessos que nos põem em dificuldades, ainda assim, confio nas suas outras capacidades.

Quando inquirido o saber das cartas sobre o último reduto, a simbologia esotérica desnudou a carta IV e a XXI, a saber, o Imperador e o Mundo, cujo seu significado mais não são que a demonstração da nossa autoridade e força natural, onde também a capacidade e segurança retribuem os esforços coriáceos de Bruno Alves e seus pares de forma positiva, premiando-nos com sucessos e vitórias.

Seguia firme no lançar das sortes, procurava agora agilizar o manusear das cartas, é nesta altura que a tirada das cartas relaciona os factores que são decisivos na futurologia.

Mão quente, do monte, saiu o Mago, carta I, logo secundada pela carta XIV, a da Temperança, confesso que é sublime antever o nosso centro nevrálgico do jogo associado às imagens do baralho presentes ali mesmo sobre a mesa, a significância da originalidade, poder criativo, habilidade, capacidade e iniciativa, onde o equilíbrio e harmonia de processos do tridente alcandoram as palavras do mister Azul e Branco.

As perspectivas são eloquentes, ainda que o discurso vise o equilíbrio táctico, a paciência, inteligência e o controlo emocional, as cartas continuam a dar sinais positivos para a noite de hoje.

Com o fim em vista, falta fechar a sorte das cartas, a chave e a síntese de tudo, golos, pensava eu como motivação íntima, nova puxada do baralho e carta XVII, a Estrela, auguradora dos intentos concretizadores, podia ter saído o Sol, que é veículo das mais enérgicas e optimistas mensagens, mas isso seria altamente contagiante, pelo que o melhor será mesmo não nos deslumbrarmos, nem com nada, nem com ninguém.

Naturalmente que este é um puro exercício de ficção, pelo que qualquer semelhança com a realidade é coincidência. Ainda assim, lembro-vos da célebre frase, “não neguem à partida, uma ciência que desconhecem”.

Ficcionismos à parte, os Colchoneros estarão agora mais perto do conhecimento real do seu adversário, como tal, acredito que a estratégia passe por ser diferente, sendo que as maiores alterações passarão por certo pelo sector defensivo, onde Perea ou Heitinga, fecharão pela direita.

Será um Atlético diferente do que jogou e bem no Barnabéu, onde o quarteto fantástico da frente não dará descanso aos guerreiros azuis e brancos, os colchoneros procuram a remontada, pelo que todos os pormenores poderão fazer a diferença no fim.

Nos Dragões, curiosamente, a lateral direita é para Jesualdo também incógnita, sendo que Tommy apesar da recuperação de Sapunaru, deverá ver-lhe entregue a missão de segurar Simão entre outros. Existem bons augúrios, os portistas podem, fruto das características do jogo, explanar as suas melhores virtudes ofensivas, velocidade e explosão nas transições, sendo que mesmo correndo o risco de me repetir, ainda que o empate não promulgue a obrigatoriedade de ganhar, eu não vou em cantigas e por isso as premissas da 1ª mão devem manter-se tão actuais como válidas para o jogo no Dragão.

LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Nuno.
Defesas: Sapunaru, Rolando, Bruno Alves, Cissokho e Stepanov.
Médios: Madrid, Fernando, Lucho, Raul Meireles e Tomás Costa.
Avançados: Farias, Hulk, Lisandro, Mariano, Tarik e Rodríguez.