Os ditames do sorteio da Liga dos Campeões, para a temporada agora iniciada, são sempre encarados de forma natural, por aqui. Nem poderia ser de outra forma. Quem compete, regularmente, na elite do futebol europeu, com a qualidade dos azuis e brancos, não se pode dar ao luxo de escolher adversários acessíveis, numa competição mediática e onde se aglomeram os olhos de todos os adeptos.
No entanto, os caprichos das bolas sorteadas na sede da UEFA provocaram-me um sorriso de deleite. Nutro um sentimento de afeição pelos blues londrinos e pelos colchoneros espanhóis, sentimento facilmente explicável, aliás. O clube que veste de azul, sedeado na capital inglesa, entrou para o meu grémio privado de “estes gajos têm que ganhar” desde a intempestiva passagem de Mourinho, abalando os alicerces do futebol britânico.
O Atlético de Madrid é já uma paixão antiga, arrefecida amiúde pela passagem do tempo, mas sempre deixando um rasto de simpatia. A contratação do mágico Futre, quando este vivia coberto de glória com o título de campeão europeu conquistado com brilhantismo na fria Viena, tornou-me uma espécie de sócio honorário da segunda equipa de Madrid.
O que se pode então esperar desta medição de forças, num cenário abrilhantado pela música que incita a conquistas épicas?
Será um lugar-comum afirmá-lo, mas não fugirei à regra. O Chelsea, histórico clube das terras de Sua Majestade, alcandorado aos postos cimeiros pelas sucessivas injecções de libras dos bolsos sem fundo do magnata russo, é o principal candidato à obtenção do primeiro posto no grupo. Com um bom início de temporada, sob a batuta do experiente Ancelotti, um dos reis do catenaccio, os londrinos limitaram-se a excursões cirúrgicas ao mercado de transferências. Com a espinha dorsal intacta, onde sobressaem os históricos John Terry e Frank Lampard, internacionais pela Selecção A inglesa, os homens do bairro chique de Chelsea adquiriram Zhirkov, um dos valores emergentes do leste, jogador do CSKA russo, jovem polivalente que faz todos os lugares do lado esquerdo. Para além do sotaque russo de Zhirkov, apenas Sturridge, antigo jogador do Aston Villa a quem auguram um futuro promissor, se sentará no balneário dos blues.
A quantidade quase infindável de talento às ordens do italiano permite uma diversificação táctica que provoca frémitos de excitação aos estudiosos do género. Desde o famigerado losango, num 4-4-2 mais rígido, passando pela mesma vertente, mas com médios nos extremos capazes de aportarem doses elevadas de perigo à área adversária, ou um mais ambicioso 4-3-3, raramente visto, mas utilizado com intermitência em alturas mais delicadas, o Chelsea assume-se como um camaleão dentro das quatro linhas.
Sabe-se, de antemão, que Ancelotti dificilmente prescindirá de um meio-campo forte, onde pontifique um médio de vincado cariz defensivo. Escolhas não faltam. Obi Mikel, trinco na verdadeira acepção do termo, passando pelo mais refinado Ballack, ou usando a plenitude da gama de qualidades de Essien, o centro nevrálgico do meio-campo funciona como uma base de operações, qual rolo compressor que esmaga, como num torno, o adversário. Se atrás a consistência é a palavra-chave, com Bosingwa titular indiscutível num quarteto que tem nomes como o do referido Terry, Carvalho e o internacional inglês Ashley Cole, lá na frente o quebra-cabeças para o opositor tem nomes sobejamente conhecidos. Drogba, felino e com uma atitude predatória que o tornam insaciável na procura do golo [felizmente afastado do encontro inaugural com os Dragões, pelo castigo aplicado no rescaldo do embate com o Barcelona] e Anelka, aparentemente perdido na imensidão do terreno, com o permanente ar de desleixado estampado no rosto, mas uma gazela atlética, capaz de galgar os metros que o separam das redes contrárias em poucos segundos, exímio na finalização.
Será curioso verificar que Porto teremos, no emblemático palco do jogo. O mesmo que assustou, na temporada transacta, Old Trafford, ou a pálida equipa devastada noutro palco londrino, no terreno do Arsenal? Com o Porto, novamente, em processo de renovação, procurando mecanizar jogadores novos a processos antigos, o embate inaugural da Champions será um titânico teste à capacidade da equipa de Jesualdo. A chave morará no meio-campo, com a hercúlea luta esperada no embate entre as peças-chave a ditar a sentença final. Se o Porto emperrar a mecanização consistente de Lampard e Cª, a aragem da fortuna poderá pender para os lados da Invicta.
As baixas nos londrinos, não sendo muitas, são importantes. Ao já referido Drogba juntam-se Bosingwa, igualmente castigado pelos protestos nessa meia-final com os catalães, e Joe Cole, extremo polivalente, capaz de jogar em ambas as faixas.
Em Madrid mora uma equipa permanentemente frustrada, incapaz de abalar o domínio bicéfalo do campeonato de Espanha pelos rivais Barcelona e Real, mas que procura, quase de forma obcecada, a entrada num patamar competitivo de maior exigência. Esta segunda participação consecutiva, na elitista prova de clubes, servirá para um ajuste de contas com os portistas, facto alimentado pela arrogante imprensa de nuestros hermanos, ainda surpresos com o fosso exibicional que o Porto cavou, em ambos os confrontos dos oitavos-de-final, na temporada anterior.
Os colchoneros conseguiram o improvável, no mercado de contratações: manter a temível dupla de avançados, uma das melhores a nível mundial. Numa empatia sul-americana, é no argentino Aguero e no uruguaio Forlan que o perigo aportará à baliza de Helton. Avançados móveis, unindo a velocidade de execução a uma técnica requintada, o duo promete fazer misérias aos adversários. Mas nem só do sotaque sul-americano vive o Atlético. O habitual 4-4-2 vive ancorado em extremos rápidos, exímios na procura da linha de fundo para teleguiarem os centros mortíferos. Maxi Rodriguez e Simão Sabrosa [o blogue tem para oferecer um prémio ao jogador portista que coloque o ex-benfiquista numa inactividade forçada duradoura], donos dos flancos, mas pouco participativos nas tarefas defensivas. Essas são quase da exclusiva responsabilidade do nosso conhecido Paulo Assunção [também aqui se oferecerão prémios ao primeiro que coloque o brasileiro traidor na enfermaria mais próxima] e Raul Garcia [lesionado com alguma gravidade no confronto inicial da liga espanhola], dois possantes médios-centro, trabalhadores incansáveis, mas sem qualquer rasgo de criatividade. É esta claramente a pecha encontrada no onze dirigido pela antiga glória do clube, o treinador Abel. A ausência de um pensador, capaz de articular os sectores, gerindo o ritmo da equipa. Esta vive, no seu fluxo de futebol de ataque, da capacidade criativa dos extremos. Para além dos dois já citados, junta-se ao grupo outro velho conhecido: Reyes, fulgurante com a baliza como destino, altruísta no último passe, mas incapaz de aportar uma gota de suor ao trabalho solidário e corporativo da defesa.
Se a inexistência de um 10 constitui um problema de difícil resolução, a defesa deve provocar enormes pesadelos ao treinador espanhol. Contratando, no defeso, o internacional espanhol Juanito para a zona central, onde moram o colombiano Perea, o holandês Heitinga e o checo Ufjalusi [capaz de jogar igualmente no lado direito], nem assim se resolveram problemas antigos, como demonstram os 3 golos encaixados na deslocação a Málaga. Defesas poderosos no jogo aéreo, mas denotando visíveis dificuldades perante adversários móveis, rápidos na execução, imprevisíveis nas acções. E Hulk e Varela já devem assombrar, de forma premonitória, os sonhos de Abel Resino.
E chegamos ao patinho feio deste grupo. Do Chipre, exclamarão alguns, sorriso debochado no rosto, imaginando facilidades extremas no embate com o modesto Apoel. Pois. As coisas no futebol mudam de forma drástica. De bombo da festa predilecto dos tubarões europeus, o Chipre emancipou-se, através de uma política de recrutamento massivo de estrangeiros, permitindo subir paulatinamente o grau qualitativo das suas principais equipas. Após alguns resultados interessantes, conquistados com suor, trabalho e alguma sorte por parte da Selecção principal, foi o Anorthosis a entrar na história do pequeno País, ao participar, após ultrapassar 3 pré-eliminatórias, na fase de grupos da Champions. E o resultado até que nem foi mau. Em confronto com o Inter, de Mourinho, o Werder Bremen e os gregos, vizinhos e arqui-inimigos do Panathinaikos, os cipriotas lutaram até à derradeira jornada por um apuramento histórico para os oitavos. Não o conseguiram, acabando num razoável 3º lugar do grupo, mas a invencibilidade caseira serve de cartão de visita para quem for ao Chipre apenas à espera de uma temperatura amena e pouco mais.
Este Apoel, procurando continuar a saga do Anorthosis, não sendo um bicho papão, consegue apresentar um conjunto homogéneo, mesclando a veterania de alguns jogadores com a juventude irreverente de outros. O Copenhaga, derrotado no play-off de acesso, sentiu na pele a quebra do mito do patinho feio. Como figuras de destaque, num conjunto sem vedetas, o sul-africano Buckley, o nigeriano Agali, antigo jogador do Schalke, e o contingente grego, com destaque para Dellas, campeão europeu em solo nacional, Skopelitis, médio-centro com alguma qualidade e Nikos Frousos. Pode parecer pouco, mas o aviso está dado. Pontua em Chipre quem lá for de mangas arregaçadas, disposto a 90 minutos de sacrifício e dose extra de sofrimento.
Feita a apresentação dos emblemas que se defrontarão com o Porto, que hipóteses terá o emblema do Dragão? Pergunta retórica, pois a resposta só pode ser um retumbante e sonoro “TODAS”.
As fragilidades defensivas evidentes do Atlético permitem sonhar com uma pontuação, no duplo confronto, que balançará entre os 4 e os 6 pontos, idêntica à esperada nesse embate luso-cipriota. Com capacidade para discutir o jogo em Londres, pese o evidente favoritismo dos “blues” ingleses, será na recepção ao endinheirado Chelsea, num Dragão ávido por vitórias, que se poderá jogar a chave do apuramento e, quiçá, do primeiro lugar do grupo. Eu aposto numa pontuação final de 13 pontos, suficiente para marcarmos encontro para os oitavos, em Fevereiro de 2010.
No entanto, os caprichos das bolas sorteadas na sede da UEFA provocaram-me um sorriso de deleite. Nutro um sentimento de afeição pelos blues londrinos e pelos colchoneros espanhóis, sentimento facilmente explicável, aliás. O clube que veste de azul, sedeado na capital inglesa, entrou para o meu grémio privado de “estes gajos têm que ganhar” desde a intempestiva passagem de Mourinho, abalando os alicerces do futebol britânico.
O Atlético de Madrid é já uma paixão antiga, arrefecida amiúde pela passagem do tempo, mas sempre deixando um rasto de simpatia. A contratação do mágico Futre, quando este vivia coberto de glória com o título de campeão europeu conquistado com brilhantismo na fria Viena, tornou-me uma espécie de sócio honorário da segunda equipa de Madrid.
O que se pode então esperar desta medição de forças, num cenário abrilhantado pela música que incita a conquistas épicas?
Será um lugar-comum afirmá-lo, mas não fugirei à regra. O Chelsea, histórico clube das terras de Sua Majestade, alcandorado aos postos cimeiros pelas sucessivas injecções de libras dos bolsos sem fundo do magnata russo, é o principal candidato à obtenção do primeiro posto no grupo. Com um bom início de temporada, sob a batuta do experiente Ancelotti, um dos reis do catenaccio, os londrinos limitaram-se a excursões cirúrgicas ao mercado de transferências. Com a espinha dorsal intacta, onde sobressaem os históricos John Terry e Frank Lampard, internacionais pela Selecção A inglesa, os homens do bairro chique de Chelsea adquiriram Zhirkov, um dos valores emergentes do leste, jogador do CSKA russo, jovem polivalente que faz todos os lugares do lado esquerdo. Para além do sotaque russo de Zhirkov, apenas Sturridge, antigo jogador do Aston Villa a quem auguram um futuro promissor, se sentará no balneário dos blues.
A quantidade quase infindável de talento às ordens do italiano permite uma diversificação táctica que provoca frémitos de excitação aos estudiosos do género. Desde o famigerado losango, num 4-4-2 mais rígido, passando pela mesma vertente, mas com médios nos extremos capazes de aportarem doses elevadas de perigo à área adversária, ou um mais ambicioso 4-3-3, raramente visto, mas utilizado com intermitência em alturas mais delicadas, o Chelsea assume-se como um camaleão dentro das quatro linhas.
Sabe-se, de antemão, que Ancelotti dificilmente prescindirá de um meio-campo forte, onde pontifique um médio de vincado cariz defensivo. Escolhas não faltam. Obi Mikel, trinco na verdadeira acepção do termo, passando pelo mais refinado Ballack, ou usando a plenitude da gama de qualidades de Essien, o centro nevrálgico do meio-campo funciona como uma base de operações, qual rolo compressor que esmaga, como num torno, o adversário. Se atrás a consistência é a palavra-chave, com Bosingwa titular indiscutível num quarteto que tem nomes como o do referido Terry, Carvalho e o internacional inglês Ashley Cole, lá na frente o quebra-cabeças para o opositor tem nomes sobejamente conhecidos. Drogba, felino e com uma atitude predatória que o tornam insaciável na procura do golo [felizmente afastado do encontro inaugural com os Dragões, pelo castigo aplicado no rescaldo do embate com o Barcelona] e Anelka, aparentemente perdido na imensidão do terreno, com o permanente ar de desleixado estampado no rosto, mas uma gazela atlética, capaz de galgar os metros que o separam das redes contrárias em poucos segundos, exímio na finalização.
Será curioso verificar que Porto teremos, no emblemático palco do jogo. O mesmo que assustou, na temporada transacta, Old Trafford, ou a pálida equipa devastada noutro palco londrino, no terreno do Arsenal? Com o Porto, novamente, em processo de renovação, procurando mecanizar jogadores novos a processos antigos, o embate inaugural da Champions será um titânico teste à capacidade da equipa de Jesualdo. A chave morará no meio-campo, com a hercúlea luta esperada no embate entre as peças-chave a ditar a sentença final. Se o Porto emperrar a mecanização consistente de Lampard e Cª, a aragem da fortuna poderá pender para os lados da Invicta.
As baixas nos londrinos, não sendo muitas, são importantes. Ao já referido Drogba juntam-se Bosingwa, igualmente castigado pelos protestos nessa meia-final com os catalães, e Joe Cole, extremo polivalente, capaz de jogar em ambas as faixas.
Em Madrid mora uma equipa permanentemente frustrada, incapaz de abalar o domínio bicéfalo do campeonato de Espanha pelos rivais Barcelona e Real, mas que procura, quase de forma obcecada, a entrada num patamar competitivo de maior exigência. Esta segunda participação consecutiva, na elitista prova de clubes, servirá para um ajuste de contas com os portistas, facto alimentado pela arrogante imprensa de nuestros hermanos, ainda surpresos com o fosso exibicional que o Porto cavou, em ambos os confrontos dos oitavos-de-final, na temporada anterior.
Os colchoneros conseguiram o improvável, no mercado de contratações: manter a temível dupla de avançados, uma das melhores a nível mundial. Numa empatia sul-americana, é no argentino Aguero e no uruguaio Forlan que o perigo aportará à baliza de Helton. Avançados móveis, unindo a velocidade de execução a uma técnica requintada, o duo promete fazer misérias aos adversários. Mas nem só do sotaque sul-americano vive o Atlético. O habitual 4-4-2 vive ancorado em extremos rápidos, exímios na procura da linha de fundo para teleguiarem os centros mortíferos. Maxi Rodriguez e Simão Sabrosa [o blogue tem para oferecer um prémio ao jogador portista que coloque o ex-benfiquista numa inactividade forçada duradoura], donos dos flancos, mas pouco participativos nas tarefas defensivas. Essas são quase da exclusiva responsabilidade do nosso conhecido Paulo Assunção [também aqui se oferecerão prémios ao primeiro que coloque o brasileiro traidor na enfermaria mais próxima] e Raul Garcia [lesionado com alguma gravidade no confronto inicial da liga espanhola], dois possantes médios-centro, trabalhadores incansáveis, mas sem qualquer rasgo de criatividade. É esta claramente a pecha encontrada no onze dirigido pela antiga glória do clube, o treinador Abel. A ausência de um pensador, capaz de articular os sectores, gerindo o ritmo da equipa. Esta vive, no seu fluxo de futebol de ataque, da capacidade criativa dos extremos. Para além dos dois já citados, junta-se ao grupo outro velho conhecido: Reyes, fulgurante com a baliza como destino, altruísta no último passe, mas incapaz de aportar uma gota de suor ao trabalho solidário e corporativo da defesa.
Se a inexistência de um 10 constitui um problema de difícil resolução, a defesa deve provocar enormes pesadelos ao treinador espanhol. Contratando, no defeso, o internacional espanhol Juanito para a zona central, onde moram o colombiano Perea, o holandês Heitinga e o checo Ufjalusi [capaz de jogar igualmente no lado direito], nem assim se resolveram problemas antigos, como demonstram os 3 golos encaixados na deslocação a Málaga. Defesas poderosos no jogo aéreo, mas denotando visíveis dificuldades perante adversários móveis, rápidos na execução, imprevisíveis nas acções. E Hulk e Varela já devem assombrar, de forma premonitória, os sonhos de Abel Resino.
E chegamos ao patinho feio deste grupo. Do Chipre, exclamarão alguns, sorriso debochado no rosto, imaginando facilidades extremas no embate com o modesto Apoel. Pois. As coisas no futebol mudam de forma drástica. De bombo da festa predilecto dos tubarões europeus, o Chipre emancipou-se, através de uma política de recrutamento massivo de estrangeiros, permitindo subir paulatinamente o grau qualitativo das suas principais equipas. Após alguns resultados interessantes, conquistados com suor, trabalho e alguma sorte por parte da Selecção principal, foi o Anorthosis a entrar na história do pequeno País, ao participar, após ultrapassar 3 pré-eliminatórias, na fase de grupos da Champions. E o resultado até que nem foi mau. Em confronto com o Inter, de Mourinho, o Werder Bremen e os gregos, vizinhos e arqui-inimigos do Panathinaikos, os cipriotas lutaram até à derradeira jornada por um apuramento histórico para os oitavos. Não o conseguiram, acabando num razoável 3º lugar do grupo, mas a invencibilidade caseira serve de cartão de visita para quem for ao Chipre apenas à espera de uma temperatura amena e pouco mais.
Este Apoel, procurando continuar a saga do Anorthosis, não sendo um bicho papão, consegue apresentar um conjunto homogéneo, mesclando a veterania de alguns jogadores com a juventude irreverente de outros. O Copenhaga, derrotado no play-off de acesso, sentiu na pele a quebra do mito do patinho feio. Como figuras de destaque, num conjunto sem vedetas, o sul-africano Buckley, o nigeriano Agali, antigo jogador do Schalke, e o contingente grego, com destaque para Dellas, campeão europeu em solo nacional, Skopelitis, médio-centro com alguma qualidade e Nikos Frousos. Pode parecer pouco, mas o aviso está dado. Pontua em Chipre quem lá for de mangas arregaçadas, disposto a 90 minutos de sacrifício e dose extra de sofrimento.
Feita a apresentação dos emblemas que se defrontarão com o Porto, que hipóteses terá o emblema do Dragão? Pergunta retórica, pois a resposta só pode ser um retumbante e sonoro “TODAS”.
As fragilidades defensivas evidentes do Atlético permitem sonhar com uma pontuação, no duplo confronto, que balançará entre os 4 e os 6 pontos, idêntica à esperada nesse embate luso-cipriota. Com capacidade para discutir o jogo em Londres, pese o evidente favoritismo dos “blues” ingleses, será na recepção ao endinheirado Chelsea, num Dragão ávido por vitórias, que se poderá jogar a chave do apuramento e, quiçá, do primeiro lugar do grupo. Eu aposto numa pontuação final de 13 pontos, suficiente para marcarmos encontro para os oitavos, em Fevereiro de 2010.
Tenho visto os jogos do Chelsea e estão muito fortes. Aquele meio campo com Essien-Deco-Ballack-Lamapard é fortíssimo.
ResponderEliminarFelizmente o Bosingwa e o Drogba não podem jogar no primeiro jogo.
Quanto ao Atlético continua a ser uma equipa capaz do melhor e do pior.Tem um ataque temível mas muitas debilidades defensivas.O Heitinga foi vendido ao Everton.
Convêm não menosprezar o Apoel, pois recordo-me que o Anorthosis na época passada lutou pelo apuramento até à última jornada.
Grupo difícil, mas que um bom Porto pode ultrapassar. Tem é de ser um F.C.Porto com respeito, mas sem medo, capaz de ousar ganhar e não uma equipa temerosa, encolhida, incapaz de bicar os adversários. Esta paragem, se por um lado é prejudicial à nossa equipa, por outro lado, corta o ritmo e a dinâmica do Chelsea - primeiro adversário -, que está muito forte neste início de temporada.
ResponderEliminarO Atlético é uma equipa capaz do melhor e do pior, com uma defesa fraca, mas com um ataque fortíssimo.
Os cipriotas, podem ser importantes na definição do grupo: quem não fizer seis pontos contra eles, teoricamente, fica mal e pode pagar uma factura caríssima.
Um abraço
13 pontos?
ResponderEliminarDuas vitórias sobre os cipriotas?
Uma vitória e um empate com os espanhois?
Uma vitória e uma derrota com os ingleses?
O Juju até te pagava um jantar.
Aposto em 8 ou 9 pontos. E já estou a ser optimista.
off-topic:
ResponderEliminarQd é que o FCP vai dar em canal aberto?
1ª Jorn.: SCP
2ª Jorn.: SCP
3ª Jorn.: SLB
4ª Jorn.: SCP
Esta epoca, quem não tem sport tv, somente viu o jogo da Supertaça...
Grande análise PP! E então essa prosa uiui, como diria o outro "de fino recorte"!
ResponderEliminarBom, quanto às equipas concordo com a análise e ganhei alguns conhecimentos acerca do APOEL, pois nunca vi um jogo que seja dos moços!
Cheira-me que vamos conseguir 11 pontos (2v+1e em casa; 1v+1e+1d fora de portas) mas isto sou eu armado em zandinga :) e 11 pontos chegam para passar!
Saudações
Reconheço-lhe mérito indiscutível no dissertar dos conhecimentos que transmitiu, numa prosa fluente e rectilínea que me provocaram alguns calafrios na espinha. Como já aqui afirmei, sou um optimista irracional no que respeita ao FCP, e portanto a sua análise sobre os nossos futuros oponentes, quase me ditou uma dúvida na nossa passagem a fase seguinte. Felizmente na conclusão do seu post, devolveu-me a esperançosa certeza de termos TODAS as hipótese de seguir em frente. Mesmo não tendo nenhum EXTERMINADOR IMPLACAVEL.
ResponderEliminarEste comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarViva !
ResponderEliminarBelo texto como sempre.
Sim penso que onze pontos devem chegar. Não perder pontos em casa seria o ideal. E sobretudo não subestimar os Cipriotas.
Estou confiante.
E Viva o Porto !
Boas,
ResponderEliminarjá nem é preciso dizer que é uma bela análise.É sempre por estes lados.
Pois obviamente que temos todas as hipóteses de passar.O Porto tem sempre todas as hipóteses de passar,independentemente do nome dos adversários.Somos o Futebol Clube do Porto,carago!
É claro que vai ser difícil,mas os jogos na Champions são sempre assim,e são precisamente nestes jogos que a equipa se mostra ao melhor nível.
Um jogo de cada vez,passo a passo,com todo o nosso apoio e confiança,mas claro,com muito trabalho!
Alinho pelo mesmo diapasão do Dragon Soul, aliás, já o tinha dito aquando do sorteio... para mim, 11 pts são perfeitamente possiveis e com via escancarad para os oitavos da prova rainha... há apenas que ir pra cima deles, que nem Dragões, mai'nada!
ResponderEliminarExcelente análise no geral, onde comungo em muitas partes, senão na total maioria, com a tua veia opinativa.
Agora, esta,
"... e Simão Sabrosa [o blogue tem para oferecer um prémio ao jogador portista que coloque o ex-benfiquista numa inactividade forçada duradoura]..."
e mais esta,
"... nosso conhecido Paulo Assunção [também aqui se oferecerão prémios ao primeiro que coloque o brasileiro traidor na enfermaria mais próxima]..."
não havia necessidade, c'um carago... prémios?! desculpa lá, mas só prémios é coisa pouca ;)... eu "dobro" a parada no que toca a prémios; aceitam-se desde já candidatos para em campo, numa disputa de bola, aparentemente ao molho, lhes fazer pontaria ao osso :D
ps - carago, mas que é feito do Lucho?! será que os ponteiros do relógio ainda estarão a apontar para Havana?
Cá para mim o Lucho está a caminho da Polónia para apoiar o FC Porto rumo à Champions de andebol! :D
ResponderEliminarCá estou companheiros de guerra!
ResponderEliminarMas ainda a meio gás, e ainda não readaptado ao nosso fuso horário:)
Mais uma excelente antevisão PP.
Estou optimista, pois voltamos a ter alguém q voa sobre os centrais:) E se pontuarmos em Stamford Bridge teremos o Juju a exterminador implacável II ;)
ABRAÇO
Sevilha: Não vou à Polónia, mas quem me dera:)
Vamos passar!!!!
ResponderEliminarPaulo Pereira,
ResponderEliminarComo dizes e muito bem, temos TODAS!
BIBÓ PORTO
Enorme post amigo PP!
ResponderEliminarBelo detalhe sobre os adversários. Acredito na passagem, somos o PORTO :)) Não vai ser nada fácil... dizendo à partida que o Chelsea será primeiro e que o APOEL em último (temos de lhes ganhar os dois jogos), temos de ser superiores no conjunto das "duas mãos" com os espanhóis. Acredito em 11 ou 12 pontos. E b'ambora pr'ós oitavos!
TETRAbraço