Quando a Bola bate na Rede…

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Se não for passível de, aparente, irregularidade, quando a bola bate na rede é golo. O povo, como agora tão bem e tão mal é evocado neste e naquele meio de via comunicativa, também costuma dizer que tudo o que vem á rede é peixe, mesmo sabendo que os graúdos só nos filmes, em Hollywood, é que se apanham, pois no mundo real só os miúdos é que valem a pena!

Como se pode constatar, a palavra rede pode ter muitos significados e até entendimentos, mas de certo ganha mais relevo e importância sob a forma traduzida para o anglo-saxónico “Net”. Mais de que um dito, é também um ritual posto em prática diariamente na vida de muitas pessoas, e de pelo menos de todas as que frequentam este espaço! E com isto dizer o quê? Dizer que quando a bola, propriamente dita, bate na rede e é golo, a dimensão que isso tem actualmente não tem sequer comparação como quando a bola batia na rede e fazia Salazar cair da cadeira ao ouvir pela telefonia os golos legítimos ou não (não sabemos) da sua preferência clubística!

A “Net” aproxima e até afasta as pessoas, como forte meio comunicativo que é, numa era em que neste imenso meio Global proliferam novas e distintas formas de comunicar, a internet é talvez o filho bastardo mais apetecível de todos para comunicarmos. Esta, como calculam torna-se então, actualmente, numa forte arma de arremesso encontrada pelas antigas e novas gerações de adeptos para exprimir, também, os seus (des) contentamentos.

Um mais que outros mas, de certa forma, julgo que de certa forma os clubes não estavam preparados para o que aí vinha, sobre as novas forma de comunicar, nomeadamente para esta, a Internet. Mas esperem lá, e os outros meios de comunicação (imprensa escrita e até televisiva) estavam? Senão vejamos e pensemos que já não precisamos, necessariamente, todos os dias de pegar em meia dúzia de trocado e comprar os “nossos” jornais desportivos ou de ligar este e aquele canal, com alinhamentos escolhidos a dedo, por pessoas de preferência clubística sobejamente conhecidas, para estarmos constantemente (mal) informados. É claro que podemos usa-los para complementar a informação, escolhida por nós, através dos vários cliques que a toda à hora fazemos, já que temos hipótese destas e outras opções de escolha.

E porque não estavam, então, nem clubes nem antigos meios de comunicação preparados? Porque simplesmente a internet não tem barreiras nem limites de velocidade impostos. A força dos blogues, das redes sociais e dos vários sítios online constitui-se como um grande inimigo aos defensores da sua suposta verdade desportiva, já que este não conseguem evitar a propagação de imagens e da contra-informação, muitas vezes mais verdadeira do que a que é oficialmente transmitida; e isso é causador de um pânico que resulta em nervosismos ao qual temos assistido vezes sem conta em estádios e redacções a Sul do país.

Os clubes e a imprensa em geral sabe, que o comum adepto é agora uma pessoa mais informada, mais inteligente e que se sabe mexer melhor na sociedade do que antigamente e isso é temido pois, mesmo com o branqueamento que se tenta fazer, todos sabem como as coisas se passaram, todos sabem como foi e o que foi dito. Está registado neste computador ou naquele laptop, ipad ou telemóvel, em ficheiro mp3, wma ou avi, gravado nesta ou naquela box da cabo, visto neste e naquele ângulo, revisto nas repetições que forem necessárias, escrito num programa de paginação ou no simples Word, publicado no teu e no meu blogue, lido e visto por mim em Portugal ou por ti na China! Os Adeptos não precisam ser jornalistas para saber escrever, para informar, para mostrar a realidade, para fazer acontecer e mostrar que está atento!

A força desta nova realidade atormenta de certa forma muitos que têm o dever de se reger por um código deontológico que não foi feito por eles, mas sim por todos aqueles que lutaram por se ter a opção de escolher e emitir livremente opiniões, que no fundo somos todos nós. Todo nós que não procuramos preferências mas sim igualdade de tratamento. Ou não foi também com base nestes ideais que certos energúmenos cospem hoje, e todos os dias, no prato que lhes dá de comer?!

A calçada esta semana, quis mostrar um pouco que numa era em que as mudanças ocorrem a todos os minutos, a Adepto de hoje é uma pessoa culta, instruída, pró-activa e que tem as competências necessárias para em blogues como este e em meios de comunicação bilaterais fazer e partilhar a verdadeira Verdade Desportiva e Informativa!

Abraço e fiquem por aí… que eu fico!