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Esta semana trago-vos a entrevista com Pedro Cunha, ex-atleta da secção de andebol do nosso FC Porto.
Filho do prof. António Cunha, antiga glória do clube, Pedro Cunha viria a ingressar nas camadas jovens do FC Porto em 1986. Ainda com idade de júnior, iniciou o percurso como sénior na época de 89/90, tendo terminado a ligação ao clube no final da época 91/92. Após a saída do clube, jogou mais 10 épocas ao mais alto nível. Nesse período representou o Francisco de Holanda, Boavista e Águas Santas, onde viria a finalizar a carreira com uma brilhante conquista da Taça de Portugal numa final disputada em Matosinhos frente ao ABC.
Como sénior do FC Porto foi sempre vice-campeão nacional, não tendo atingido o tão ambicionado título que só chegaria alguns anos depois, terminando assim com o mais longo jejum do andebol portista. Apesar da preferência pela posição de lateral direito, Pedro Cunha chegou a actuar em diversas posições fruto da sua polivalência. De destacar ainda o facto de ter sido internacional sénior “A”e também presidente da direcção da Associação de Jogadores de Andebol de Portugal (AJAP).
Entretanto, é com enorme prazer que vos deixo a entrevista com Pedro Cunha, agradecendo toda a sua disponibilidade, bem como a preciosa ajuda do Lucho na realização da entrevista (sem ele, esta entrevista nunca teria sido possível).
Filho do prof. António Cunha, antiga glória do clube, Pedro Cunha viria a ingressar nas camadas jovens do FC Porto em 1986. Ainda com idade de júnior, iniciou o percurso como sénior na época de 89/90, tendo terminado a ligação ao clube no final da época 91/92. Após a saída do clube, jogou mais 10 épocas ao mais alto nível. Nesse período representou o Francisco de Holanda, Boavista e Águas Santas, onde viria a finalizar a carreira com uma brilhante conquista da Taça de Portugal numa final disputada em Matosinhos frente ao ABC.
Como sénior do FC Porto foi sempre vice-campeão nacional, não tendo atingido o tão ambicionado título que só chegaria alguns anos depois, terminando assim com o mais longo jejum do andebol portista. Apesar da preferência pela posição de lateral direito, Pedro Cunha chegou a actuar em diversas posições fruto da sua polivalência. De destacar ainda o facto de ter sido internacional sénior “A”e também presidente da direcção da Associação de Jogadores de Andebol de Portugal (AJAP).
Entretanto, é com enorme prazer que vos deixo a entrevista com Pedro Cunha, agradecendo toda a sua disponibilidade, bem como a preciosa ajuda do Lucho na realização da entrevista (sem ele, esta entrevista nunca teria sido possível).
- ENTREVISTA EXCLUSIVA com Pedro Cunha
Como surgiu a paixão pelo andebol?
Foi algo natural! Desde muito cedo, em nossa casa era obrigatória ter uma educação incluindo a pratica desportiva. Dos 3 anos aos 12 anos, todos nós (4 irmãos) praticámos desportos individuais (fundamentalmente natação), e só aos 12 anos podíamos escolher um desporto colectivo. Eu escolhi o Andebol, pois desde pequeno o meu espaço para a brincadeira era com frequência o pavilhão Américo Sá, sempre em brincadeiras com os atletas de Andebol mais velhos, na altura treinados pelo meu Pai e pelo José Magalhães.
Em que épocas jogou no andebol do FC Porto nas camadas jovens e nos seniores?
Fiz toda a minha formação no FCP (desde 1986-1991), nos últimos 2 anos, ainda com idade de júnior, já fazia parte do plantel sénior. Durante este período, perdemos 2 títulos no último jogo (situação que também sucedeu em 91-92,1ª época de sénior e última época no FCP).
Qual o jogo que mais o marcou e porquê?
O meu último jogo foi o mais marcante! Estava estafado de conciliar o ritmo dos treinos e jogos no Andebol com uma vida profissional cada vez mais preenchida de responsabilidades. Para além disso antecipava um período difícil no Andebol português. Depois de ganhar a meia-final da Taça de Portugal, ainda relativamente jovem (28 anos), falei com a Família, e informei os meus colegas, treinadores e direcção que não iria continuar a jogar. Foi o momento certo, com uma Taça de Portugal na mão, depois de um bom jogo contra o ABC (final da taça de Portugal 2001/02, em Matosinhos, Águas Santas-27-ABC Braga-21).
Ainda continua a acompanhar o andebol e o FC Porto?
Acompanho diariamente à distância, pelas crónicas jornalísticas e através dos meus colegas do Andebol, pois alguns deles ainda jogam em equipas de referência.
Dos treinadores que teve no FC Porto, qual o que mais o marcou? E relativamente a jogadores, qual o melhor de sempre no FC Porto?
Naturalmente, o meu Pai, pelos ensinamentos técnicos e dedicação extrema à modalidade mas também por ter tido a oportunidade de observar a sua forma de liderança. O melhor jogador de sempre no FCP foi Carlos Resende, não só pela sua performance como jogador mas também pelo carácter e personalidade impecável que se lhe reconhece.
Como encarou a situação de ser treinado pelo seu pai?
Com naturalidade. Ambos tínhamos a disciplina de fazer uma separação entre Andebol e Família. Raramente conversávamos sobre andebol em casa, em particular nos anos em que ele era o meu treinador.
Como perspectiva a fase final do nosso campeonato? Considera que o FC Porto tem condições reais para a renovação do título de campeão nacional, o tricampeonato?
Julgo que o FC Porto tem todas as condições para renovar o título de campeão. Tem uma boa equipa, boas condições trabalho, estabilidade técnica, e sobre estas 3 perspectivas, não me parece que exista uma equipa comparável.
Qual o sete ideal da história do andebol Portista?
Dos jogadores que conheci (incluo alguns estrangeiros):
G.R. Carlos Ferreira;
P.E. Rui Rocha;
L.E. Eduardo Filipe; (Usati)
C. Carlos Resende; (Dragan Bogdanovic)
L.D. Alexandre Barbosa; (Petric)
P.D. Ricardo Costa;
Pivôt Rui Aguiar (Sergei Pokurkine).
Acrescento o melhor plantel "no balneário" (os mais engraçados fora do campo):
G.R. Capela e Hugo Mota;
P.E. Rochinha e Alberto Oliveira;
L.E. Rui Silva;
C. José Luzia;
L.D. Alexandre Barbosa e Fernando Areias;
P.D. Rui Ferreira e Miguel Eiras;
Pivôt Eduardo Ferreira e Anacleto Santos.
Como era jogar no antigo Américo de Sá? Sente saudades desses tempos?
Era um misto de sensações. Quando cheio, o pavilhão cortava-nos a respiração e motivava-nos de forma indescritível. Não consigo deixar de recordar o "túnel" e alguns episódios lá vividos.
O que representa o FC Porto na sua vida?
O FCP sempre foi uma referência para mim, pelos valores e a "mística" que representa. Conheci muita gente boa no ambiente das Antas. Fez-me crescer até adulto (natação e andebol) orientado por valores de referência e ganhei muitos amigos. E inimigos...nenhum!
Uma palavra sobre o nosso blog e o acompanhamento que efectuamos sobre as modalidades do FC Porto.
É uma fonte de informação privilegiada para os Portistas, sobre o presente mas fundamentalmente sobre o passado.Em particular, fico sempre surpreendido com as histórias que os diversos participantes contam, na sua maioria desconhecidas até à sua publicação no vosso espaço.
Um abraço amigo e agradecido,
Pedro Cunha
Excelente entrevista!
ResponderEliminarParabéns Sevilha e um abraço aos dois.
Grande equipa que o nosso andebol tinha nesses anos 89-92 e o titulo escapava-se sempre de forma inglória. Foi aí que o "bichinho" do andebol se apoderou de mim. Um abraço ao Pedro Cunha, outro ao prof. António Cunha e outro ao meu amigo Sevilha.
ResponderEliminarSevilha excelente, venha a próxima!;)
ResponderEliminarBIBÓ PORTO