Ode aos Campeões

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Era de Abril dia três
E o Colosso português
Acordou com sede de glória
Na mente um só pensamento
E na alma um sentimento:
Era um dia para a história!

Ainda no ano passado
Estava tudo trocado
E julgavam poder cá ganhar!
Enganaram-se, coitados
Bastava-lhes sair empatados
Mas levaram que contar

Este ano é diferente
Somos nós quem está na frente
E o Mundo bate mais certo
Temos força e ambição
Temos o Hulk e o Falcao
E eles têm o Roberto

Que também ajudou, com certeza
Mas isso não é surpresa
Nem mesmo para uma criancinha
Já o professor dizia
Na aula de biologia:
O frango vem da galinha!

Durante a partida inteira
Foi a normal roubalheira
A que estamos habituados
Mas nem penalties nem expulsões
Impediriam os Campeões
De sair dali consagrados

A partida controlada
Nas bancadas goleada
E cresce a ansiedade
Soa o apito final
Campeões de Portugal
Carago, já tinha saudade!

De repente, eis senão
Fica tudo na escuridão
Das bancadas ao relvado
Sintoma de grande azia
E a perfeita analogia
Para um clube há muito apagado

Aspersores também ligados
Festejamos adoidados
Como miúdos de escola
É justo e equilibrado
Porque também lhes tínhamos dado
Um belo banho... de bola.

O destino estava traçado
O estádio reserbado
Somos campeões na Luz!
E aqui como é natural
Uso a rima mais normal:
És um palhaço, ó Jesus!!

No Porto, alegria incontida
Toda a gente na Avenida
E à espera no Dragão
São quatro da madrugada
Mas não existe mais nada
Só o Porto Campeão!

As quinas voltam ao dono
Não há cansaço nem sono
A festa é toda nossa!
E quando a voz começa a falhar
Mais vale deixar cantar
A Maria Amélia Canossa:

Porto Porto Porto,
És a nossa glória
Dá-nos neste dia
Mais uma alegria,
Mais uma vitória!!!