http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
1º ponto: Fiquei extremamente surpreendido e desgostoso com a notícia do fim da participação da equipa de basquetebol do FC Porto no campeonato nacional da 1ª divisão. O encerramento de qualquer modalidade do FC Porto é uma situação a lamentar, ainda para mais uma modalidade com tanta tradição no clube.
2º ponto: Não sou nem pouco mais ou menos advogado de defesa da SAD. Elogio quando acho que tenho de o fazer, e critico quando vejo situação relativamente à qual discordo, e nos últimos anos, até o tenho feito com alguma frequência. Não gosto nem de seguidismos cegos, nem de estar a “malhar” por tudo e por nada na SAD.
Feitos os pontos prévios que considero necessários para que não haja lugar a interpretações dúbias do que a seguir vou escrever, passo a explicar que detesto demagogia, seja em que situação for, venha de que quadrante vier. No seu habitual artigo semanal, Miguel Sousa Tavares, pessoa por quem tenho consideração, escreveu o seguinte: “o preço da compra do desconhecido Jackson Martinez seguramente que dava para pagar a continuação do basquete, pelo menos mais um ano”.
Este tipo de argumentação é o mais fácil nesta altura de grande desgosto pelo fecho de uma modalidade muito querida aos adeptos Portistas. Para além de ser a argumentação mais fácil, é aquela que os adeptos gostam de ouvir e concordam logo de olhos fechados. Lamento dizê-lo mas acho que esta é uma argumentação demagógica e extremamente simplista de toda esta situação.
Os adeptos do FC Porto estão habituados a ganhar há 30 anos. Estão habituados a ganhar campeonatos, taças e supertaças com uma frequência verdadeiramente estonteante. Além disso, os adeptos já estiveram várias vezes nas nuvens com conquistas de 2 taças dos campeões e 2 taças UEFA, mais 2 taças intercontinentais. Ganhar para o Portista é como respirar, tão natural que nem damos por isso.
Só que os adeptos do FC Porto também têm de ter, por um minuto que seja, os pés na terra e pensar/refletir um pouco sobre as verdadeiras razões do sucesso de um clube ao longo de 30 anos, um caso ímpar de sucesso continuo. Sim, temos um Grande Presidente, temos uma belíssima estrutura, temos fantásticos adeptos que apoiam inequivocamente a equipa e suportam também o seu sucesso, mas não nos podemos nunca esquecer de um "pormenor": os jogadores!
O tipo de argumentação que agora MST utiliza, poderia ter sido utilizado noutras alturas, com outros propósito mas com a mesma ideia essencial: o excessivo peso que o futebol tem nas contas da SAD! Falcao, Hulk, James, Moutinho, Lucho, Lisandro (etc, etc, etc) foram tudo jogadores caríssimos que custaram vários milhões de € pela sua compra e que ao longo da sua estadia no FC Porto auferiram fantásticos salários pagos pelo clube! Qualquer desses montantes daria para pagar uma modalidade. A verdade é que foram os Falcoes, os Moutinhos, os Luchos, os Lisandros (e outros que tais…) que nos permitiram ganhar tantas coisas no futebol, por exemplo ganhar a Liga Europa no ano passado, por exemplo levar-nos ao êxtase nos 5-0 aos encornados. Enfim, foram jogadores com elevado retorno desportivo e que até renderam vários milhões de € ao FC Porto quando saíram para outros clubes europeus.
Toda esta conversa para quê, perguntarão vocês? Nestas coisas, sou muito realista, não podemos fugir de uma questão essencial: o futebol é um desporto que exige elevado investimento (principalmente depois da liberalização do mercado com a lei Bosman) para que depois o sucesso em campo se torne mais fácil, conjuntamente com todas as outras questões de que já vos falei (estrutura, Presidente, etc). Esta é uma questão inevitável e da qual não podemos fugir, por mais teorias muito bonitas que possamos arranjar.
Dito isto, não posso deixar de apontar outras situações que me parecem, essas sim, potenciadoras de problemas financeiros que depois podem colocar em causa a desejável sustentabilidade de todas as modalidades do clube. Se vos falar do facto de termos dezenas e dezenas de jogadores pertencentes aos quadros do clube, muitos deles emprestados por outros clubes, sendo que muitos deles não chegam a vestir sequer a camisola da equipa principal uma única vez, aí sim não estarei a ser demagógico. Aí penso que reside um dos principais problemas financeiros do FC Porto: para quê ter tanta gente emprestada, sendo que muitos deles nem sequer “cheiram” a equipa principal? Gastam-se milhares de € em ordenados, de uma forma que acaba por ser pouco reprodutiva.
Resumindo e concluindo, faço votos para que o ponto do comunicado da direção do clube que diz: “Reunir as condições necessárias, no mais curto espaço de tempo, no sentido de retomar a atividade da equipa sénior de basquetebol” seja mesmo efetivado, acreditando na permanência de Moncho Lopéz como coordenador de todo o basquete do clube. É necessário que se corrijam “gorduras” na estrutura de custos da SAD de modo a não colocar em causa a sustentabilidade das modalidades para alem do futebol. Mas nunca, enveredando pelo caminho fácil da demagogia e do argumento fácil porque esse não nos levará a lado algum!
2º ponto: Não sou nem pouco mais ou menos advogado de defesa da SAD. Elogio quando acho que tenho de o fazer, e critico quando vejo situação relativamente à qual discordo, e nos últimos anos, até o tenho feito com alguma frequência. Não gosto nem de seguidismos cegos, nem de estar a “malhar” por tudo e por nada na SAD.
Feitos os pontos prévios que considero necessários para que não haja lugar a interpretações dúbias do que a seguir vou escrever, passo a explicar que detesto demagogia, seja em que situação for, venha de que quadrante vier. No seu habitual artigo semanal, Miguel Sousa Tavares, pessoa por quem tenho consideração, escreveu o seguinte: “o preço da compra do desconhecido Jackson Martinez seguramente que dava para pagar a continuação do basquete, pelo menos mais um ano”.
Este tipo de argumentação é o mais fácil nesta altura de grande desgosto pelo fecho de uma modalidade muito querida aos adeptos Portistas. Para além de ser a argumentação mais fácil, é aquela que os adeptos gostam de ouvir e concordam logo de olhos fechados. Lamento dizê-lo mas acho que esta é uma argumentação demagógica e extremamente simplista de toda esta situação.
Os adeptos do FC Porto estão habituados a ganhar há 30 anos. Estão habituados a ganhar campeonatos, taças e supertaças com uma frequência verdadeiramente estonteante. Além disso, os adeptos já estiveram várias vezes nas nuvens com conquistas de 2 taças dos campeões e 2 taças UEFA, mais 2 taças intercontinentais. Ganhar para o Portista é como respirar, tão natural que nem damos por isso.
Só que os adeptos do FC Porto também têm de ter, por um minuto que seja, os pés na terra e pensar/refletir um pouco sobre as verdadeiras razões do sucesso de um clube ao longo de 30 anos, um caso ímpar de sucesso continuo. Sim, temos um Grande Presidente, temos uma belíssima estrutura, temos fantásticos adeptos que apoiam inequivocamente a equipa e suportam também o seu sucesso, mas não nos podemos nunca esquecer de um "pormenor": os jogadores!
O tipo de argumentação que agora MST utiliza, poderia ter sido utilizado noutras alturas, com outros propósito mas com a mesma ideia essencial: o excessivo peso que o futebol tem nas contas da SAD! Falcao, Hulk, James, Moutinho, Lucho, Lisandro (etc, etc, etc) foram tudo jogadores caríssimos que custaram vários milhões de € pela sua compra e que ao longo da sua estadia no FC Porto auferiram fantásticos salários pagos pelo clube! Qualquer desses montantes daria para pagar uma modalidade. A verdade é que foram os Falcoes, os Moutinhos, os Luchos, os Lisandros (e outros que tais…) que nos permitiram ganhar tantas coisas no futebol, por exemplo ganhar a Liga Europa no ano passado, por exemplo levar-nos ao êxtase nos 5-0 aos encornados. Enfim, foram jogadores com elevado retorno desportivo e que até renderam vários milhões de € ao FC Porto quando saíram para outros clubes europeus.
Toda esta conversa para quê, perguntarão vocês? Nestas coisas, sou muito realista, não podemos fugir de uma questão essencial: o futebol é um desporto que exige elevado investimento (principalmente depois da liberalização do mercado com a lei Bosman) para que depois o sucesso em campo se torne mais fácil, conjuntamente com todas as outras questões de que já vos falei (estrutura, Presidente, etc). Esta é uma questão inevitável e da qual não podemos fugir, por mais teorias muito bonitas que possamos arranjar.
Dito isto, não posso deixar de apontar outras situações que me parecem, essas sim, potenciadoras de problemas financeiros que depois podem colocar em causa a desejável sustentabilidade de todas as modalidades do clube. Se vos falar do facto de termos dezenas e dezenas de jogadores pertencentes aos quadros do clube, muitos deles emprestados por outros clubes, sendo que muitos deles não chegam a vestir sequer a camisola da equipa principal uma única vez, aí sim não estarei a ser demagógico. Aí penso que reside um dos principais problemas financeiros do FC Porto: para quê ter tanta gente emprestada, sendo que muitos deles nem sequer “cheiram” a equipa principal? Gastam-se milhares de € em ordenados, de uma forma que acaba por ser pouco reprodutiva.
Resumindo e concluindo, faço votos para que o ponto do comunicado da direção do clube que diz: “Reunir as condições necessárias, no mais curto espaço de tempo, no sentido de retomar a atividade da equipa sénior de basquetebol” seja mesmo efetivado, acreditando na permanência de Moncho Lopéz como coordenador de todo o basquete do clube. É necessário que se corrijam “gorduras” na estrutura de custos da SAD de modo a não colocar em causa a sustentabilidade das modalidades para alem do futebol. Mas nunca, enveredando pelo caminho fácil da demagogia e do argumento fácil porque esse não nos levará a lado algum!
Concordo com a leitura.. mas.. se um jogador que referiu dava para mais um ano de uma modalidade, peço desculpa mas preferia que a modalidade não desaparece-se.
ResponderEliminarBom dia,
ResponderEliminarDeixo o meu comentário relativamente aquilo que considero a independência como ponto fundamental ou falta dela pelo menos de alguns dos autores de blogs, talvez tendo em mente voos mais altos. O sentido crítico estárá por isso, claramente condicionado e se reflecte nas recentes criticas, ou não, de alguns rapazes de azul.
A SAD não precisa de advogados em sua defesa ou quem diga que não o é, precisa é de verdadeiro sentido critico por só assim o que errado pode e deve ser melhorado como o que esta bem, devem ser divulgado e promovido.
È péssimo quando para dar uma opinião e ficar bem na fotografia, se recorre a pessoas como o MST e criticar o que ele escreve para ficar “alinhado” com a posição oficial. È fácil comparar futebol com modalidades amadoras e dizer que o futebol deu títulos, etc etc e que precisa de investimento. O que está mal é não perguntar onde para o dinheiro dos milhões de jogadores vendidos, o motivo do passivo aumentar todos os anos, qual o orçamento REAL do Basquetebol, que valores afinal estávamos a falar e que eram assim tão insuportáveis? Mais, os rapazes de azul que propuseram em tempos e bem um aumento da quota a favor das modalidades e que se reflectiu num aumento mensal para TODOS OS ASSOCIADOS DO CLUBE, estejam presentes numa próxima AG e questionem onde foi parar esses milhares de euros. Não basta propor coisas, neste caso trouxe consequências e por isso é tempo de ir pedir responsabilidades.
Felizmente existem alguns blog’s e autores que mantêm o seu sentido critico, bom ou mau mas assumem-no e não o mudaram ao longo dos últimos meses com objectivos dúbios. O ultimo artigo de opinião com uma imagem de basquetebol mas usar a maior parte do texto a falar de futebol é falta de respeito para com a modalidade, é a tal critica suave para confundir os leitores e chama-los de burros. Se querem falar de basquetebol, falem, analisem, critiquem e apresentem soluções. Olhem para o problema de fundo mas em exclusivo, não misturando MST, jogadores de futebol, empréstimos, etc.
Resumindo e concluindo, não se faz votos por outros pontos do comunicado do Clube, ele é claro no assumir de posições e suas consequências praticas: não vamos competir e é menos uma modalidade.
Ainda e para concluir. É preciso massa critica, atenta e interventiva! Adeptos de caneta são necessários no dia-a-dia do Clube assim como na organização de tertúlias sobre a vida do Clube. Não cometam é o erro de considerar que por isso são detentores da opinião dos adeptos em exclusivo. Existem alguns milhares que seguem o Clube e não alinha em promoções de autores para outros voos nem se revê tão pouco em “blogs”. Esses ficaram de fora da tertúlia mas jamais ficarão de fora no presente e no futuro do Clube quando assim for necessário, porque no passado foram esses que estiveram nos momentos maus e não foi como caneta na mão.
Continuação.
Yoan FCP
Cada um faz a interpretação que quer daquilo que é escrito.
ResponderEliminarCada um interpreta que eu com o meu texto pretenda ficar alinhado com a “posição oficial”, quando eu no mesmíssimo texto critico os camiões de jogadores que temos emprestados por culpa de quem? Pois, dessa mesma SAD, cuja posição oficial é muito importante para mim.
Confundir os leitores, chamá-los
de burros e ser básico é utilizar argumentos demagógicos do tipo: “Um Jackson Martinez dava para pagar o basquete” ou “O salário anual do Hulk dava para 2 anos de hóquei” ou “O que o Lucho veio ganhar dava para pagar 10 salários de um jogador de andebol”. Foi isso que critiquei em MST, um Portista cuja opinião tem mais eco que a de muitos outros anónimos como nós… E foi para o perigo de se instalar a demagogia desse tipo de argumentação que recorri ao exemplo de MST, não com outro propósito, até porque tenho MST em boa consideração.
Já agora, o que tem a ver a imagem do texto, com faltas de respeito pela modalidade ou coisa que o valha? Sinceramente que não percebi… Patético e ridículo é entrar-se em discussões de putos de 5 anos do tipo “eu gosto mais do basquete que tu” ou “tu gostas mais de futebol do que ele”. Não me venham com tretas de falsos moralismos (tão comuns nos adeptos lá de baixo), que tenho a certeza que todos os portistas ficaram tristes e surpreendidos com a extinção da equipa sénior… Cada um à sua maneira e na sua proporção, mas não há ninguém que tenha ficado feliz com tal decisão…
Já sou há várias dezenas de anos sócio DRAGÂO e por vezes deixo neste blogue alguma opinião oportuna sobre temas aqui focados. Vem isto a propósito do fim da nossa modalidade, que me entristeceu pelo modo como a mesma terminou (espero que por pouco tempo). Nesse sentido gostaria que a SAD, principalmente os seus directores, que têm vencimentos muito acima do desejavel, abedicassem de algns milhares de euros para a modalidade continuar e provavelmente ainda mais forte...
ResponderEliminarUm abraço sentido a todos os PORTISTAS e continuem a pugnar pela nossa FORÇA. POOOOOOOOORTO
herramalho
RCBC,
ResponderEliminarA suspensão da nossa equipa profissional de basquetebol deixou-me profundamente triste, mas nada surpreendido. Todos sabemos dos salários em atraso nas modalidades, não apenas no basquetebol, e não te admires que qualquer dia cortam em toda a força no hóquei e no andebol. Não classifiques isto de pessimismo, é simplesmente realismo.
Costumo acompanhar com muita atenção as crónicas do Miguel Sousa Tavares na bola, muitas vezes estou de acordo com ele, e nesta, apesar de não me rever no que ele diz, eu entendo-o. Nós gastamos milhões e milhões de euros em contratações de jogadores que depois não rendem nada. Isto acontece à décadas É certo que temos outros que de certa forma compensam, mas olha: Walter, Janko, Tomaz Costa, Cristian Rodriguez. Temos dezenas e dezenas de jogadores emprestados, muitos com qualidade, que se calhar faziam melhor figura que estes. Esperemos que com a equipa b algo mude, mas duvido.
O comunicado do clube é retórica, e os argumentos, além de não fazerem o mínimo de sentido, por muito degradado que esteja o atual estado do basquetebol português, e a total parcialidade da sua direção para com o slb, são muitos fáceis de rebater. Há erros grosseiros de gestão, e sobretudo há muitos interesses em jogo.
O clube perdeu um símbolo, e tenho que dizer, com muita dor, que duvido que tão cedo voltará.
À muito o elo de ligação entre o clube e as modalidades acabou. Esperemos que o andebol e o hóquei não tenham o mesmo futuro.
Abraço
Volto a dizer aqui o que disse no sábado,as modalidades ditas amadoras ou de alta competição como agora se diz,deviam sair da SAD e ser geridas autónomamente, o clube fornecia o pavilhão e os equipamentos e as respectivas secções deviam reunir os patrocinios para defender o nome do clube condignamente e responder perante a direcçao do FUTEBOL CLUBE DO PORTO! É a minha opinião.
ResponderEliminarAbraço
manuel moutinho