http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Meus amigos, só vos digo uma coisa: quem puder, para o ano, vá ao III Encontro da Bluegosfera. Já sabem que será mais ou menos por esta altura, depois do final da época e antes do início da seguinte, por isso reservem esses fins-de-semana. Façam questão, mesmo. Em dias como o Sábado passado, cresce-se como Portista.
Tal como em 2012, houve tempo a menos para entusiasmo a mais. Visões e perspectivas do presente e do futuro do clube, a nível desportivo, financeiro, de comunicação, de relação com os adeptos. Apresentações interessantes e bem estruturadas, algumas praticamente profissionais, comentários relevantes e perguntas pertinentes, muitas das quais tiveram de ficar sem resposta. Aliás, como qualquer bom debate, o II Encontro da Bluegosfera resultou em tantas perguntas como respostas.
Faz sentido um Porto Canal generalista, ou o ideal seria coexistirem um Porto Canal e um FC Porto Canal? Por que razão escasseia a publicidade de valor acrescentado no Porto Canal, quando as audiências já a justificariam? Seria possível haver no Porto Canal um espaço de debate protagonizado por adeptos que não fossem figuras públicas? A identificação do FC Porto com a cidade do Porto e a região Norte, e a consequente rivalidade com Lisboa, podem ser desconfortáveis para os Portistas de fora do Porto e do Norte? Se e quando um dia os Portistas vierem a estar em maioria no país, o clube arrisca-se a perder a sua identidade? É mesmo importante ter jogadores que sintam a camisola que vestem, ou basta que tenham talento e profissionalismo? O que tem falhado na nossa formação? Como se explica o nosso sucesso num país tão pequeno e numa região tão empobrecida? O nosso modelo de negócio é sustentável no actual panorama de crise? Devemos apostar em reduzir custos, aumentar receitas, ou ambos, e de que forma? Será utópico pensar em novos mercados para a marca FC Porto no estrangeiro?
Eis algumas das perguntas que ficaram no ar, acompanhadas de possíveis respostas, argumentos, opiniões e ainda mais perguntas, deixando o sector azul e branco dos nossos cérebros com muita e boa comidinha com que se entreter durante a pré-época.
E “entreter” é aqui a palavra-chave. Encontramo-nos todos, o que é bom, falamos do nosso clube, que está entre as coisas que mais gostamos de fazer, mas que resultado prático sai dali, tendo em conta que o clube não se fez sequer representar, tendo sido, naturalmente, convidado? Esta lamentável ausência não pode deixar de ser vista como uma lacuna no evento, de cuja responsabilidade os organizadores (que estão mais uma vez de parabéns) estão obviamente isentos. É uma pena que o clube subestime o contributo de dezenas de adeptos conhecedores e empenhados, reunidos precisamente para discutir o seu engrandecimento, como, aliás, é dever estatutário de qualquer associado. Reunidos por carolice - outra palavra-chave, usada no Sábado por um dos intervenientes. Carolice, diz o dicionário, é “acto de carola”. E “carola” é o “que ou quem é muito apaixonado por uma ideia, sistema ou religião”. É isso mesmo. Uma sala cheia de carolas, com muito orgulho. Sempre à disposição para partilhar com o clube os frutos da nossa carolice. É só apontarem-nos uma porta aberta ou um ouvido atento.
Tal como em 2012, houve tempo a menos para entusiasmo a mais. Visões e perspectivas do presente e do futuro do clube, a nível desportivo, financeiro, de comunicação, de relação com os adeptos. Apresentações interessantes e bem estruturadas, algumas praticamente profissionais, comentários relevantes e perguntas pertinentes, muitas das quais tiveram de ficar sem resposta. Aliás, como qualquer bom debate, o II Encontro da Bluegosfera resultou em tantas perguntas como respostas.
Faz sentido um Porto Canal generalista, ou o ideal seria coexistirem um Porto Canal e um FC Porto Canal? Por que razão escasseia a publicidade de valor acrescentado no Porto Canal, quando as audiências já a justificariam? Seria possível haver no Porto Canal um espaço de debate protagonizado por adeptos que não fossem figuras públicas? A identificação do FC Porto com a cidade do Porto e a região Norte, e a consequente rivalidade com Lisboa, podem ser desconfortáveis para os Portistas de fora do Porto e do Norte? Se e quando um dia os Portistas vierem a estar em maioria no país, o clube arrisca-se a perder a sua identidade? É mesmo importante ter jogadores que sintam a camisola que vestem, ou basta que tenham talento e profissionalismo? O que tem falhado na nossa formação? Como se explica o nosso sucesso num país tão pequeno e numa região tão empobrecida? O nosso modelo de negócio é sustentável no actual panorama de crise? Devemos apostar em reduzir custos, aumentar receitas, ou ambos, e de que forma? Será utópico pensar em novos mercados para a marca FC Porto no estrangeiro?
Eis algumas das perguntas que ficaram no ar, acompanhadas de possíveis respostas, argumentos, opiniões e ainda mais perguntas, deixando o sector azul e branco dos nossos cérebros com muita e boa comidinha com que se entreter durante a pré-época.
E “entreter” é aqui a palavra-chave. Encontramo-nos todos, o que é bom, falamos do nosso clube, que está entre as coisas que mais gostamos de fazer, mas que resultado prático sai dali, tendo em conta que o clube não se fez sequer representar, tendo sido, naturalmente, convidado? Esta lamentável ausência não pode deixar de ser vista como uma lacuna no evento, de cuja responsabilidade os organizadores (que estão mais uma vez de parabéns) estão obviamente isentos. É uma pena que o clube subestime o contributo de dezenas de adeptos conhecedores e empenhados, reunidos precisamente para discutir o seu engrandecimento, como, aliás, é dever estatutário de qualquer associado. Reunidos por carolice - outra palavra-chave, usada no Sábado por um dos intervenientes. Carolice, diz o dicionário, é “acto de carola”. E “carola” é o “que ou quem é muito apaixonado por uma ideia, sistema ou religião”. É isso mesmo. Uma sala cheia de carolas, com muito orgulho. Sempre à disposição para partilhar com o clube os frutos da nossa carolice. É só apontarem-nos uma porta aberta ou um ouvido atento.
Cara ENID
ResponderEliminarSabe bem quanto gosto das suas intervenções. Vou tentar responder às suas perguntas.
“Faz sentido um PortoCanal generalista”?
Como ficou patente através das excelentes intervenções do Primeiro Painel, bem como daquele amigo que aparece na foto de t-shirt azul marinha e cabelo grisalho, (urgente convidá-lo a apresentar um tema no III Encontro), vamos partir do pressuposto que o operador em causa não pertence ao Porto/Clube. A única coisa que fazemos é gerir um espaço (45 minutos à Porto) diário, uma espécie de concessão, que podemos, ou não, ampliar ou extinguir. Pelo menos a nossa presença naquele espaço fez aumentar as audiências do Canal.
“Um espaço protagonizado por adeptos”? Naturalmente que sim e desejável. Qualquer dos organizadores do II Encontro tinha lá lugar, de caras.
“Identificação com a cidade”? Não acho que seja “desconfortável”, mas motivo de orgulho. Já vai longe “o medo de atravessar a ponte”
“O clube perder a identidade?” Nem pensar, antes pelo contrário. Não queremos viver numa concha.
“Importante sentirem a camisola”? O Segundo Painel respondeu brilhantemente à questão. Claro que sim. De mercenários está o mundo cheio. Que me interessa o talento de Atsu se está com a cabeça noutro lado?
“O que tem falhado na formação?” A ansiedade do “respeitável público” (os nossos colegas portistas) em aceitar atletas sem o processo de formação concluído. Só querem ver “jogadores feitos”. Não podem sequer aguardar um mês, quanto mais uma época. Estão muito mal habituados.
“Como se explica o nosso sucesso?” A resposta é a mais fácil de todas: Pinto da Costa. Eu sou do tempo em que não ganhávamos nada.
“O modelo é sustentável?” Nem pensar! Tentei explicar isso na minha apresentação. Ainda pode revê-la no http://www.misticaazulebranca.blogspot.pt/
Aliás “a dica” estava no título do Terceiro Painel: Insustentável.
“Reduzir Custos ou aumentar Receitas”? Os dois em simultâneo. Depender o menos possível dos empresários chupistas, deixar de importar pallettes de jogadores, gerir com grande rigor as “societárias”e estar sempre, sempre, na calha para a Champions.
“Utópico pensar em novos mercados”? Lembra-se de excelente apresentação do Nuno Nunes? Está lá a resposta. “Exportar” a marca pode ser a solução.
“Ausência de representação do clube” É como o Brandy Constantino: “Já vem de longe”. Das poucas coisas que critico a Pinto da Costa esta é uma delas. Mas “prontos”! Ainda tem muitos “créditos” acumulados. O resto é paisagem.
Bjinho
É na verdade uma pena que o nosso clube não se tenha feito representar,ouvir os seus adeptos escutar os seus anseios,as suas preocupações era importante para o crescimento do clube a voz dos adeptos não se resume ás claques.por muita consideração que eu tenha por elas.
ResponderEliminarSaudações Portistas
Paulo Almeida
Obrigada, José Lima :) Concordo com muito do que disse, com outras coisas nem tanto, mas é por isso que são precisos dias como Sábado. Sei que muitas das apresentações e intervenções davam resposta a estas perguntas, mas a meu ver davam "uma resposta", e não "a resposta".
ResponderEliminarPor exemplo, no caso do Porto Canal, embora as 3 apresentações tenham apontado no sentido do Porto Canal generalista, tivemos depois, no espaço de debate, a intervenção do Ricardo Costa (que fez parte do painel 2) com argumentos interessantes a favor da ideia contrária. Quanto ao programa com adeptos "comuns", todos achámos que seria óptimo, mas houve quem falasse na imprevisibilidade que um adepto comum traria a um programa deste género, e que talvez não interessasse ao clube promover. Sobre a expansão internacional, ao mesmo tempo que o Nuno Nunes a indicou como possibilidade, alertou também para as dificuldades a ela associadas, nomeadamente por termos de competir com gigantes da liga espanhola e inglesa.
E mais tempo houvesse, certamente outras perspectivas surgiriam sobre cada um destes assuntos, e muitos outros. Para nem falar nas discussões animadas durante o almoço e após o final do evento. É como disse: vim de Espinho com tantas perguntas como respostas - mas é precisamente assim que se evolui :) Abraço!
Constou-me que alguns dos "organizadores" já andam a pensar num III Encontro com menos apresentações e uma componente maior de debate e tertúlia... ;)
ResponderEliminarAbraço
Andei uns dias afastado da bluegosfera, mas cá vão algumas palavras da minha parte sobre este assunto.
ResponderEliminarEstive presente no encontro pela primeira vez e não tenho um único reparo a fazer. Desde a forma simpática e afável como fui recebido por todos (em particular pelo José Correia e pelo Carlos Santos, sem desprimor para os restantes claro), às comunicações e posteriores debates, passando pelo convívio entre todos ao almoço e nos intervalos, tudo correu pelo melhor. Como referiu a ENID, foi um dia muito bem passado e proveitoso. Para o ano, a menos que surja algum imponderável, lá estarei outra vez. Parabéns aos organizadores deste belíssimo evento!