23 junho, 2013

O que é nacional é (tem de ser) bom

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Após o final de mais uma época desportiva em termos da I Liga Zon Sagres de futebol, é chegado o momento de os clubes reorganizarem os seus plantéis, retocarem as suas equipas e angariarem algumas mais-valias com transações dos seus ativos que mais se notabilizaram no biénio 2012/2013.

Sendo certo que este ritual de procedimentos e de entradas e saídas de jogadores em nada ficará distante de outros anos atrás, também não deixará de ser menos verdade que na propalada época de defeso que se avizinha a tendência será mais uma vez assistirmos a negócios de transações de jogadores, que se por um lado nos têm espantado pela positiva ou até mesmo pela negativa, tendo em conta as nossas próprias ilusões, opções e o clube de cada um de nós, por outro, também temos sido surpreendidos com opções bombásticas que nunca julgávamos que poderiam acontecer no nosso meio desportivo.

Foi assim, por exemplo, no ano em que o FCP conseguiu encontrar nas terras do sol nascente, no Japão, um jogador com a qualidade e características ímpares de Hulk, ou quando nada fazia prever que um ativo de um clube rival viesse jogar e vestir de azul e branco como aconteceu com João Moutinho do SCP, dando assim uma visão cada vez mais centrada no imprevisível, e que os órgãos de comunicação social tanto gostam para difundirem este tipo de notícias, e ao mesmo tempo tirarem partido financeiro ao venderem o seu produto jornalístico.

Apesar de a procissão ainda ir no adro da igreja em termos de transações de jogadores, o FCP já começou com a antecedência que lhe é peculiar e como é seu timbre, e espera-se sempre para melhor, a reorganizar o seu plantel para a próxima época, se bem que até ao momento o saldo se cifre em termos financeiros bastante atrativo no que concerne a vendas, em detrimento das compras de novos valores, que pela sua juventude e falta de experiência para altos voos a nível nacional e internacional se coloca algumas reservas no seu aproveitamento, tendo em conta a ambição do FCP.

Ao vender James Rodriguez e João Moutinho pela verba que veio a público, 70 milhões de euros, mais uma vez o campeão português fez um excelente negócio em termos financeiros, podendo mesmo esta época bater todos os recordes em termos do valor total de transações, a que só os grandes colossos do futebol mundial costumam ter esta oportunidade. Todavia, no plano desportivo será sempre bastante difícil encontrar substitutos à altura e a preços comportáveis com o orçamento do clube azul e branco, se bem que este cenário já por diversas vezes se colocou e o clube soube sempre dar a volta por cima - foi assim com a venda de Lisandro Lopez, Falcao e Hulk, entre outros.

Assim, e partindo do princípio que muito dificilmente o FCP venderá mais algum jogador julgado como peça nuclear na equipa, a não ser que algum clube consiga bater por inteiro a cláusula de rescisão (a minha única dúvida é o Fernando), se forem confirmadas as aquisições de que se falam pelos bastidores, do Bernard e do Herrera, por exemplo, que me parecem terem características técnicas e tácticas muito idênticas com os jogadores já transferidos para o Mónaco, nada obsta que possamos continuar a ter uma excelente equipa competitiva e ainda com mais opções em todos os setores.

Por fim, mesmo que algumas das aquisições estrangeiras que se perfilam não cheguem a ser uma realidade efetiva, pelo enorme potencial e margem de progressão dos jovens portugueses que o FCP já contratou, não tenho dúvidas em afirmar que alguns deles irão ter um papel preponderante nos novos êxitos que se avizinham, e por outro lado, já se começa a antever uma viragem na aposta do mercado nacional, o que me agrada bastante.

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