El Comandante e o sonho da Champions

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Na semana seguinte a um momento triste para o mundo do futebol, não posso começar a escrever sem deixar um profundo agradecimento ao Mágico Anderson Luiz de Sousa por tanta magia que espalhou nos relvados por onde passou. Lembro-me perfeitamente de estar em Gelsenkirchen a ver o jogo da final e, entre as muitas coisas que pensei depois do 2-0 marcado pelo próprio, foi aproveitar os últimos momentos de Deco com a camisola do Futebol Clube do Porto vestida. Obrigado MÁGICO!

Posto isto, vamos lá falar sobre o presente do nosso clube. Além da inversão do triângulo do meio-campo da equipa, um dos temas mais debatidos tem sido o rendimento de Lucho Gonzalez. Em primeiro lugar, vou fazer uma declaração de interesse, pois sou um admirador confesso do argentino.

“Percebo” perfeitamente as críticas que são feitas ao jogador por muitos Portistas. Como digo muitas vezes, um dos “problemas” do futebol é que qualquer pessoa fala e se sente capaz de mandar uns bitaites – exemplo mais claro disso, a minha pessoa. Pode não perceber rigorosamente nada de futebol ao ponto de sair do estádio sem saber se a equipa jogou em 4-3-3 ou 4-4-2, mas o importante é falar sobre o jogo com confiança como se se tivesse um doutoramento na área. Ora, não sendo eu um catedrático nem um doutor do povo, como certas personagens da praça, a minha opinião vale o que vale e não é lei, obviamente.

El Comandante Lucho Gonzalez é um jogador que lê o jogo como muito poucos. É um jogador que passa despercebido à grande maioria dos que estão a ver o jogo, pois a classe com que aborda todos os lances faz com que nem sempre seja vistoso e não esteja ao alcance do comum dos mortais. Ano após ano, são feitas críticas à forma física do jogador, etc. O que eu vejo no final dos jogos é que ele é sempre um dos jogadores com mais quilómetros corridos. Não acontece uma nem duas vezes, acontece sempre! Não tenho dúvidas em afirmar que é um dos jogadores mais eficazes na pressão alta que o Futebol Clube do Porto faz, tal como também não tenho dúvidas em afirmar que com dois toques na bola faz o que 90% dos jogadores faz em cinco ou seis. Aliás, Lucho e Moutinho são semelhantes nesta forma de “passar ao lado” do jogo e conseguir ser um dos melhores em campo.

Contudo, isto não significa que seja intocável ou titular absoluto. Paulo Fonseca tem a minha total confiança e estou certo que a sua decisão será a que vai levar o Futebol Clube do Porto a conquistar o Tetracampeonato. Posso estar enganado, mas quase que aposto que Lucho Gonzalez será titularíssimo nesta equipa.

O sonho da Champions

Não, não vou falar sobre a UEFA Champions League. Já escrevi aqui o que penso sobre esta competição e, mesmo depois do sorteio dos grupos, vejo muita bazófia em muitos Portistas.

O sonho que quero partilhar, neste momento, é o da entrada na EHF Champions League. Foram vários anos a ficar à porta da competição sem conseguir o apuramento. Finalmente, estamos na Champions! Um grande fim-de-semana, duas boas exibições e dois dias de grande ambiente no Dragão Caixa. É verdade que não foi um ambiente ao nível de outras jornadas vitoriosas na nossa Caixa Forte, mas o nosso público voltou a empurrar os nossos atletas para a vitória. Estamos lá!

Com a época de futebol já em andamento, com o andebol a começar, venha daí o hóquei e o basquetebol (que ânsia para voltar a ver Moncho Lopez no comando da equipa!) para que as coisas voltem à normalidade.

Como diz um grande Portista cá do burgo, despeço-me com um grande abraço TRIpeiro e muito… muito Portista.

TUDO POR TODOS RUMO AO TETRA!

Luís Marques