22 setembro, 2013

Um campeão entre campeões

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1. Jogar em Viena é sempre especial. O nome dessa cidade, mesmo para o Portista que nunca lá foi, evoca imagens e memórias maravilhosas, independentemente do motivo por que seja mencionado. “Mozart vivia em Viena.” Aquela jogada do Futre! “O meu primo foi fazer Erasmus para Viena.” O calcanhar do Madjer! “Encontro de líderes mundiais em Viena.” O maluco do João Pinto a correr com a taça!

Como disse um título feliz no site oficial do nosso clube, o Danúbio continua azul, e, embora de forma um pouco tremida, a Liga dos Campeões arranca da melhor maneira, com 3 pontos conquistados fora de casa. Se o resultado é bom, a exibição não merece grandes elogios, mas também não alinho na crítica fácil e precoce, sobretudo a um treinador que conta por vitórias todos os jogos oficiais desde que cá chegou. Tranquilidade é o que é preciso. E a errar é agora, enquanto temos muito tempo para corrigir. E de preferência ganhando, apesar desses erros.

2. Aparentemente o novo presidente do clube dos viscondes descobriu o segredo do sucesso dos seus amigalhaços do outro lado da rua, e está a conseguir aplicá-lo com grande êxito. Quando digo sucesso não me refiro a sucesso desportivo, naturalmente, nem sequer financeiro. Refiro-me exclusivamente ao sucesso pessoal do próprio presidente, que através do referido segredo garante a adoração dos adeptos e lugar cativo na cadeira do chefe por muitos e muitos anos. O segredo, como há muito já sabíamos, não é mais do que hostilizar o FC Porto e o Pinto da Costa. Parece magia! Qualquer zé ninguém se transforma imediatamente no melhor dirigente que aquele clube já conheceu, com carta branca para fazer o que bem quiser e entender, mesmo que daí não advenha nada de bom para o clube - desde que continue, regular e visivelmente, a insultar o gigante do Norte. Nada contra. Já se sabe que respeito para aqueles lados é palavra vazia, e cada um faz o que acha que tem de fazer. Só quero é que a nossa resposta seja dada em campo, semana após semana, e sobretudo quando jogarmos contra eles. De resto, é deixá-los a falar sozinhos e a gozar com os próprios adeptos, enquanto nós festejamos e rimos no final de cada época.

3. E por falar em rir, viram o protegido do sargentão mais uma vez no seu melhor? Olhar para aquele gajo e para a nódoa que ainda é fazem-me sempre lembrar a altura em que me divorciei da selecção nacional. A altura em que se me acabou a ingenuidade e percebi que aquela não é a equipa dos melhores, é a equipa daqueles que interessa a alguém, por algum motivo, pôr a jogar. Desde então, nunca mais dei por mim a torcer por camisolas vermelhas :)

4. Ver a “facilidade” (aparente, é claro) com que a nossa equipa de andebol liquidou os lagartos no fim-de-semana passado deixou-me com um pequeno amargo de boca, por recordar a supertaça. Mas o que lá vai lá vai, e desse dia para cá só temos tido alegrias, desde a histórica qualificação para a Liga dos Campeões até à passada Quarta-feira, em que triunfámos mais uma vez em território rival. O Lucho já publicou uma link para o calendário do próximo mês da nossa equipa de andebol, e se é verdade que é um pouco assutador, é acima de tudo incrivelmente emocionante. Foi difícil, mas está quebrada a malapata. Finalmente, um (penta)campeão entre campeões!

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