28 setembro, 2013

Quintero (e mais) 10

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FC Porto-Vitória de Guimarães, 1-0

Liga 2013/14, 6.ª jornada
27 de Setembro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 32.209 espectadores


Árbitro: Pedro Proença (Lisboa).
Assistentes: Tiago Trigo e Bertino Miranda.
Quarto árbitro: Daniel Cardoso.

FC PORTO: Helton; Danilo, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Lucho (cap.) e Quintero; Josué, Jackson Martínez e Licá.
Substituições: Licá por Varela (61m), Quintero por Defour (68m) e Fernando por Carlos Eduardo (77m).
Não utilizados: Fabiano, Fucile, Ghilas e Reyes.
Treinador: Paulo Fonseca.

VITÓRIA DE GUIMARÃES: Douglas; Pedro Correia, Paulo Oliveira, Moreno e Luís Rocha; Leonel Olímpio (cap.), André Santos e André André; Nii Plange, Maazou e Malonga.
Substituições: Nii Plange por Marco Matias (58m), André André por Tiago Rodrigues (75m) e Malonga por Ricardo (75m).
Não utilizados: Assis, Freire, Barrientos e Kanú.
Treinador: Rui Vitória.

Ao intervalo: 0-0.
Marcador: Josué (51m, pen.).
Cartões amarelos: Fernando (28m), Lucho (32m), Douglas (50m), Danilo (55m), leonel Olímpio (65m) e Otamendi (70m).

O FC Porto abriu esta noite a 6ª jornada da liga zon sagres 2013-14. Entrou em campo um onze remodelado que alterou para muito melhor a dinâmica e a rotação da própria equipa. No lugar de Defour surgiu Quintero e no lugar de Varela regressou Josué. O facto é que com este onze bastante atacante, bastante possante, bastante pressionante, o FC Porto terá feito os melhores 45 minutos da temporada e funciona como uma verdadeira equipa.

O jogo teve, claramente, duas partes distintas.

Na 1ª parte, o FC Porto entrou de rompante e logo nos primeiros quinze minutos já contabilizava três excelentes oportunidades de golo. Numa delas a bola bateu no poste da baliza de Douglas após remate de Jackson Martínez. Todo o jogo passava pelo miúdo Quintero que, a jogar na posição 10, fez recuar Lucho para junto de Fernando e descaiu não raras vezes para a direita, apoiando-se em Josué para criar desequilíbrios.

As jogadas perigosas e de golo iminente surgiram em catadupa. Com Quintero em campo a bola rola a uma velocidade estonteante, o jogo flui, os passes de ruptura são uma constante e toda a equipa cria uma dinâmica muito difícil de contrariar. A magia surge e o espectáculo fica a ganhar.

Até ao intervalo, o FC Porto poderia ter construído um resultado bastante confortável e poderia também, se o desacerto não fosse tão grande, gerir o jogo de outra forma a pensar no próximo compromisso importantíssimo da próxima 3ª feira frente ao Atl. Madrid a contar para a Liga dos Campeões.

Não foi possível e o FC Porto foi para o intervalo com um nulo e com a obrigação de resolver o jogo na 2ª metade. Foi o que aconteceu, embora a 2ª parte tenha sido uma parte totalmente distinta para pior.

A etapa complementar iniciou-se como a parte inicial com o FC Porto bastante dinâmico e com uma rotação altíssima. O golo surgiu aos 50 minutos após o árbitro ter assinalado uma grande penalidade muito duvidosa e forçada sobre Quintero. Josué converteu o castigo máximo e o jogo terminou nesse momento.

Quintero começou, então, a decair de produção. Fisicamente quebrou e acabou por sair para a entrada do belga Defour já depois de Licá ter dado o lugar a Varela. O jogo tornou-se chato, o V. Guimarães subiu as linhas e houve muita disputa a meio campo com jogadas inconsequentes, passes disparatados e muitas perdas de bola.

Perante a vantagem mínima, o FC Porto procurou ter algumas cautelas defensivas mas o V. Guimarães, apesar de não ter tido grandes soluções nem criado qualquer oportunidade concreta durante o jogo, manteve a incerteza no resultado até ao apito final. Maazou, ponta de lança dos vimaranenses e grande referência desta equipa, teve o único remate dos vimaranenses ao lado da baliza de Helton mesmo ao cair do pano.

O FC Porto justificou os três pontos pelo que fez na 1ª parte e o treinador Paulo Fonseca tem que, de uma vez por todas, convencer-se que, nesta equipa, terá que ser Quintero (e mais) 10.

Na próxima 3ª feira regressa a champions league com o FC Porto a receber o Atl. Madrid. Um jogo muito importante e que pode vir a revelar-se decisivo no apuramento para os oitavos de final da liga milionária.



DECLARAÇÕES

PAULO FONSECA

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, foi pragmático na análise ao encontro da 6.ª jornada, com o V. Guimarães, que terminou com a vitória do FC Porto por 1-0. O técnico azul e branco afirmou que espera que haja “continuidade no futuro” dos primeiros 45 minutos da equipa e defendeu que o adversário “não criou nenhuma situação de perigo” durante a partida.

Paulo Fonseca começou por destacar a “excelente exibição” do FC Porto na primeira parte: “Criámos inúmeras situações de golo e podíamos ter saído para o intervalo com uma margem de dois ou três golos. Fizemos uns primeiros 45 minutos muito bons. Após o golo, já na segunda parte, o Guimarães fez uma construção longa, obrigou-nos a baixar as linhas e temos de admitir que houve aqui um desgaste por o FC Porto ter feito uma primeira parte de intensidade alta”.

Reconhecendo a ansiedade por parte do FC Porto em querer gerir a vantagem no marcador, o técnico portista comentou também a dificuldade da sua equipa em criar situações de perigo já na segunda metade: “Não estivemos bem na saída para o ataque, pois estávamos a perder a posse da bola facilmente e isso ajudou o adversário. Mas o facto é que o Vitória de Guimarães não criou nenhuma situação de perigo em frente à nossa baliza, mesmo após a lesão do Fernando”, referiu.

Em jeito de balanço do desafio, Paulo Fonseca mostrou-se optimista para os próximos jogos: “A verdade é que em casa já fizemos bons jogos e na Supertaça também realizámos uma boa exibição. Esperemos que seja para dar continuidade no futuro”. O treinador do FC Porto foi ainda assertivo em relação ao penálti que decidiu a partida: “De longe, parece-me que é dentro da área. Mas ainda não consegui ver bem o lance”.



RESUMO DO JOGO

3 comentários:

  1. Dói mas tenho de afirmar...O porto não anda a jogar nadinha e terça vamos apanhar uma valente desilusão,ou muito me engano...


    Saudações deste enorme tripeiro,Pedro Alves

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  2. Realmente o Paulo Fonseca tem razão, o Quintero não tem lugar nesta equipa, joga demais para poder estar em campo...

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  3. de novo, uma apreciação muito próxima da realidade vista e constatada...

    depois de uns 30 minutos de muito fulgor e trocas rápidas de bola, que ameaçavam a cada ataque a baliza adversária, e o golo que se adivinhava a cada instante...

    voltamos a levar com um FC Porto camaleão, passe o exagero, isto é, passa-se do 80 para o 8, num abrir de olhos, que nem mesmo os segundos 45min ajudaram a desvainecer...

    salvou-se o resultado, num penalti muito esforçado, mas que, tenha servido para de uma vez por todas se arrepiar caminho, porque é chegada a 1ª hora de jogos a doer, e a jogar desta forma, com os próximos, como se calhar, com outros menores a seguir, o risco de levarmos com dissabores, é alto, muito alto.

    para já, a liderança é nossa ao fim de 6 jornadas... o resto, são batatas!

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