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No Sábado, o Estádio do Dragão completa uma década. Quando foi inaugurado, vivíamos um momento muito alto, entre vitórias europeias. Depois da glória dos anos 80 e de na década de 90 termos cingido o nosso domínio às competições internas, num cenário em que a possibilidade de títulos internacionais não era muito mais do que uma miragem distante (apesar de 1993/94), atravessámos três anos de inferno e, quando muitos já garantiam o fim do nosso domínio, ressurgimos pela mão de José Mourinho. De repente, estávamos novamente no topo, com um campeonato fantástico e o regresso aos triunfos internacionais, numa época que parecia um sonho para quem há tão pouco tempo vira nada menos do que Octávio Machado aos comandos da sua equipa.
O sonho cresceu, transformou-se, e voltou a concretizar-se. A história do Dragão começou a escrever-se a linhas de ouro quando, na sua primeira época de existência, foi palco da caminhada histórica para a conquista do mais cobiçado de todos os troféus. Mas nem um ano volvido - fosse o título europeu de outra cor, e nessa altura ainda estariam a festejar - uma má época nossa foi o suficiente para nos fazerem novamente o funeral. E depois veio um tetra. E depois novo funeral. E depois um tri, que esperamos ver também transformado em tetra já esta época - e depois em penta, e assim por diante. Recordar os 10 anos do Dragão é recordar o longo rol de títulos que conquistámos desde que o temos por casa, mas é também recordar todas as vezes que nos deram por acabados. Todas as vezes que disseram que o Pinto da Costa estava “a perder faculdades”. E todas as vezes que contrariámos em campo essas pobres almas frustradas e o seu eterno wishful thinking.
Recordar os primeiros 10 anos do Dragão é também recordar a luta que foi a sua construção e o tempo que as obras estiveram paradas devido aos caprichos de alguém que, 10 anos depois, desapareceu finalmente de cena. É recordar o quanto estranhámos o nome "Estádio do Dragão" à partida, e o quanto se nos entranhou na vida desde então. É recordar, sobretudo, os grandes jogos que lá se jogaram. É recordar o Euro 2004 e a importância que teve para a explosão do turismo na cidade, superada apenas pela da Ryanair.
Recordar a primeira década do Dragão leva-nos a contemplar quanta vida cabe em 10 anos. Como estávamos e como estamos, o que éramos e o que somos. O que mudou e o que permaneceu. Longe vão as saudosas bancadas das Antas, com as suas cadeirinhas azuis desbotadas pelo sol, de onde testemunhei, quantas vezes ao frio e à chuva, momentos inesquecíveis. Longe vai a procissão junto à porta 9, à saída e à entrada, quase sem espaço para respirar. 10 anos depois, habituada à minha cadeira azul escura numa superior Norte já coberta, aos torniquetes electrónicos, aos corredores amplos e iluminados, não consigo deixar de pensar, com um sorriso de nostalgia, no estádio onde me fiz Portista. Construído pela força de um povo que quis ver nascer a obra com que sonhou, e mais tarde modificado, ampliado, com o relvado rebaixado, encadeirado. As Antas não eram um estádio moderno, seguro e confortável - são do tempo em que o futebol não o era também. Mas se é verdade que não há amor como o primeiro, não o é menos que, em 10 anos, o magnífico Estádio do Dragão já conquistou um bonito espaço na nossa história e no nosso coração.
O sonho cresceu, transformou-se, e voltou a concretizar-se. A história do Dragão começou a escrever-se a linhas de ouro quando, na sua primeira época de existência, foi palco da caminhada histórica para a conquista do mais cobiçado de todos os troféus. Mas nem um ano volvido - fosse o título europeu de outra cor, e nessa altura ainda estariam a festejar - uma má época nossa foi o suficiente para nos fazerem novamente o funeral. E depois veio um tetra. E depois novo funeral. E depois um tri, que esperamos ver também transformado em tetra já esta época - e depois em penta, e assim por diante. Recordar os 10 anos do Dragão é recordar o longo rol de títulos que conquistámos desde que o temos por casa, mas é também recordar todas as vezes que nos deram por acabados. Todas as vezes que disseram que o Pinto da Costa estava “a perder faculdades”. E todas as vezes que contrariámos em campo essas pobres almas frustradas e o seu eterno wishful thinking.
Recordar a primeira década do Dragão leva-nos a contemplar quanta vida cabe em 10 anos. Como estávamos e como estamos, o que éramos e o que somos. O que mudou e o que permaneceu. Longe vão as saudosas bancadas das Antas, com as suas cadeirinhas azuis desbotadas pelo sol, de onde testemunhei, quantas vezes ao frio e à chuva, momentos inesquecíveis. Longe vai a procissão junto à porta 9, à saída e à entrada, quase sem espaço para respirar. 10 anos depois, habituada à minha cadeira azul escura numa superior Norte já coberta, aos torniquetes electrónicos, aos corredores amplos e iluminados, não consigo deixar de pensar, com um sorriso de nostalgia, no estádio onde me fiz Portista. Construído pela força de um povo que quis ver nascer a obra com que sonhou, e mais tarde modificado, ampliado, com o relvado rebaixado, encadeirado. As Antas não eram um estádio moderno, seguro e confortável - são do tempo em que o futebol não o era também. Mas se é verdade que não há amor como o primeiro, não o é menos que, em 10 anos, o magnífico Estádio do Dragão já conquistou um bonito espaço na nossa história e no nosso coração.
ResponderEliminar@ enid
parabéns! por (mais) um excelente artigo.
abr@ço
Miguel | Tomo II
e o magnifico museu que é um excelente complemento ao Estádio do Dragão
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