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Quando há uns anos atrás demos 5-0 aos menstruados em nossa casa, um dos momentos que registei, foi o da saída da equipa deles do relvado: foram agradecer aos adeptos o apoio, até as camisolas atiraram, e foram brindados com aplausos.
Nessa altura, logo disse que se algum dia algo daquele género nos ocorre-se, nós até “ferrava-mos” os jogadores aos invés de os aplaudir. Esta convicção era baseada na nossa paixão pelo clube, na nossa raça, ambição e espírito de conquista que jamais permitiria encarar uma situação destas de “ânimo leve”.
Pois bem, no passado domingo não viemos com o “saco cheio” porque defrontamos um dos piores benficas dos últimos anos, medroso como sempre quando nos defronta, que até quando ganhava por 2-0 e com mais um homem em campo, nunca foi capaz de vir para cima de nós. Aquele cenário ao contrário (nós a jogarmos em casa, a ganhar 2-0 e eles com 10) significaria de certeza mais uma mão cheia, mais uma grande humilhação para o lampião.
A verdade é que os adeptos, acabaram por ter uma reação final “á lampião”, aburguesada e fazendo lembrar a velha máxima bacoca do “não se pode ganhar sempre”... ainda gostava de saber onde isso está escrito, pois desconheço tal situação, até porque pode-se não ganhar, mas aos jogadores do FC Porto exige-se que lutem até á sua última gota de suor. Mas já lá vamos...
Antes disso, os adeptos voltaram a demonstrar a raça e mística que o nosso presidente nos ensinou. Bilhetes esgotados para o galinheiro, milhares de portistas na capital do império, muita gente a ter que se levantar de madrugada a um domingo, dia todo fora e longe da família. Como se não chegasse, autentico banho de água fria durante o cortejo, como todos ou quase todos a ficarem verdadeiramente ensopados. Dentro do estádio, apoio sempre ou quase sempre superior ao protagonizado pelos parolos que continuam a festejar com maior intensidade o voo do milhafre do que qualquer outra vitória, ficando estes claramente de boca aberta com aqueles 15 minutos finais, onde todos os portistas presentes “abafaram” por completo o estádio sem luz, a perder 2-0, com menos 1 e já sem grandes perspectivas de mudança, só se ouviam os dragões... eles tiveram que acordar e recordar o pesadelo do dragão, pois tinham todos reservado o Marquês, mas depois... perderam mesmo tudo aos 92!
O único que não lhes quis recordar o pesadelo, foi mesmo o treinador, pois esqueceu-se por completo do efeito psicológico que a entrada de Kelvin poderia ter... triste sina a daqueles que pensam que um jogo se resolve apenas com esquemas táctitos, pois os aspectos psicológicos do jogo, a motivação associada ou o “medo” do outro lado, podem ser tão ou mais decisivos do que qualquer outro factor.
Os jogadores deviam ter vivido aquilo que todos que lá estivemos vivemos... um dia inteiro a comer da lancheira, saída de manhã cedo e chegada bem à noite, com muito cansado à mistura, muita e muita gente encharcada, ao contrário dos fofinhos que, ainda estávamos nós na bancada todos molhados à espera para regressar aos carros e camionetas, e já eles estavam de banhinho quente tomado (o meu foi por volta da meia-noite!), de mp4 nos ouvidos e refeição quentinha nas mãos. Vão chatear a Sr.ª D.ª Meretriz das suas respectivas mães...
Mas voltando um pouco atrás e ao ponto essencial que quero tocar, a verdade é que para o final do jogo estava reservada a reação “à lampião” de quem esteve presente no galinheiro.
Como quem acompanha in loco a maioria dos jogos do FC Porto sabe, se há cultura e hábito que os nossos jogadores não têm, é o de agradecerem correctamente o apoio que lhes é dirigido ao longo dos 90 minutos.
No domingo passado, começamos em grande com a entrada das equipas, e onde a nossa nem sequer nos veio fazer a saudação natural... esqueceram-se!
No final, eis senão quando, aqueles que pouco honraram em campo as nossas cores, dirigem-se até nós para de forma, mais do que justa, nos virem agradecer. Mal não estiveram desta vez, mas sim de todas as outras que não o fazem.
Mas porque razão foram correspondidos com aplausos?
Aplaudir o seu esforço? Qual esforço?
Aplaudir o seu empenho? Qual empenho?
Aplaudir a sua atitude? Qual atitude?
Deviam isso sim ter sentido a nossa revolta e indignação pela vergonha que nos fizeram passar... deviam isso sim ter percebido, que fomos nós que durante 90 minutos (independentemente do resultado) nos superiorizamos ao adversário, quando deveriam ter sido eles a fazê-lo... deveriam isso sim ter percebido que isto não é o clube contra o qual tinham acabado de perder, onde o aburguesamento, o viver à custa de vitórias passadas, o achar que as camisolas ganham jogos, o acharem-se os maiores ou invés de se preocuparem em serem os melhores, lhes custou um longo período sem títulos, forçando-os a estarem de poltrona a assistir às nossas vitórias.
Não podemos esperar que seja um balneário sem verdadeiras referências a transmitir ao grosso do grupo o que é o Futebol Clube do Porto. Não está em causa o profissionalismo de Helton ou Lucho, mas não são referências como Baía, João Pinto, Jorge Costa ou André. Têm que ser os adeptos a não deixar morrer a mística... a não deixar que essa mística passe a ser uma coisa fora de moda e que já não se usa... a não deixar que o FC Porto perca as suas raízes bairristas e a sua atitude guerreira, por oposição a uma postura sobranceira e mais “in”.
Meu amigos, o Porto Somos Nós... os jogadores, treinadores e até dirigentes, vão passando e o clube fica, os adeptos ficam! Quem sente os valores do clube, quem os conhece e deve transmitir aos novos, teremos que ser nós... os jogadores não podem perder, e sentir que isso é uma coisa perfeitamente normal... não, neste clube não é, e quando o for estamos mesmo muito mal!
Um abraço... até domingo, no sítio do costume!
Nessa altura, logo disse que se algum dia algo daquele género nos ocorre-se, nós até “ferrava-mos” os jogadores aos invés de os aplaudir. Esta convicção era baseada na nossa paixão pelo clube, na nossa raça, ambição e espírito de conquista que jamais permitiria encarar uma situação destas de “ânimo leve”.
Pois bem, no passado domingo não viemos com o “saco cheio” porque defrontamos um dos piores benficas dos últimos anos, medroso como sempre quando nos defronta, que até quando ganhava por 2-0 e com mais um homem em campo, nunca foi capaz de vir para cima de nós. Aquele cenário ao contrário (nós a jogarmos em casa, a ganhar 2-0 e eles com 10) significaria de certeza mais uma mão cheia, mais uma grande humilhação para o lampião.
A verdade é que os adeptos, acabaram por ter uma reação final “á lampião”, aburguesada e fazendo lembrar a velha máxima bacoca do “não se pode ganhar sempre”... ainda gostava de saber onde isso está escrito, pois desconheço tal situação, até porque pode-se não ganhar, mas aos jogadores do FC Porto exige-se que lutem até á sua última gota de suor. Mas já lá vamos...
Antes disso, os adeptos voltaram a demonstrar a raça e mística que o nosso presidente nos ensinou. Bilhetes esgotados para o galinheiro, milhares de portistas na capital do império, muita gente a ter que se levantar de madrugada a um domingo, dia todo fora e longe da família. Como se não chegasse, autentico banho de água fria durante o cortejo, como todos ou quase todos a ficarem verdadeiramente ensopados. Dentro do estádio, apoio sempre ou quase sempre superior ao protagonizado pelos parolos que continuam a festejar com maior intensidade o voo do milhafre do que qualquer outra vitória, ficando estes claramente de boca aberta com aqueles 15 minutos finais, onde todos os portistas presentes “abafaram” por completo o estádio sem luz, a perder 2-0, com menos 1 e já sem grandes perspectivas de mudança, só se ouviam os dragões... eles tiveram que acordar e recordar o pesadelo do dragão, pois tinham todos reservado o Marquês, mas depois... perderam mesmo tudo aos 92!
O único que não lhes quis recordar o pesadelo, foi mesmo o treinador, pois esqueceu-se por completo do efeito psicológico que a entrada de Kelvin poderia ter... triste sina a daqueles que pensam que um jogo se resolve apenas com esquemas táctitos, pois os aspectos psicológicos do jogo, a motivação associada ou o “medo” do outro lado, podem ser tão ou mais decisivos do que qualquer outro factor.
Os jogadores deviam ter vivido aquilo que todos que lá estivemos vivemos... um dia inteiro a comer da lancheira, saída de manhã cedo e chegada bem à noite, com muito cansado à mistura, muita e muita gente encharcada, ao contrário dos fofinhos que, ainda estávamos nós na bancada todos molhados à espera para regressar aos carros e camionetas, e já eles estavam de banhinho quente tomado (o meu foi por volta da meia-noite!), de mp4 nos ouvidos e refeição quentinha nas mãos. Vão chatear a Sr.ª D.ª Meretriz das suas respectivas mães...
Mas voltando um pouco atrás e ao ponto essencial que quero tocar, a verdade é que para o final do jogo estava reservada a reação “à lampião” de quem esteve presente no galinheiro.
Como quem acompanha in loco a maioria dos jogos do FC Porto sabe, se há cultura e hábito que os nossos jogadores não têm, é o de agradecerem correctamente o apoio que lhes é dirigido ao longo dos 90 minutos.
No domingo passado, começamos em grande com a entrada das equipas, e onde a nossa nem sequer nos veio fazer a saudação natural... esqueceram-se!
No final, eis senão quando, aqueles que pouco honraram em campo as nossas cores, dirigem-se até nós para de forma, mais do que justa, nos virem agradecer. Mal não estiveram desta vez, mas sim de todas as outras que não o fazem.
Mas porque razão foram correspondidos com aplausos?
Aplaudir o seu esforço? Qual esforço?
Aplaudir o seu empenho? Qual empenho?
Aplaudir a sua atitude? Qual atitude?
Deviam isso sim ter sentido a nossa revolta e indignação pela vergonha que nos fizeram passar... deviam isso sim ter percebido, que fomos nós que durante 90 minutos (independentemente do resultado) nos superiorizamos ao adversário, quando deveriam ter sido eles a fazê-lo... deveriam isso sim ter percebido que isto não é o clube contra o qual tinham acabado de perder, onde o aburguesamento, o viver à custa de vitórias passadas, o achar que as camisolas ganham jogos, o acharem-se os maiores ou invés de se preocuparem em serem os melhores, lhes custou um longo período sem títulos, forçando-os a estarem de poltrona a assistir às nossas vitórias.
Não podemos esperar que seja um balneário sem verdadeiras referências a transmitir ao grosso do grupo o que é o Futebol Clube do Porto. Não está em causa o profissionalismo de Helton ou Lucho, mas não são referências como Baía, João Pinto, Jorge Costa ou André. Têm que ser os adeptos a não deixar morrer a mística... a não deixar que essa mística passe a ser uma coisa fora de moda e que já não se usa... a não deixar que o FC Porto perca as suas raízes bairristas e a sua atitude guerreira, por oposição a uma postura sobranceira e mais “in”.
Meu amigos, o Porto Somos Nós... os jogadores, treinadores e até dirigentes, vão passando e o clube fica, os adeptos ficam! Quem sente os valores do clube, quem os conhece e deve transmitir aos novos, teremos que ser nós... os jogadores não podem perder, e sentir que isso é uma coisa perfeitamente normal... não, neste clube não é, e quando o for estamos mesmo muito mal!
Um abraço... até domingo, no sítio do costume!
Artigo excelente que mostra o problema importante do esquecer de "ser Porto". Gostaria só de acrescentar que António Oliveira teve um discurso muito interessante na SIC onde falava da falta de raça e atitude dos jogadores do FCPorto. A nossa cultura é aplaudir os jogadores se deixarem tudo em campo e se perderem por falta de sorte ou simplesmente porque o adversário era melhor, não aplaudir como uma forma de pedido de desculpas depois de terem entrado apáticos no nosso salão de festas.
ResponderEliminarSe há coisa que me deixou orgulhoso no final do jogo foi por ter adeptos fantásticos, dos jogadores já não se pode dizer o mesmo.
Um post notável do Norte!Conjuga-se a arte de bem escrever com o que lhe vai na alma ( e na alma de muitos Nós,diria eu). Tenho por habito acrescentar sempre algo, mas desta vez quero apenas dizer que subscrevo na integra as suas palavras, que veem na linha do que disse António Oliveira!!
ResponderEliminarEduardo
Rio Tinto
Excelente análise ao nosso Porto actual, o que eu gostava de saber era porquê? porquê esta atitude de merda perante os adeptos, esta atitude de merda em campo e porquê o discurso do treinador ser uma merda que só ele vê e mais ninguém.
ResponderEliminarCaro Norte o Porto está cada vez mais a ir pelo trilho dos mouros. Não vejo retorno a breve treicho, uma coisa é certa este não é o nosso Porto em todos os sentidos o que me deixa realmente magoado, triste, desolado com o que vejo e sem podermos fazer nada, pois não está nas nossas mãos.
Nada mais a dizer.
ResponderEliminarEsperemos que mais logo o Presidente fale, mas fale à Porto, salvaguardando o que é de salvaguardar, dê sinais d emudança.
Abraço
estamos a ficar uns conas. a culpa é de quem escolheu vitor pereira e paulo fonseca, dois treinadores de merda que afastaram os adeptos dp estádio e esta época, com o péssimo trabalho do Fonseca é a descrença total. muitos portistas já estão a pensar na próxima época, sem Fonseca, porque não têm qualquer confiança no trabalho deste treinador.
ResponderEliminaros responsáveis por isto têm de ser chamados à pedra
É incrível como mesmo nas Arábias, VP continua a ser vítima da falta de respeito e consideração de alguns Portistas…
ResponderEliminarFoi um treinador bicampeão, em 60 jogos perdeu 1… nem vou entrar mais nesta discussão porque não vale a pena.
Excelente artigo concordo em absuluto, o nosso Porto jamais pode perder a sua identidade!
ResponderEliminarDeixo aqui uma frase do Senhor Antonio Oliveira dita á uns meses : no FCP não basta ganhar, é preciso destruir o adversário !!
Mandem perguntas para o PortoCanal para serem feitas ao Presidente.
ResponderEliminarPor exemplo sobre futebol juvenil.
Equipa B
Aproveitamento das camadas jovens.
Mercado nacionaletc
Excelente artigo,mas talvez seja necessário começar a questionar não os treinadores ou os jogadores,mas sim quem os escolhe, porque quando o nosso Porto ganha a vitória vem sempre de cima, mas quando perde e faz más épocas a culpa vem sempre de baixo...Não devia haver ninguém intocável,mas há!!!
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