20 outubro, 2014

UM JOGO PÉSSIMO, MAS HÁ QUE REAGIR!

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Com a exceção da importantíssima eliminatória frente ao Lille (bem ultrapassada aliás!), o jogo deste sábado era justamente aquele que não se poderia perder sob pena do FC Porto abandonar prematuramente uma competição em que legitimamente aspirava marcar presença na final, algo que não ocorre desde a fantástica época 2010/11.

A grande verdade é que a avaliação ao que o FC Porto fez no sábado frente ao 2º rival mais forte que lhe poderia calhar na taça (é certo que não tivemos “sorte” no sorteio, mas eles também não a tiveram!), não pode fugir muito de uma simples palavra: péssimo! Creio, com razoável grau de convicção, que desde o início da presente época, este foi o pior jogo do FC Porto a todos os níveis, não só pelo resultado em si, como também por todas as vertentes do jogo, tática, psicológica e técnica.

A lista de erros é infindável, mas sintetizando em alguns pontos que me parecem cruciais, julgo que:
  1. Julen Lopetegui é o principal responsável pela eliminação, há que dizer isso com frontalidade. Errou, e errou muito. Fala-se na questão da rotatividade, mas para mim, mais grave foi ver num jogo importantíssimo frente a uma equipa rotinada uma estranha alteração do sistema tático. Segundo percebi, o FC Porto jogou com 4 médios e 2 avançados, com Oliver encostado numa ala (não é a posição dele claramente!) e Adrian junto a Jackson. Fica a questão, mais que rodar jogadores, alterar o sistema tático num jogo destes fará sentido?

  2. Voltamos à eterna questão dos erros individuais. Marcano teve uma abordagem ridícula quando podia perfeitamente ter aliviado a bola para canto enfiou-a dentro da sua baliza. Casemiro tem um erro ao nível dos infantis, erro que deu o 1-2 logo após termos empatado o jogo. Adrián encontra-se numa forma miserável. E para culminar com a “cereja no topo do bolo”, mais uma vez, uma deficiente marcação de penaltie por Jackson. Já me fartei de falar na eterna questão dos penalties. Só digo uma coisa: “já que não sabem marcar penalties, pelo menos que marquem golos de bola corrida”. Já me resignei à triste realidade de que um lance de penaltie a nosso favor, não é realmente um lance perigoso para o adversário.

  3. Em suma, muitos erros individuais podem evidenciar erros graves de organização coletiva. Urge rapidamente que os jogadores parem sistematicamente de errar junto da sua área, que comecem a jogar longo quando há maior pressão, que mandem a bola para fora do estádio ou para onde quiserem, mas de uma vez por todas, parem de oferecer golos aos adversários na primeira fase de construção do jogo.

  4. Relativamente ao treinador, tenho a dizer o seguinte: todo e qualquer treinador que se sente no banco do meu clube tem, da minha parte, em média cerca de 6 meses de margem de compreensão. Não peço a cabeça de ninguém à primeira derrota da época, nem altero tudo aquilo que nos últimos 3 meses tenho vindo a defender sem qualquer problema (nomeadamente o facto de acreditar em JL). Só peço uma coisa: que JL enfrente os problemas de frente, com coragem, sem medo de mudar o que tiver de ser, mesmo que isso signifique dar “o braço a torcer”, que a sua teimosia não o cegue num individualismo fatal e que se lembre sempre de uma coisa: o clube FC Porto está acima de qualquer outra coisa!
Perante tudo isto, agravado com a dolorosa derrota caseira frente a um adversário que não marcava 3 golos na nossa casa há quase 40 anos, o mais fácil agora seria mudar radicalmente o discurso, bater em tudo o que mexe e colocar no pescoço do treinador toda a pressão para que as coisas retomem o rumo correto. Porém, continuo a considerar que o FC Porto de JL tem presente, o que facilita a possibilidade de ter futuro. Não creio que uma derrota, apesar de dolorosa e quanto a mim inesperada, possa ruir todo o castelo que julgo estar a ser construído este ano. Todos sabemos das dificuldades que se nos vão deparar no caminho rumo ao sucesso, mas uma coisa é certíssima: as grandes equipas são aquelas que melhor sabem lidar com a adversidade, que caem, mas logo a seguir se levantam, que enfrentam os problemas com coragem e seriedade e não têm medo de ser felizes!

Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas que temos um plantel suficiente para dar a volta a este enorme “murro no estômago”. Creio que temos um treinador que encontrando definitivamente as melhores soluções para o modelo que pretende implementar, tem todas as condições para ter sucesso. E também creio que temos uma SAD que já deu suficientes provas de competência, apesar dos erros comuns a toda e qualquer organização. Compreendo perfeitamente a forma excitadíssima como a generalidade da comunicação social antevê o nosso funeral. Não considero que embarcar nesse catastrofismo seja positivo neste momento. Criticar construtivamente? Sim. Colocar já tudo em causa? Não me parece que ajude minimamente.

O jogo de 3ª feira é realmente muito importante dadas as circunstâncias. Não só porque permite facilitar um dos grandes objetivos da época, passar a fase de grupos da Champions, mas também como forma de demonstrar a reação da equipa depois do desastre de sábado. E isto é importante para perceber de que massa são feitos os jogadores e como o treinador reage após a primeira derrota. Bem sei que pouco percebo disso, mas cá vai um humilde conselho para Lopetegui: um 4-3-3, com Fabiano, Danilo, Alex, Maicon e Indi no quarteto defensivo, Ruben Neves como único trinco, 2 médios de transição Oliver (é um crime metê-lo encostado numa ala) e Herrera, 2 ALAS PUROS (sim, dois jogadores que se sintam confortáveis na posição!) como Tello e Brahimi e 1 ponta-de-lança chamado Jackson. Não creio que isto seja inventar muito, nem acho que nenhum dos jogadores está fora da sua posição normal.

A hora é de reagir. E não de desistir!

13 comentários:

  1. Excelente comentário!
    Lucidez, memória e crença do verdadeiro "Portismo":
    Muito obrigado.
    Ficámos a aguardar a resposta que os jogadores, os responsáveis da direcção e fundamentalmente o treinador vão dar a este ENORME desaire e humilhação.
    O Sr. Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa não merecia que se tenha dado azo a ser insultado no seu Dragão, com uma claque que se fez ouvir, sobrepondo-se a 40 000 Portistas envergonhados.

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  2. Caro RCBC,

    Quero felicitá-lo por uma análise tão lúcida e racional do que se passou/passa.

    o BiBó Porto Carago! é um blogue que aprecio imenso, gosto das vossas análises desapaixonadas e sem tendência, e concordo a 100% com tudo o que escreveu.

    Parece-me evidente que o 11 base é esse que descreve e que temos qualidade para mudar peças em todas as posições, mas um ou 2, não todas, e não sempre.

    Há que haver um eixo. Se se mudam peças não se mude táctica. Se se muda táctica não se mudem peças. E não se exija de um jogador que não jogue na sua posição natural. E logo no início. Há muita pressa aqui, creio.

    Até lavar os cestos é vindima, por isso continuo confiante. Há que estabilizar.

    Obrigado pelo Portismo.

    Jorge Vassalo

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  3. uma opinião, a meu ver muito válida

    Lopetegui surpreendeu ao colocar Adrian Lopez ao lado de Jackson, mas não demorou muito a que se percebesse a ideia do treinador basco. Lopetegui, no fundo, viu o que todos vemos no jogo do seu adversário, ou seja, as dificuldades da sua linha defensiva, e tentou explorar ao máximo essa lacuna. Assim, a sua fase de construção convidava o bloco do Sporting a subir, Jackson baixava para atrair um dos centrais e Adrian fazia o movimento nas costas, solicitando o correspondente lançamento na profundidade. Isto viu-se inúmeras vezes e logo desde as primeiras jogadas. Em parte, a ideia de Lopetegui é perfeitamente lógica, em face dos problemas que o Sporting revela na resposta a este tipo de comportamento. Por outro lado, ao exacerbar tanto o recurso a esta solução, o Porto acabou por desvirtuar aquele que é habitualmente o seu ponto forte, que é capacidade de ter bola, aumentando os tempos de ataque, trabalhando bem a circulação baixa e desgastando o bloco defensivo contrário. Mas isto apenas explica o porquê do Porto ter permitido que o Sporting tivesse mais bola em sua casa do que havia feito, por exemplo, recentemente em Alvalade, mas não explica a desvantagem ao intervalo. Aí, temos de recorrer aos incontornáveis erros individuais, que custaram os dois primeiros golos do Sporting. O que é certo é que perante a derrota parcial ao intervalo, Lopetegui fez marcha atrás, encostou Adrian a uma faixa e acrescentou um médio. Só que aí o Porto não voltou a recuperar a tranquilidade para circular e valorizar a posse a partir de trás como é seu hábito, parecendo a pressão do resultado ter um efeito nefasto na lucidez e critério dos jogadores. E isto, assinale-se desde já, pode não ser um bom indicador para uma equipa que depende tanto desses dois atributos para a afirmação do seu modelo de jogo, e começa a estar cada vez mais colocada num contexto de pressão mediática. É facto que na segunda parte o Porto voltou a ter as suas oportunidades para empatar, mas voltou a não ser feliz no aproveitamento e acabou, também novamente, por conceder demasiado tempo de jogo ao Sporting, que foi progressivamente conseguindo controlar mais o jogo com bola e acabou por capitalizar o risco que o Porto assumia por uma postura defensiva que, na segunda parte e muito pela ânsia de chegar ao empate, foi bastante displicente.

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  4. Discordo totalmente. Temos um grande plantel mas não temos um treinador a altura. Já deu provas, mais do que suficientes, que é casmurro e quer levar a sua sempre avante. Este onze contra os calimeros não lembra nem ao diabo. Mas ele impávido e sereno mantém a sua avante. Já não tenho pachorra. Se fosse portugês já estava tudo a crticar.

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  5. No meio disto tudo, confesso-vos que mais do que uma derrota ou uma época menos conseguida, há um fenómeno que me anda a aterrorizar cada vez mais com o passar dos anos.

    É um fenómeno que a curto/medio longo prazo poderá levar o nosso clube para um caminho desastroso de que depois TODOS se irão arrepender…

    Falo-vos do fenómeno da sportinguização/benfiquização da massa adepta do FC Porto.

    É o gritar altíssimo à primeira derrota da época.

    É o bater em tudo e todos, desde o Presidente até ao tratador da relva.

    É o querer tudo e o seu contrário no mais curto espaço de tempo.

    É a constante busca de um salvador, seja ele um jogador que não jogou, um treinador que não veio, ou um dirigente que saiu.

    É a ânsia constante por mudar de treinador.

    É a excitação imensa na pré-época do “temos a melhor equipa do mundo e um excelente treinador”…. Que três meses depois (ao primeiro mau resultado) se transforma num depressivo “a nossa equipa é uma merda e o treinador um idiota chapado”.

    Tudo isto pode acabar numa espiral em que depois de entrar é difícil sair. Tudo isto tem como consequência por vezes maltratar treinadores extremamente competentes (Jesualdo e VP penaram durante os seus anos de reinado, ganhando os dois juntos um total de 5 campeonatos, por entre taças e supertaças). Tudo isto pode acabar muito mal.

    Deixo só uma humilde reflexão a quem me lê: olhem para os últimos 30 anos de benfica e sporting… Olhem para os seus constantes erros, as épocas com 5 treinadores, as excitações e depressões em menos de 1 mês, o querer tudo e mais alguma coisa… E pensem numa coisa: a melhor de maneira de evitar os erros é observar quem os comete e evitar o seu comportamento, de modo a que nós próprios não cometamos esses mesmos erros.

    A massa adepta de um clube não ganha jogos, nem contrata jogadores mas pode e deve ter um papel importante e construtivo no dia-a-dia do clube. E esse papel construtivo por exemplo NUNCA pode incluir assobiar fortemente uma equipa que perde 2/1 em casa e tem 40 minutos de jogo pela frente.

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  6. Concordo com o onze descrito em cima.
    Também acho que se devia dar mais jogo ao Quaresma.
    Quanto ao Casemiro, acho que devia ficar por uns tempos de fora, tem feito erros atrás de erros, tem de crescer mais na sua forma de jogar.
    Já Lopetegui tem de parar com as rotatividades profundas e sem sentido, porque deixar Indi e Alex Sandro de fora num clássico a eliminar é algo que não passa peal cabeça de ninguém.

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  7. Concordo RCBC.

    Tenho para mim que o pior inimigo do Porto não é o Benfica ou o Sporting, os media ou o jogador x ou y.

    São os adeptos. Insultar o nome do treinador, os seus métodos que estão a ser implementados agora com 15 jogadores novos.

    Há que ter calma e deixar ver as coisas. Foi uma derrota humilhante sim, mas pode ajudar a reagir.

    Irrita-me o assobio. Assim não vamos reagir...

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  8. Ao 1º anónimo, Jorge Vassalo e Carlos,

    O meu obrigado pelo tom elogioso dos vossos comentários. É sempre bom perceber que por mais irrelevante que seja a minha opinião contribuo minimamente para um ambiente construtivo no que à discussão do nosso clube diz respeito.

    Ao 2º anónimo,

    “ Se fosse portugês já estava tudo a crticar. “

    Não tenha duvida que o estado de graça (ou a réstia dele) de JL acabou no sábado. Provavelmente não deve ter reparado mas 100% dos blogs do FC Porto (incluindo este, incluindo o meu próprio post) criticaram fortemente JL e elegeram-no como o principal responsável pelo insucesso.O facto de ser espanhol não impediu as críticas ao seu trabalho.
    Agora apenas resta a JL uma saída: dar corda aos sapatos, corrigir o que está mal e apresentar resultados minimamente aceitáveis. Tem um ordenado suficientemente superior à média do comum dos mortais para ter todas as condições psicológicas para desenvolver o seu trabalho da melhor forma. Pressão é ganhar 500€ e ter salários em atraso. O espanhol tem de dar corda aos sapatos e depois cá estarei aqui para o julgar. Agora meter a sua cabeça num pelourinho depois de um mau jogo, repito que não o faço.

    Quanto à questão do português ou estrangeiro, isto nada tem a ver. Adriaanse era holandês e teve muitos problemas com a massa adepta.

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  9. A análise ao jogo parece me acertada, mas defender a titularidade do Herrera frente ao Bilbao nem por isso...aliás ñ percebo a tal rotatividade quando o Herrera joga sempre e é sofrível

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  10. @ RCBC
    muito obrigado por me teres proporcionado a leitura de uma critica sobria serena e pela positiva. e apesar de estarmos completamente chateados com um F bem maiusculo do juizo. o que nao e facil.

    abr@co
    Miguel | TomoII

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  11. Mais uma excelente crónica do nosso amigo RCBC!!

    Como podes ver fui dos primeiros aqui a deixar um comentário, e ainda durante o jogo. Fiquei bastante desiludido com o rumo que o jogo tomou porque tinha de facto as expectativas muito elevadas. Achava que o porto ia ter uma grande noite e tal não aconteceu.

    Contudo tenho a certeza que não é hora de deitar a toalha ao chão. Longe disso, esta equipa pode sonhar! E eu acredito no JL. Apenas espero que simplesmente comece a definir mais o esquema que quer para o meio campo. Não podemos estar sempre a mudar de jogo para jogo sem criar qualquer rotina, senão, contra equipas mais fortes, acabamos por perder o meio campo.

    Para mim, que nao percebo nada de futebol, e tenho apenas uma grande paixão e vontade de um dia ser treinador do Porto acho que o 4-3-3 com Fabiano, danilo, indi, maicon, alex, meio campo com ruben, brahimi e oliver e as alas com Tello e Quaresma a servir Jackson com 4-5 jogos de rotina podem fazer muitos estragos por aí!

    Vamos lá!


    Só mais uma coisa RCBC: acompanho o blog desde 2009/2010 e há uma coisa muito curiosa desde que me lembro das tuas crónica, sempre que começo a ler um post, mesmo ainda sem ver o autor, consigo facilmente perceber que o texto é teu! Tem alguma piada mas também denota algo mais importante que isso com certeza!

    um abraço :)

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  12. Excelente análise, magnífico texto! As habituais (e nunca abandonadas!) ponderação e moderação! A lúcida interpretação das causas e dos efeitos! O saber aliado ao bom senso de um portitsta de “quatro costados”! A coragem de dizer sem temer! O mérito de não enveredar pelo derrotismo fácil e destrutivo! A recusa de práticas de adeptos de certos clubes que, parece, alguns de nós quererem imitar! Parabéns, caro amigo RCBC! Grande abraço AZUL MUITO FORTE!

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  13. Caro Misticini e Dragão Azul Forte,

    Obrigado pelos elogios.
    Se há coisa que procuro sempre seguir é uma linha de raciocínio coerente do tipo não dizer num dia que o treinador é uma besta e no outro dizer que é o maior. E isto acontece em muitos sítios. Uma coisa é alterar a opinião ao longo de um razoável período de tempo, outra é estar constantemente numa roda-viva de depressão/euforia em menos de um abrir e fechar de olhos.

    Mais uma vez acho que as avaliações se fazem lá mais para a frente. Pode obviamente criticar-se, discordar-se mas fazer sentenças finais à primeira derrota, acho exagerado.

    Assisto com muita preocupação a tudo isto. 30 anos de MUITAS vitórias tornaram a habitual exigência da massa adepta Portista numa espécie de histeria misturada com falta de gratidão com salpicos de estupidez.

    Muitos dos que gritam agora contra JL (que errou e errou muito repito para que não digam que o estou a defender!) foram exactamente os mesmos que disseram durante 2 anos (os tais anos de 1 derrota em 60 jogos) que era impossível encontrar um treinador pior que VP. Desde a saída de AVB que se vive uma esquizofrenia impressionante em muitos adeptos. E às vezes há uma coisa que se calhar ajudava um pouco: ter calma!


    PS: Toda esta ponderação que procuro evidenciar e que os meus amigos bem referiram nos seus comentários, acreditem que nada tem a ver a azia pessoal com que fiquei. O problema é que muita gente traz a azia pessoal (comum a quem adora o clube!) para a analise ao jogo e claro está dá mau resultado. Se escrevesse aquilo que me vai na alma provavelmente insultaria tudo e todos com enormes palavrões, mas de que me valeria isso? Contribuiria para uma discussão saudável e minimamente construtiva neste mau momento? Penso que não...

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