FC COPENHAGA-FC PORTO, 0-0
O FC Porto cumpriu a 5ª Jornada da fase de grupos da maior prova de clubes. Saiu mais uma vez sem golos, desta vez em Copenhaga, mas deixou tudo para decidir na última jornada quando receber os campeões ingleses no Estádio do Dragão.
A boa notícia é que os portistas dependem de si próprios para carimbarem o passaporte para os oitavos-de-final da prova. Apesar dos Dragões terem estado em bom plano a nível defensivo, no ataque os portistas continuam com bastantes lacunas e com falta de golos.
Nuno Espírito Santo colocou o melhor onze do momento, o onze que defrontou o benfica e com o qual obteve a melhor exibição da época. No entanto, a este FC Porto falta-lhe construir e pôr a carburar e a render metade do processo.
Ou seja, os portistas defensivamente estão irrepreensíveis com uma defesa de betão e um trinco (Danilo) que tapam muito bem os caminhos para a sua baliza. No ataque é que há muito trabalho a ser feito, principalmente na finalização.
Se formos ver a média de idades do meio-campo para a frente, verificamos que há que dar tempo a 5 jogadores com um potencial incrível. Óliver, Otávio, Corona, Jota e André Silva precisam de tempo mas também de quem os oriente no caminho certo. E é aqui que começa o problema. Com um treinador seguro, taticamente evoluído e um condutor nato de homens, este onze portista poderá fazer um brilharete.
Mas o que se tem visto é que o FC Porto é muito inconsequente nas exibições e costuma dar meio tempo de avanço aos adversários em termos de jogo jogado. Vê-se um treinador algo perdido e algo inseguro na hora de mexer. Estes jogadores mereciam melhor timoneiro.
Os regressos de Óliver Torres e Jesus Corona, depois do jogo de Chaves vieram dar alguma normalidade à equipa. Mas o jogo não foi bom para os portistas, tirando os minutos iniciais em que Jota e André Silva tentaram a sua sorte mas sem êxito.
O Copenhaga apresentou-se muito veloz nas saídas para o ataque e sempre com quatro/cinco homens junto da grande área portista. O FC Porto sentiu essa avalanche e teve que se reorganizar. Ora isso tirou algum caudal ofensivo aos portistas e fez recuar a equipa no campo.
O Copenhaga criou duas oportunidades de muito perigo perto do intervalo. Na primeira Casillas teve que se aplicar a fundo. E na segunda o central dinamarquês rematou ao lado da baliza com tudo para fazer o golo.
A etapa complementar começou muito bem para o FC Porto que conseguiu dar uma resposta aos dinamarqueses. Nos minutos iniciais, André Silva teve uma ocasião soberana para fazer o golo mas a falta de sorte e o guarda-redes contrário impediram o golo.
O FC Porto teve o ascendente na segunda metade com algumas incursões à área, fazendo recuar o Copenhaga. Procurou manter a segurança da sua baliza e perto do final, os Dragões tiveram nova oportunidade mas o nulo manteve-se.
Terminado o jogo, o FC Porto mantém o segundo lugar do grupo mas já sem a possibilidade de alcançar o primeiro. Embora dependa só de si para alcançar o objectivo mínimo que são os oitavos-de-final da prova, o FC Porto terá que vencer o Leicester na próxima jornada no Dragão para não depender do jogo Brugge-Copenhaga.
A terminar, notas finais para a excelente prestação defensiva dos Dragões, cada vez mais entrosados e afinados. Pelo contrário, a insegurança de Nuno Espírito Santo no banco, as substituições tardias e a ineficácia do poder ofensivo azul e branco, são as notas menos da noite. Já lá vão 5 jogos e 250 minutos com apenas dois golos concretizados.
Próxima paragem será em Belém, no próximo Sábado. Um estádio que nos foi talismã entre 2003 e 2013, tem sido nas últimas épocas uma má recordação.
DECLARAÇÕES
Nuno: “Foi evidente o controlo que tivemos do jogo”
Superioridade e domínio do jogo
“Vínhamos com a intenção de vencer e fechar já as contas. Foi isso que os jogadores procuraram, num jogo que teve duas partes diferentes. A segunda parte tivemos um controlo e um domínio total de jogo, muitas ocasiões, muita produção, controlando totalmente o adversário, o que nos faz acreditar que este é o caminho. O jogo da segunda parte assemelha-se muito ao que queremos para a equipa. Há qualidade e talento…vamos trabalhá-lo e naturalmente os golos vão aparecer naturalmente.”
Falta de eficácia e confiança
“O trabalho da equipa técnica também é fazer com que os jogadores nunca deixem de acreditar nas suas capacidades, e isso não acontece, não há falta de confiança. Sabíamos da importância que tinha o jogo, os jogadores interpretaram bem o nosso plano e fizeram a plenitude do trabalho. Há que dar os parabéns e converter esta juventude em virtude. Estamos a construir uma equipa que se baseia no espírito coletivo e há muita confiança no que temos.”
Retardamento das substituições
“Quando jogamos como jogámos na segunda parte não há problema em não fazer substituições. Os 11 que estavam em campo estavam a fazer bem. Foi por demais evidente o controlo que tivemos da segunda parte.”
Entrada de Varela e Evandro
“São opções. Temos que tomar decisões com base no que vemos, tendo confiança em todo o plantel. Neste jogo optámos por estas duas substituições, como poderiam ter sido outras em outras circunstâncias.”
RESUMO DO JOGO
Mais do mesmo...
ResponderEliminarJogamos bem, "matamos" mal, o treinador não convocou Brahimi, e depois só substitui aos 83' e meteu... Evandro, quando tínhamos Depoitre e Andrian Lopez no banco.
Enfim... Hoje André Silva deve estar estourado pelo que correu e entregou-se, isto é bom sinal, mas não neste caso, porque não houve entre-ajuda nos minutos finais dos colegas.
Nuno estás a ficar com o colarinho apertado e os discursos vazios não te valem de nada.
Ou passas a ações mais eficazes, ou entras numa espiral que outros treinadores entraram.
Espero que o Nuno não seja mais um crucificado. É preciso ele ganhar mais personalidade.
Abraços.