...POLVO À LA CARTE, LUTAS DE ALMOFADAS, A CANONIZAÇÃO DE INOCÊNCIO CALABOTE... E STEVIE WONDERS
Para quê, e por amor de quem continuamos a gastar o nosso precioso Latim? Alguém me diz? Tantos textos e palavras e caracteres e gritos e ideias a cair no imenso vazio do ciberespaço, num eco sem fim. A serem desperdiçados. Todos desesperamos e nos irritamos. Frágeis e desiludidos, traumatizados e tão amargos que estamos. Mas continuamos a fazê-lo. A debitar faladura, seja oralmente – com o amigo que apanhamos desprevenido, a vizinha do 5.o andar, o gato, o canário amarelinho, a prima, o carteiro ou o homem do talho enquanto pedimos bifes de peru para panados – ou assim por escrito. E PORQUÊ?
PORQUE a alternativa seria calar ou enterrar a cabeça na areia à espera que a pocilga e os porcos e vassalos que nela coabitam passassem e caíssem na próxima ravina de 2557 metros de altitude mais coisa menos coisa, sabendo de antemão que seria um desfile de proporções épicas e feito ao ritmo de samba e funaná e que talvez não chegasse o tempo desta vida, quando sentimos que temos ainda tantos troféus para levar para o nosso Museu e honrar a História de nós.
PORQUE, também, a alternativa nos pareceria pura cobardia e seria deixar o clube que amamos entregue à bicharada e a quem já não o defende ou tem interesse em o defender. Seria deixar que nos sujem e manchem a Bandeira. Deixar que nos continuem a matar aos poucos. Deixar o nosso Porto desprotegido, vulnerável e ainda mais achincalhado. Assim como assim, como que O protegemos. O pomos sob a nossa asa, ao mesmo tempo que damos o corpo às balas e ao manifesto. E nos sentimos quais Mártires da Liberdade, um dia com estátuas e ruas em nossa homenagem (a mim já me bastaria um larguinho com um ou outro banco de jardim e muitas árvores frondosas, intersectadas por altos ciprestes – sempre foram os meus favoritos).
PORQUE a mouraria neandertal está a galopar impante para territórios nunca antes desbravados e mares nunca antes navegados e planetas ainda inexplorados. Deixando atrás de si ecos de forró, confettis encarnados, restos de vouchers, cinza, pó – muito, muito pó e branco! -- resultados subvertidos e vandalizados, instâncias e órgãos desportivos prostituídos, os idolátras dos mass media empanturraditos no festim diário da sua cegueira e parcialidade. Perderam a infíma noçãozita de realidade que ainda lhes restava, toda a vergonha, e praticam os vis e asquerosos actos de pilhagem, do saque, da manipulação e da mentira em plena luz do dia, em casa seja de quem for e a que horas for e à frente de bebés, crianças e velhinhos (alguns, desfasados da realidade, até riem na bancada). Clonam árbitros, que saem apafianos e já internacionalizados, lobotomizados no ideal dos 3 F’s de Fado, Fátima e benfica*, enxutinhos, trigueiros, ladinos, menos de 36 anos e a saber falar inglês e a partilhar fotinhas do seu glori(g)ozo na redes sociais. Enquanto isso, os Portistas pedem já a santificação de Inocêncio João Teixeira Calabote.
A nossa equipa já demonstrou que sabe jogar… mais ou menos, sort of. Por aí estamos mais ou menos tranquilos, sort of, nem tudo é e está tão mal como pintávamos e augurávamos, sort of. A César o que é de César e temos tido sinais algo moralizadores, bom… sort of. Mas quando parece que estamos a embalar, a embalar definitivamente para a última fase da época, a entrar em ciclos de vitórias, novo revés acontece… e quando menos, sort of, se espera, marcamos Paço(s). Culpa das más exibições, de primeiras partes ou segundas partes entregues aos bandidos, de gritantes faltas de imaginação e de poder de concretização, de adversários pequenos tornados ousados e maiores pelas medidas proteccionistas – do “laissez faire, laissez passer, laissez caceter” – aplicadas pelos briosos seres do apito na boca e lata de spray no bolso.
Saberão eles quando decorrem as próximas eleições para a Liga e FPF? Saberão eles da existência e do poder da supermassive-shit-and-referee-making APAF? Saberão eles o que são jogadas de bastidores? Influências? Saberão eles ainda o que é viver em democracia e no princípio da justiça para todos? Estarão eles reunidos a esta hora a preparar a nossa defesa e a planear novas estratégias que reponham o normal movimento de translação da Terra à volta do Sol? Saberão eles que nada ganhámos há 4 anos? Saberão eles o que são 4 anos traduzidos em horas e pensamentos e dias e tangas? Terão ELES a cabeça enterrada na tal da areia? Saberão eles escolher um treinador e um jogador com base no seu valor e utilidade para o clube e não em padrinhos e percentagens? Terão eles juízo? Terão eles memória? Terão eles coluna vertebral? Terão eles vergonha? Orgulho? Terão eles amor e paixão pelo clube? Saberão eles o que é isso?
17 singelas perguntas. Acho que contei bem. E ainda mais duas, as últimas, as mais importantes, para terminar:
TERÃO ELES AMOR E PAIXÃO PELO CLUBE?
SABERÃO ELES O QUE É ISSO?
* A F word mais feia que conheço.
** É feio atirar tomates podres às pessoas, além de que as nódoas são muito complicadas de tirar.
Para quê, e por amor de quem continuamos a gastar o nosso precioso Latim? Alguém me diz? Tantos textos e palavras e caracteres e gritos e ideias a cair no imenso vazio do ciberespaço, num eco sem fim. A serem desperdiçados. Todos desesperamos e nos irritamos. Frágeis e desiludidos, traumatizados e tão amargos que estamos. Mas continuamos a fazê-lo. A debitar faladura, seja oralmente – com o amigo que apanhamos desprevenido, a vizinha do 5.o andar, o gato, o canário amarelinho, a prima, o carteiro ou o homem do talho enquanto pedimos bifes de peru para panados – ou assim por escrito. E PORQUÊ?
PORQUE a alternativa seria calar ou enterrar a cabeça na areia à espera que a pocilga e os porcos e vassalos que nela coabitam passassem e caíssem na próxima ravina de 2557 metros de altitude mais coisa menos coisa, sabendo de antemão que seria um desfile de proporções épicas e feito ao ritmo de samba e funaná e que talvez não chegasse o tempo desta vida, quando sentimos que temos ainda tantos troféus para levar para o nosso Museu e honrar a História de nós.
PORQUE, também, a alternativa nos pareceria pura cobardia e seria deixar o clube que amamos entregue à bicharada e a quem já não o defende ou tem interesse em o defender. Seria deixar que nos sujem e manchem a Bandeira. Deixar que nos continuem a matar aos poucos. Deixar o nosso Porto desprotegido, vulnerável e ainda mais achincalhado. Assim como assim, como que O protegemos. O pomos sob a nossa asa, ao mesmo tempo que damos o corpo às balas e ao manifesto. E nos sentimos quais Mártires da Liberdade, um dia com estátuas e ruas em nossa homenagem (a mim já me bastaria um larguinho com um ou outro banco de jardim e muitas árvores frondosas, intersectadas por altos ciprestes – sempre foram os meus favoritos).
PORQUE a mouraria neandertal está a galopar impante para territórios nunca antes desbravados e mares nunca antes navegados e planetas ainda inexplorados. Deixando atrás de si ecos de forró, confettis encarnados, restos de vouchers, cinza, pó – muito, muito pó e branco! -- resultados subvertidos e vandalizados, instâncias e órgãos desportivos prostituídos, os idolátras dos mass media empanturraditos no festim diário da sua cegueira e parcialidade. Perderam a infíma noçãozita de realidade que ainda lhes restava, toda a vergonha, e praticam os vis e asquerosos actos de pilhagem, do saque, da manipulação e da mentira em plena luz do dia, em casa seja de quem for e a que horas for e à frente de bebés, crianças e velhinhos (alguns, desfasados da realidade, até riem na bancada). Clonam árbitros, que saem apafianos e já internacionalizados, lobotomizados no ideal dos 3 F’s de Fado, Fátima e benfica*, enxutinhos, trigueiros, ladinos, menos de 36 anos e a saber falar inglês e a partilhar fotinhas do seu glori(g)ozo na redes sociais. Enquanto isso, os Portistas pedem já a santificação de Inocêncio João Teixeira Calabote.
“Se o Stevie Wonder, que é cego,E PORQUE tempos desesperados exigem medidas ainda mais desesperadas, tenho para mim que nestas encaixaria uma eventual aliança**, um possível pacto com os pseudo-viscondes ainda que liderados por um boçal e ajavalizado presidente, um pândego e estapafúrdio treinador e um director de futebol (se é isso que o gajo é…) do mais palermóide que há. Nem que o fizéssemos sob o efeito de uma mega-overdose de Xanax ou algo que nos entorpecesse os sentidos. Sozinhos, orgulhosamente sozinhos, como gostamos e sempre defendemos, está à vista que não vamos lá e – convenhamos – a única voz de reacção eficaz e ruidosa tem sido a deles, que estão com a pica toda e o pêlo todo na benta ainda devido aos efeitos da baita da boa da Supertaçazita ganha há – quê? – dois/três anos. Uma ternurinha.
não tivesse o azar de ter mais de 36 anos,
era árbitro internacional em Portugal.”
– Francisco Marques, ao Porto Canal
A nossa equipa já demonstrou que sabe jogar… mais ou menos, sort of. Por aí estamos mais ou menos tranquilos, sort of, nem tudo é e está tão mal como pintávamos e augurávamos, sort of. A César o que é de César e temos tido sinais algo moralizadores, bom… sort of. Mas quando parece que estamos a embalar, a embalar definitivamente para a última fase da época, a entrar em ciclos de vitórias, novo revés acontece… e quando menos, sort of, se espera, marcamos Paço(s). Culpa das más exibições, de primeiras partes ou segundas partes entregues aos bandidos, de gritantes faltas de imaginação e de poder de concretização, de adversários pequenos tornados ousados e maiores pelas medidas proteccionistas – do “laissez faire, laissez passer, laissez caceter” – aplicadas pelos briosos seres do apito na boca e lata de spray no bolso.
“Hoje conseguimos recuperar o que é nosso,Para nós que detestamos perder, assim é muito difícil ou impossível continuar a ganhar. A par da consciência das lacunas do nosso jogo e do próprio plantel, tem-se o desafio de manter a calma QUANDO se está a todo o momento à espera de surpresas, premeditações e más decisões vindas de quem tem a responsabilidade de zelar pelo bom e normal desenrolar do jogo e da verdade do espectáculo; QUANDO se sabe que somos alvos a abater em tudo quanto é campo e que existem claramente dois pesos e duas medidas; QUANDO uma equipa é ainda demasiado tenrinha e imatura para fazer disso as suas tripas e o seu coração; QUANDO nos falta um treinador enfático, coerente e com discursos ajustados às tristes realidades do jogo. QUANDO os nossos mumificados e alzheimerificados dirigentes insistem na política do silêncio comprometido, só pondo os jóqueres a falar onde e quando desejam (o que é sempre pouco e sempre insuficiente, por muito competentes que possam ser). Para eles, o trabalho sujo, de sapa, terá de ser feito pelos outros, pelos adeptos comuns, enquanto enchem os bolsos à custa do clube e ouvem a orquestra a tocar e o barco a afundar. Mas bufam corajosamente se alguém ousa sequer chegar perto e beliscar-lhes as mordomias já em risco de desaparecer sob as águas… As frias cinzentas águas, pejadas de grandes, anafados polvos.
ou seja, tivemos uma boa coesão defensiva
e não permitimos ocasiões de golo ao Paços de Ferreira”.
[Celebremos!] – Nuno Espírito Santo, após empate com o Paços de Ferreira
Saberão eles quando decorrem as próximas eleições para a Liga e FPF? Saberão eles da existência e do poder da supermassive-shit-and-referee-making APAF? Saberão eles o que são jogadas de bastidores? Influências? Saberão eles ainda o que é viver em democracia e no princípio da justiça para todos? Estarão eles reunidos a esta hora a preparar a nossa defesa e a planear novas estratégias que reponham o normal movimento de translação da Terra à volta do Sol? Saberão eles que nada ganhámos há 4 anos? Saberão eles o que são 4 anos traduzidos em horas e pensamentos e dias e tangas? Terão ELES a cabeça enterrada na tal da areia? Saberão eles escolher um treinador e um jogador com base no seu valor e utilidade para o clube e não em padrinhos e percentagens? Terão eles juízo? Terão eles memória? Terão eles coluna vertebral? Terão eles vergonha? Orgulho? Terão eles amor e paixão pelo clube? Saberão eles o que é isso?
17 singelas perguntas. Acho que contei bem. E ainda mais duas, as últimas, as mais importantes, para terminar:
TERÃO ELES AMOR E PAIXÃO PELO CLUBE?
SABERÃO ELES O QUE É ISSO?
* A F word mais feia que conheço.
** É feio atirar tomates podres às pessoas, além de que as nódoas são muito complicadas de tirar.
Muito bem Miss Blue.Infelizmente o nosso clube é um barco à deriva e o comandante ainda em funções demitiu-se das suas responsabilidades. Este agora é o FC Pinto da Costa e não o FC Porto.Enquanto não houver ninguém que avance e dê um murro na mesa o barco cada vez descerá mais fundo.
ResponderEliminarBravo texto Miss Blue. E eu acrescento esta pergunta: Estarão eles de boa vivacidade para levar o Nosso FC Porto para mais caminhos dourados?
ResponderEliminarAbraços.
Muito bom!
ResponderEliminarInfelizmente é melhor ficarmos sentados à espera que os nossos dirigentes acordem senão vamos ficar cheios de varizes!
ResponderEliminarSaberão eles o quanto sofremos????
ResponderEliminarCoisa que não falta aos nossos dirigentes é sabedoria de como as coisas se fazem. Pode parecer que falta quase tudo o resto (vontade, capacidade, interesse), mas sabedoria não. Onde os que hoje reinam são os piores alunos, os nossos foram os melhores professores.
ResponderEliminarNão falta muita coisa, apenas mudar tudo. A começar pelas pessoas.
Artigo muito sofrido e sentido. Miss BlueBay eu avisei aqui há uns tempos que "isto" estava a ficar complicado. Em vez de andarem da perna nas eleições continuaram a cantar loas ao presidente está aqui o resultado. Bjinho
ResponderEliminarInfelizmente, só verdades neste artigo.
ResponderEliminarPara quando um 25 de Abril no nosso clube?
O que tenho pra dizer não tem nada a ver com o texto a cima, o que venho pedir é que nos Portistas deveríamos lançar uma campanha de boicote contra o Jornal aBola . Tamos fartos de ser desrespeitados , acho que está na hora de manda los todos pro €¥^%*%%^*
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