03 agosto, 2008

Foot-Ball Club do Porto

Se na casa dos meus Pais, ao subirem as escadas para o piso dos quartos, entrarem na pimeira porta à direita depararão com um armário de traço antigo… de frente para ele, e na porta inferior esquerda está um tesouro: a “Historia do Foot-ball Club do Pôrto”, obra autorizada oficialmente – primeira edição, composta e impressa na empresa Diário do Porto, na Rua S. Bento da Vitoria, 10.

Partilho com a devida autorização do proprietário, o artigo da fundação do Futebol Clube do Porto.

Se o texto for do agrado da maioria, terei todo o prazer de longe a longe ir partilhando com todos, excertos deste livro que para mim é tão especial. Não fosse o suficiente falar da nossa história, tem ainda a particularidade de ter entre as fotos dos primeiros sócios, a imagem do meu Avó Paterno.

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O extinto semanário “O Tripeiro”, que se devotava com carinho a remexer velharias históricas da cidade do Pôrto, publicava em 1 de Março de 1926 uma interessante exposição, por António Martins, funcionário superior do Govêrno Civil e sócio fundador do F.C. do Pôrto, que por ser valiosa e competente, merece ser focada nesta história:
transcreve-se, portanto, como pormenor ilucidativo e preliminar valioso, o que nos afirma António Martins:

“Por achar interessante vamos descrever como foi organisado nesta cidade o Foot-ball Club do Pôrto, o brilhante grupo desportivo que tanto tem honrado o nome da nossa terra.
Sentimos grande contentamento em fazer esta descrição, não só pela honra que temos em ser um dos instaladores daquele club, como também por evocarmos uma época saudosa da nossa descuidada mocidade.
Existia há trinta e tal anos, no Pôrto, o Grupo de Destino, composto de uma rapaziada alegre, ruidosa, entusiasta, buliçosa, cuja missão, era divertir-se, após as horas de trabalho. Não havia local onde bem se comesse e onde melhor se bebesse que o Grupo de Destino não conhecesse!
Rima e era verdade! Aquilo eram bons estômagos e bons gastrónomos! Partidas, piadas, blagues, bom humor, tal era o programa do Grupo de Destino.
As suas festas marcavam pela originalidade e decorriam sempre cheias de entusiasmo! Com que recordações lembramos essa mocidade cheia de alegria e entusiasmo!
Um dia, o presidente do Grupo, isto pelas alturas de 1904 ou 1905, o saudoso José Monteiro da Costa, foi com seu pai visitar a Espanha, França e Inglaterra.
Nas constantes epístolas que nos enviava com notas da sua viagem, descrevia com muito entusiasmo um jôgo de bola a que tinha assistido em Inglaterra, e que logo que chegasse ao Pôrto nos daria algumas explicações afim de também o jogarmos.
Anunciada a sua vinda, um grupo de amigos sinceros, pois Monteiro da Costa de tudo era merecedor, foi esperá-lo a Ermezinde. Foi uma alegria doida a sua chegada. Monteiro da Costa, até ao Pôrto, descreveu rapidamente as impressões da viagem, tendo frases, as mais entusiásticas, para o tal jôgo da bola, que muito o interessara e que era nem mais nem menos que o foot-ball.
Ouvi-lo e resolver que o Grupo de Destino organisasse um grupo de foot-ball foi obra de um momento.
Os presentes já sabiam que com o que fôsse resolvido todos concordavam: a divisa do grupo era um por todos e todos por um.
Passados dias, realizou-se a reunião magna de todos os sócios para tratar do importante assunto – a instalação do grupo de foot-ball.
Com as costumadas piadas, facecias, blagues, etc., apareceram de entrada dois óbices a resolver: - 1º, o desconhecimento completo, por parte de todos os sócios, de tal jôgo, e a falta de capital, pois com tôda a sinceridade o dizemos, a maioria dos sócios eram alegretas mas… pobretas!
Como se sabe, no Pôrto, o foot-ball era quási desconhecido. Sòmente existiam dois clubs onde se fazia êsse jôgo, que eram o Oporto Crickett e o Boavista Foot-ball, aquele composto pela rapaziada das casas comerciais estrangeiras desta cidade, e êste pelo pessoal da fábrica Graham, na Avenida da Boavista.
Estes clubs várias veses se encontraram em desafios, nos seus campos de jôgo, mas a assistência era restricta à familia dos sócios, razão porque era pouco conhecido entre nós.
Havia alguns portuenses, poucos, que conheciam o foot-ball; eram aqueles rapazes que tinha estudado nos Colégios de Inglaterra e Bélgica, onde aquele jôgo era obrigatório.
Os rapazes do Grupo de Destino desconheciam por completo o jôgo de que se tratava, mas isso não os intimidou. Resolveram unânimamente organisar nesta cidade o foot-ball Club do Pôrto . Estava resolvido o primeiro óbice, pois diziam: - dar pontapés na bola é facílimo….
Quanto ao Segundo óbice – a falta do dinheiro – também tudo se conseguiu. O Grupo de Destino tinha resolvido apresentar no futuro cortejo promovido pelo Club dos Fenianos um carro carnavalesco, e para êsse efeito todos os seus sócios pagavam uma quota mensal. A assembleia magna resolveu que as quotas que se tinha pago para o carro carnavalesco fôssem gastas com a instalação do “Foot-ball Club do Pôrto” e assim os dois óbices apresentados no principio da reunião desapareceram.
Foi logo nomeada a comissão administrativa para dirigir os negócios do club, ficando na presidencia José Monteiro da Costa, e como secretário, o autor destas desataviadas linhas.
Nessa ocasião, foi também escolhida a côr da “équipe”, e, caso curioso, apesar da maioria dos sócios instaladores ser de republicanos – alguns até comprometidos nas conspiracões – a escolha recaíu no azul e branco, pois eram essas as cores da bandeira nacional.
Foi alugado um bocado de terreno da rua de Antero de Quental, onde os sócios instaladores se iam treinando no jôgo.
Um dia apareceu no club um italiano – Catulo Gadda – empregado na Fábrica Mariani, às Devezas, disposto a jogar. Foi recebido de braços abertos, pois era alguém que conhecia o foot-ball. Era um explêndido defesa, pelo pontapé forte que possuia.
Já tinhamos dois onzes, mas pouco fazíamos. Pois se não tínhamos nascido para aquilo…
Certa andávamos no campo, treinando, e alguém nos comunica que um cavalheiro desejava falar-nos. Fômos ter com êsse cavalheiro e reconhecemos a vontade que tinha de nos ver jogar. Mostramos-lhe o pouco conhecimento que tínhamos de foot-ball e passados poucos minutos o tal cavalheiro concordava que realmenteainda estávamos um pouco atrazados na técnica do foot-ball… Mr. Cassaigne, ilustre súbdito francês, muito conhecido nesta cidadee que era o cavalheiro que desejou ver jogar, foi muito amável na apreciação que fez ao nosso jôgo, pois não estávamos atrazados, estávamos atrazadíssimos…
Conhecendo a bôa vontade de Mr. Cassaigne em prestar-nos os seus serviços, pedimos para tomar a direcção técnica do foot-ball, a que acedeu com tôdo o entusiasmo. Não fômos só nós os instruídos. Mr. Cassaigne, com tôda a solicitude, instruia também os rapazes do Colégio da Boavista, ao tempo prtencente ao falecido professor João Diogo, e instruía os rapazes da Escola Alunos de Marinheiros, que se encontravam a bordo da corvêta Estefania.
Entrou para sócio o conhecido desportista Romualdo Torres, que imediatamente propôs também, entre outros, António Cálem, Antunes Lemos, António Sá, Eduardo Vilares, Nuno Salgueiro e António Campos, que conheciam muito bem o football. E, assim com tôdos êstes elementos, já se via aos domingos o campo – já agora com o tamanho que as regras indicavam – tôdo cheio de uma afluência que ali acorria para vêr com tôdo o interesse as várias fases do football. Romulado Torres, sempre disposto ao levantamento do club, organisava constantes desafios com os dois clubes que existiam – o Oporto Cricket e o Boavista, e assim o Football Club do Pôrto inicia a sua carreira auspiciosa.
Dois instaladores ainda são vivos, parecendo-nos, porem, que nenhum é sócio: - Amadeu Maia, jornalista; Cândido Pinto da Mota e Manuel Luiz da Silva, despachantes ofciais; Joaquim Pinto Rodrigues de Freitas e Alvaro Osório da Silva Cardoso, industriais; António Moreira da Silva, Joaquim António Mendes Correia e António Augusto Batista Júnior, comerciantes: Albino Costa e Lopes faria, empregados comerciais; Manoel Sacramento, armador; Joaquim Silva, negociante; e o autor destas linhas.
E aqui está como um club organisado por rapazes que ignoravam por completo o que era o football, tanta propaganda tem feito em prol dêste desporto…

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Escusado será dizer que com a “vida” do Football Club do Pôrto morreu o Grupo do Destino.
A´quêles rapazes que a êle pertenceram e que a morte arrebatou, o preito da nossa sincera amisade.

Fevereiro de 1926.
António Martins.”
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“A´quêles rapazes”, o meu muito e sincero obrigada,
Heliantia.

17 comentários:

  1. Não é meu hábito comentar em blogs (embora seja leitora assídua deste :o)), mas faço-o agora para te agradecer por partilhares este artigo fantástico e para te pedir que publiques mais destas pérolas quando puderes.

    Já tinha ouvido falar da maior parte destes "personagens", mas nunca tinha tido a percepção de como a fundação (ou refundação, dado que apenas mais tarde se deu por historicamente provada a relação do clube que existiu 13 anos antes com este a que o Grupo do Destino deu vida) se passou ao certo, muito menos assim, na primeira pessoa. Não sabia, por exemplo, que o nosso primeiro craque Catulo Gadda trabalhava na fábrica das Devesas, por onde passo inúmeras vezes e para a qual vou passar a olhar com outros olhos :o)

    Fantástico post. Parabéns e obrigada!

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  2. E é também com um sincero e singelo obrigada "a'queles rapazes" que começo o comentário.

    Por mim, Heliantia, venham de lá mais esses desfiares de memória. O futebol que pulsava, no coração de alguns, longe de saberem que aquele jogo do pontapé na bola se tornaria num desporto de massas, a nível mundial. E, assim, com o entusiasmo de um grupo de amigos, se começou a escrever história...

    A nossa!

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  3. Heliantia por mim podes continuar à vontade.Cá virei, sempre, pois a história do F.C.Porto deve ser realçada e divulgada.Esse texto fala da fundação em 1904, mas pesquisas posteriores, viriam a provar que o F.C.Porto foi fundado em 1893 e o clube viria a ser refundado na década de 90???...do século passado.
    Beijinhos

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  4. Helianta, O-B-R-I-G-A-D-A! a´ti também.
    Tens um "tesouro" pelo visto em tua pose, espero que distribuas mais moedas de ouro como as que aqui nos deixas hoje.

    Eu sempre desconfiei, não sei bem porque (ou secalhar até sei, que está na matriz deste clube não fazer as coisas a toa), que as cores do equipamento se do nosso porto deveriam estar relacionadas com a bandeira Monarquica, pois na alturas era de facto a bandeira do pais. Dediquei tempo de pesquisa, o google não me disse nada, não consegui confirmar minha suspeita em lado nenhum, até hoje...

    "A'queles rapazes" deveria ser umas das inscrições com destaque dos corredores no balneário do Dragão.

    Um post excelente, para repetir. :-)**

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  6. Hoje joga o porto!!!!
    Heliantia, como mais uma vez um post excelente.
    abraços

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  7. Heliantia, excelente post que me fez lembrar os meus tempos de juventude quando aos 16, 17 anos ia à Biblioteca Municipal do Porto e tinha a mania de requisitar jornais desportivos antigos como " O Norte Desportivo " para saber resultados, jogadores - fazia listas e tudo-, crónicas sobre o clube, até que um funcionário sugeriu que lesse a " História do FCP " creio que em dois volumes - e que penso ser essa a obra que está em casa dos seus Pais... que nunca encontrei à venda mesmo em alfarrábios.
    Lá passei muitas tardes extasiado a ler bocados da História do nosso Clube.
    A unica História do FCP que possuo é uma mais recente das Edições Asa de 1993 e que logo de início faz referência a " A'queles rapazes " que para além de serem uns bons garfos tinham também a incumbência de no Carnaval montar um carro carnavalesco que percorria as ruas da cidade nos desfiles do Fenianos, Clube recreativo da Cidade que ainda existe junto à Câmara Municipal.
    Está lá também uma foto do citado Italiano Catullo Gadda...
    Portanto, para quem gosta destas coisas, esperamos ardentemente por mais post da Heliantia e fica a sugestão do livro :
    " Futebol Clube do Porto -
    100 anos de História - 1893/1993 ".
    (Agora é preciso actualizar esse volume...)
    Alvaro Magalhães e Manuel Dias, Ed. Asa.
    Saudações portistas

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  8. Fora de tema mas que faz parte da História da Cidade - e Hoje fala-se aqui de História - o Escudo com as armas da Cidade publicado no post está situado no Palacete de Nova Sintra que pertenceu a Ingleses, mesmo à entrada. Este nome pode não dizer quase nada mas já se disser que é onde hoje funcionam os Serviços Municipalizados de Águas e Saneameto na Rua de Nova Sintra ( em frente ao Centro de Saude )talvez já o identifiquem.
    Tem uns belos jardins onde estão muitas fontes que foram retiradas da Cidade e aí reconstruídas, vale a pena visitar.
    Esse escudo encimava uma fonte de 1850 existente no Largo de S. Domingos, já desaparecida e onde hoje se encontra a Papelaria Araújo e Sobrinho.
    Desculpem a maçada, não é futebol mas é o nosso PORTO CIDADE e não resisti a sugerir uma visita a um local aprazível e com História, mais que um sítio onde se vão pagar os recibos atrasados da água.

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  9. Já em tempos falamos aqui disto...Sem querer mais nada do que isso, deixo-vos alguns elementos recolhidos na Internet...
    Realmente o que ficou provado pela pesquisa aturada de alguns Portuenses -Manuel Dias ressalta nesse grupo- e editado em livro em devido tempo, foi que o nosso Clube foi fundado em 1893 por António Nicolau de Almeida, homem ligado ao comércio do Vinho do Porto que conheceu a modalidade nas suas idas constantes a Inglaterra, teve um período de inactividade mais ou menos longa e refundou-se -isto é reactivou a sua função de uma forma constante- na primeira década do século XX através do grupo do Destino e principalmente pela mão e entusiasmo da grande figura Portista, José Monteiro da Costa, velho amigo de António Nicolau d'Almeida...

    W I K I P É D I A

    "O Foot-ball Club do Porto foi fundado no dia 28 de Setembro de 1893 por António Nicolau d'Almeida, um comerciante de vinho do Porto que descobriu o futebol nas suas viagens a Inglaterra. A fundação do Foot-ball Club do Porto foi notícia nos jornais da época e o evento mais significativo desta primeira e breve existência do clube foi uma partida contra o Club Lisbonense, com o alto patrocínio do Rei D. Carlos, disputada no Porto no dia 2 de Março de 1894 e na qual cada clube representou a sua cidade. Contudo, poucos dias depois da partida ouvir-se-ia falar do FC Porto pela última vez no século XIX; António Nicolau d'Almeida acedeu ao pedido da futura esposa, que considerava o futebol uma modalidade demasiado violenta, e afastou-se do clube que entrou num período de letargia.

    Em 1906 José Monteiro da Costa regressou de Inglaterra fascinado pelo mesmo desporto que encantara o seu amigo há mais de uma década e resolveu criar uma equipa de futebol. Foi então que António Nicolau d'Almeida lhe falou do projecto que iniciara em 1893, e José Monteiro da Costa não hesitou. Membro de uma associação denominada Grupo do Destino, sugeriu aos seus colegas que embarcassem com ele na aventura, ao que a maioria acedeu. Terminava o Grupo do Destino e renascia o FC Porto, em Agosto de 1906.

    O seu primeiro campo, o Campo da Rua da Rainha (que data do ano de refundação do clube), foi o primeiro campo relvado em Portugal. O FC Porto foi pioneiro também na internacionalização: foi a primeira equipa portuguesa a receber um conjunto estrangeiro (o Real Fortuna de Vigo, em 1907) e a primeira equipa a deslocar-se ao estrangeiro (a Vigo, em 1908). O primeiro título oficial do palmarés portista surge em 1912: é a Taça José Monteiro da Costa, o Campeonato do Norte de Portugal (de futebol), criado em homenagem ao refundador do FC Porto.

    Ainda que forçada (pela construção de uma fábrica no espaço do antigo recinto), a mudança para o Campo da Constituição em 1912 correspondeu a uma significativa melhoria das instalações. Simultaneamente, o FC Porto crescia a nível desportivo, tendo vencido a primeira prova de âmbito nacional na história do futebol português: o Campeonato de Portugal de 1922. Nesse mesmo ano, o futebolista Simplício, também artista gráfico, conjugou o antigo símbolo do FC Porto com as armas da cidade do Porto, dando origem ao actual emblema do clube, datando da mesma altura o Hino do FC Porto, com letra de Heitor Campos Monteiro e música do Maestro António Figueiredo e Melo.

    Em meados dos anos trinta o FC Porto conhecia uma dimensão tal que o Campo da Constituição já parecia pequeno demais - começaram então os planos para a construção de um novo estádio. Como este demoraria década e meia a surgir, foi necessário procurar uma solução temporária, passando o FC Porto a jogar alguns jogos no campo emprestado do Sport Progresso (Amial) ou do Académico (Estádio do Lima)."

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  10. E nada como vir mais cedo da praia, chegar a casa e tomar um duche retemperador, cerveja fresca acompanhada por uns amendoins estaladiços e canal sintonizado no recital azul, por coincidência na terra Natal da Heliantia.

    3 secos, para já, ao Cagliari, novamente ao som do tango. Aguça o apetite para a 2ª parte. É hoje que vamos ter Hulk?

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  12. O jogo foi muito morno, demasiado morno a partir de certa altura -o calor hoje também apertou muito- e houve uma quebra nítida, especialmente na segunda parte e principalmente com algumas das alterações feitas na defesa e meio campo. Fucile reentrou para defesa direito e Sapunaru foi desviado para central. Isso -o desvio de Sapunaru- foi fundamental para que a equipa perdesse qualidade e segurança no eixo da defesa...As rotinas quebraram-se e as oportunidades do Cagliari sucederam-se. Com a rendição de Fernando as coisas ainda azedaram mais, pois Bolatti é muito macio e no lado esquerdo houve muito corredor aberto para os Italianos, que aproveitaram essas facilidades...Hulk muito sôfrego na busca de um golo...Há que ter mais calma e Jesualdo tem que o avisar disso.O seu primeiro golo a terminar os descontos -desta vez houve descontos, o Porto estava em perda-, acabou por relançar-lhe a imagem, ainda bem...Acho que o resultado de 3-0 conseguido de forma aparentemente fácil, levou os jogadores a facilitar bastante...

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  14. Viva !

    Gostei muito do texto. Pessoalmente, sou totalmente a favor duma continuação. E espero por ela.

    Penso que foi uma excelente ideia ter respeitado a ortografia da época. O que mostra, aliás, que o debate a propósito da nova reforma ortográfica é pseudo debate.

    Heliantia : desculpa a pergunta : A palavra "organisado" está transcrita no texto original com um s ou trata-se duma grelha ? Tenho vários textos que datam de antes da reforma de 1942 entre os quais o discurso de Torga no clube dos Fenianos ( 1944 ) em que parece haver uma rotação entre o s e o z.

    Nasci na rua da Constituição a dez metros da rua Antero Quental. A questão que mrcosmos levanta parece-me pertinente. Foi uma questão que sempre ouvi lá em casa(que já não existe) quando pequeno.

    Na casa onde nasci, as paredes estavam cheias de buracos de balas perdidas, aquando das barricadas pela República. Não se chama rua da Constituição por acaso.

    Segundo entendi, o FC Porto foi atravessado por correntes ideológicas opostas. O que é sinal de vida. Para encontrar um "modus vivendi" ( ou para escapar à repressão ? A introdução do foot-ball foi, igualmente, acompanhada de ideias libertárias ) optou-se pela bandeira do país.

    Não creio que a Wikepedia seja uma Biblia. Existem demasiados pareceres que, acumulando-se, uns após outros, conduzem-nos para uma nebulosa. O que é certo é que a História do Porto, como bem escreveu MeirelesPortuense, aparece com os jornais da época, única fonte credível.

    Mudando de assunto :

    Após regresso de férias no centro da França ( que maravilha de país ), eis-me de novo debaixo da chuva miúdinha e do vento ( Ma Normandie ! ) . Tens sorte Paulo Pereira !

    Vi um grande filme hoje : Wall-e ! Já chegou aí ?

    Hulk ? Que raio de nome. Tá nas salas em estreia esta semana !

    Vi o último quarto de hora do Porto. Não dá para julgar.

    Mas Vitória é sempre Alegria !

    E Viva o Porto !

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  15. Porto Maravilha,

    Penso k será para a semana que estreará o Wall E.

    aBRAÇO,

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  16. Se serve para algum esclarecimento,eis uma noticia que eu li numa quinta feira dia 28 de Setembro de 1893 num jornal chamado Diario illustrado e que reza assim:
    Fundou-se no Porto um club denominado Football Club do Porto,o qual vem preencher a falta que havia no norte do paiz,de uma associação para os jogadores d'aquella especialidade.
    No segundo domingo de outubro 1naugura-se o club officialmente,com um grande match entre os seus socios no hyppodromo de Mattosinhos.
    Ouvimos dizer que serão convidados alguns clubmen de Lisbon.
    Que o Football Club do Porto apure um grupo rijo de jogadores e que venha medir-se ao campo com os jogadores do Club Lisbonense,do Real Gymnasio Club,do grupo de Carcavellos ou de Braço de Prata,para animar os desafios de football como já o são as corridas de cycles.Eis o que desejamos.

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  17. António Martins, é somente o pai do meu avô, também António Martins, como o meu pai, também António Martins. Mas destes 4 três são portistas, e eu sou um deles.

    Viva o FC Porto

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