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- “Polícia sem formação que só conhece a agressão.
Não há bastão que ACABe com a nossa paixão”
Chega! Chega de nos armarmos em santinhos e não respondermos quando somos permanentemente atacados fora de casa, ora pelos adversários, ora pela autoridade. Chega de entrar em clima de diálogo com certas pessoas, que usam e abusam da força só porque estão fardados. A farda que usam não esconde a falta de educação e o bom senso que nunca tiveram. E chega de recebermos determinados adeptos no estádio do Dragão de braços abertos, permitir que andem à vontade nas imediações do estádio por exemplo, pois quem os recebe bem é porque nunca foi à terra deles ver um jogo do FC Porto. Lá não é caça à claque, lá é caça ao azul e branco, seja ele quem for.
Mais uma deslocação em que fomos enxovalhados do primeiro ao último minuto, numa cidade com um povo porco e cobarde que ataca pelas costas, e com uma segurança destacada para o jogo que não fica nada atrás. Como sei perfeitamente que nada disto apareceu relatado na Comunicação Social, e o que apareceu está meramente deturpado, aqui estou eu, que mais uma vez estive presente ao lado dos meus - que vão seja onde for, a que horas for e em que dia da semana for - para vos contar a vergonha que assisti. Na terra a que chamam cidade-berço, tudo é permitido para os meninos da casa.
Como habitual, vou falar de tudo, menos do resultado no campo, que obviamente não me deixou feliz! Mas seguimos invictos, na frente, rumo ao sexto campeonato em cinco anos. E só se alguma coisa grave se passar é que não estou numa dessas curvas dos estádios onde o Porto jogar, de braços no ar e pronto a ficar sem voz.
Este é um daqueles jogos que nenhum ultra consegue explicar bem porquê, mas não pode falhar. Está acima de tudo relacionado com a forma como somos recebidos e tratados naquela aldeia. Segunda-feira à noite, véspera de feriado, os mesmos de sempre foram apoiar o FC Porto ao Minho!
Às 19h meia dúzia de camionetas arrancavam carregadinhas de ultras em direcção a Guimarães, escoltadas por carrinhas do Corpo de Intervenção. Meia hora mais tarde, o nosso “Tribunal” partia também do estádio do Dragão.
Ainda na auto-estrada nos juntámos às camionetas e seguimo-las até perto do estádio D. Afonso Henriques. À chegada a terras espanholas, o ambiente era de terceira guerra mundial. Polícia por todo o lado. Chegou o pobo do norte, o pobo mais forte!! E que respeito impomos aquela gentalha. As camionetas foram mandadas para um lado e quem vinha em viaturas particulares teve de estacionar no centro da cidade. Lá encontrámos mais uns amigos que tinham chegado primeiro e antes que o cheiro desagradável se intensificasse, pois era vitorianos por todo o lado, lá encontrámos a nossa malta, que em cortejo já chegava à porta do topo Norte do estádio. Já estávamos no meio dos nossos, mas a “brincadeira” ainda estava a começar. A polícia cercou aquele grupo de 2.000 ultras portistas e só deixava passar para as revistas um a um. Ainda o pessoal estava quase todo cá fora quando fomos recebidos com uma autêntica chuva de pedras e garrafas de vidro que estilhaçavam a nossa beira, arremessadas por uns heróis vitorianos na nossa direcção! Estávamos encurralados e a ser atingidos, portanto das duas uma, ou a polícia ia lá resolver aquilo, ou então deixava essa matéria para nós. Nem uma coisa nem outra, houve portistas a serem carregados durante este episódio.
Às 21h, um quarto de hora antes do inicio do encontro, já todos tinham entrado. A parte inferior do topo Norte estava revestida de azul e branco. O estádio contou com cerca de 20.000 pessoas nas bancadas. Tudo se preparava para o apoio que se seguiria, as faixas eram colocadas à frente e muitas bandeiras eram estendidas, pois foram barrados à entrada vários tubos. Porquê? Ninguém sabe…
À entrada das equipas, havia coreografias preparadas pelas claques da casa. Os White Angels estenderam um pano gigante com o símbolo do VSC e por baixo dizia “Amo-te”. Aquela malta anda muito romântica, não haja dúvida. Por seu lado os Insane Guys estenderam o símbolo do seu grupo e puseram uma legenda onde se lia “Uma história interminável”, alusivo ao seu 16º aniversário celebrado a semana passada.
Muito trabalho, muito material gasto, mas em termos de presenças deixaram-me muito a desejar. Nem um nem outro sector estavam bem compostos. Já vi melhor, como por exemplo no ano passado. Do nosso lado, sector visitante praticamente cheio, algum material (aquele que foi possível entrar) e também alguma pirotecnia.
Já com os jogadores em campo prestou-se um minuto de silêncio por António Jesus, recentemente falecido, e que foi recordado pelos vitorianos. Na bancada Nascente os Insane mostraram a frase “Defende-nos no céu como na terra. Jesus um de nós” e no topo Norte “Jesus, durante anos fizeste-nos vibrar, agora só nos resta chorar. Descansa em paz”.
O “jogo” nas bancadas foi muito activo, foi aberta pelo menos uma tocha em cada sector ultra, nos da casa, White Angels e Insane Guys e no sector visitante pelos ultras do FC Porto. Vários petardos rebentaram, tanto de um lado como do outro. O apoio foi muito bom e constante, bom poder vocal tanto de um lado como do outro.
Estivemos em ligeira vantagem, pelo menos até ao golo do empate. Ao intervalo, algumas picardias normais com os adeptos da bancada central, uns heróis à distância. Digo normais porque o são, e em qualquer jogo em que haja rivalidade isso acontece. Mas vi uma coisa que nunca tinha visto. Durante a segunda parte, vários objectos “voaram” da bancada central para o nosso sector. Desde telemóveis, a baterias, isqueiros e até uma faca!!! Sim amigo, não me enganei, leu bem, atiraram uma faca para o nosso sector! Não entram tubos de bandeiras, mas entram facas?!? A polícia tomou conhecimento mas não vi nenhuma carga naquela gente. Aliás, o Corpo de Intervenção estava todo do nosso lado, ao pé deles estavam apenas alguns agentes da PSP.
No fim do jogo, continuou o gozo. Quase quarenta e cinco minutos para nos deixarem sair. Enquanto isso e já apenas connosco lá dentro, ligaram bem alto nas colunas uma música do Vitória. Passado um bocado, apagaram praticamente a luz toda do estádio. Acontece-lhes isto aqui?
Depois algum pessoal começou a pedir aos steward’s que estavam no relvado que nos deixassem sair e então alguns deles tiveram a ideia de começar a brincar connosco. Aproximaram-se da bancada e enquanto uns mandavam literalmente beijos para nós, outros piscavam-nos o olho e outros assistiam rindo-se cinicamente. Acredito que por vezes há excessos, mas nós não vamos lá para sermos tratados assim. A raiva de não puder fazer nada era muita e em segundos começou um autêntico jogo de ténis, mas em vez de bolas eram cadeiras que voavam, dos adeptos para os steward’s e vice-versa! Sim, os steward’s pegavam nas cadeiras que caiam no relvado e atiravam contra os adeptos! Não acreditam? Vejam com atenção este curto vídeo:
Alguém vos disse uma vez que eles estão lá para garantir a segurança? Pois bem, mentiram-vos. Aqueles homens de colete verde não paravam de mandar cadeiras contra nós, e um deles teve a ideia de chamar os outros para entrar pela bancada dentro. Sou contra a violência, mas se a única alternativa é dar ou levar, não sou parvo, prefiro dar. O pessoal não se ficou, correu a bancada em direcção a eles e não os deixou entrar. Continuava a “chover” um número absurdo de cadeiras, de um lado para o outro, até que apareceram os valentões armados da cabeça aos pés. A cobardia deles é inimaginável, batem em tudo para abrir caminho, homens, mulheres, velhos e novos! Nem sequer protegem a integridade física de uma pessoa, não dão com os bastões nas pernas, é logo directo à cabeça! Durante alguns minutos era este o clima que viviam 2000 pessoas que foram a Guimarães apoiar o mágico Porto.
Alguns deles foram com as orelhas a arder para casa, pois disse-lhes de tudo. Lá saímos e regressámos a casa, ao estádio do Dragão. Ainda fiquei com dois amigos até perto das duas da manhã, à espera que os jogadores chegassem para lhes dar umas palavrinhas. Amamos mesmo este clube.
Como disse no inicio da crónica aquela frase veio mesmo a calhar e também se aplica a nós. Nada nem ninguém nos vai parar.
“SEMPRE CONTIGO ALLEZ ALLEZ OHH…”
Um abraço Ultra
Grande Tripeiro, mais uma vez em grande, os artistas vinha cheios de peito a bancada, mas quando viram que o POBO MAIS FORTE não se deixou ficar, bateram o terreno e deixaram ficar, pareciam gazelas a correr e a saltar. Isto é para aquelas pessoas que quando vem cá outros adeptos em especial destes assim, que os recebam de braços abertos, porque quando vamos lá, eles se puderem até nem nos deixavam entrar no estadio...
ResponderEliminarAmigo fica aqui com uma letra do GMT que tu já bem conheces, apenas para dar a conhecer aqueles pipoqueiros do dragão caixa. Um grande abraço amigo...
querem acabar de vez....
querem acabar de vez....
querem acabar de vez.. com a nossa paixão...
não vamos deixar, não vamos deixar...
Porque nunca, desistimos de ti...
Excelente ...fantástico conseguiste descrever na integra tudo que se passou dentro e fora do estadio, Meus amigos o aquilo é de doidos não sei o que vai dentro daquelas cabeça daquela gente. aquilo é só um jogo de futebol nos vamos para apoiar o nosso clube e eles que apoiem o deles ....mas chuva de pedras e de garrafas, isso não.
ResponderEliminarquanto ao comportamento da policia ....é melhor nem falar, que eu saiba num estado de direito as forças da autoridade servem para impor a ordem, não para provocar as pessoas ....imaginem chegar a um estadio para ver um jogo de futebol e começa a chover pedras enormes e garrafas ,diz o policia que é normal .....eu até dizia um palavrão
Mas o pior ainda estava para vir, quando depois dos tais 45 minutos de tanga vem os tais gajos de colete dar tanga, aramados em gringos ai estava tudo feito para uma carga policial ...mas não era nos que estavam a atirar pedras ..era em nos.
eu ainda estive parado no trânsito um bom bocado, deviam ver aquelas caras de ódio a olharem para dentro dos carros de garrafas na mão para ver se viam algo de azul.
Mais uma vez digo ,é só um jogo de futebol....
Um Grande Abraço
Pois é, deixam em liberdade verdadeiros criminosos e, depois, acicatam os ânimos de apaixonados seguidores de um Clube, o FC Porto! Que tristeza!
ResponderEliminarUm abraço, Tripeiro. As minhas saudações às aguerridas claques do FC Porto.
Muitas vezes criticados por isto ou por aquilo mas.... OS DE SEMPRE LÁ ESTAVAM:
ResponderEliminarUltras do FCP na Bulgaria, em Sófia
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Grande foto!
Tripeiro, este pst, excelente e cheio de paixão, não merece que se fale em coisas tristes. Assim, prefiro realçar o forte apoio ao F.C.Porto, que levou ao estádio do vitória, mais 3 mil espectadores que a vermelhada, antes do boicote.
ResponderEliminarNão foi por falta dos adeptos que não ganhamos o jogo.
Um abraço
Excelente resumo do q se passou no Minho. No Minho como em Lisboa, em Setúbal, no Algarve, a todos os locais onde a malta azul e branca se desloca. A polícia está muito bem orientada pelo ministro que dorme no camarote do Vieira.
ResponderEliminarOlhem, façam como o Orelhas, à 1ª que levem faltem ao jogo:)
abraço, parabéns pelo apoio e dedicação e até amanhã (15h) no dragão caixa sem pipocas.
Se isto for verdade é muito grave:
ResponderEliminarhttp://tascadepalmeira.blogspot.com/
Vejam e divulguem!
e depois nós é que somos os insurrectos né?! Na polícia são todos heróis de bastão na mão!
ResponderEliminarO Blue já me tinha contado esse episódio, mas parabéns Tripeiro pela bela descrição que aí fizeste! Só é pena o Clube não denunciar isto mais vincadamente! Adiante!
Aquele abraço
Caro amigo e companheiro de guerra, é favor de dizer onde se assina para eu poder como diz outro "Assinar por baixo".
ResponderEliminarNa terça feira falarei de algo que tu bem conheces, está na hora de nos revoltarmos contra esta gente que supostamente diz que está a garantir segurança nos estádios e aos adeptos, chega de mentiras.
Amanhã falarei melhor contigo, aquele abraço.
"Se apedrejarem o autocarro, vão ter uma grande surpresa" - Orelhas, a propósito da viajem à Invicta a 7 de Novembro.
ResponderEliminarEstará a falar disto?
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Assim já estou com medo...
Meu amigo tripeiro
ResponderEliminarFelicito-te por teres ido apoiar a nossa equipa fora num dia de semana á noite, num ambiente hostil. Não é qualquer um que faz isso!
Na 3ºfeira bem te lembras, quando te comuniquei que o Rui Moreira tinha abandonado o programa, até te perguntei se tinha corrido bem e tu tinhas dito assim. Pelos vistos era ironia.
Pelo que leio só é possível tirar uma conclusão: continuam a haver ridículos abusos de poder por parte dos agentes de autoridade. Para quem não acreditar basta ver o vídeo que prova exactamente aquilo que há muito vamos denunciando. Os adeptos não são santinhos, os polícias muito menos. Alguns parte com o objectivo de provocar.
Sabendo que a grande maioria das pessoas não acredita em nada disto e que acham que dizemos isto para desculpar os nossos erros compete-nos denunciar estas situações. Entrar com uma faca num estádio é perigosíssimo, cada vez estamos com estádios com baixíssimas assistências, por este andar continuaremos assim.
Caro amigo
Continua a denunciar estes abusos de poder de pessoas que supostamente tem como função garantir a ordem.
Logo já falamos!
Abraço
Bom post, Tripeiro, eles vem nos querem intimidar, mas não conseguem, nós vamos estar lá sempre!
ResponderEliminarBIBÓ PORTO
excelente retrato do apoio neste jogo em Espanha... do Minho.
ResponderEliminarmagnifica presença dos adeptos Portistas nas bancadas, sempre a apoiar o fcPORTO.
pena a soneca na 2ª fase do jogo por parte dos nossos jogadores que ali enterraram 2 pontos.
por fim, a cena que nunca até hoje tinha visto... «stewards» (não, não eram policias!) a provocar-nos, a tentar invadir a bancada para nos vir agredir, batendo em retirada num piscar de olhos, e por fim, a cena caricata da guerra de cadeiras, com os 15/20 stewards em muito bom plano, sempre a responder com o envio delas pra junto de nós... até que chegou o braço armado da moinice e acabou com a brincadeira.