http://bibo-porto-carago.blogspot.com/
Há uns aninhos largos, ainda o BiBó PoRtO seria uma vaga ideia nos neurónios do nosso amigo Blue Boy, ou talvez nem isso sequer, surgiu um blog com o título deste post: Vitor Vitória. O seu autor, que não conheço, chamava-se, um pouco ironicamente, Ricardo. E assumiu a cruzada de defender o Vítor Baía no período alto do anti-Baiísmo em Portugal. Um pouco antes, durante e um pouco depois do Euro 2004. O blog ainda está online, em Vitor Vitória, mas os arquivos não estão acessíveis.
Lembro-me de seguir avidamente esse blog, sobretudo na fase mais quente da perseguição de que o Baía foi alvo por parte da comunicação social lampiónica. Cada insulto ou crítica injusta ao Baía despertava a minha indignação, e ler as sempre inteligentes e certeiras respostas do Ricardo em defesa do herói era um bálsamo. Porque para mim, o que era dirigido ao Baía, era como se fosse dirigido a um amigo próximo ou a um familiar.
O Vítor Baía foi um dos meus grandes ídolos da infância e adolescência, e continuou a sê-lo na idade adulta. Como dizem os anglófonos, “I look up to him”, que é um admirar, mas subtilmente diferente. É um “olhar para cima”, um admirar e respeitar alguém que está no topo de alguma coisa. E o Baía estava sem dúvida no topo. As origens da minha admiração pelo melhor guarda-redes português de sempre perdem-se nas minhas recordações de criança. Não me lembro como começou, só me lembro dela estar lá. O Baía era o Baía: um nome de que se falava pela casa como se fizesse parte da nossa vida quotidiana. E fazia!
Com ele na baliza do Porto, era como se nada temêssemos. Qualidade a toda a prova, classe incomparável, garra inata. E simplicidade. Nunca fazia uma defesa para a fotografia, embora fosse buscar bolas inacreditáveis. Sofreu a sua quota de frangos, alguns deles memoráveis, mas houve quem dissesse – creio que o Valdano – que o Baía “até a sofrer golos tem classe”.
Houve lágrimas quando saiu para a Catalunha, como o guarda-redes mais caro de sempre até à altura, e mais lágrimas quando voltou, de cachecol ao pescoço, com um sorriso rasgado por “regressar a casa”, como o proverbial bom filho. Sempre que um jogador de grande qualidade sai do Porto, e sobretudo se for um jogador criado no clube, há sempre uma vaga esperança de que volte a jogar de Dragão ao peito. Mas quantos efectivamente voltam, e numa altura em que ainda têm muito para dar? É claro que as circunstâncias da sua carreira facilitaram a decisão, mas a verdade é que o Baía saiu bem do Porto e voltou melhor, e isso só reforçou o meu respeito por ele. Tal como a sua classe fora dos relvados. Contrariando o (frágil) estereótipo do jogador de futebol cabeça oca, o Baía era inteligente, culto, eloquente. Um senhor.
O período que se seguiu ao seu regresso foi mágico para nós e para ele, que assumiu um estatuto verdadeiramente mítico no desporto português. Não havia aspirante a guarda-redes que não gritasse “Baía!!” ao fazer uma defesa. E a quantidade de jogadores de clubes grandes e pequenos, por todo o país, em todos os escalões etários e mesmo em outras modalidades desportivas, que passaram a envergar orgulhosamente o número 99? O Baía era o maior, em todos os sentidos. Nem Scolari lhe conseguiu tirar isso.
Penduradas as chuteiras, assumiu um cargo directivo no FCP, mas fez questão de se preparar académica e profissionalmente para o desafio, ao contrário daquilo que é comum. Afastou-se recentemente do clube, tudo indica que por não lhe terem sido atribuídas as funções que ambicionava, deixando-me triste por vê-lo partir mas convicta de que irá regressar. Desde então, contudo, as relações do Baía com o Porto começaram a mostrar-se menos amistosas, ou pelo menos foi isso que veio chegando aos nossos ouvidos através do intermediário do costume: a comunicação social. Comunicação social essa que faz pouco caso do rigor, exactidão e honestidade consagrados no seu código deontológico e aproveita toda e qualquer oportunidade para descontextualizar e deturpar a informação em nome de alianças de bastidores ou preferências pessoais de directores. Nós Portistas sabemos bem que assim é.
Ontem, quando li as supostas “críticas ao seu antigo clube” por parte do Baía, entendi-as imediatamente. Não era preciso desmentido nenhum: é óbvio que, quando disse que nos lampiões ou nos lagartos teria tido outra projecção, Baía estava a referir-se à comunicação social. Se o jogador com mais títulos na história do futebol tivesse jogado de vermelho ou de verde, seria hoje uma espécie de Eusébio, com coroa, trono, ceptro e séquito de súbditos. Não tenho a mais pequena dúvida. A própria comunicação social percebeu as palavras do Baía, mas não resistiu a atacar o FC Porto, semeando pelo caminho a dúvida sobre “um dos seus” entre a comunidade Portista. O que, no fundo, só vem provar o que o Baía disse sobre a própria comunicação social.
No meio de tudo isto, só me admira que o Vítor Baía, pessoa inteligente e bem formada, depois de mais de 20 anos de experiência, tantas vezes azeda, com a comunicação social, ainda se coloque a jeito para cair neste tipo de esparrela. Não saberá ele que, ao falar do FC Porto, tem que avaliar o que diz de todos os ângulos, de trás para a frente e de baixo para cima, certificando-se de que não há descontextualização ou má interpretação possível? É que se houver, já se sabe, vão fazê-la. Vale a pena continuar, qual Iordanov, a insistir no jogo de despedida, sabendo que tudo o que saia da sua boca pode e será arremessado contra o clube que ama? E que isso acabará por virar os adeptos do clube contra ele? O muito que ainda espero que o Baía dê ao clube exige mais precaução da parte dele e menos precipitação da nossa. Não deixemos que os intermediários dêem cabo de uma relação tão bonita!
Lembro-me de seguir avidamente esse blog, sobretudo na fase mais quente da perseguição de que o Baía foi alvo por parte da comunicação social lampiónica. Cada insulto ou crítica injusta ao Baía despertava a minha indignação, e ler as sempre inteligentes e certeiras respostas do Ricardo em defesa do herói era um bálsamo. Porque para mim, o que era dirigido ao Baía, era como se fosse dirigido a um amigo próximo ou a um familiar.
O Vítor Baía foi um dos meus grandes ídolos da infância e adolescência, e continuou a sê-lo na idade adulta. Como dizem os anglófonos, “I look up to him”, que é um admirar, mas subtilmente diferente. É um “olhar para cima”, um admirar e respeitar alguém que está no topo de alguma coisa. E o Baía estava sem dúvida no topo. As origens da minha admiração pelo melhor guarda-redes português de sempre perdem-se nas minhas recordações de criança. Não me lembro como começou, só me lembro dela estar lá. O Baía era o Baía: um nome de que se falava pela casa como se fizesse parte da nossa vida quotidiana. E fazia!
Com ele na baliza do Porto, era como se nada temêssemos. Qualidade a toda a prova, classe incomparável, garra inata. E simplicidade. Nunca fazia uma defesa para a fotografia, embora fosse buscar bolas inacreditáveis. Sofreu a sua quota de frangos, alguns deles memoráveis, mas houve quem dissesse – creio que o Valdano – que o Baía “até a sofrer golos tem classe”.
Houve lágrimas quando saiu para a Catalunha, como o guarda-redes mais caro de sempre até à altura, e mais lágrimas quando voltou, de cachecol ao pescoço, com um sorriso rasgado por “regressar a casa”, como o proverbial bom filho. Sempre que um jogador de grande qualidade sai do Porto, e sobretudo se for um jogador criado no clube, há sempre uma vaga esperança de que volte a jogar de Dragão ao peito. Mas quantos efectivamente voltam, e numa altura em que ainda têm muito para dar? É claro que as circunstâncias da sua carreira facilitaram a decisão, mas a verdade é que o Baía saiu bem do Porto e voltou melhor, e isso só reforçou o meu respeito por ele. Tal como a sua classe fora dos relvados. Contrariando o (frágil) estereótipo do jogador de futebol cabeça oca, o Baía era inteligente, culto, eloquente. Um senhor.
O período que se seguiu ao seu regresso foi mágico para nós e para ele, que assumiu um estatuto verdadeiramente mítico no desporto português. Não havia aspirante a guarda-redes que não gritasse “Baía!!” ao fazer uma defesa. E a quantidade de jogadores de clubes grandes e pequenos, por todo o país, em todos os escalões etários e mesmo em outras modalidades desportivas, que passaram a envergar orgulhosamente o número 99? O Baía era o maior, em todos os sentidos. Nem Scolari lhe conseguiu tirar isso.
Penduradas as chuteiras, assumiu um cargo directivo no FCP, mas fez questão de se preparar académica e profissionalmente para o desafio, ao contrário daquilo que é comum. Afastou-se recentemente do clube, tudo indica que por não lhe terem sido atribuídas as funções que ambicionava, deixando-me triste por vê-lo partir mas convicta de que irá regressar. Desde então, contudo, as relações do Baía com o Porto começaram a mostrar-se menos amistosas, ou pelo menos foi isso que veio chegando aos nossos ouvidos através do intermediário do costume: a comunicação social. Comunicação social essa que faz pouco caso do rigor, exactidão e honestidade consagrados no seu código deontológico e aproveita toda e qualquer oportunidade para descontextualizar e deturpar a informação em nome de alianças de bastidores ou preferências pessoais de directores. Nós Portistas sabemos bem que assim é.
Ontem, quando li as supostas “críticas ao seu antigo clube” por parte do Baía, entendi-as imediatamente. Não era preciso desmentido nenhum: é óbvio que, quando disse que nos lampiões ou nos lagartos teria tido outra projecção, Baía estava a referir-se à comunicação social. Se o jogador com mais títulos na história do futebol tivesse jogado de vermelho ou de verde, seria hoje uma espécie de Eusébio, com coroa, trono, ceptro e séquito de súbditos. Não tenho a mais pequena dúvida. A própria comunicação social percebeu as palavras do Baía, mas não resistiu a atacar o FC Porto, semeando pelo caminho a dúvida sobre “um dos seus” entre a comunidade Portista. O que, no fundo, só vem provar o que o Baía disse sobre a própria comunicação social.
No meio de tudo isto, só me admira que o Vítor Baía, pessoa inteligente e bem formada, depois de mais de 20 anos de experiência, tantas vezes azeda, com a comunicação social, ainda se coloque a jeito para cair neste tipo de esparrela. Não saberá ele que, ao falar do FC Porto, tem que avaliar o que diz de todos os ângulos, de trás para a frente e de baixo para cima, certificando-se de que não há descontextualização ou má interpretação possível? É que se houver, já se sabe, vão fazê-la. Vale a pena continuar, qual Iordanov, a insistir no jogo de despedida, sabendo que tudo o que saia da sua boca pode e será arremessado contra o clube que ama? E que isso acabará por virar os adeptos do clube contra ele? O muito que ainda espero que o Baía dê ao clube exige mais precaução da parte dele e menos precipitação da nossa. Não deixemos que os intermediários dêem cabo de uma relação tão bonita!
Não posso deixar de corroborar as palavras de Enid. Na íntegra. Tudo muito bem e saliento o último parágrafo.
ResponderEliminarTambém me parece que as palavras de Vítor Baía foram descontextualizadas e aproveitadas pela imprensa facciosa de Lisboa que as viu como um “figo”. De qualquer modo, Baía pôs-se a jeito e nem as suas desculpas disfarçam algum ressentimento com o Clube que lhe deu tudo e que dele, diga-se, recebeu outro tanto. Estou convicto de que o FC Porto não merecia este assomo de melindre.
Ainda gostaria de acrescentar o seguinte, em relação a palavras que Baía não desmentiu:
- O FC Porto prestou homenagem aos Campeões Europeus de 1987, em cerimónia realizada no Estádio do Dragão no dia 27-05-2007. Não passaram 50 anos, foram 20, precisamente 20 anos! Por que razão não falou deste evento Vítor Baía e se referiu ao dos “50 anos” do Benfica? Deixo a resposta para cada um de nós…
Baía sabe que o FC Porto não regateia o preito aos seus heróis. E sabe, por experiência própria, que todas as glórias do nosso Clube sentem o calor humano e a gratidão dos adeptos e sócios que jamais esquecem os atletas que lhes deram as alegrias que perduram. Vítor Baía está incluído nesse role de brilhantes campeões feitos num clube que porfia para vencer como não há outro em Portugal. Vítor Baía sabe disso…
- E Vítor Baía sabe que, em 23 Abr. 2009, no decurso da inauguração do Dragão Caixa, fazia parte das “24 lendas do FC Porto” a quem foi prestado tributo. Para se aquilatar da importância que o Clube lhe atribui, basta mencionar que as “lendas” do futebol eram Américo, Fernando Gomes, João Pinto, Rodolfo e… Vítor Baía…
Vítor Baía foi grande, enorme, mas desejamos que esteja connosco, não contra nós. Acredito que está connosco. Que isso seja a realidade.
Enid, caros portistas, um abraço.
Obrigado pelas tuas palavras, Enid. Na verdade o Vitor-Vitoria está inteiramente on-line, e por isso não existem quaisquer arquivos para serem consultados. Houve apenas um ou dois posts que entretanto retirei porque os links já não estavam disponíveis e tornavam o(s) post(s) relativamente confusos.
ResponderEliminarQuanto a esta plémica com o Baía quero acreditar que, de facto, as palavras dele foram descontextualizadas, mas...
Abraço,
Ricardo
Para mim, ou a comunicação social manipolou as palavras de Baía, ou o Baía estava bêbado, ou está-se a fazer aos votos do sul a caminho da Federação Portuguesa de Futebol.
ResponderEliminarA primeira hipótese é bem possível, as duas outras são de uma tristeza sem limites.
Para mim, ou a comunicação social manipolou as palavras de Baía, ou o Baía estava bêbado, ou está-se a fazer aos votos do sul a caminho da Federação Portuguesa de Futebol.
ResponderEliminarA primeira hipótese é bem possível, as duas outras são de uma tristeza sem limites.
Concordo com o post e penso que houve má fé da comunicação social, mais uma vez, também. Mas o Baía tem de vir a público esclarecer o que queria dizer, quanto antes.
ResponderEliminarBaía diz que as suas palavras foram descontextualizadas
ResponderEliminarOntem
O antigo guarda-redes do FC Porto e ex-director da equipa Vítor Baía disse hoje, sexta-feira, em comunicado, que as suas palavras, vistas como críticas aos "dragões", foram "incrivelmente descontextualizadas".
Numa visita a uma escola do Porto, Vítor Baía afirmou que aquilo que alcançou ao serviço dos "dragões" teria tido outra dimensão no Benfica ou no Sporting e disse esperar "ser ainda muito útil" aos portitas.
"Se aquilo que consegui no F.C. Porto fosse no Benfica ou no Sporting acredito que teria outra repercussão, outra dimensão. Vejo, e muito bem, o Benfica a homenagear os seus campeões da Europa quase 50 anos depois com uma vitalidade e de uma forma muito positiva", analisou.
No comunicado divulgado hoje, sexta-feira, o antigo internacional luso disse entender que a sua carreira "teria outra projecção se tivesse jogado num dos clubes da capital, porque esses clubes gozam de um tratamento bem diferente do que merece o F.C. Porto".
"Tenho momentos marcantes na minha carreira que por eu ser jogador do F.C. Porto não tiveram o destaque merecido por parte de alguns órgãos de comunicação social, que são rápidos e não olham a espaços para destacar os feitos de companheiros de profissão de outros clubes", afirmou.
Na mesma visita ao estabelecimento de ensino, Baía defendeu que "o F.C. Porto tem uma estratégia muito fechada, muito para dentro, e isso também não ajuda" e que o "clube não faz tudo que está ao seu alcance para potenciar a imagem dos seus jogadores actuais e dos que deram muito ao clube".
Em comunicado, o antigo guarda-redes voltou a realçar que o F.C. Porto "é realmente um clube fechado", mas defendeu que apenas se referia "à expansão da marca, departamento pelo qual era responsável".
"Na minha opinião, as conquistas internacionais poderiam ter sido potenciadas de outra forma. Em relação à política desportiva conduzida pelo presidente, sempre a defendi, e os resultados assim o comprovam", afirmou.
No mesmo documento, Baía diz não admitir que coloquem em causa o amor ao clube "de sempre e para eternidade".
"O F.C. Porto está no meu sangue e, sim, tenho ainda muito para dar ao clube", afirmou.
Vítor Baía disse ainda que "é com satisfação" que vê Helton, a quem adianta ter ajudado a saber o que é ser guarda-redes no F.C. Porto, "com a braçadeira de capitão e a fazer uma excelente época".
Como Jogador do nosso clube continuará a ser e a pertencer aos jogadores à FC Porto.
ResponderEliminarAliás faço questão de separar as águas, também reconheço que até eu tenho os meus dias maus e digo coisas que não se compadece com a minha maneira de ser!
Para ficar bem claro Vitor Baía 99 para mim, idolo de miúdo é diferente do Vitor Baía que deixou o nosso clube.
Teve até hoje duas decisões que me deixaram tristes mas ao mesmo tempo muito orgulhoso, o dia do seu abandono(que para mim poderia ter jogado mais uns anos, não fosse o fdp do Tulipeiro a encostá-lo ao primeiro erro que tivesse) e a outra ao decidir sair daquele emprego de secretária mostrando muito caracter e também que não precisa de um ordenado para se sentir realizado nem encostar-se ao FC Porto, queria uma função com mais destaque onde podesse fazer a diferença mas neste momento quem lá está também é competente.
Agora nestas duas ultimas aparições o que me chateia não são as palavras ou os "descontextos", o que me lixa é os recados, foram todos mandados direitinhos, por isso não adianta andarmos aqui a defender aquilo que não tem defesa, ele disse, eu ouvi, vi e voltei a ouvir e já não é a primeira vez que o faz e pega sempre no paleio da homenagem, a minha resposta é logo esta "Em primeiro lugar as homenagens deveriam ser para Costa Soares e para Ilídio Pinto que trabalharam muitas vezes de graça e se fosse preciso metiam do seu próprio Bolso para salvar as contas..." o FC Porto nunca falhou com nada isto para mim é muito importante.
Numa altura em que estamos muito bem, precisamos de remar todos para o mesmo lado há ainda quem ache que isto é difícil.
Há coisas que um adepto/sócio como eu não precisa de ouvir e não quer ouvir estas duas ultimas lamentações do Vitor são uma delas.
99 continuará a ser o que sempre foi, agora como futuro Presidente do nosso clube a ver vamos, assim tenho a certeza que não cativa o meu voto.
É que eu fizesse chuva ou caísse granizo, jogasse bem ou jogasse mal aplaudi de pé o nosso 99, isto não aplaudo muito obrigado.
Enid grande post e peço desculpa por só me mandar para o teu ultimo parágrafo mas há coisas que o coração fala mais alto que a razão.
Eu gostaria muitíssimo q Pinto da Costa deixasse de utilizar expressões como Taliban. N é por nada, é q comparar futebol a algo tão desgraçadamente importante no sec. XXI, cai-me francamente mal. Mais a mais, era uma expressão de Octávio Machado. O q n augura nada de bom.
ResponderEliminarQuanto a Baía, felizmente o João Saraiva (bem-haja) puxou o filme atrás e reavivou a memória às pessoas, levadas e influenciadas pelos media.
Baía, mesmo na versão descontextualizada, tem toda a razão naquilo que disse.
1) Alguém duvida q se ele tivesse conquistado aquilo que conquistou no slb/scp teria tido uma projecção estratosférica?
2) SIM, o fcp n trata os seus antigos jogadores com amplificação. Vai buscar alguns e dá-lhes trabalho. Não os glorifica nem os redimensiona. Queiramos ou não,temos 1 clube centrado na figura do Presidente. O resto é, infelizmente, paisagem. Se quiserem, a título de exemplo, tenho aprendido mais sobre as ex-glórias do fcp mais aqui neste blog do que por alguma iniciativa do clube;
3) SIM, faz parte do DNA do clube ser fechado sobre si mesmo, e tb aqui a crítica - mesmo a descontextualizada - tem razão de ser. Eu própria já falei nisso, alertando que os sistemas fechados caminham inexoravelmente para a entropia.
Ao q parece, Baía fez 1 comunicado a esclarecer. Eu n precisava de comunicado nenhum para perceber o q quis dizer. E como n sou nenhuma fora de série, só posso deduzir q quem acreditou na polémica só podem ser 1) pessoas distraídas e facilmente manipuladas e 2) pessoas com memória curta.
cumps
É uma pena não ser este post lido por todo o agregado da grande família portista! Por mais fortes que possam ser as razões dos conflitos dentro das famílias (e em relação ao V. Baía estou em plena concordância com a autora), alimentá-los na "praça pública" não tem nada de benéfico e, pelo contrário, são verdadeiros tiros nos próprios pés.
ResponderEliminarPara além do mais, ninguém tem dúvidas de quem, à falta de argumentos sólidos e inatacáveis, se aproveite do mais insignificante assunto para usar contra o Futebol Clube do Porto, tentando denegrir e apoucar a sua imagem.
A história Vítor Baía para mim acabou. O futuro, grande juíz, vai mostrar quem é quem.
ResponderEliminarUm abraço
Creio de facto que as palavras do Baía foram descontextualizadas.
ResponderEliminarFoi sim um grande craque e só tenho pena de apenas conhecer o blog Vítor Vitória agora e não há cinco anos atrás. Parabéns Ricardo.
Amigo excelente blog.
ResponderEliminarTenho uma proposta para si, trocamos links e adicionamos cada um o blog na nossa lista, seremos seguidores do blog um do outro e colocamos o baner de cada um no respectivo blog. Peço uma resposta no meu espaço por favor.
http://paixaofutebolistica2010.blogspot.com/
Abraço e continuação de excelente trabalho.
Uma projecção estratosférica e depois colocam jogadores a jogar no Génova, no Marítimo , no Panathinaikos, no Cartagena, no Fafe, no Fátima, no West Rown Albion, no Portsmouth , no Aris, etc etc e etc.
ResponderEliminarÉ isto que vocês chamam de projecção, uma carreira que só tem imagem em dois pasquins que no máximo atingem 3 milhões de pessoas!
Um clube de bairro (com muito gosto que faço parte de um clube assim) "fechadinho" e sem a projecção estratosférica coloca jogadores em vários clubes entre eles:
Liverpool, Barcelona, Chelsea, Lyon, Marselha, Real Madrid, Manchester UTD, Zenit, Inter de Milão, Lázio etc etc e etc.
Se isto é um clube sem projecção vou ali e já venho.
Futebol é isto mesmo.
Dada a quantidade de alarvidades que têm sido ditas acerca deste caso (ou pseudo-caso ou caso inventado ou caso infeliz de Baía como o queiram chamar!), tenho pouca vontade em comentar muito o que quer que seja…
ResponderEliminarPS: No entanto, não posso deixar de comentar que quem duvida da projecção internacional do FC Porto ou tem sérios problemas mentais ou é cego!
Obrigado a todos pelos vossos comentários!
ResponderEliminar@Ricardo: Que coincidência teres visto este meu post! Parabéns, um bocado atrasados, pelo Vítor Vitória! Não me tinha apercebido de que estava todo online, mas agora já lá fui reler uns posts :) Já não escreves na net?
@Antas: No futebol como na vida, não consigo fazer o que dizes... Separar o "jogador" do "homem" ou do "director"... Se calhar é um defeito, mas não consigo. Para mim, se um ex-jogador borra a pintura, acabou, já não consigo olhar para ele com os mesmos olhos. O que quero dizer é que o Baía tem que ter mais cuidado com o que diz, sob pena de danificar o enorme estatuto que atingiu dentro do nosso clube. Agora, se votaria nele para presidente, só o poderei dizer na altura. Há muitos critérios que entram em jogo na hora de tomar uma decisão tão importante.
E tens razão, se falta reconhecimento e tributo do clube a alguém, é aos heróis que sustentam às costas, dia após dia, a grandeza do FCP, sem ficarem milionários por isso (bem pelo contrário). E cujos nomes a maioria dos adeptos nem sequer sabe...
@Ana: Concordo relativamente ao ponto 1, aliás o meu post diz isso mesmo. Quanto ao ponto 3, o FCP também me parece um clube fechado em si mesmo, mas essa estratégia tem dado frutos em termos desportivos, e por isso não me sinto em posição de a criticar. E acho que o Baía, independentemente da sua opinião (a que naturalmente tem direito), não devia tê-lo feito em público, porque sabe muito bem por quem passam as suas palavras antes de chegarem aos nossos ouvidos.
Quanto ao ponto 2, é muito relativo e cada um de nós terá a sua opinião. Começa pela definição daquilo que significa "valorizar as antigas glórias". Dar-lhes emprego? Fazer-lhes homenagens? Dar-lhes apoio financeiro se necessário? Falar deles nos órgãos de comunicação do clube? E até que ponto? O FCP tem vários ex-jogadores a trabalhar na sua estrutura, faz-lhes homenagens ocasionais (o Dragão Azul Forte mencionou algumas), convida-os para eventos do clube, tem uma secção no site e uma página na Dragões dedicadas às velhas glórias, tem o "passeio da fama" no Dragão e no Dragão Caixa, um busto do Rui Filipe, um monumento de homenagem ao Pavão, um auditório José Maria Pedroto... Será suficiente? Muitos dirão que sim, outros dirão que não, e até já ouvi Portistas a dizer que não vale a pena estarmos a preocupar-nos tanto com as homenagens ao passado, que devemos concentrar-nos no presente e no futuro. Na minha opinião, é suficiente. Ou melhor, sê-lo-á assim que o prometido museu esteja pronto. Mas se o Baía discorda, mais uma vez, acho que a roupa suja se lava em casa, e longe, muito longe, da comunicação social. Sobretudo no caso do FC Porto.
Abraços azuis e brancos a todos!
A minha opinião sobre este caso está em todas as palavras que a enid aqui expôs de forma brilhante.
ResponderEliminarEm resumo:
"O muito que ainda espero que o Baía dê ao clube exige mais precaução da parte dele e menos precipitação da nossa. Não deixemos que os intermediários dêem cabo de uma relação tão bonita!"
GRANDE, GRANDE VÍTOR BAÍA
ResponderEliminarO que mais me choca neste "caso" é que os mesmos que estão sempre prontos a atacar a comunicação social, nomeadamente bola e record, foram os mesmos que julgaram sumariamente o Vítor, definindo-o como culpado, atirando-lhe pedras, sem sequer terem estado presentes no local onde o Vítor proferiu as declarações.
Ou seja, baseando-se única e exclusivamente nas informações daqueles que tanto denunciam como sendo baluartes da ausência de imparcialidade, julgaram uma das maiores referências do clube.
Esta incompreensível cegueira, quando estava na cara que a comunicação social alfacinha tinha voltado a tentar arranjar um "caso" pouco tempo antes da visita da escória lampiã ao Dragão, descontextualizando declarações do Vítor, faz-me alguma confusão.
É que o tempo já nos mostrou que há muita gente, que nunca fez nada pelo clube, e que continua a subir na estrutura. Já o Vítor não teve lugar na mesma. Saiu porque quis, em detrimento daqueles que por envergarem uma gravata e alegadamente serem profissionais apesar de nunca terem feito nada pelo clube, merecem mais respeito do que ele.
E esta é a grande questão: este julgamento sumário que alguns fizeram na blogoesfera azul, suou a justificação para a sua saída, ao bom estilo "Estão a ver, ele não presta, não serve, a direcção é que tinha razão".
A cegueira com que queremos defender alguns, não deve ser a mesma que utilizamos para atacar outros, nomeadamente quando se tratar daqueles que, ao contrário de muitos outros, já muito fizeram pelo clube.
Um grande abraço, sempre com um único interesse e motivação: o FUTEBOL CLUBE DO PORTO!!!
ANTAS,
ResponderEliminarPermita-me transcrever o que escreveu: "Em primeiro lugar as homenagens deveriam ser para Costa Soares e para Ilídio Pinto que trabalharam muitas vezes de graça e se fosse preciso metiam do seu próprio Bolso para salvar as contas..."
Como estou de acordo...mas o problema é que o nosso clube não respeita devidamente essas pessoas e muito menos lhes presta qualquer homenagem.
E digo mais: só ainda não escrevi aqui a vergonhosa história que quase conduziu á saída do Sr. Pinto na última época, porque o mesmo iria ficar muito melindrado porque não gosta nem nunca gostou de exposições mediáticas, muito menos sobre a sua vida.
O asqueroso processo que alguns engravatados encetaram desde a entrada do Dr. Angelino Ferreira no clube, só não foi totalmente coroado de sucesso porque o presidente Pinto da Costa o impediu, já sobre "a linha de meta".
Espero que um dia se envergonhem e corrijam esses comportamentos e atitudes.
Cá estarei para elogiar essa postura!
Permitam-me os seguintes comentários:
ResponderEliminar- Não me restam duvidas que as declarações do V. Baía foram descontextualizadas para atingir o FCP de forma deliberada;
- Não é liquido para mim que se o Baía tivesse sido jogador do SCP a sua projecção fosse diferente daquela que teve/tem como jogador do FCP;
- Se o Baía tivesse sido jogador do SLb aí sim já teria alguma projecção. Infelizmente para ele como jogador nunca teria passado da mais absoluta mediocridade, pois esse foi o nível do slb enquanto o Baía jogou futebol;
- O grande FCP tem que potenciar o impacto dos seus resultados desportivos no engrandecimento da sua imagem. Isso não se faz naturalmente criando sucessivos antagonismos com os rivais, mais vale despreza-los;
- Os media nacionais podem enganar os pategos nacionais, mas quase não têm eco no estrangeiro, onde quase ninguém (a não ser os pategos nacionais que lá vivem) sabe quem é slb, e menos ainda o SCP.
Um forte abraço Azul para todos.
Enid, post fantástico, esclareces-te tudo e todos, completamente de acordo com tudo o que escreves-te!
ResponderEliminarBIBÒ PORTO
Enid, quando acabei o Vitor-Vitoria criei este, e até há menos de uma semana estive também aqui.
ResponderEliminarNeste momento não tenho quaquer blog.
Abraço,
Ricardo
Enid, parabéns pelo brilhante post!
ResponderEliminarNa minha opinião Baía só falhou com o comunicado no dia seguinte às suas declarações. E acho que falhou por uma razão muito simples, não havia necessidade de esclarecer nada.
Se fosse jogador de um dos grandes de Lisboa não teria maior reconhecimento mediático? É evidente que sim. A comunicação social nunca deu valor às nossas vitórias nem aos jogadores que fizeram história no FC Porto. Não é novidade para ninguém...
Quanto à cultura fechada, é a necessária para defesa do clube face a uma comunicação social que nos persegue, e é a mesma que nos permite ser um clube ganhador e que fez de Baía o jogador com mais títulos no mundo.
este, é de facto, um daqueles temas que dá pano para mangas... até mais não.
ResponderEliminarse é verdade que Vitor Baia tem o dever moral e clubistico de ter redobrado cuidado na forma como fala para o exterior, de forma a eliminar o risco de interpretações múltiplas, tal como quero crer, aqui aconteceu, ainda que tenha entendido perfeitamente o que pretendeu dizer... tb é verdade que nós todos, deveremos ser suficientemente inteligentes para nao cair na ratoeira da CS que descontextualiza e retira o que lhe interessa a seu belo prazer, dizia, coisa que parece que alguns cairam que nem distraidos.
não sei as razões, se são essas as que se dizem ou outras, não sei mesmo... sei é que o clube, tal como foi vinculado e nunca desmentido, já teve tempo e mais que tempo de fazer justiça, em campo, com os seus adeptos, ao atleta mais titulado do mundo... e se ainda não o fez (duvido até que o faça?!), é porque se calhar tb não quer fazer.
fiz a minha leitura... e penso poder dizê-lo... não cai na ratoeira!!!
Vitor Baia, até este momento, para mim... é inatacável!!!