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Escrevi este texto para a minha coluna do Diário de Noticias aquando das comemorações do trigésimo aniversário da presidência de Pinto da Costa. Queria deixá-lo também neste espaço que é onde, na minha opinião, deve estar.
"Jorge Nuno Pinto da Costa completou na última terça feira trinta anos como presidente da mais bem sucedida instituição portuguesa da nossa história recente: o Futebol Clube do Porto.
- Em nenhum sector de actividade uma organização conseguiu sequer aproximar-se do desempenho nacional e internacional do clube nortenho. Até o mais distraído dos cidadãos não ignora as sistemáticas vitórias do Futebol Clube do Porto no plano interno em todos os desportos profissionais ou semi-profissionais e os êxitos retumbantes a nível internacional. Desde 1964, o único clube de futebol português a ganhar provas europeias e mundiais foi o FC Porto. Ganhou sete, batendo-se de igual para igual com clubes representativos de cidades e países com muitíssimas mais capacidades financeiras e com uma capacidade de recrutamento de jogadores e treinadores quase ilimitada – não vale a pena perder tempo referindo os campeonatos e taças dentro de fronteiras, o espaço nesta página é demasiado pequeno.
- A pergunta impõe-se: que empresa portuguesa, que instituição, foi a melhor da Europa, no seu ramo de actividade, por duas vezes ou, pelo menos, chegou perto disso nos últimos trinta anos? Pois...
- Os sócios e adeptos do FC Porto, o desporto português e a comunidade portuguesa devem todos esses feitos a uma pessoa: Pinto da Costa. Claro que nenhum homem sozinho seria capaz de tão espantosa obra, mas foi, de facto, ele o grande motor, o grande líder duma das mais extraordinárias histórias de sucesso duma organização portuguesa.
- Pinto da Costa é, sem sombra de dúvida, o mais brilhante gestor português e, no seu sector, um dos melhores do mundo se não o melhor (é o presidente dum clube, no mundo inteiro, com mais títulos ganhos). Em qualquer país que não estivesse minado pela inveja, que não vivesse obcecado pela intriga e não odiasse vencedores, o Presidente do FC do Porto seria um autentico herói nacional. O exemplo de alguém que com parcos recursos, liderando uma organização originária duma região pobre da Europa, conseguiu, à custa de trabalho, capacidade de organização e uma dedicação sem limites transformar um clube como muitos outros num dos maiores do mundo seria estudado, promovido, glorificado. Não é em vão que por esse mundo fora o FC Porto e o seu presidente são homenageados e vistos como autênticos fenómenos. Mas, em Portugal, quanto maior for o sucesso, maior será o ódio, maior será o desprezo, e, claro está, Pinto da Costa é o alvo de toda a desconsideração, de toda a infâmia, de toda a calúnia."
- # Diário de Noticias, 22 Abril 2012
Desenganem-se os que acreditam que a razão para tanta falta de respeito pela obra realizada se deve exclusivamente à paixão que rodeia as coisas do futebol, ao facto dum clube com menos adeptos que os seus rivais lhes ganhar sistematicamente, ás tomadas de posição muitas vezes duras do presidente ou ao discurso exageradamente regionalista. Terão essas razões algum peso, mas estão longe de ser as fundamentais. Pinto da Costa é invejado e odiado porque ganha. E ganha porque sabe mais do seu ofício, porque trabalha mais, porque sabe organizar melhor a sua empresa. Mas isso no nosso país pouco conta. Toda a gente sabe que se alguém é rico é porque roubou, se alguém tem um bom contrato é porque tem cunhas. Porque seria diferente com Pinto da Costa?
O sucesso em Portugal nunca serve de exemplo, nunca leva as pessoas a quererem fazer melhor, a trabalharem mais, a serem mais empenhadas.
Como dizia um meu bom amigo benfiquista, em Portugal só no futebol se fazem declarações de interesses. Sou sócio do FC Porto. Estarei eternamente agradecido a quem me proporcionou tantas alegrias e me fez quase arrebentar de orgulho por ser portista e português. Mas isso, para o tema, pouco importa. É quase patético ter de anunciar a minha condição de adepto dum clube apenas porque se reconhece a obra de alguém ímpar na nossa comunidade, de alguém que honrou o nome da cidade do Porto e de Portugal.
Muito obrigado Sr. Pinto da Costa.
Para um Presidente de excelência, só um texto destes: excelente!
ResponderEliminarObrigado, PML. Abraço.
Acho que dizes tudo e portanto, acrescentar só vai estragar.
ResponderEliminarAbraço
Li o seu artigo logo na altura em que foi publicado no DN, como aliás costumo fazer com todos os que escreve. Gostei muito. Parabéns, Pedro.
ResponderEliminarTenho pena de quem não sabe admitir a superioridade do FC Porto e a justeza dos seus títulos...
ResponderEliminarPena e indiferença são os únicos sentimentos possíveis de ter com este tipo de gentalha...
Esta gentalha que continue com o choradinho das arbitragens, que nós continuamos a festejar títulos...
Tenho pena também de viver num país assim, como o Pedro Marques Lopes descreve na perfeição... Um país cheio de invejosos, de medíocres, de palermas e de incompetentes que adoram arranjar desculpas para a sua mediocridade intrínseca e indisfarçável...
Resta-nos o FC Porto... FC Porto tem sido ao longo de 30 anos sinonimo de competência, sucesso e capacidade de trabalho... Tem enchido de orgulho os seus adeptos, e tem representado este medíocre país de uma forma que mais nenhuma instituição o tem feito... Perante, a gentalha ordinária, que teima em não querer admitir a superioridade do MELHOR, do MAIOR CLUBE PORTUGUÊS!
Simplesmente fantástico, nada mais tenho a dizer...
ResponderEliminarBIBÓ PORTO
BIBÓ PINTO DA COSTA
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ResponderEliminarEstá enganado na razão fundamental. Tivesse alcançado Pinto da Costa o que alcançou como presidente dos outros aí de baixo, salvo seja, e mesmo com a mesquinhez desta miséria que bem descreve, seria alvo de endeusamento e glorificação nacional.
ResponderEliminarMas há dúvidas?