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Há três semanas, quando escrevi o meu primeiro texto, prometi aprofundar alguns pontos que fui abordando no mesmo. Tinha até algumas notas soltas para o fazer já hoje. Contudo, os acontecimentos desta semana levaram-me a alterar radicalmente esses meus pensamentos.
Vou então abordar a postura do Futebol Clube do Porto na comunicação social. Não me vou referir apenas ao clube em si, mas também a todos os Portistas que têm o poder de se manifestar publicamente enquanto tal. Durante este ano, a postura do clube faz-me recordar a época 2009/2010. Com as saídas de jogadores das papoilas saltitantes, grande parte dos Portistas achou que a época estava controlada. A atitude de superioridade foi comum a muitos e o espírito guerreiro que nos caracteriza desapareceu. Esta postura, em tudo semelhante a 2009/2010, costuma dar asneira. Na época do túnel, clube e adeptos acordaram tarde, muito tarde. As 10 vitórias seguidas não impediram que os mouros festejassem o título e nem o apuramento para a Champions foi conseguido (há males que vêm por bem, dirão alguns…). Na época dos Capelas e demais senhores com “muito futuro” no futebol português, clube e adeptos mantiveram esse espírito desleixado e superior. O Futebol Clube do Porto tem, desde a 1ª jornada, razões objectivas de queixa da arbitragem. Clube e adeptos foram “comendo e calando”, sendo o treinador a única voz a tocar nesse ponto. Quando o fez, não foram raras as vezes em que os primeiros a criticá-lo foram os próprios Portistas.
Onde estão os paineleiros Portistas?
Pois, infelizmente, muitos destes são os primeiros abutres da praça pública. Compreendo que o clube nem sempre pode dar o peito às balas, até porque não tem a liberdade nem goza da impunidade que outros têm, não pode nem deve fazer o choradinho após todo e qualquer erro de arbitragem. Acho que pode e deve ser duro e objectivo quando tiver que o fazer, sem fazer disso regra. Foi assim que nos habituou, essencialmente desde 1982, data da entrada para a presidência do melhor presidente da história do futebol mundial. Muito antes de o clube formalizar o acordo com o Porto Canal, já o defendia publicamente e em sede própria (como podem ver aqui). O Porto Canal pode e deve ser o local onde os comentadores defendem o Futebol Clube do Porto com “unhas e dentes”, o local onde devemos ser objectivos a desmontar as teias que nos vão sendo montadas pelos nossos inimigos. Essa defesa deve ser cabal e feita com elevação, NUNCA entrando nas vergonhas que todos conhecemos e que podem ser vistas lá por Carnide.
Se Bernardino Barros comenta (muito bem, a meu ver) futebol e os jogos do Futebol Clube do Porto, tem que haver mais alguém com capacidade para dar a cara na defesa dos nossos interesses. Os demais Portistas com espaços públicos para defender o clube são, uma vez mais, os primeiros a encontrar inimigos cá dentro. Muitos parece estar mais interessados em carreiras pessoais do que empenhados na defesa séria e eficaz do clube. O caso mais flagrante é o de Miguel Sousa Tavares que, além de escrever num dos jornais oficiais das papoilas saltitantes, consegue ter várias vezes chamadas de capa com frases que conseguem irritar a pessoa mais calma do mundo. Confesso que, por vezes, tento ler o que escreve, mas são raras as vezes que consigo chegar a meio do texto, tais são os disparates que se vão encontrando. Há mais Portistas com espaço em programas de televisão (que não consumo) e em jornais. Contudo, a sua voz não se faz ouvir. Sejam “paineleiros” ou não, não conseguem ter o poder de defender o clube como deviam. Numa altura em que qualquer badameco diz o que quer sobre o Futebol Clube do Porto e tem todo o crédito por isso (até Rui Tordo, filho de Fernando Tordo consegue vomitar algumas coisas sobre o nosso presidente), numa altura em que qualquer escritora é chamada a reality shows com o objectivo de desenterrar mais algumas revelações sobre o nosso Presidente, numa altura em que canais de televisão divulgam em primeira mão escutas (ainda ninguém conseguiu descobrir quem colocou as outras no Youtube? Mizé, onde andas tu?), está na altura de os Portistas e o Futebol Clube do Porto se fazerem ouvir!
No futebol, faltam 4 finais e o mínimo que se pede é que façamos o nosso trabalho e conquistemos os 12 pontos em falta. O TRI não é uma miragem, é um objectivo ainda possível, apesar das Capelas que vamos encontrando DESDE A PRIMEIRA JORNADA. Estes colinhos não apareceram agora, apesar de só agora alguns terem acordado para esta realidade, pois durante a época preferiram gastar energias a atacar o Futebol Clube do Porto, o seu treinador e jogadores. No hóquei, acredito que o resgate será uma realidade, suspeitando mesmo que esta pode vir a ser uma época de sonho. No andebol, o penta parece estar perto, mas ainda há um longo caminho a percorrer por Obradovic e os seus pupilos. No basket, o orgulho em ver estes miúdos a honrar a camisola do Futebol Clube do Porto mantém-se. Uns dirão que não se pode ganhar sempre. Numa Assembleia Geral do clube, há cerca de três anos, um associado proferiu uma frase que nunca mais me saiu da cabeça: “Não está escrito em lado nenhum que não se pode ganhar sempre...”.
BAMBORA Fê Cê Pê!
Luís Marques
P.S. - Manuel Mota na Madeira. O andor continua! 11 jogadores expulsos em jogos contra o inimigo e 18 (!!!) jogadores suspensos em jogos contra os mesmos.
Vou então abordar a postura do Futebol Clube do Porto na comunicação social. Não me vou referir apenas ao clube em si, mas também a todos os Portistas que têm o poder de se manifestar publicamente enquanto tal. Durante este ano, a postura do clube faz-me recordar a época 2009/2010. Com as saídas de jogadores das papoilas saltitantes, grande parte dos Portistas achou que a época estava controlada. A atitude de superioridade foi comum a muitos e o espírito guerreiro que nos caracteriza desapareceu. Esta postura, em tudo semelhante a 2009/2010, costuma dar asneira. Na época do túnel, clube e adeptos acordaram tarde, muito tarde. As 10 vitórias seguidas não impediram que os mouros festejassem o título e nem o apuramento para a Champions foi conseguido (há males que vêm por bem, dirão alguns…). Na época dos Capelas e demais senhores com “muito futuro” no futebol português, clube e adeptos mantiveram esse espírito desleixado e superior. O Futebol Clube do Porto tem, desde a 1ª jornada, razões objectivas de queixa da arbitragem. Clube e adeptos foram “comendo e calando”, sendo o treinador a única voz a tocar nesse ponto. Quando o fez, não foram raras as vezes em que os primeiros a criticá-lo foram os próprios Portistas.
Onde estão os paineleiros Portistas?
Pois, infelizmente, muitos destes são os primeiros abutres da praça pública. Compreendo que o clube nem sempre pode dar o peito às balas, até porque não tem a liberdade nem goza da impunidade que outros têm, não pode nem deve fazer o choradinho após todo e qualquer erro de arbitragem. Acho que pode e deve ser duro e objectivo quando tiver que o fazer, sem fazer disso regra. Foi assim que nos habituou, essencialmente desde 1982, data da entrada para a presidência do melhor presidente da história do futebol mundial. Muito antes de o clube formalizar o acordo com o Porto Canal, já o defendia publicamente e em sede própria (como podem ver aqui). O Porto Canal pode e deve ser o local onde os comentadores defendem o Futebol Clube do Porto com “unhas e dentes”, o local onde devemos ser objectivos a desmontar as teias que nos vão sendo montadas pelos nossos inimigos. Essa defesa deve ser cabal e feita com elevação, NUNCA entrando nas vergonhas que todos conhecemos e que podem ser vistas lá por Carnide.
Se Bernardino Barros comenta (muito bem, a meu ver) futebol e os jogos do Futebol Clube do Porto, tem que haver mais alguém com capacidade para dar a cara na defesa dos nossos interesses. Os demais Portistas com espaços públicos para defender o clube são, uma vez mais, os primeiros a encontrar inimigos cá dentro. Muitos parece estar mais interessados em carreiras pessoais do que empenhados na defesa séria e eficaz do clube. O caso mais flagrante é o de Miguel Sousa Tavares que, além de escrever num dos jornais oficiais das papoilas saltitantes, consegue ter várias vezes chamadas de capa com frases que conseguem irritar a pessoa mais calma do mundo. Confesso que, por vezes, tento ler o que escreve, mas são raras as vezes que consigo chegar a meio do texto, tais são os disparates que se vão encontrando. Há mais Portistas com espaço em programas de televisão (que não consumo) e em jornais. Contudo, a sua voz não se faz ouvir. Sejam “paineleiros” ou não, não conseguem ter o poder de defender o clube como deviam. Numa altura em que qualquer badameco diz o que quer sobre o Futebol Clube do Porto e tem todo o crédito por isso (até Rui Tordo, filho de Fernando Tordo consegue vomitar algumas coisas sobre o nosso presidente), numa altura em que qualquer escritora é chamada a reality shows com o objectivo de desenterrar mais algumas revelações sobre o nosso Presidente, numa altura em que canais de televisão divulgam em primeira mão escutas (ainda ninguém conseguiu descobrir quem colocou as outras no Youtube? Mizé, onde andas tu?), está na altura de os Portistas e o Futebol Clube do Porto se fazerem ouvir!
No futebol, faltam 4 finais e o mínimo que se pede é que façamos o nosso trabalho e conquistemos os 12 pontos em falta. O TRI não é uma miragem, é um objectivo ainda possível, apesar das Capelas que vamos encontrando DESDE A PRIMEIRA JORNADA. Estes colinhos não apareceram agora, apesar de só agora alguns terem acordado para esta realidade, pois durante a época preferiram gastar energias a atacar o Futebol Clube do Porto, o seu treinador e jogadores. No hóquei, acredito que o resgate será uma realidade, suspeitando mesmo que esta pode vir a ser uma época de sonho. No andebol, o penta parece estar perto, mas ainda há um longo caminho a percorrer por Obradovic e os seus pupilos. No basket, o orgulho em ver estes miúdos a honrar a camisola do Futebol Clube do Porto mantém-se. Uns dirão que não se pode ganhar sempre. Numa Assembleia Geral do clube, há cerca de três anos, um associado proferiu uma frase que nunca mais me saiu da cabeça: “Não está escrito em lado nenhum que não se pode ganhar sempre...”.
BAMBORA Fê Cê Pê!
Luís Marques
P.S. - Manuel Mota na Madeira. O andor continua! 11 jogadores expulsos em jogos contra o inimigo e 18 (!!!) jogadores suspensos em jogos contra os mesmos.
Subscrevo totalmente o post. Mas sobre a questão do Porto Canal vou mais longe.
ResponderEliminarSe o canal é gerido pelo F.C.Porto, pelo menos nos espaços do F.C.Porto, tem de ter gente que não esteja a analisar ou comentar, preocupada se o que diz vai desagradar alguém e isso lhe possa trazer inconvenientes no futuro. Para mim, quem analisa e comenta no PC, não pode estar com um pé num lado e outro noutro. Para mim não faz qualquer sentido que o responsável máximo do PC, Juca Magalhães, seja colunista de um jornal como o Record. Para mim, apesar de gostar muito do Paulo Futre, não faz sentido ter um programa de 1 hora e 30 minutos, onde o Futre é a grande estrela e não ter um programa semelhante, d efutebol puro e duro, para o F.C.Porto. Programa com gente do F.C.Porto, gente que não tem problemas em dizer o que precisa de ser dito, como por exemplo, o Rodolfo Reis, que é muito mais Porto que o Paulo Futre.
Em tempos de crise, ainda se potencia mais o mito dos "6 milhões", tudo serve para alimentar a onda. Por isso, as dificuldades aumentam, a luta fica muito mais difícil, as armas são desproporcionais. No entanto, se o exemplo vier de cima, o Porto guerreiro, valente, que até pode quebrar, mas não torce, regressar, podemos atenuar as dificuldades e minimizar os danos.
Tem de ser é desde o 1º dia e não quando as coisas estão quase perdidas.
Abraço
assino na íntegra e por baixo, todo este pecúlio escrito que aqui nos trouxeste hoje.
ResponderEliminarde facto, há muito, muito, demasiado tempo que a única voz que temos em "casa" para defender o clube, é o treinador à data, seja ele qual for, o que me leva a sorrir envergonhadamente, mas ao mesmo tempo, a fazer-me levantar 1001 perguntas que ninguém me sabe responder.
tamos mansos? mas é claro que tamos mansos, só não vê isso quem não quer ver... ainda que por vezes tenha dificuldades em discernir onde está mesmo a verdade... tamos mansos ou tamos pura e simplesmente armados em uns novos-ricos?
uma e outra possibilidade, fazem-me dar uma volta ao estômago só de pensar naquilo que já fomos e aquilo que há muito nos tornamos.
e não é com Porto Canais a funcionar daquele modo que lá vamos... é verdade que não quero, não desejo, nem tão pouco me passa pela cabeça ver um nosso canal transformado no estilo daquele outro chiqueiro que é o dos lá de baixo, mas tb tão mansos, bem, não lembra ao diabo.
mas enfim, agora, falar já vai tarde.... mto tarde!
resta-nos fazer o nosso papel, ganhar os 4 jogos... e esperar, não podemos fazer muito mais.
Texto bem escrito, bem documentado, com visão e demonstrando atenção ao que se passou durante toda a temporada. Registo e concordo com o que foi dito quanto ao andebol e hóquei.
ResponderEliminarQuanto ao futebol, façamos a nossa parte e depois logo se vê. Mas, de uma maneira ou de outra, este campeonato fica ligado para sempre às CAPELADAS.
Boa tarde,
ResponderEliminarA grande questão que se me coloca quanto ao Porto Canal é: PORQUE RAZÃO TUDO CONTINUA NA MESMA, PORQUE NÃO VAI ESTE CANAL DE ENCONTRO ÀQUILO QUE OS ADEPTOS HÁ TANTO RECLAMAM? QUEREMOS UM CANAL QUE DEFENDA DE FORMA INTRANSIGENTE OS INTERESSES DO NOSSO AMADO CLUBE E NÃO APENAS UM CANAL SIMPÁTICO E CORDEAL!!
J, Carcavelos
Luís, estou totalmente de acordo com a tua visão, sobretudo quanto ao Porto Canal. Desde o início o Presidente disse - e nós concordámos - que queria um Porto Canal com nível e longe do lodo em que se move o canal das papoilas. Até aí estamos de acordo. Mas isso não significa que tenhamos de ter uma atitude isenta como se fôssemos um canal convencional. Não! O Porto Canal deve passar a nossa visão, deve ser usado como um veículo daquilo que nós temos a dizer e que os outros órgãos de comunicação social desprezam ou distorcem. A meu ver, a par da transmissão de jogos, é essa a principal missão do Porto Canal. Todo o restante conteúdo, entrevistas com jogadores, reportagens, etc. é muito interessante e gosto muito de ter acesso a ele, mas este papel é mais importante. Finalmente temos uma plataforma suficientemente poderosa para nos fazermos ouvir, e não podemos desperdiçá-la. Abraço azul e branco!
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