15 setembro, 2013

45 Minutos à Porto

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

FC Porto 2-0 Gil Vicente

Liga 2013/14, 4.ª jornada
14 de Setembro de 2013
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.517 espectadores


Árbitro: Hugo Pacheco (Porto).
Assistentes: Alexandre Freitas e Pedro Miguel Ribeiro.
Quarto árbitro: Manuel Oliveira.

FC PORTO: Helton (cap.); Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Defour e Quintero; Varela, Jackson Martínez e Licá
Substituições: Maicon por Mangala (17m), Licá por Lucho (62m) e Quintero por Ricardo (77m).
Não utilizados: Fabiano, Josué, Ghilas e Carlos Eduardo.
Treinador: Paulo Fonseca.

GIL VICENTE: Adriano; Gabriel, Peck’s, Luan e Luís Martins; Keita, César Peixoto (cap.) e João Vilela; Draman, Brito e Diogo Viana.
Substituições: Draman por Bruno Moraes (34m), Brito por Pitbull (62m) e César Peixoto por Avto (77m).
Não utilizados: Caleb, Vítor Vinha, Vítor Gonçalves e Nélson Agra.
Treinador: João de Deus.

Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Varela (8m) e Jackson (27m).
Cartões amarelos: Mangala (41m), Luís Martins (62m) e Varela (76m).
Cartões vermelhos: -.

Quatro jogos, quatro vitórias, doze pontos, liderança isolada. Assim vai o campeão na Liga ZonSagres 2013-14. Depois da interrupção, devido aos compromissos da selecção, a liga portuguesa regressou este fim de semana e o FC Porto recebeu o Gil Vicente. Diga-se de passagem que a equipa de Barcelos revelou neste jogo e tem revelado, até ao momento, ser uma equipa muito bem orientada por um treinador jovem.

O jogo teve duas partes completamente distintas. Vamos por partes.

O FC Porto apresentou duas surpresas em relação ao último jogo realizado frente ao P. Ferreira. No lugar de Josué surgiu Varela regressado de uma lesão de um mês e no lugar de Lucho apareceu Quintero. Paulo Fonseca, aparentemente, começa a dar sinais de fazer uma gestão equilibrada do plantel, ora dando oportunidades a todos os jogadores, ora gerindo os activos, tendo em vista os vários compromissos importantes e exigentes que se avizinham.

Na primeira parte, o FC Porto fez um jogo muito bem conseguido perante um Gil Vicente muito fechado em 4X3X3, com todos os jogadores atrás da linha de bola, com as linhas muito recuadas e muitas juntas. Apesar deste cenário, o FC Porto conseguiu trocar bem a bola em espaços curtos e Quintero foi importante para ajudar a abrir a defesa barcelense. O jogador colombiano pareceu algo ansioso nos minutos iniciais mas depois soltou-se e criou os desequilíbrios que todos nós esperamos ver ao longo da época.

Não foi com surpresa que o FC Porto abriu o marcador aos 8 minutos pelo regressado Varela, um jogador importante na manobra da equipa. Este golo vem dar motivação a um jogador que ainda não se encontra nas melhores condições físicas depois de uma paragem mais ou menos longa. Varela marcou na sequência de um pontapé de canto em que Quintero cruzou para a grande área e Maicon assistiu o avançado que à segunda inaugurou o marcador.

O Gil Vicente acusou o golo madrugador mas não alterou a sua forma de jogar. O FC Porto continuou a jogar no meio campo gilista, asfixiando-o e a trocar a bola em espaços muito reduzidos. Aos 27 minutos, Jackson Martínez, pois claro, voltou a marcar pela equipa do FC Porto igualando o recorde de Falcao que tinha marcado também nos primeiros 4 jogos da liga. Na sequência de um jogada rápida, com excelentes trocas de bola, Danilo cruza da direita, Licá cabeceia para a baliza, o guarda-redes do Gil Vicente defende para a frente e Jackson surge a empurrar a bola para a baliza deserta. O resultado estava feito, o objectivo cumprido.

O Gil Vicente viu a sua estratégia completamente desmontada antes da meia hora de jogo e decidiu mudar o seu figurino. Do 4X3X3 inicial, passou a jogar em 4X5X1, substituindo Derman por Bruno Moraes. Diogo Viana deixou a frente de ataque e passou para a ala. O Gil Vicente estendeu a equipa no relvado, alargando o espaço entre as linhas. Estavam decorridos 32 minutos de jogo. Ora esta mudança criou mais dificuldades ao FC Porto, ao contrário do que seria previsto, pois com esta alteração seria de esperar que o FC Porto pudesse explanar o seu futebol com maior à vontade.

Até ao intervalo, o FC Porto ainda poderia ter aumentado o resultado por duas vezes mas o alvo não foi atingido.

Na segunda parte, o jogo não existiu praticamente. O FC Porto foi para o intervalo e o jogo parece que terminou ali. Na etapa complementar, o Gil Vicente colocou Pitbull para dar maior velocidade à equipa de Barcelos e tentou, sem êxito, chegar à baliza do FC Porto.

O FC Porto, pelo seu lado, baixou bastante de rendimento, as jogadas não sairam bem como se tinha visto no primeiro tempo e alguns jogadores começar a manifestar algum desgaste físico resultante dos jogos e das viagens ao serviço das selecções. É a factura a pagar de ter no plantel grandes jogadores.

Por outro lado, o FC Porto começou a pensar no jogo da próxima Quarta-feira em Viena a contar para a 1ª Jornada da fase de grupos da liga dos campeões. A gestão começou a ser feita a partir do momento em que se sentiu que o jogo estava resolvido. No subconsciente dos jogadores, essa situação passou a estar presente e a importância de entrar bem na prova milionária é bastante significativa.

Paulo Fonseca decidiu mexer na equipa a meio da segunda parte. Fez sair Licá, algo desgastado, e entrou para o seu lugar Lucho González com o propósito de pressionar mais alto. Quintero foi colocado na ala e desapareceu de vez do jogo. Seria substituído pouco tempo depois por Ricardo.

No entanto, o FC Porto ainda teve oportunidades de golo por Jackson, Defour e Fernando. O Gil Vicente teve a única oportunidade do jogo apenas aos 81 minutos após uma defesa incompleta de Helton.

Registo ainda para um erro clamoroso do árbitro da partida a considerar uma simulação de falta de Varela na área gilista, quando o Drogba da Caparica sofreu autenticamente uma obstrução e para o infortúnio de Maicon, regressado à titularidade recentemente, que sofreu nova lesão, sendo substituído por Mangala.

O FC Porto regressa aos trabalhos amanhã de manhã, tendo em vista o jogo da próxima Quarta-feira com o Austria de Viena no mítico Prater.



DECLARAÇÕES

PAULO FONSECA

“Nunca procuro desculpas quando as coisas não correm bem. Fizemos uma grande primeira parte, na qual tivemos momentos brilhantes, mas não soubemos gerir o jogo da segunda, na qual podíamos e devíamos ter feito mais”, começou por afirmar o técnico dos tricampeões nacionais, que sublinhou a sua satisfação por um resultado que considerou justo.

“Estou naturalmente satisfeito pela vitória. Aliás, vencemos todos os jogos oficiais até ao momento, algo que era um dos nossos objectivos, porque queremos vencer sempre. Esta vitória, que não sofre qualquer contestação, assume particular importância por ser no início de uma semana difícil, em que iniciamos a nossa participação na UEFA Champions League”, considerou Paulo Fonseca.

Relativamente à ausência do castigado Steven Defour na estreia na UEFA Champions League 2013/14, frente ao Áustria de Viena, Paulo Fonseca acredita que a equipa não se irá ressentir. “O que o Defour tem feito pela equipa é grandioso mas nem sempre é valorizado. É um jogador muito importante e, ao mesmo tempo, muito diferente do João Moutinho. Tenho a certeza que a equipa saberá responder à altura”.



RESUMO DO JOGO

6 comentários:

  1. Como habitualmente... 5 **! Nada a opor.

    Abraço azul forte.

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  2. resumo em imagens:

    http://videos.sapo.pt/WYj9EzA6rjaMtMZ1AzSN

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  3. Num jogo em que o FC Porto chegou cedo à vantagem e com o jogo da CL no horizonte, era expectável uma natural gestão do resultado e do esforço.

    Porém, a equipa escolheu muito mal a forma de o fazer. Alheou-se do jogo, desleixou-se e permitiu que a sua baliza ficasse uma série de vezes à mercê do seu frágil adversário. Por sorte a pontaria dos rematadores do Gil Vicente estava desafinada, senão não sei não.

    Espero que Paulo Fonseca consiga despertar os jogadores em situações similares, porque senão vai ter grandes dissabores.

    Por tudo isto, gostei de grande parte da primeira parte, período em que a equipa produziu jogadas bonitas, criou oportunidades e não deixou o adversário acercar-se com perigo à sua área. Depois foi o descalabro.

    Um abraço

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  4. jogo próprio de proximidade com jornada da liga dos campeões... aquilo é correr um bocadinho, marcar 1 ou 2 golinhos, e depois, "enconar" qb... já o habitual.

    no resto, 4 jogos, 4 vitórias, 12 pontos... é o que fica prá história.

    apenas três apontamentos, que valem o que vale, pouco, quero dizer:

    1- ai se fosse o Vitor Pereira no banco, com um joguinho daqueles de coneirice?!

    2- Ghilas, está ali a fazer o quê afinal? se estamos a ganhar, não joga... se estamos empatados, não joga... se vai aquecer, também não entra... de facto, há aspectos do arco da velha para ajudar a moralizar a cabeça de alguns atletas?!

    3- Quintero e mais Quintero, em todo o lado, e na boca de tantos... vi-o fazer mais e muito melhor nos 15min que foi jogando por jogo até aqui... do que o que fez nos primeiros 77min a titular.

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  5. O que o Blue Boy diz sobre o Quintero é bem verdade!

    Abraço.

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  6. Portista em Lisboa16 setembro, 2013

    Muito boa tarde caros portistas:
    gostei da primeira parte, acho que o Quintero tem que jogar mais vezes, em substituição do nosso bem amado Lucho, sobretudo nos jogos no Dragão, mas já é tempo de dar minutos ao Ghilas!!!
    Um abraço.

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