31 janeiro, 2015

A PAIXÃO DO CAPELA - A ARBITRAGEM NACIONAL.

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Nos últimos anos o nível da arbitragem no nosso país tem sido cada vez pior mas quem olha para a imprensa que deveria ser isenta e imparcial, ou pelo menos enquanto leigo é esse o entendimento que faço do código deontológico dos senhores jornalistas, pensa que afinal isto tem vindo a melhorar. Agora até já deram aos árbitros portugueses auriculares e sprays para eles sinalizarem rapidamente as faltas para que o jogo seja mais fluido e com menos erros. Apesar disto os jogos do nosso principal escalão continuam a ser curtos em termos de tempo útil. Ainda no passado domingo o Sr. Capela esteve com problemas no seu equipamento de som e roubou ao jogo alguns minutos que não foi capaz de repor. Será que é falta de qualidade ou o comportamento destes srs. é premeditado. Eu gostava muito de acreditar que os árbitros quando não acertam é por infelicidade e que no fim da época no deve e haver as equipas não terão grandes razões de queixa. Mas o que vejo em campo e algumas coisas que leio parecem querer demonstrar o contrário.

No dia 21 em jogo da taça Lucílio na deslocação do FC Porto a Braga o apitador da AF Porto Cosme Machado colocou o FC Porto com 9 na 1ª parte (como todos se recordam) e usou de uma brilhante dualidade de critérios ao longo dos mais de 92 minutos de jogo sempre em prejuízo do clube mais titulado no futebol nacional. Mas como uma noite de infelicidade nunca vem só 5 dias depois o “amigo” que fez a melhor arbitragem que me lembro num jogo em Portugal, Bruno Paixão em Campo Maior a 19-Fev-2000,


conseguiu mais uma vez demonstrar todas as suas qualidades onde não marca um penalti claríssimo a favor dos locais e 5 minutos depois consegue de forma esclarecida marcar um penalti fantasma para os habituais beneficiários do regime. Aos 89 minutos hesitou e esperou durante 6 segundos que alguém (4º árbitro ou assistente do lado contrário ao lance) o mandasse marcar um penalti claríssimo a favor dos locais.

Esta análise não é minha mas sim dos “especialistas” em arbitragem que opinam a imprensa escrita.

Depois das brilhantes prestações recentes dos árbitros onde estas são apenas exemplos somos ainda surpreendidos com declarações de um ex-árbitro que nunca pode ser acusado de ser próximo do FC Porto onde coloca em causa a honorabilidade de alguns árbitros (Cosme Machado e Bruno Paixão) sem que da parte dos visados se tenha ouvido qualquer intenção de intentarem qualquer processo judicial contra o autor das declarações.

Ainda esta semana fomos, ainda, presenteados com a sessão de entrega das insígnias FIFA aos árbitros e lá pelo meio aparecem 2 nomes desconhecidos, pelo menos por mim e por muitos com quem falei, que são Tiago Martins e Fábio Veríssimo. Fui procurar um pouco de informação sobre estes 2 árbitros que pouco se conhecia e descobri que subiram à 1ª categoria em 2014 e chegam a internacionais em 2015 sem terem apitado para a 1ª Liga ou Taça de Portugal qualquer jogo de grau de dificuldade elevada. Descobri que são árbitros da metade inferior do país, um da AF Lisboa e outro da AF Leiria. Além disso descobri que o 1º apitou na sua “vasta” carreira 4 jogos da Liga Portuguesa e 8 da Taça de Portugal enquanto o 2ª apitou 5 jogos da Liga Principal e 8 da Taça de Portugal. O apitador da AF Lisboa na passada quarta-feira mostrou no Dragão as suas "qualidades" ao transformar um penalti sobre Jackson Martinez numa simulação e ainda lhe mostrou o cartão amarelo.

Quo vadis arbitragem portuguesa?

Espero que seja apenas um período menos feliz dos apitadores nacionais e que a breve trecho a balança do deve e haver comece a ficar equilibrada para todos os concorrentes mas para isso algumas equipas irão passar por um período conturbado ao nível das arbitragens dos seus jogos porque neste momento apresentam um saldo muito positivo de apoios destes senhores e outros irão passar por um período em que as decisões lhes serão favoráveis já que foram largamente prejudiciais. Infelizmente isto que antes escrevi não acredito que seja a verdade dos próximos tempos pelo que nos resta preparar para lutar dentro do campo sempre contra 14.

Até breve,

Delindro

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