17 janeiro, 2015

TRIO RESOLVE NA PISCINA.

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penafiel-FC PORTO, 1-3

Primeira Liga, 17ª jornada
Sábado, 17 Janeiro 2015 - 20:15
Estádio: Estádio Municipal 25 de Abril, Penafiel
Assistência: -


Árbitro: Artur Soares Dias (Porto).
Assistentes: Rui Licínio e João Silva.
4º Árbitro: Jorge Ferreira.

PENAFIEL: Tiago Rocha, Dani Coelho, Pedro Ribeiro, Bura, Vítor Bruno, Ferreira, Rafa Sousa, André Fontes, João Martins, Rabiola, Paulo Grilo.
Suplentes: Tiago Valente, Guedes (73' Paulo Grilo), Aldaír (66' João Martins), Bruninho, Nélson, Henrique (55' Bura), Romeu Ribeiro.
Treinador: Rui Quinta.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Martins Indi, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Quaresma, Jackson Martínez, Tello.
Suplentes: Andrés Fernández, Marcano (54' Quaresma), Quintero, Evandro (66' Casemiro), Adrián López (83' Jackson Martínez), Ricardo, Campaña.
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-2.
Marcadores: Herrera (30'), Jackson Martínez (34'), Rabiola (50'), Óliver Torres (62').
Disciplina: cartão amarelo a Casemiro (21'), Dani Coelho (41'), Danilo (49').

O FC Porto obteve uma vitória indiscutível esta noite no lamaçal do Estádio 25 de Abril. Apesar dos comentadores da tv que transmitiu o jogo colocarem em causa a legalidade dos golos do FC Porto, o certo é que a vitória foi indiscutível, clara e sem espinhas, dentro de toda a legalidade.

Após a derrota com os marroquinos, o Dragão não voltou a conhecer outro resultado senão a vitória. Desde então, já lá vão quatro vitórias na Liga Portuguesa e dois na Taça da Liga. Esta noite, em Penafiel, a vitória passou por uma equipa lutadora onde sobressaiu um trio: Jackson, Óliver e Herrera.

Jackson por ter estado nos 3 golos. Iniciou a jogada do primeiro com uma desmarcação soberba para Casemiro que Herrera aproveitou para inaugurar o marcador; marcou o segundo a passe de Óliver; voltou a iniciar a jogada do terceiro com um toque soberbo, ludibriando dois adversários.

Óliver por ter estado no segundo golo, fazendo a assistência para Jackson e por ter marcado o terceiro golo. O miúdo tomou o gosto pelo golo e é cada vez mais peça fulcrar nesta equipa. Pergunto se não seria possível ao FC Porto pagar a sua cláusula de rescisão ao invés de comprar 3 ou 4 jogadores de duvidosa qualidade. Além disso, Óliver encheu o campo – perdão, o lamaçal – parecendo tornar o jogo mais simples.

Herrera, pelas mesmas razões do seu colega espanhol, mandou no meio-campo e marcou o primeiro golo. A cada jogo que passa, cresce a olhos vistos. A titularidade de Herrera é indiscutível no actual FC Porto.

Apesar de ter pela frente uma equipa que ocupa a penúltima posição da tabela com apenas 11 pontos, o FC Porto sabia que não iria ter neste jogo uma tarefa fácil. As dificuldades aumentariam com as condições péssimas do relvado e essas dificuldades iriam ser maiores com a degradação do mesmo ao longo do jogo. Por isso, ao FC Porto não restava senão assumir as despesas do jogo, entrar com grande intensidade e tentar marcar o mais cedo possível. Caso contrário, a situação poderia tornar-se complicada para a equipa portista, provocando nervosismo e desgaste físico e psicológico.

A turma de Rui Quinta entrou sem complexos no jogo. Num relvado inicialmente encharcado pela chuva que não dava tréguas, na primeira parte o jogo até ganhou velocidade, apesar da água que não parava de cair. O Penafiel deu boa réplica e pergunto-me como é possível este Penafiel estar no fundo da tabela. Tem qualidade para voos mais altos.

O golo chegou aos 30 minutos por Herrera que só teve que encostar após uma soberba desmarcação de Jackson para Casemiro. Este rematou para a baliza, a bola travou no lamaçal junto à mesma e Herrera vindo de trás empurrou para as malhas.

O Penafiel ainda tentou reagir nos minutos seguintes, mas o FC Porto já tinha tomado o controlo do jogo. Três minutos depois, aos 33, Jackson, para não variar, fez o 2-0, respondendo a um centro de Óliver. Antes do intervalo sentia-se que o jogo estava resolvido e o FC Porto até ao descanso poderia ter atingido outro score não fosse o desacerto de Quaresma no momento da finalização.

No regresso dos balneários, o relvado estava quase impraticável. No meio-campo para onde o FC Porto iria atacar, via-se uma autêntica piscina, ao invés do meio-campo defensivo portista onde a bola ainda circulava. Além disso, o FC Porto iria jogar contra o vento. O jogo, no entanto, parecia resolvido mas os primeiros minutos da etapa complementar veio mostrar que o futebol é um desporto imprevisível.

O FC Porto não conseguia sair a jogar e os primeiros quinze minutos foram algo penosos para a equipa portista. Aos 52 minutos, na conversão de um livre para a área dos Dragões, a bola ficou presa no lamaçal, Maicon e Casemiro não conseguiram afastar a bola e Rabiola reduziu para 1-2.

O FC Porto vacilou até perto dos 60 minutos. O Penafiel encostou os Dragões atrás e Julen Lopetegui sentiu necessidade de fazer mudanças. Retirou Quaresma e reforçou o meio-campo com Marcano. O jogo e o campo pediam músculo e era necessário segurar e voltar a controlar o jogo. Marcano, Herrera e Casemiro passaram a formar um muro de betão e Óliver descaiu para as alas, ocupando o lugar de Quaresma.

Aos 61 minutos, Jackson junto à linha final tirou do seu caminho dois defesas contrários com um toque de génio, cruzou para a área. Herrera e Casemiro cabecearam a bola, esta ficou à mercê do brasileiro que centrou para a baliza penafidelense onde Óliver empurrou para as malhas sobre a linha de baliza.

O jogo ficou resolvido. Até ao fim, o FC Porto geriu o jogo, procurou não se desgastar num campo pesadíssimo e começou a pensar nos próximos jogos: 4ª feira em Braga para a Taça da Liga e Domingo no Funchal frente ao Marítimo para a Liga Portuguesa. Dois difíceis e exigentes compromissos. Nota ainda para duas substituições no FC Porto. Evandro entrou para o lugar de Casemiro e Adrián López substituiu Jackson.



DECLARAÇÕES

Lopetegui: “Lutámos e mostrámos carácter”

​Apesar de considerar que o Penafiel-FC Porto foi um jogo “condicionado” pela intempérie e pelas condições do relvado, Julen Lopetegui deixou elogios à forma como os Dragões se souberam adaptar às circunstâncias e sublinhou o espírito combativo da equipa, que somou diante do Penafiel a sexta vitória consecutiva em jogos oficiais. No que diz respeito à luta pelo primeiro lugar, o treinador basco acredita que “ainda é cedo para se fazer contas”.

“Foi claramente um jogo condicionado pelas péssimas condições climatéricas e do relvado. Creio que pudemos e conseguimos jogar um pouco mais na primeira parte, mas na segunda tivemos de nos adaptar ao facto de o relvado estar quase impraticável. Felizmente, conseguimos fazer golos na primeira parte e isso ajudou-nos a abordar melhor o resto do jogo. Lutámos, mostrámos caracter e soubemos adaptar-nos as circunstâncias difíceis que envolveram este jogo. A equipa soube competir e disputar o jogo da melhor maneira. Fomos melhores e justos vencedores", declarou Julen Lopetegui após o triunfo por 3-1 sobre o Penafiel.

Como habitual, o técnico recusou-se a analisar a situação na classificação da Liga portuguesa e até o compromisso da próxima quarta-feira frente ao Sporting de Braga, para a Taça da Liga. Sobre o futuro, apenas breves palavras: "As vitórias são consequência do trabalho e ainda é cedo para se fazer contas. Conquistámos os três pontos e já estamos a pensar no próximo jogo”.



ARBITRAGEM



RESUMO DO JOGO

2 comentários:

  1. Penafiel 1 – FC Porto 3
    No lamaçal de Penafiel um Porto que envergou o fato de trabalho recusando, como sempre, o traje de “gala” e a “nota artística” à moda da “capital do Império”!
    Para lá dos aspectos técnico-tácticos do jogo, para lá dos lances de jogo e dos golos, houve um acontecimento que marcou a transmissão televisiva (Sport TV) e o próprio encontro. Aquando do primeiro golo do FC Porto os iluminados locutores de serviço apressaram-se a dar o veredicto redentor: o golo havia sido precedido de fora-de-jogo! Não fiquei convencido e, porque já sei “o que a casa gasta”, aguardei por imagens mais esclarecedoras. Ao longo da partida os visionários repetiram o libelo até à exaustão. Mas eis que, perto do final do encontro, aparecem as tais imagens que, por artes mágicas, permaneceram escondidas durante largo tempo… E, com muita prosápia (eu diria… grande lata!), os iluminados chegam à brilhante conclusão que afinal NÃO ERA FORA-DE-JOGO! Com menos jactância, pensei num palavrão medonho como resposta. Mas por respeito à minha gata “Carochinha” (que também é portista…) fiquei calado e com vontade de ir ao focinho dessas bestas… Enfim, mais do mesmo no reino da mouraria e “nós por cá, tudo bem!”
    Nota: para jogadores da craveira técnica dos do FC Porto é um crime jogar-se nestas condições. O futebol também é arte – á moda do Norte! – não é rugby em que a força predomina. Contudo a equipa portista soube ultrapassar as dificuldades abdicando de pormenores técnicos que seriam irrelevantes naquelas circunstâncias. Mesmo assim notou-se a qualidade que não engana. Veja-se Jackson e Óliver! Muito bem! BIBÓ PORTO!

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  2. a minha dificuldade radica na complacência da direcção do clube, que vende os direitos desportivos a estações deste jaez, que se permitem ter gente desta estatura moral a comentar(?), e não reagir de forma enérgica. Afinal estes idiotas comem do pão que o clube lhes dá. E não reagem a t6ão miserável gente. Escamoteiam, omitem, manipulam imagens, e como se não bastasse ainda se servem duns idiotas "comentadores" que mais não são que miseráveis provocadores!

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