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FC PORTO-CHELSEA, 2-1
UEFA Champions League, Grupo G, 2.ª jornada
Terça-feira, 29 Setembro 2015 - 19:45
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 46.120
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz.
Assistentes: Cebrián Devís e Díaz Pérez del Palomar; Estrada e Hernandez (adicionais).
4º Árbitro: Miguel Martínez.
FC PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi, Danilo, Rúben Neves, Imbula, André André, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Helton, Osvaldo (86' Brahimi), Tello, Evandro (78' Ruben Neves), Corona, Layún (80' André André), Alberto Bueno.
Treinador: Julen Lopetegui.
CHELSEA: Begovic, Ivanovic, Cahill, Zouma, Azpilicueta, Mikel, Ramires, Fàbregas, Pedro Rodríguez, Diego Costa, Willian.
Suplentes: Blackman, Baba, Hazard (62' Mikel), Kenedy (73' Pedro Rodríguez), Matic (73' Ramires), John Terry, Loftus-Cheek.
Treinador: José Mourinho.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: André André (39'), William (45+2'), Maicon (52').
Disciplina: cartão amarelo a Martins Indi (19'), Marcano (25'), Cahill (41'), Azpilicueta (66'), Matic (79'), Danilo (82'), Imbula (89').
Depois de uma exibição menos conseguida na Sexta-feira passada, o FC Porto voltou às grandes exibições e às noites de luxo no Dragão na maior montra mundial de clubes: a Champions League. Defrontando nada mais, nada menos do que o actual campeão inglês, liderado pelo conceituado e considerado melhor treinador do mundo, os Dragões chegaram a vulgarizar uma equipa durante largos momentos da partida.
Sei que os jornaleiros do costume e as caras de enterro de muitos deles no fim do jogo passam a ideia de que o Chelsea não é a equipa da época transacta, que se encontra no 14º lugar a 8 pontos do líder no campeonato inglês e que a vitória do FC Porto tem muito pouco de mérito e que se deve a um adversário vulgar. Mas já estamos habituados há muitos anos.
Ainda ontem à noite, chegado do Dragão, tal como faço sempre, revi o jogo e vi o rescaldo do mesmo pelos diferentes canais. Apesar do esforço hercúleo em reconhecer a boa exibição da equipa portista e a qualidade dos seus jogadores, é notório ver o enfado, a azia e a “boa”disposição da grande maioria deles. Não tive oportunidade ainda de ver todos os canais mas hoje vou poder regalar-me com as indisposições gástricas de cada um com mais pormenor e maior exactidão. Ontem pude constatar a cara de enterro de um sujeitinho de Paredes. Pois hoje espero continuar a ver essa carinha laroca.
Mas vamos ao que realmente interessa. O FC Porto apresentou-se frente a um Chelsea tal como eu previa. Na baliza o habitual Casillas. Na defesa habitual só surpreendeu um pouco a inclusão de Indi na lateral esquerda para quem não estava atento. Com dois laterais habituais de forte propensão ofensiva (Maxi e Layún), a Lopetegui cabia a missão de não desequilibrar a equipa. Os londrinos, já se sabe, saem para o ataque com uma velocidade estonteante e em três-quatro-cinco toques chegam à baliza. Por isso, seria necessário jogar com uma defesa mais consistente e que um dos laterais não apoiasse tanto o ataque, evitando expor a defesa a situações indesejáveis. Um meio-campo consistente e reforçado com Danilo Pereira e Rúben Neves (Que luxo!!! Um crime deixar Rúben no banco!) nas zonas mais defensivas e com Imbula e André André com a missão de apoiar o ataque. André André (que jogador!!!) descaiu para as alas em situações ofensivas, apoiando Brahimi e Aboubakar.
Rúben Neves é o meu grande destaque deste jogo. Espanta-me e faz-me confusão como este miúdo de apenas 18 anos passe muitas vezes pelo banco. É um autêntico maestro, um organizador de jogo exemplar com uma capacidade de passe notável e uma presença em campo que esconde a idade que apresenta no seu CC. Será difícil segurar Rúben por muito tempo. Os “tubarões” da Europa andam em cima dele e ontem na maior montra de futebol de clubes, Rúben mostrou todo o seu talento. Que luxo!!!
Mas não quero deixar de salientar André André e Aboubakar. O primeiro cada vez mais titular desta equipa, revela-se um jogador crucial. Corre por todo o campo, marca, desmarca, segura, está em todo o lado. E decide! Um senhor jogador. A minha vénia e ao seu pai que fez história nas Antas. O segundo, um ponta-de-lança de classe mundial. Quem se lembra de Jackson? Aboubakar é um monstro de trabalho. Com dois pés fabulosos, desbarata qualquer defesa. Segura bem a bola, mostra potência, forte no um para um e remate fulminante. Aboubakar é um jogador que mais tem surpreendido esta época. A evolução que teve da época passada para a actual é fantástica.
Antes de prosseguir quero salientar também as boas prestações de Maxi, Imbula (claramente a subir de forma e a mostrar porque foi contratado) e Brahimi (a reaparecer depois de longa ausência exibicional).
Os dragões entraram bem na partida mas o Chelsea subia com relativa facilidade à baliza portista. E, neste capítulo, a defesa do FC Porto passou por alguns apuros. Já seria esperado. Por isso, a defesa do FC Porto e o meio-campo foram reforçados. Não foi por acaso que o Chelsea criou as duas primeiras situações de perigo da partida. Primeiro por Fabregas e depois por Pedro.
Mas depois destes minutos de maior aperto, o FC Porto encontrou-se e Brahimi abriu o livro criando grandes embaraços à defesa adversária. Foi por Brahimi que nasceu o golo inaugural da partida. Num slalom pela esquerda, o argelino entrou na área depois de ter partido os rins a Ivanovic e rematou para defesa de Begovic que, com uma sapatada, sacudiu a bola para a frente onde André André recargou e abriu o activo. Estavam decorridos 39 minutos e o Dragão ficava ao rubro.
Mas seis minutos depois o Chelsea chegava ao empate. O FC Porto voltava a cometer erros como os que cometeu frente ao Moreirense. Permitindo ao Chelsea a entrada pela sua zona central, Danilo foi obrigado a cometer falta em cima da grande área. Na conversão do livre, aproveitando a incapacidade de Casillas em ver a bola partir devido à barreira do FC Porto e ao aglomerado de jogadores do Chelsea no seu campo de visão, Willian colocou a bola na baliza portista. O empate estava restabelecido e o árbitro indicava de imediato o caminho das cabines.
Ficou um sabor amargo e alguma desilusão no estádio com este golo a terminar o primeiro tempo. Mas o melhor ainda estava para vir. Quem pensou que seria mais complicado para o FC Porto, depois do empate consentido, enganou-se redondamente. Na etapa complementar, o FC Porto realizou a melhor exibição desde a recepção ao Bayern de Munique em Abril passado.
Brahimi assumiu o jogo e revelou-se um quebra-cabeças para a defesa contrária, desenhando lances de incrível perigo para a baliza do Chelsea. Num desses lances, conseguiu obter um canto. Na cobrança, o maestro Rúben Neves cobrou a meia altura ao primeiro poste e Maicon com um toque subtil recolocou a vantagem portista no marcador. 2-1 aos 52 minutos da partida.
Desta vez, os Dragões não recuaram e mantiveram o pé no acelerador. O objectivo era conseguir o 3-1 mas foi o Chelsea que respondeu de imediato com uma bola à trave num remate de Diego Costa que levava o selo de golo e alguns minutos depois Hazard, fugindo a Maicon dentro da grande área, rematou às malhas laterais de Casillas.
Mas depois foi um sufoco na baliza de Begovic. No espaço de um minuto e na mesma jogada, o FC Porto só não marcou por manifesto azar. É difícil descrever a sequência de oportunidades na mesma jogada. Aboubakar, Imbula, Rúben Neves tiveram os seus remates interceptados quando o golo seria mais que certo. Tempo ainda para Danilo cabecear ao poste na sequência de um pontapé de canto.
Os últimos minutos foram de desespero do Chelsea para tentar chegar ao empate com bolas bombeadas para a área portista mas não houve resultados práticos.
Julen Lopetegui geriu o jogo e as subsitituições. Saíram Rúben Neves, André André e Brahimi para as entradas de Evandro, Layún (colocado a médio ala direito) e Osvaldo. Curiosamente saíram os jogadores com maior desgaste durante o jogo. Nota para a grande ovação a Rúben Neves. Apelido de pé, o novo menino de ouro portista foi a estrela da noite. Que classe!!!
Quanto à equipa de arbitragem, mostrou-se tendenciosa. Deixou passar muitos lances claros de falta sobre os jogadores portistas e mostrou uma dualidade de critérios na amostragem das cartolinas amarelas. Todavia, a mancha na sua actuação aconteceu no último lance da partida com uma mão de Marcano na área portista, perdoando uma grande penalidade aos Dragões.
O FC Porto recebe o Belenenses na jornada 7 da Liga Nos no próximo Domingo pelas 18h15.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Atitude decisiva, fantástica e espectacular”
Para Julen Lopetegui, foi a atitude que fez a diferença para o FC Porto vencer o Chelsea (2-1) na segunda jornada do Grupo G da Liga dos Campeões. O técnico espanhol ressalvou que os Dragões defrontaram “uma grandíssima equipa”, mas considerou que estes mereceram “por completo” a vitória no desafio com os londrinos. Sem euforias, o treinador portista relembrou que este jogo valeu apenas três pontos e socorreu-se de uma velha máxima do futebol: “As contas só se fazem no fim”.
“A atitude que tivemos foi decisiva, fantástica e espectacular. Defrontámos uma grandíssima equipa, com excelentes jogadores e um treinador fantástico, mas fizemos um grande jogo a todos os níveis. Pela atitude, merecemos por completo esta vitória. A equipa fez um grande trabalho e os três pontos são merecidíssimos. Sofremos o golo do empate no último lance da primeira parte e isso foi um golpe duro, mas a equipa soube reagir e mostrou força anímica para dar uma grande resposta no segundo tempo. Acreditámos muito e tivemos o justo prémio, a vitória. Vencer um adversário com a qualidade e o potencial do Chelsea só nos pode deixar felizes”, afirmou Julen Lopetegui após o duelo com a equipa comandada por José Mourinho.
Quase que refreando o entusiasmo pela primeira vitória na presente edição da Liga dos Campeões, que deixou o FC Porto em igualdade pontual com o Dínamo Kiev na liderança do Grupo G, Julen Lopetegui sublinhou que “no futebol tudo pode acontecer”. “Esta vitória valeu apenas três pontos e as contas só se fazem no fim. Cada jogo é uma aventura, um mundo, uma dificuldade que temos de saber superar. Ambos os jogos com o Maccabi serão assim e respeitamos todas as equipas que defrontamos. No futebol tudo pode acontecer”, prosseguiu o técnico espanhol, que voltou a insistir na justiça do triunfo portista sobre o Chelsea e na importância dos adeptos para o conseguir.
“Atacámos muito na segunda parte e, no cômputo geral, rematámos 20 vezes, além de termos tido várias oportunidades de golo. Contra uma equipa como o Chelsea nunca se pode relaxar e a realidade é que acabámos por fazer um grande jogo. Entramos sempre com a máxima vontade de vencer e no jogo anterior, em Moreira de Cónegos, não foi diferente. A vontade e a atitude desta equipa são indiscutíveis, tal como o apoio dos nossos adeptos. O Dragão nunca falha e está sempre connosco. Todos juntos, acredito que seremos ainda mais fortes e que conseguiremos atingir os objectivos que traçámos”, prosseguiu Julen Lopetegui, numa onda de elogios que fez mais “vítimas”.
“Na minha opinião, o futebol português deve estar orgulhoso dos seus activos. José Mourinho é um dos melhores treinadores de sempre, Cristiano Ronaldo é um dos melhores jogadores de sempre, Pedro Proença é uma referência mundial da arbitragem e o que dizer do nosso presidente? Pinto da Costa é o presidente mais titulado da história do futebol e isso diz tudo”, finalizou o treinador do FC Porto.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
UEFA Champions League, Grupo G, 2.ª jornada
Terça-feira, 29 Setembro 2015 - 19:45
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 46.120
Árbitro: Antonio Mateu Lahoz.
Assistentes: Cebrián Devís e Díaz Pérez del Palomar; Estrada e Hernandez (adicionais).
4º Árbitro: Miguel Martínez.
FC PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi, Danilo, Rúben Neves, Imbula, André André, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Helton, Osvaldo (86' Brahimi), Tello, Evandro (78' Ruben Neves), Corona, Layún (80' André André), Alberto Bueno.
Treinador: Julen Lopetegui.
CHELSEA: Begovic, Ivanovic, Cahill, Zouma, Azpilicueta, Mikel, Ramires, Fàbregas, Pedro Rodríguez, Diego Costa, Willian.
Suplentes: Blackman, Baba, Hazard (62' Mikel), Kenedy (73' Pedro Rodríguez), Matic (73' Ramires), John Terry, Loftus-Cheek.
Treinador: José Mourinho.
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: André André (39'), William (45+2'), Maicon (52').
Disciplina: cartão amarelo a Martins Indi (19'), Marcano (25'), Cahill (41'), Azpilicueta (66'), Matic (79'), Danilo (82'), Imbula (89').
Depois de uma exibição menos conseguida na Sexta-feira passada, o FC Porto voltou às grandes exibições e às noites de luxo no Dragão na maior montra mundial de clubes: a Champions League. Defrontando nada mais, nada menos do que o actual campeão inglês, liderado pelo conceituado e considerado melhor treinador do mundo, os Dragões chegaram a vulgarizar uma equipa durante largos momentos da partida.
Sei que os jornaleiros do costume e as caras de enterro de muitos deles no fim do jogo passam a ideia de que o Chelsea não é a equipa da época transacta, que se encontra no 14º lugar a 8 pontos do líder no campeonato inglês e que a vitória do FC Porto tem muito pouco de mérito e que se deve a um adversário vulgar. Mas já estamos habituados há muitos anos.
Ainda ontem à noite, chegado do Dragão, tal como faço sempre, revi o jogo e vi o rescaldo do mesmo pelos diferentes canais. Apesar do esforço hercúleo em reconhecer a boa exibição da equipa portista e a qualidade dos seus jogadores, é notório ver o enfado, a azia e a “boa”disposição da grande maioria deles. Não tive oportunidade ainda de ver todos os canais mas hoje vou poder regalar-me com as indisposições gástricas de cada um com mais pormenor e maior exactidão. Ontem pude constatar a cara de enterro de um sujeitinho de Paredes. Pois hoje espero continuar a ver essa carinha laroca.
Mas vamos ao que realmente interessa. O FC Porto apresentou-se frente a um Chelsea tal como eu previa. Na baliza o habitual Casillas. Na defesa habitual só surpreendeu um pouco a inclusão de Indi na lateral esquerda para quem não estava atento. Com dois laterais habituais de forte propensão ofensiva (Maxi e Layún), a Lopetegui cabia a missão de não desequilibrar a equipa. Os londrinos, já se sabe, saem para o ataque com uma velocidade estonteante e em três-quatro-cinco toques chegam à baliza. Por isso, seria necessário jogar com uma defesa mais consistente e que um dos laterais não apoiasse tanto o ataque, evitando expor a defesa a situações indesejáveis. Um meio-campo consistente e reforçado com Danilo Pereira e Rúben Neves (Que luxo!!! Um crime deixar Rúben no banco!) nas zonas mais defensivas e com Imbula e André André com a missão de apoiar o ataque. André André (que jogador!!!) descaiu para as alas em situações ofensivas, apoiando Brahimi e Aboubakar.
Rúben Neves é o meu grande destaque deste jogo. Espanta-me e faz-me confusão como este miúdo de apenas 18 anos passe muitas vezes pelo banco. É um autêntico maestro, um organizador de jogo exemplar com uma capacidade de passe notável e uma presença em campo que esconde a idade que apresenta no seu CC. Será difícil segurar Rúben por muito tempo. Os “tubarões” da Europa andam em cima dele e ontem na maior montra de futebol de clubes, Rúben mostrou todo o seu talento. Que luxo!!!
Mas não quero deixar de salientar André André e Aboubakar. O primeiro cada vez mais titular desta equipa, revela-se um jogador crucial. Corre por todo o campo, marca, desmarca, segura, está em todo o lado. E decide! Um senhor jogador. A minha vénia e ao seu pai que fez história nas Antas. O segundo, um ponta-de-lança de classe mundial. Quem se lembra de Jackson? Aboubakar é um monstro de trabalho. Com dois pés fabulosos, desbarata qualquer defesa. Segura bem a bola, mostra potência, forte no um para um e remate fulminante. Aboubakar é um jogador que mais tem surpreendido esta época. A evolução que teve da época passada para a actual é fantástica.
Antes de prosseguir quero salientar também as boas prestações de Maxi, Imbula (claramente a subir de forma e a mostrar porque foi contratado) e Brahimi (a reaparecer depois de longa ausência exibicional).
Os dragões entraram bem na partida mas o Chelsea subia com relativa facilidade à baliza portista. E, neste capítulo, a defesa do FC Porto passou por alguns apuros. Já seria esperado. Por isso, a defesa do FC Porto e o meio-campo foram reforçados. Não foi por acaso que o Chelsea criou as duas primeiras situações de perigo da partida. Primeiro por Fabregas e depois por Pedro.
Mas depois destes minutos de maior aperto, o FC Porto encontrou-se e Brahimi abriu o livro criando grandes embaraços à defesa adversária. Foi por Brahimi que nasceu o golo inaugural da partida. Num slalom pela esquerda, o argelino entrou na área depois de ter partido os rins a Ivanovic e rematou para defesa de Begovic que, com uma sapatada, sacudiu a bola para a frente onde André André recargou e abriu o activo. Estavam decorridos 39 minutos e o Dragão ficava ao rubro.
Mas seis minutos depois o Chelsea chegava ao empate. O FC Porto voltava a cometer erros como os que cometeu frente ao Moreirense. Permitindo ao Chelsea a entrada pela sua zona central, Danilo foi obrigado a cometer falta em cima da grande área. Na conversão do livre, aproveitando a incapacidade de Casillas em ver a bola partir devido à barreira do FC Porto e ao aglomerado de jogadores do Chelsea no seu campo de visão, Willian colocou a bola na baliza portista. O empate estava restabelecido e o árbitro indicava de imediato o caminho das cabines.
Ficou um sabor amargo e alguma desilusão no estádio com este golo a terminar o primeiro tempo. Mas o melhor ainda estava para vir. Quem pensou que seria mais complicado para o FC Porto, depois do empate consentido, enganou-se redondamente. Na etapa complementar, o FC Porto realizou a melhor exibição desde a recepção ao Bayern de Munique em Abril passado.
Brahimi assumiu o jogo e revelou-se um quebra-cabeças para a defesa contrária, desenhando lances de incrível perigo para a baliza do Chelsea. Num desses lances, conseguiu obter um canto. Na cobrança, o maestro Rúben Neves cobrou a meia altura ao primeiro poste e Maicon com um toque subtil recolocou a vantagem portista no marcador. 2-1 aos 52 minutos da partida.
Desta vez, os Dragões não recuaram e mantiveram o pé no acelerador. O objectivo era conseguir o 3-1 mas foi o Chelsea que respondeu de imediato com uma bola à trave num remate de Diego Costa que levava o selo de golo e alguns minutos depois Hazard, fugindo a Maicon dentro da grande área, rematou às malhas laterais de Casillas.
Mas depois foi um sufoco na baliza de Begovic. No espaço de um minuto e na mesma jogada, o FC Porto só não marcou por manifesto azar. É difícil descrever a sequência de oportunidades na mesma jogada. Aboubakar, Imbula, Rúben Neves tiveram os seus remates interceptados quando o golo seria mais que certo. Tempo ainda para Danilo cabecear ao poste na sequência de um pontapé de canto.
Os últimos minutos foram de desespero do Chelsea para tentar chegar ao empate com bolas bombeadas para a área portista mas não houve resultados práticos.
Julen Lopetegui geriu o jogo e as subsitituições. Saíram Rúben Neves, André André e Brahimi para as entradas de Evandro, Layún (colocado a médio ala direito) e Osvaldo. Curiosamente saíram os jogadores com maior desgaste durante o jogo. Nota para a grande ovação a Rúben Neves. Apelido de pé, o novo menino de ouro portista foi a estrela da noite. Que classe!!!
Quanto à equipa de arbitragem, mostrou-se tendenciosa. Deixou passar muitos lances claros de falta sobre os jogadores portistas e mostrou uma dualidade de critérios na amostragem das cartolinas amarelas. Todavia, a mancha na sua actuação aconteceu no último lance da partida com uma mão de Marcano na área portista, perdoando uma grande penalidade aos Dragões.
O FC Porto recebe o Belenenses na jornada 7 da Liga Nos no próximo Domingo pelas 18h15.
DECLARAÇÕES
Lopetegui: “Atitude decisiva, fantástica e espectacular”
Para Julen Lopetegui, foi a atitude que fez a diferença para o FC Porto vencer o Chelsea (2-1) na segunda jornada do Grupo G da Liga dos Campeões. O técnico espanhol ressalvou que os Dragões defrontaram “uma grandíssima equipa”, mas considerou que estes mereceram “por completo” a vitória no desafio com os londrinos. Sem euforias, o treinador portista relembrou que este jogo valeu apenas três pontos e socorreu-se de uma velha máxima do futebol: “As contas só se fazem no fim”.
“A atitude que tivemos foi decisiva, fantástica e espectacular. Defrontámos uma grandíssima equipa, com excelentes jogadores e um treinador fantástico, mas fizemos um grande jogo a todos os níveis. Pela atitude, merecemos por completo esta vitória. A equipa fez um grande trabalho e os três pontos são merecidíssimos. Sofremos o golo do empate no último lance da primeira parte e isso foi um golpe duro, mas a equipa soube reagir e mostrou força anímica para dar uma grande resposta no segundo tempo. Acreditámos muito e tivemos o justo prémio, a vitória. Vencer um adversário com a qualidade e o potencial do Chelsea só nos pode deixar felizes”, afirmou Julen Lopetegui após o duelo com a equipa comandada por José Mourinho.
Quase que refreando o entusiasmo pela primeira vitória na presente edição da Liga dos Campeões, que deixou o FC Porto em igualdade pontual com o Dínamo Kiev na liderança do Grupo G, Julen Lopetegui sublinhou que “no futebol tudo pode acontecer”. “Esta vitória valeu apenas três pontos e as contas só se fazem no fim. Cada jogo é uma aventura, um mundo, uma dificuldade que temos de saber superar. Ambos os jogos com o Maccabi serão assim e respeitamos todas as equipas que defrontamos. No futebol tudo pode acontecer”, prosseguiu o técnico espanhol, que voltou a insistir na justiça do triunfo portista sobre o Chelsea e na importância dos adeptos para o conseguir.
“Atacámos muito na segunda parte e, no cômputo geral, rematámos 20 vezes, além de termos tido várias oportunidades de golo. Contra uma equipa como o Chelsea nunca se pode relaxar e a realidade é que acabámos por fazer um grande jogo. Entramos sempre com a máxima vontade de vencer e no jogo anterior, em Moreira de Cónegos, não foi diferente. A vontade e a atitude desta equipa são indiscutíveis, tal como o apoio dos nossos adeptos. O Dragão nunca falha e está sempre connosco. Todos juntos, acredito que seremos ainda mais fortes e que conseguiremos atingir os objectivos que traçámos”, prosseguiu Julen Lopetegui, numa onda de elogios que fez mais “vítimas”.
“Na minha opinião, o futebol português deve estar orgulhoso dos seus activos. José Mourinho é um dos melhores treinadores de sempre, Cristiano Ronaldo é um dos melhores jogadores de sempre, Pedro Proença é uma referência mundial da arbitragem e o que dizer do nosso presidente? Pinto da Costa é o presidente mais titulado da história do futebol e isso diz tudo”, finalizou o treinador do FC Porto.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
Com a exceção de alguns comentadores anti-Portistas aziados, a verdade hoje é só uma: o FC Porto fez um grande jogo frente a uma grande equipa treinada por um grande treinador. Os jogadores estiveram excelentes, o treinador esteve também excelente e os adeptos na forma como apoiaram a equipa mereceram inteiramente mais esta noite europeia.
ResponderEliminarO melhor elogio que posso fazer hoje é à excelente prestação coletiva da equipa, uma abordagem excelente, taticamente estivemos bem. Não há nada a apontar. Individualmente várias exibições de grande nível, destaco Ruben Neves, André, Imbula, Brahimi e Aboubakar que estiveram num nível quase estratosférico, sendo que os restantes jogadores se exibiram a um nível muito elevado também.
Uma vitória que encaminha o apuramento de forma excelente, mas temos de ganhar obrigatoriamente os 2 jogos frente aos israelitas.
Posto isto, mais coisas me ocorrem no dia de hoje… Não é por hoje ganharmos que somos os melhores do mundo, nem éramos os piores em Moreira de Cónegos… Mas não posso deixar de refletir sobre o seguinte: perante uma das melhores equipas mundiais, campeão inglês em titulo e candidato natural à CL dos últimos anos, fizemos um jogo excelente, sério, alta rotação de todos os jogadores, luta quase ao limite. A grande verdade, e penso que também não podemos fugir dela, é que olhando ao campeonato e aos adversários que temos tido, pelo que jogamos hoje (e também frente ao rival direto no Dragão) podíamos perfeitamente ter 18 pontos.
Uma ideia final: o sucesso desta época irá depender da forma como a equipa tiver capacidade de perceber que os jogos frente aos aroucas, moreirenses e tondelas são tao importantes, porque valem pontualmente o mesmo, que os jogos com Chelseas, Kievs e Bayerns. É esse equilíbrio que nos permitira ganhar alguma coisa, porque se apenas formos capazes de ser GRANDES frente às melhores equipas do planeta, mas depois dormirmos frente aos tondelas desta vida, poderemos mesmo chegar ao fim de mãos a abanar.
Agora uma coisa é certa: temos grandes jogadores e um treinador que já provou conseguir lutar com as melhores equipas do mundo. Saibam todos encontrar um equilíbrio e podemos ter uma época com muitas alegrias, independentemente das nossas crenças, opiniões e limites de paciência enquanto adeptos Portistas.
PS: Repito o que disse há uns dias atras: o meu grau de paciência está mesmo esgotado (apesar de alguns demagogicamente alterarem as minhas palavras e comentarem coisas que nada têm a ver com a verdade do que escrevi)… Não tolerarei mais empates como aquele que aconteceu em moreira de cónegos ou atitudes displicentes como a da madeira. A exigência tem de ser sempre máxima, porque a um aluno muito inteligente exige-se sempre nota elevada, enquanto um aluno burro já se contenta com uma nota minimamente positiva. E nós somos um aluno inteligente que tem de estudar para TODOS os testes que tem, porque TODOS são importantes!!!
ResponderEliminarBibó Porto, hoje ganhamos ao Chelsea.
Vamos lá ver quantos comentários vai ter o este poste....
Plenamente de acordo (como sempre!), com o comentário do RCBC! Estive lá e saí de "barriguinha cheia"! Mas é preciso jogar assim com os "outsiders".
ResponderEliminarAbraço e BIBÓ PORTO!
Viva,
ResponderEliminarO dia'rio desportivo "L'Equipe", tal como outros mi'dias, deram destaque à comemoração dum novo recorde ligado à proeza de Casillas: 153 jogos na Liga dos Campeões, sem contar as pré-qualificações. Casillas bateu esse recorde com a camisola do Porto. E, igualmente, com uma vito'ria indiscuti'vel sobre uma das melhores e mais ricas equipas do C5.
Um ponto importante para a dimensão mi'stica do Porto, tornando a inscrever, assim, com categoria, o seu nome na Histo'ria do futebol Europeu. E' bom lembra'-lo, ja' que estes aspectos também contribuem para a grandeza dum clube.
E Viva o Porto!
Nuno PortoMaravilha
Grande vitória e mais 3 pontos e 1 milhão e meio de € nos nossos cofres. Tudo está bem quando acaba bem, há que melhorar.
ResponderEliminarOntem foi lindo ver a cabeça dos comentadores aziados a inchar.
O PORTO É UMA NAÇÃO!
Bipolares com toda a certeza... se possível, sff, em todos os jogos a nível interno, entrar em campo ao som da "champs", era capaz de ajudar, não?!
ResponderEliminarps - ganda joga dos meninos "à Porto", Ruben Neves e André André... em linha ainda com Imbula, Aboubakar e o defesa direito! Na raça, no querer, no orgulho de SER PORTO!!!
Viva. Só pra dizer que concordo com a sugestão aqui deixada.
ResponderEliminarÉ meter um requerimento à liga para que antes dos jogos do Maior, se toque o hino da champions e se ponha os catraios a abanar aquela merda no meio do campo.
Pode ser que eles se enganem e começem a jogar com a mesma atitude (á Porto) nos jogos todos.
Domingo à mais.
Abraço Sergio.
Claro... de acordo também com a crónica do 4 Lusos com quem tive o prazer de ir ao Dragão nesta jornada brilhante do nosso FCP.
ResponderEliminar"Sei que os jornaleiros do costume e as caras de enterro de muitos deles no fim do jogo passam a ideia de que o Chelsea não é a equipa da época transacta, que se encontra no 14º lugar a 8 pontos do líder no campeonato inglês e que a vitória do FC Porto tem muito pouco de mérito e que se deve a um adversário vulgar. Mas já estamos habituados há muitos anos."
ResponderEliminarTem piada que os mesmos jornaleiros há uma semana atrás TODOS apontavam o Chelsea como claro favorito à vitória no grupo. Claro que após uma vitória claríssima e justa do FC Porto, com grande mérito e brilhantismo, esses porcos tinham de desvalorizar a vitória do FC Porto.
E para alem da alegria de ver o meu clube ganhar, também fico muito feliz com a azia dos outros pelas vitorias do meu clube. Há 30 anos que consecutivamente é assim, e acreditem que me dá gozo.
A verdade por muito que custe a muito corno que anda por aí é só uma: ganhar a Chelseas, Bayerns Muniques, atingir quartos-final da Champions, ganhar jogos fora na Champions e discutir com os tubarões europeus na maior competição mundial de clubes é só mesmo para um clube português, chama-se Futebol Clube do Porto. E isto dá-me um orgulho ENORME!
Toda a comunicação social repete até à exaustão o penalti do Marcano e omite o que foi cometido sobre ele . por isso é que vamos trilhando o nosso caminho contra tudo e contra TOLOS. Abraço H.Rocha Açores
ResponderEliminarHoje o jogo bem podia acabar com um resultado final de 5-1 ou mais.
ResponderEliminarMas que enorme exibição do Nosso Grande FC Porto.
Entrega Vontade Fome Garra Raça
Tudo isto descreve a forma como hoje os nossos jogadores se exibiram.
Saber sofrer também foi crucial, contra uma equipa que só joga a defesa.
Por maiores como Maicon estando em sofrimento e mesmo assim acabou o jogo até ao fim. Disto é o que nós precisamos.
Não falo dos árbitros porque já é sempre a mesma estória de sempre.
Dos painaleiros do costume nem comento porque não vale mesmo a pena, é só gastar língua com lixo humanitário.
É com estes jogos que se nota o verdadeiro valor dos jogadores.
Grande vitória.
VAMOS FC PORTO!!!
HOJE FOMOS PORTO !!!
ResponderEliminarHá uma mancha no trabalho do árbitro anterior à mão do Marcano. Se essa mancha lá não estivesse, teria havido mão do espanhol mais tarde? Nunca saberemos. Mas sabemos que não faria diferença nenhuma...
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