17 abril, 2019

É DIFÍCIL NÃO FICAR PESSIMISTA... INFELIZMENTE...


Há uns tempos, escrevia que a partir do momento em que deixamos de depender de nós próprios, com a agravante de já não haver jogos frente ao nosso rival direto, ao contrário de alguns campeonatos taco a taco mas em que nas ultimas jornadas tínhamos a possibilidade de ganhar vantagem no confronto direto (por exemplo, épocas 12/13 ou 17/18), as nossas possibilidades de chegar ao título passaram a ser quase nulas.

Gostava muito de ter outra opinião, de pensar de outra forma, mas infelizmente já vejo futebol há anos suficientes para perceber que para o nosso rival direto perder pontos é necessário praticamente acontecer um milagre. Na semana passada, o Feirense marcou um golo inacreditavelmente limpo (não há uma única imagem que mostre qualquer fora-de-jogo!!) mas o sr. VAR viu o que mais ninguém viu (ou não viu e fez que viu) e anulou aquilo que seria o 2-0. Ninguém sabe o que aconteceria depois, mas minutos depois lá houve um penaltie inventado para um lado e outro por marcar a favor do Feirense mas que aí o sr. VAR não se dignou a ver. Se dúvidas houvessem, ficaram mais dissipadas e esclarecidas.

Hoje vemos o treinador do marítimo admitir que obrigou jogadores a forçar amarelos para não jogar o próximo jogo. Pois, o histórico desse treinador frente a esse clube de 8 jogos e 8 derrotas (ao contrário da forma animalesca com que as suas equipas defrontam o FC Porto e que vários dissabores já nos causaram) se calhar ajuda a explicar esta atitude. Acho que seria uma poupança interessante de dinheiro para o marítimo não viajar sequer para Lisboa na próxima semana, poupava-se muito em viagens, estadias, alimentação, etc. Assim como assim, importante é ter os todos os jogadores fresquinhos para as 4 finais a seguir segundo o seu treinador, nem vale a pena ir a um jogo que está perdido à partida.

No meio de tudo isto, outra notícia que os meios de comunicação desportiva se esforçaram para branquear, uma notícia muito pouco relevante de que Cássio assumiu, em TRIBUNAL e SOB JURAMENTO, que um empresário lhe aliciou para perder o jogo frente a um certo clube. Também Lionn já o tinha feito, em TRIBUNAL e SOB JURAMENTO. São dois jogadores, que se saiba porque isto vai-se sabendo a conta-gotas tal o esforço brutal para estarem todos calados que nem ratos, que admitiram em pleno tribunal que foram aliciados pelo mesmo agente para perder frente ao mesmo clube e o que se assiste é a uma passividade bovina por parte da generalidade da comunicação social, contrariamente aos vários meses de discussão e debate ao mais ínfimo pormenor aquando por exemplo do processo da saída de Bruno Carvalho do Sporting.

E mais outra notícia, o desaparecimento de um dos quatro volumes do processo que investiga o jogo Feirense-Rio Ave, instaurado depois de ter sido detetado um número invulgar de apostas. O único meio de comunicação social que se dispôs a falar nisso foi o Expresso. O resto ficou tudo bem caladinho que nem ratos. Para tornar a coisa mais ridícula, a notícia referiu que o processo foi encaixotado e enviado de Lisboa para o Porto pelos correios e, à chegada, percebeu-se que faltava o quarto volume. Extraviou-se, perdeu-se ou foi roubado, ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Talvez na Etiópia ou no Sri Lanka ocorram coisas semelhantes.

Perante tudo isto, torna-se muito difícil não ficar pessimista, infelizmente.

PS: Só encontro uma explicação para a escandalosa agressão de Salah a Danilo ou o penaltie claro de Arnold por mão na bola (braço esticado a aumentar a volumetria) terem passado despercebidos ao VAR. A criatura que estava sentada em frente ao VAR era um chimpanzé. Porque aquilo que diferencia um chimpanzé de um ser humano é a questão da racionalidade, e não há qualquer tipo de racionalidade em não ver uma agressão clara e um penaltie evidente que tinha todos os requisitos para ser assinalado (braço esticado a aumentar a volumetria e fora da posição normal). E pronto, não bastava defrontarmos uma das melhores equipas do mundo no seu estádio, faltava sermos espoliados por um chimpanzé.

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