13 dezembro, 2008

Sem suar o couro… haverá Taça em Cinfães!!!

Por entre o saudosismo das conquistas intercontinentais, mas com as datas de 12 e 13 Dezembro dos anos de 2004 e 1987 bem vivas na nossa memória, sob o signo de novo e consecutivo apuramento para os oitavos da Champions, os Dragões preparam caminho para poder reerguer nova Taça.

Paulatinamente os azuis e brancos vão saciando os prazeres da vitória, aguçando o apetite, por outro dos objectivos da época na prova rainha Lusa, a Taça Portugal Millennium.

É comum dizer-se que Taça é festa, a contenda deste Sábado não sendo o prato principal dos 1/8 de final, é por certo o expoente maior da velha máxima. Momento único na vida de clubes acostumados a viver com a realidade de divisões inferiores, a visita dos Campeões Nacionais a terras Durienses, promete ser para o Clube Desportivo de Cinfães o jogo do ano.

Atirados para estas lides fruto do seu mérito, vencedores da Taça Sócios de Mérito da AF de Viseu, o que por si só lhes concedeu o direito de acesso directo a primeira eliminatória da Taça de Portugal, onde lhes calharia em sorte uma visita ao arquipélago Madeirense, para medir forças com o Ribeira Brava, (2ª Divisão B).

Obstáculo ultrapassado após pontapés das grandes penalidades, seguiu-se a deslocação a Paredes, (3ª Divisão Serie C), nova vitória agora por 2-1, e nessa altura, já com a sensação de dever cumprido, se desejava a visita de um grande.

Não seria ainda tempo de tal desiderato, a roda da fortuna ditou a visita do GD Fátima (2ª Divisão B), emblema que ainda a bem pouco tempo militava na Liga Vitalis e provocara alguns amargos de boca a Dragões e leões. Contranatura mas sem que haja registo de algum milagre, o clube duriense, carimbou passaporte para a fase seguinte muito por culpa de um tal Rui Gonçalves, que a passagem dos 30 minutos marcaria o único golo da partida, tornando-se no herói do jogo e assinando o feito histórico.

Retrospectivada a epopeia da equipa cinfanense, os “pequenos” tomba gigantes não tendo tarefa impossível, sabem de antemão que a realidade Fc Porto é bem mais dura e se avizinha bem mais hercúlea.

Está bom de ver que pouco ou nada sei sobre os desenhos tácticos e os méritos técnicos que foram alicerce para as façanhas do Cinfães nas eliminatórias transactas, ate porque como muito bem se sabe os jornais diários desportivos nacionais pouco ou nada relevam estes ou mesmo outros assuntos, assim para alem de uma ou outra nota de destaque num ou noutro jornal local as proezas durienses foram passando ao lado e como tal é nula a minha sapiência para com os processos de jogo da equipa da margem esquerda do Douro.

Ainda assim através de um ou outro click, fui descobrindo que para além da habitual dose de motivação extra que estes confrontos sempre encerram, os de Cinfães fazem da sua organização e colectivo a maior arma, com um meio campo superpovoado, foi assentes nessa estratégia que manietaram os adversários, desferindo depois perigosas investidas rumo as redes contrárias, abnegados, concentrados, solidários, transportam no sacrifício de cada treino e em cada gota do seu suor o sonho e ilusão de fazer uma gracinha.

Nestas equipas sempre se destacam um ou outro exemplo de maior sacrifício dos homens que profissionais de dia e amadores à noite, jogam por amor a camisola e a modalidade, o afinco e a paixão pura são os grandes incentivos, ainda assim no plantel duriense destaco alguns nomes com margem para outros voos e que vêem no confronto com os Dragões um catalisador dessas esperanças, Tiago Jonas (desefa central ex-Falkirk, Escócia), Maia, Kipulo, (ex- Moreirense), Nakata e Miki, são algumas das peças que o técnico Vítor Moreira não deixará de usar no bem tratado relvado Prof. Cerveira Pinto.

A procura do sonho, vão fazer da realidade do seu 4*3*3, da solidez dos automatismos assimilados na época em curso ponto fulcral do seu modelo e sistema de jogo, apenas condescendem mudar para um bloco pressionante mais recuado de forma a obviarem a maior e superior valia técnica individual do seu opositor, encurtando o espaço defensivo disponível e travando na teoria a força das transições azuis.

Sabedor que o retardar de golos portista pode mexer e ser factor de desequilíbrio emocional no seu adversário, está dado o mote para um jogo onde o regozijo e o divertimento são palavras de ordem, sempre com o máximo de responsabilidade, mas onde indubitavelmente a pressão e obrigação de ganhar está do outro lado da barricada.

Na encosta direita do Douro mora um Fc Porto com a perspectiva e no seguimento da gestão de plantel que tem vindo a ser equacionada pelo técnico azul e branco de se dar continuidade a politica da rotatividade. Na antecâmara de dois jogos para a Liga Sagres e depois de o núcleo duro ter defrontado os “gunners”, perfilam-se as chamadas segundas linhas para o desbravar do caminho ate ao Jamor.

Quando a bola começar a rolar será nova oportunidade para que os menos rodados provem que tem valor para serem opção em desafios de outra importância, que vai dar-se lugar a rotação, ninguém tem dúvida sobram é poucas certezas quanto ao número de entradas e saídas e em que posições vai o mister mexer.

Não me custa crer, até por um passado recente que a rotatividade seja total, não querendo menosprezar o adversário a dúvida começa logo na baliza, Nuno ou Ventura???...Na direita com Sapunaru lesionado e Fucile a poder colher a benesse do descanso, ou vai haver as habituais adaptações (Tomy), ou as escolhas vão contemplar Tengarrinha.

No centro da defesa Stepanov tem lugar garantido, resta saber quem fará dupla com o sérvio, na esquerda Bennitez espreita timidamente por uma fugaz frincha, Lino passará por ser melhor opção, não sem que pense, que apesar de lhe estar garantido lugar, este possa actuar uns metros mais a frente.

Na posição de pivot defensivo são vastas as opções, Bolatti, Pelé ou Guarin, dois deles devem jogar em conjunto, ainda que Lucho esteja na sombra.

Referência de ataque o homem golo da taça, “el tecla” terá nova oportunidade para estreitar a empatia com as balizas, Rabiola é a surpresa nos eleitos ficando a sobrar as escolhas para as alas onde Mariano, Candeias, Tarik espreitam a possibilidade de ser armas para desequilibrar.

Nem preciso esperar pela conferência de imprensa de Jesualdo que antevê a partida, por certo o seu discurso habitual, monocórdico, low profile, num registo do jogue quem jogar a filosofia e modelo de jogo não se altera, que apresentará aquela que julga ser a melhor equipa e a mais forte para o momento, sem que se hipoteque o resultado, competente e motivada apesar de o nome do adversário provocar sensações contrárias.

Diplomático Qb, o discurso é o de ocasião, sem margem para erros, com habitual tónica e confiança em todos os que constituem o plantel, fica ainda assim o aviso sério para aqueles que forem chamados ao jogo, não desperdicem o ensejo de deixar a sua chancela de qualidade numa competição que é para ganhar.

Se subsistem dúvidas face a importância com que o desafio é encarado pela estrutura técnica azul e branca, para mim ficam dissipadas com a inclusão de Hulk, ele que foi um dos heróis da pretérita eliminatória frente aos de Alvalade, aproveitando e bem os minutos de Taça que foi tendo para conquistar o seu lugar no onze, como tal se mais exemplos são precisos, este parece-me elucidativo do caminho a seguir pelos demais.

Fica pois o repto aos reservistas de serviço, é preciso ser tão ou mais sério, tão ou mais lutador, ter tanta ou mais motivação que aqueles enormes homens que vamos enfrentar no caminho para o Jamor, é que se há uma lição que o desporto me ensinou entre outras é que a melhor maneira de sermos respeitados é respeitar aquilo que somos, e se houver de entre os escolhidos quem não saiba o que significam as veste e o símbolo do Dragão então que procure rápido neste ou noutro espaço cibernauta, por certo encontrara motivos de sobra para suar o couro e fazer da taça mais um momento de Ouro.

LISTA DE CONVOCADOS

Guarda-redes: Nuno e Ventura.
Defesas: Benítez, Lino, Rolando, Stepanov e Tengarrinha.
Médios: Bolatti, Guarin, Lucho González, Pelé e Tomás Costa.
Avançados: Candeias, Farías, Hulk, Mariano, Rabiola e Tarik.

3 comentários:

  1. Demasiadas alterações, mesmo que o adversário vegete num obscuro escalão secundário.

    O passado recente deveria servir para se proceder com mais cautelas. Um 11 totalmente novo, sem mecanização, frente a uma equipa motivadíssima e que fará o jogo da sua vida.

    Por isso, mais do que seriedade, exige-se muito suor e empenho.

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  2. Já tá, 4-1!!
    Continua-mos no caminho das VITÓRIAS!

    BIBÓ PORTO CARAGO!!!!

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  3. Como diz o outro... tudo fica bem quando acaba bem. Ja estamos nos quartos!

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