02 outubro, 2010

PES... assentes na terra!!!

http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

O campeonato ainda mal começou, e já está a doer! E muito, diria eu se fosse da oposição.

Por muito que tente escrever sobre outra coisa, a realidade futebolística, impõe que a par das medidas de austeridade, o tema do momento seja o défice pontual e a forma acelerada como ele se cava jornada após jornada.

AVB anda nas bocas do mundo, mormente as reservas iniciais existentes, o novo delfim do banco azul e branco, tem com calma e sentido de responsabilidade, calcorreado a ponte entre a realidade informática virtual, e a consistência como técnico de relvado, com sucesso.

Após anos a fio de gabinete, a densidade ficcional supriam-lhe a máxima sensação de realidade, amplificando-lhe maior vontade e sentimento de interacção com o tempo e jogo real.

Onze jogos depois, prós e contras aparte, talvez se comprove a existência de uma relação positiva entre os sistemas informáticos do futebol virtual e os efeitos benéficos, para com as suas atitudes de pensamento inovador, criatividade, estratégia, percepção cooperante e coragem face aos novos estímulos.

Traçada a rota para 2011 sem medos, os sinais valem mais que os números. A Sul há quem à boca do túnel ou à luz da realidade de outros números, pense “só resolvo isto na playstation”, outros procuram no seu “quintal de talentos” um pinheiro, capaz de transformar uma vitória numa floresta de pontos.

Esta quinta-feira, após mais uma jornada europeia de campeões, acordei resolvido a ignorar a galopante subida dos juros da dívida pública internacional ou o rumo estratosférico do défice, estava decidido a sucumbir aos prazeres do consumismo e como tal o futebol pela TV a partir desse dia dar-me-ia a possibilidade de ver o FCPorto na Europa com mais brilho, nitidez e contraste.

Aquele LED com resolução/definição de muitos hertz e imagens 3D, seria finalmente uma realidade, tecnologia capaz de me atirar para percepções sensoriais e de imersão próxima da realidade in loco.

Fiquei-me pela intenção. A loja escolhida para o efeito da compra, encontrava-se “sitiada” por uma turba pouco dada a ordem pública, por entre amálgama e azáfama dos trabalhadores do dito espaço comercial, percebi que o dia era de pré-lançamento de um jogo electrónico de futebol.

Não eram 6 milhões, mas entre muitos lá estava Jesus à conversa com o Rui Costa, qual binómio médico/paciente, chorrilhavam um sem fim de explicações para o mau inicio de época, desaustinados acreditavam piamente que aquela realidade virtual lhes aliviaria a depressão e evitaria o contacto com o mundo real.

À falta de melhor, as certezas de outrora já não são tão certas por ora, eles que sabiam que a Terra gira, em face da crise, já não a pensam tão gira, e o SLBÊ, bem é o que se vê.

A matriz do conceito electrónico permite sonhar, as probabilidades de insucesso diminuem drasticamente a cada reset, manuseando com destreza os comandos as metas estão a distância de um pulsar de teclas.

A sensação de espera diluía-se com a ilusão daquele mundo paralelo, Jesus não parecia confortável naquele papel de freguês de fantasias, contudo sabe que só agarrado aquela interacção será capaz de se equivaler em futebol ao líder da Liga Zon.

Na verdade a cada jornada, mais confuso fica. Se inicialmente não perdia tempo a analisar o jogo rival, ate porque convictamente “a jogar assim, dificilmente alguém nos pára”, hoje não consegue perceber onde acaba o real e o imaginário do novo futebol do Dragão.

Ele que até tinha mais de metade do trabalho táctico feito, foi ultrapassado logo no arranque por equipa organizada, que não se desposiciona nos seus equilíbrios defensivos, que em cada momento de jogo vê imergir pequenos heróis, uns pela esquerda, outros em passada larga, oferecendo um nível com poucos elos precendentes na relação com a bola.

Os passes conferem liberdade de criação, exactos momentos de profundidade ofensiva e a pressão nas primeiras linhas leva ao desespero o mais titânico dos adversários.

O mestre da táctica, acalenta no subterfúgio electrónico alento e animação para os bloqueios tácticos e realidade das derrotas.

Por contra ponto a norte, o renascimento contempla menor fulgor das transições, mas a conexão entre fantasia, verticalidade e ordem mesmo por entre a irrealidade dos mix’s ao nível da zona intermediária, 4x2x3x2; 4x4x2; 4x1x3x2 e 4x3x3, serem desvios conceptuais para com imagens de outrora.

É obvio que esta nossa realidade perfila a positividade de um crescimento, importa não subestimar as realidades adversárias e mesmo que o futebol desta nova era não seja de outro mundo, é bom que Guimarães continue a ser berço de um crescimento sustentado e com os pés bem assentes na terra.

4 comentários:

  1. Por este andar o AVB é que vai ser protagonista do PRO EVOLUTION SOCCER de 2050! Ainda!
    Belo texto, um abraço.
    Bibó POOORTO!

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  2. O Andre está-me a surpreender muito. Não so pela forma racional como põem a equipa a jogar, pela rotatiidade, não olha anomes, e fundamentalmente pelo equilibrio no discurso.
    Sou um fã.

    um abraço

    http://fcportonoticias-dodragao.blogspot.com/

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  3. Bom post, Bruno!;)

    AVB, em todos os nomes que iam aparecendo na imprensa, foi sempre o meu eleito, e para já ainda não me desiludiu!
    E estou confiante, que não me vai desiludir!

    BIBÓ PORTO

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  4. ora nem mais Bruno Rocha,

    assino por baixo esse título que assenta que nem uma luva no actual momento da nossa equipe de futebol.

    tamos na crista da onda, ou até na mó de cima, chamem-lhe o que quiserem, no entanto, não convém baixar guarda, e manter, sempre!,... os PES assentes na terra.

    jogar cada jogo como se fosse o último...
    disputar cada lance como se mais não houvesse...
    lutar, correr, transpirar, se preciso for, sofrer até, como se aquele, fosse a última oportunidade de ganhar algo...
    só assim, alcançaremos os nossos (reais) objectivos...

    sempre e sempre... com os PES assentes na terra!!!

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