07 janeiro, 2011

A verdade da derrota!

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Dizem os mais antigos, os verdadeiros donos da verdade, que a dita é tão-somente que a realidade dura, nua e crua dos factos. Também não deixa de ser, menos, verdade que nestas coisas do Desporto e tudo aquilo que engloba uma competição, onde se premeia pela, positiva, regularidade o que interessa não é como se começa mas sim como se acaba. Ainda que o caminho para o seu término esteja bem encaminhado, a verdade é que o ano cível que agora se inicia começou da pior forma, com o sabor da derrota.

É porventura, ou foi, a derrota desejável, ou seja, numa competição desacreditada, com muito do seu desenvolvimento ainda por se dar e ainda com espaço de manobra, suficiente, desta não ser ainda posta em causa.

No entanto a verdade é que esta, ainda que nos moldes em que foi, constituiu-se como a derrota que marcou o fim de uma série invejável de invencibilidade, no primeiro jogo e oficial da época, depois de um monumental apoio de cerca de seis mil adeptos no treino antecedente feito à porta aberta, como já é apanágio da abertura de hostes ao ano que se inicia e no local aonde dói mais a todo o portista que se preze, no ninho do Dragão!

A calçada não entra no discurso fácil de que mais cedo ou mais tarde, esta (derrota) tinha que acontecer e ainda bem que foi num jogo assim. Não, esta não pode nem deve ser a forma de estar correcta, pois não creio que as derrotas se possam escolher na altura que melhor nos convir para se usar do diapasão barato de que estas fazem crescer. O crescimento faz-se da seriedade com que se encara todos os desafios de igual modo, bem como no querer fazer sempre bem e no aprender a saber fazer sempre bem.

A verdade é que como em tudo na vida, não controlamos tudo o que se passa à nossa volta, mas as decisões que nela tomamos são fundamentais para o decurso vitorioso no final, se a nossa parte for feita como as premissas anteriormente referidas (seriedade e responsabilidade com que se encaram todos os desafios), os outros mesmo que nos queiram fracassar, acabam eles por sair derrotados, porque fomos melhores, sempre melhores e soubemos ser melhores.

A verdade é que este Porto que conheço não pode nem deve nunca escolher um timing para sair derrotado ou sair da derrota com o discurso de dever cumprido.

A verdade é que também, já tivemos umas das melhores escolas de centrais e de guarda-redes não só do país como da Europa, e neste momento somos uma sobre disso. Talvez a derrota de domingo passado não advenha disso, mas o que é certo é que em jogos e competições como as da Taça da Liga, que não encaramos com tanta seriedade para as ganhar, das duas uma:

1- Ou se abdica delas para sermos sérios em todas as frentes que nos dispomos a jogar;

2- Ou se aposta naqueles que também trabalham com a seriedade, a mesma que foi registada e evidenciada em flash-interview por AVB, na preparação do encontro frente ao Nacional. E esses, ao menos, apesar de, também, serem segundas ou terceiras opções, ao menos são portugueses e alimenta-se o sonho de poderem ser os nossos novos craques!

Abraço e fiquem por aí... que eu fico!

2 comentários:

  1. Calçada trilhada com palavras sensatas.
    Parabéns, João.
    Um abraço.

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  2. João vais ao encontro daquilo que vamos aqui todos pensando.

    Ninguém gosta de perder, principalmente no nosso clube, mas tentando ir ao encontro de algo que o Norte escreveu e eu concordo é que não fizemos um jogo tão mau como se diz nem algumas exibições foram tão boas como se escreve.

    Importante neste momento é continuar a recuperar a equipa de forma a voltarmos aquelas exibições a que nos habituaram como foi, no Besiktas, contra o clube da Pomba, Viena, Supertaça, Limianos e por aí fora que me deixaram muito contente.

    Meu amigo um abraço para a calçada e continuar a trilhar este caminho que vai ser uma caminhada histórica.

    EU ACREDITO.

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