09 março, 2013

Quinze minutos de Porto

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FC Porto 2-0 Estoril

Liga 2012/13, 22.ª jornada
8 de Março de 2013.
Estádio do Dragão, no Porto.
Assistência: 24.604 espectadores.


Árbitro: Nuno Almeida (Algarve).
Assistentes: Pais António e Paulo Ramos.
Quarto Árbitro: Nuno Pereira.

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, Lucho González (cap.) e Defour; James, Jackson Martínez e Atsu.
Substituições: Lucho González por Castro (56m) e James por Varela (56m) e Defour por Izmaylov (72m).
Não utilizados: Fabiano, Quiño, Liedson e Abdoulaye.
Treinador: Vítor Pereira.

ESTORIL: Vagner; Mano, Yohan Tavares, Steven Vitória (cap.) e Jefferson; Gonçalo Santos e Diogo Amado; Carlitos, Evandro e Carlos Eduardo; Licá.
Substituições: Diogo Amado por Luís Leal (57m), Carlitos por Gerso (75m) e Gonçalo Santos por Tony Taylor (75m).
Não utilizados: Mário Matos, Anderson Luís, João Pedro e João Coimbra.
Treinador: Marco Silva.

Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Maicon (4m) e Jackson Martínez (14m, pen.).

Cartão amarelo: Luís Leal (90m+1).

Em 14 minutos a prova estava superada. E não voltou a produzir golos, mesmo porque não foram precisos. Marcaram Maicon e Jackson, antes de a resposta a um problema bicudo ceder lugar a um pertinente exercício de gestão que até merecia uma margem mais ampla. Afinal, o Estoril, que entrou no jogo "à força", esteve muito mais perto de sofrer o 3-0 do que de reduzir a vantagem.

Pode até parece-lo, mas entrar a ganhar não é a expressão exacta para sintetizar a abordagem portista ao jogo. Anda lá perto, contudo. Os Dragões marcaram logo ao quarto minuto, é certo, mas poderiam tê-lo feito ainda mais cedo. Dois minutos antes, para ser preciso. E num esboço em tudo semelhante ao lance que produziu a primeira situação de vantagem.

Antes de Maicon poder fazer o 1-0, com um cabeceamento perfeito, combinando força e colocação, Otamendi, o outro central, antecipou-se-lhe, sem, no entanto, acertar na bola, depois de um passe que lhe chegou da esquerda, de onde procederia, pouco depois, a assistência para o golo. No caso, de James e desde a marca de canto.

Um golo não mudou rigorosamente nada na estrutura e na estratégia do Estoril, mas dois acabariam por fazê-lo. Antes do primeiro quarto-de-hora, a equipa da Linha entrava no jogo, empurrada por uma desvantagem mais ampla, porque, aos 13 minutos, Jackson Martínez, de penálti e com Vagner para um lado e a bola para o outro, fez 2-0. Sereníssimo, somou o seu 23.º golo em 22 jornadas.

Forçado a reagir muito mais cedo do que planeara, o Estoril provocou apenas perigo relativo, percebendo estar mais perto de sofrer o 3-0 do que propriamente de reduzir a diferença. E o risco esteve a um pequeno desvio de se materializar, pouco depois do recomeço, quando Lucho falhou os cálculos à saída de Vagner e ao passe de Danilo. O toque não foi tão subtil quanto o argentino o projectou e a bola só encontrou o lado errado das redes. O de fora.

O resto foi mais do mesmo. O FC Porto ao ataque, gerindo a vantagem e a projecção do compromisso europeu, num exercício que subtraiu, preventivamente, Lucho e James ao jogo com mais de meia-hora para disputar, e o Estoril a evitar males maiores com intervenções de último recurso que deixaram Atsu e Jackson a pequenos desvios do golo. O título não está entregue, com a visita ao La Rosaleda, do outro lado da ponte, a quatro dias de caminho e com os quartos-de-final da Liga dos Campeões como destino do roteiro portista.



DECLARAÇÕES

VÍTOR PEREIRA

"Entrámos com qualidade e fizemos dois golos. Defrontámos um adversário com qualidade, que tem bons jogadores, individual e colectivamente. O resultado é justo e estou satisfeito com a equipa".

"Mostrámos qualidade, entrámos fortes. Fizemos dois golos cedo, essa vantagem foi importante. Fomos controlando o jogo, não permitimos que o adversário tivesse oportunidades. É um jogo em que estamos a ganhar 2-0 e o subconsciente dos jogadores também pesa. Nunca esteve em causa o resultado. Podíamos ter marcado mais um ou dois golos".

"Sabíamos que estávamos a defrontar uma equipa-sensação, que tem qualidade. Não quisemos facilitar. Não me recordo de oportunidades do Estoril".

FERNANDO

"Entramos fortes, controlamos o jogo e conseguimos o resultado positivo que passava pelos três pontos. Não foi uma questão de pensar muito no Málaga. A verdade é que entrámos bem, controlamos bem, mas o Estoril criou-nos alguns problemas e tivemos de baixar a intensidade do jogo".

"Temos sempre o objectivo representar a nossa selecção. Cabe ao seleccionador optar, não optou por nós, é um direito dele. O campeonato português não tem muita visibilidade no Brasil, mas vamos continuar a trabalhar como até aqui, um dia chegará a nossa vez".



RESUMO DO JOGO

4 comentários:

  1. 15 minutos a jogar e o resto a poupar?

    Veremos...
    A resposta à interrogação só pode ser dada após os jogos de quarta-feira frente ao Málaga e domingo a oito dias contra o Marítimo, jogo a disputar na Madeira. Mais, a análise ao jogo de hoje que o F.C.Porto venceu com toda a justiça, mas com uma exibição muito abaixo do que seria exigível, também só devia ser feita após esses dois jogos. A razão é simples: se depois de tanto poupar e com isso irritar, ao ponto de levar muita gente arrepender-se de ter ir ao estádio; transformar o jogo, depois do 2-0 - Maicon aos 4 e Jackson de penálti aos 13 -, num longo e penoso bocejo; isso não significar uma exibição de qualidade, com total disponibilidade física e mental na Andaluzia e na Pérola do Atlântico, então o que se passou hoje no Dragão é motivo de grande preocupação para o futuro. Tanta falta de concentração e de atitude, tanta displicência, tanta vontade de complicar em vez de simplificar, tanta desinspiração, se não teve a ver com a cabeça já estar noutro lado, principalmente na montra que é a Champions, então, repito, temos de ficar a pensar no pior.

    Abraço

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  2. Depois de um calendário rigoroso e antes de um jogo para a Champions, não me choca este tipo de exibições, tanto mais que ela aconteceu depois de quase garantida a vitória.

    É verdade que esta equipa, mesmo em poupança, tinha a obrigação de oferecer melhor espectáculo.

    Agora todos esperamos um bom desempenho frente ao Málaga, até para justificar de algum modo esta economia de esforço.

    Um abraço

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  3. Boa Tarde

    Para além de ser preocupante a forma como temos abordado os jogos do campeonato, alie-se o facto de ontem terem estado pouco mais de 24 mil nas bancadas !!

    A crise não explica tudo e a equipa tem de mostrar mais serviço, porque mesmo no sofá foi dificil engolir tanta desplicência tanta falta de vontade.

    Que se arrebitem porque é melhor conquistar o título do que ficar com um quase na champions e o título a fugir.

    SOMOS PORTO

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  4. O Fc Porto havia de homenagear aqueles adeptos que não falham uma, quer esteja frio, quer esteja calor.
    Pessoas que aos anos acompanham o clube, sobretudo no Dragão.

    Eu próprio conheço colegas de bancada que eram crianças/jovens e hoje já adultos que estão sempre no Dragão, esses sim deviam ser Dragões de Ouro.

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