17 março, 2013

Muitos parabéns... a nós, ultras!!

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E lá passou mais uma semana de intenso apoio ao nosso mágico Porto!

Futebol sexta-feira, recepção ao Estoril. Uma equipa da capital que fez questão de nos receber mal, tanto no jogo do campeonato em Outubro como depois no jogo para a taça da Liga, no final de Dezembro. Uma equipa que se rebaixa perante o regime, ao ponto de abdicar do seu estádio para a recepção aos lampiões em 2005 e trocá-lo pelo estádio do Algarve em troca de vários favores. Uma equipa pela qual não temos de ter consideração. Mais uma vitória rumo ao principal objectivo, a revalidação do título nacional!

Uma palavra para o meu amigo Farpas do Dragão, que na semana passada aqui falou das assistências nos jogos em casa. É um assunto que já abordei várias vezes nas minhas crónicas, é triste constatar que época após época, jogo após jogo, o número de pessoas no nosso estádio é cada vez menor. Nem os jogos grandes se salvam, a média está a baixar incrivelmente, só de lembrar que este ano a recepção ao PSG não contou com, no mínimo, 40 mil pessoas nas bancadas. E já para não falar duma jornada em que os lagartos conseguiram meter mais gente no seu estádio do que nós, o que é chocante. Mas adiante.

Num estádio onde faltam espectadores, os sectores ultras não escapam. Apesar de não estarem cheios, os que marcaram presença fizeram-se ouvir do início ao fim e como sempre, contrinuiram para a vitória na nossa equipa. Na bancada visitante, os adeptos “canarinhos” entraram quando já estava 2-0. Aqueles que passaram grande parte dos dois jogos em que nos receberam, a insultar-nos, desde os adeptos ao nosso grande presidente, mal entraram em nossa casa viram ser exibida na Superior Sul uma bandeira conquistada pelos Super Dragões, aquando do jogo da taça da Liga, na Amoreira.

Verdade seja dita, mesmo em desvantagem apoiaram o seu conjunto, embora devido ao número de elementos que trouxeram o apoio praticamente não tenha sido perceptível. Neste jogo destaco o novo cântico do Colectivo, que já aqui falei, foi alargado até aos Super Dragões e começa a impôr-se definitivamente. Foi uma boa forma de começar o fim-de-semana.

Sábado, hóquei e andebol à mesma hora. Isto para quem acompanha o FC Porto para todo o lado, em todas as modalidades, é complicado, mas lá tivemos que nos dividir, salvaguardando sempre o apoio a ambas as equipas. Tanto na recepção ao Óquei de Barcelos (onde estava a Kaos?) como na deslocação a Braga, o FC Porto venceu.

Dia 13 de Março, o dia do grande jogo em Málaga, o dia de mais uma deslocação ao estrangeiro, só esta temporada, a terceira da nossa parte. A excitação e a ansiedade, como é normal, marcam as últimas horas antes da partida. Uma ida ao estrangeiro para apoiar o FC Porto deixa-me sempre sem muitas palavras para dizer, mas aqui a Espanha tem sempre um sabor ainda mais especial. Quer se queira, quer não, a rivalidade entre portugueses e espanhóis é histórica e seja quais forem os clubes que vão a jogo, na hora da “batalha” isso vem sempre ao de cima, eles não simpatizam connosco, nós não simpatizamos com eles e portanto está desde logo apimentado o espectáculo.

Vou então relatar-vos a minha (nossa) Odisseia! Com a vantagem de 1-0 no marcador, adquirida no dia 19 de Fevereiro, partimos para Málaga com a esperança de chegar aos quartos-de-final, o que infelizmente não aconteceu.

Concentração às 00h00 de quarta-feira, arrancámos por volta da 1h30 da manhã. Primeira noite praticamente sem dormir, a vontade de chegar aumentava a cada quilómetro que passava. Devo ter dormido hora e meia no máximo. As paragens eram feitas mais ou menos de duas em duas horas. Entre 1500 a 2000 ultras do FC Porto rumaram a Málaga para apoiar o Bi-Campeão Nacional!! O dia começava a raiar, entrámos em Espanha. Nunca mais chegávamos ao destino! A bordo ia-se comendo, cantando, convivendo...

Chegámos a Málaga à hora de almoço de quarta-feira. As camionetas pararam junto ao Mediterrâneo. Disfrutámos de uma vista fabulosa, deu para ver ainda alguma coisa da cidade, algumas ruas do centro, ainda na camioneta e depois durante a tarde até à hora da partida para o estádio, um passeio no lindíssimo ”Passeo Maritimo Antonio Banderas”! Almoçamos no Burguer King lá do sítio e rapidamente nos apoderamos das esplanadas locais. As “cañas” saiam a um bom ritmo e as vozes iam sendo aquecidas. Grande espírito vivido depois do almoço naqueles bares junto à costa. Grande ambiente protagonizado pelos nossos grande ultras!

Os espanhóis que iam passando, a pé ou de carro, colavam em nós. A polícia rapidamente apareceu e rodeou-nos completamente. Quando se aproximava a hora do jogo, fomos interceptados duas vezes pelo Corpo de Intervenção espanhol, que nos revistou em dose dupla, antes de entrarmos novamente nas camionetas. Em Espanha não brincam!

Rumámos ao estádio sob forte aparato policial, o que para nós já é um hábito. Chegámos ao La Rosaleda e à nossa espera tinhamos dezenas de espanhóis. Passeámos completamente à vontade na terra deles, mas só duas horas antes do jogo é que se lembraram que nós lá estavamos... e em peso!

Os insultos aos portistas eram mais que muitos (na véspera já tinha insultado os nossos jogadores), enquanto nós caminhávamos para a nossa porta. Começámos a cantar a nova música, viveu-se naqueles minutos um dos melhores momentos do dia! Enquanto esperávamos pela revista, eramos provocados do outro lado da rua e, mesmo à porta, do estádio, faziamos uma festa tremenda com a nova música. Tudo a cantar, aos saltos, só foi pena a equipa não ter honrado a camisola, como tanto lhes pedimos!!

Fomos os primeiros a entrar para o estádio, ainda antes das 18h45 espanholas, mais de duas horas antes do início do jogo! A polícia espanhola, avessa às bandeiras portuguesas e aos insultos à Espanha, carrega indescriminadamente em vários adeptos portistas, logo à entrada do estádio!

Já na bancada, estendiam-se as faixas, as bandeiras e os estandartes. Os tubos não podiam entrar. Sempre debaixo do olhar da polícia, mortinha pelo minímo pretexto para começar a varrer-nos, iniciámos o apoio ao FC Porto, desde o aquecimento. Até o facto de estarmos de pé nas escadas e não nas cadeiras, era motivo para virem de bastão na mão confrontar-nos!

Relativamente às claques da casa, o meu elogio. Elogio para as coreografias apresentadas e ao apoio durante o jogo, como é normal com alguns altos e baixos, mas acima de tudo à pressão que exerceram sobre nós e sobre o árbitro. O facto do La Rosaleda ter enchido foi um grande estímulo para eles e aqui volto a falar da questão das assistências! No Dragão não se viu um quarto ou um quinto sequer daquela pressão sobre o adversário e sobre a equipa de arbitragem! Pressão essa que condiciona o jogo, desmotivando o visitante e estimulando o visitado. Isso influencia claramente e vi isso com os meus próprios olhos. E acredito ter sido esse um dos grandes trunfos deles, eu que acredito que os adeptos têm sempre uma “palavra” a dizer no desenrolar do jogo.

O nosso apoio foi positivo, fomos audíveis várias vezes mesmo estando cerca de 26 mil contra 2mil. Pirotecnia à entrada das equipas e depois 90 minutos sem parar de cantar, mesmo após o 2-0.

Apito final do árbitro, lágrimas a escorrer no rosto! Nem queriamos acreditar que aquilo estava mesmo a acontecer. Pior do que a derrota, pior do que a eliminatória perdida, pior que fazer quase 2mil quilómetros em 24 horas, é ver o Fernando e Danilo a CORREREM para o balneário mal o italiano apita. É uma autêntica facada no coração ver que o nosso esforço não é reconhecido por todos. Os do costume lá se dirigiam a nós, Helton, Lucho, também Maicon, Mangala e claro, o Dr. Nélson Puga e o Paulinho Santos! Nessa altura já o Danilo e o Fernando estavam com o banho tomado. Seres mal-educados e que têm urgentemente que ser postos na linha. Há que respeitar os adeptos, porque o clube são os adeptos! Senti-me insultado por esses dois senhores(?). Porque uma coisa é jogar bem futebol e ser fucral na equipa, como é o caso do Fernando, outra coisa é ser Homem e constatar o que fazemos pela equipa. Não lhe custava nada ter-nos batido umas palmas, não lhe caia nada certamente.

Às 3h ou às 4h da manhã já ele estava na cama com a mulher, em casa quentinho, enquanto que nós jantámos mais umas sandes, chegámos à Invicta às 9h15 de quinta-feira, com uma noite dormida sabe-se lá como e com muita gente a ter que ir imediatamente para o trabalho!

Fazemos o que fazemos é pela instituição, pelo amor ao FC Porto, a idade de ter idolos já lá vai!

Nota ainda para o grupo de portistas atacado cobardemente no centro comercial depois do jogo. Uma cena lamentavél a que todos nós nos expomos, todos nós que abdicamos de tudo e mais alguma coisa para estar constantemente ao lado da nossa equipa! Algo que só mesmo quem anda nesta vida faz ideia do que é. Parabéns a todos os presentes, Super Dragões (Gate 10, Casuals, SDE, Supporters, Invictus, Velha Guarda, mil893, etc.) e Colectivo 95, nós concretamente mereciamos mais, ficará para uma próxima certamente!

Só os mais fortes sobrevivem... nós seremos eternos!

Um abraço ultra.

2 comentários:

  1. Um dos motivos para a derrota foi haver muito vermelho na nossa bancada, ao menos passem a levar bandeiras da monarquia, essas sim da nossa origem e das nossas cores.
    Quanto aos jogadores que nem se dignam a agradecer têm de levar para aprenderem a respeitar quem lhes paga os ordenados. Esse Fernando que passa a vida a dizer que quer ir embora só mesmo na bancada até fim da época, O PORTO SOMOS NÓS E O PORTO É NOSSO!
    Mal criados e ingratos não são admitidos no nosso clube e temos de ser nós adeptos a pô-los na ordem já que os valores da nossa casa se estão a perder temos de ser nós a repo-los!

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  2. Grande post MUITOS PARABENS! os jogadores esquecem-se que foram 2 mil km para apoiar o minimo que poderiam fazer era ter passado, mas pronto já é costume. Abraço!

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